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DENÚNCIA GRAVE
MERCADANTE CONDICIONA REPASSES DA EDUCAÇÃO A APOIO CONTRA IMPEACHMENT
MERCADANTE COBRA APOIO CONTRA IMPEACHMENT PARA LIBERAR REPASSES
Publicado: 15 de dezembro de 2015 às 16:30
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MERCADANTE COBRA APOIO CONTRA IMPEACHMENT PARA LIBERAR REPASSES
O vice-prefeito de Belo Horizonte, Délio Malheiros (PV), gravou um vídeo denunciando que o prefeito, Márcio Lacerda (PSB), foi vítima de extorsão do ministro da Educação, Aloizio Mercadante (PT). De acordo com Malheiros, Lacerda ligou para Maercadante cobrando os repasses de mais de R$ 20 milhões pela contruçao de Unidades Municipais de Educação Infantil (Umeis) e foi surpreendido com a resposta do ministro, que se comprometeu a fazer os repasses previstos com uma condição: garantir os votos do PSB contra o impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff.
O vídeo vem causando enorme repercussão e o prefeito chegou a desmentir a informação. Malheiros teria dito que confia no prefeito, mas que "eles fazem isso mesmo". O vice-prefeito ainda afirmou que a Educação não seria a única a ter dívidas com o município e cobrou dívidas do Ministério da Saúde. "O governo federal não tem limite para conseguir o que quer", disse ao Estado de Minas. "Acuam os prefeitos e os governadores", concluiu. Confira abaixo o vídeo com a denúncia do vice-prefeito de Belo Horizonte.
LAVA JATO
AMIGO DE LULA CONFESSA À PF QUE PAGOU R$ 12 MILHÕES AO PT
ANTES, BUMLAI HAVIA DITO QUE GRANA ERA SINAL PARA COMPRAR FAZENDA
Publicado: 15 de dezembro de 2015 às 09:45 - Atualizado às 09:54
Redação
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O PECUARISTA CITOU NOME DE DOIS EX-TESOUREIROS PETISTAS, DELÚBIO SOARES E JOÃO VACCARI NETO, EM OPERAÇÃO FRAUDULENTA (FOTO: ABR)
O empréstimo que o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, tomou junto ao Banco Schahin, em 2004, no valor de R$ 12 milhões, foi mesmo destinado ao PT. A confissão foi do próprio Bumlai, num depoimento à Polícia Federal que durou mais de seis horas e meia. Na sua primeira versão sobre o dinheiro, ele disse que era para dar de sinal na compra de uma fazenda.
O pecuarista apontou ainda o nome de dois ex-tesoureiros do partido, Delúbio Soares e João Vaccari Neto, como envolvidos no negócio. Bumlai está preso desde o dia 24 e foi denunciado criminalmente nesta segunda, 14.
Bumlai disse que quem sugeriu a ele que fizesse o negócio foi o próprio presidente do banco, Sandro Tordin – que fez acordo de delação premiada com a Lava Jato junto com a família Schahin. Ele disse que Tordin lhe indicou que tomasse o empréstimo ‘para passar ao PT, via Grupo Bertin’.
Segundo o amigo de Lula, à época do empréstimo não tinha havido Mensalão ainda, o partido estava com grande popularidade”. “Não iria custar nada a mim, eu quis fazer um favor, uma gentileza para quem estava no poder”, afirmou, ao completar: “foi um gesto de simpatia, que se transformou em uma grande bobagem”.
Em delação premiada, Salim Schahin, um dos donos do grupo, Bumlai e Delúbio disseram que Lula estava a par de empréstimo de R$ 12 milhões tomado pelo pecuarista. Mas, no depoimento desta segunda, Bumlai não envolveu o ex-presidente na operação. 
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LAVA JATO
BUMLAI BLINDA LULA EM DEPOIMENTO E JURA QUE NÃO FALAVAM DE POLÍTICA
'PECUARISTA' DISSE QUE ELES SÓ SE ENCONTRAVAM NOS FINS DE SEMANA
Publicado: 15 de dezembro de 2015 às 15:55
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'PECUARISTA' DISSE QUE ELE E LULA SÓ SE ENCONTRAVAM NOS FINS DE SEMANA. FOTO: GIULIANO GOMES/ESTADÃO CONTEÚDO
O lobista José Carlos Bumlai blindou o amigão e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu depoimento à Polícia Federal na segunda-feira (14). Bumlai disse que Lula "é sim seu amigo, que mantinham encontros em finais de semana e que possuíam uma regra de que não se permitiam discutir assuntos econômicos ou políticos em tais ocasiões".
Bumlai está preso desde o dia 24 de novembro, quando foi alvo da Operação Passe Livre, desdobramento da Lava Jato. A Passe Livre é uma referência ao trânsito aberto que Bumlai desfrutava no Palácio do Planalto durante o governo do petista.
Lula e Bumlai são amigos desde 2002. Na época, Lula o visitou em uma de suas fazendas em Mato Grosso. Por indicação do petista, Bumlai ganhou um assento no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, "pois sabia de seus projetos e conhecimentos atinentes a questão agrícolas e de reforma agrária". O pecuarista tinha até um crachá com o qual acessava livremente as dependências do Planalto.
A prisão de Bumlai provocou uma onda de especulações sobre o que ele poderia revelar acerca de sua relações com o ex-presidente. Interrogado ontem, o pecuarista foi questionado pela Polícia Federal sobre sua proximidade com Lula.
O pecuarista, no entanto, blindou o ex-presidente. "Recebia diversas propostas, cartas, mensagens, das mais diversas pessoas que, por saberem da relação de amizade de ambos, pediam-lhe que fossem encaminhados ao presidente. O interrogando nunca atendeu a qualquer um destes pedidos", diz o texto da depoimento de Bumlai.
Transação
Bumlai é alvo da Passe Livre por suspeita de participar de um esquema de corrupção na contratação da Schahin Engenharia, em 2009, como operadora do navio-sonda Vitoria 10.000, da Petrobras.
De acordo com as investigações, a assinatura do contrato de operação da sonda em favor da Schahin ficou condicionada à quitação fraudulenta de um empréstimo de R$ 12 milhões concedido pelo Banco Schahin em 2004 a Bumlai e que beneficiou o PT.
Também neste trecho de seu interrogatório, Bumlai poupou o amigo. "Nunca solicitou a Luís Inácio Lula da Silva que mantivesse qualquer diretor da Petrobras em seu cargo."
Em mais de uma oportunidade, Bumlai reiterou que Lula não se envolveu em suas demandas comerciais e nos negócios da Petrobras. O pecuarista negou ter feito lobby pelo grupo Schahin na estatal ao citar os nomes de personagens emblemáticos da Operação Lava Jato, todos presos por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro - Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, suposto operador de propinas do PMDB, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró. Apontou também o ex-gerente executivo da área Internacional da estatal Luiz Moreira.
"Nunca pediu a Fernando Baiano, João Vaccari Neto, Nestor Cerveró, Luiz Moreira e Luis Inácio Lula da Silva qualquer espécie de interferência interna na Petrobras que viesse a agilizar a contratação da Schahin", disse. "Aliás, gostaria de reforçar que nunca procuraria o então presidente da República para que este interferisse nesta ou em qualquer outra questão comercial", disse o pecuarista.
OPERAÇÃO CATILINÁRIAS
SEDE DO PMDB EM ALAGOAS ESTÁ ENTRE OS ALVOS DE BUSCAS DA PF
PF CUMPRE MANDADOS NA SEDE DO PMDB-AL, PRESIDIDO POR RENAN
Publicado: 15 de dezembro de 2015 às 09:46 - Atualizado às 11:35
Redação
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POLICIAL FEDERAL REALIZA BUSCA DE DOCUMENTO, NA SEDE DO PMDB-AL. (FOTO: ROBISON BARROS/GAZETAWEB)
A sede do PMDB em Alagoas é alvo da Operação Catilinárias, da Polícia Federal, nesta terça-feira, 15. O presidente da sigla no Estado é o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Também foi alvo da operação o ex-vice-governador de Alagoas José Wanderley Neto - 1º tesoureiro do partido no Estado. Há também informações sobre a presença de policiais federais no edifício Tartana, em Ponta Verde, onde reside Calheiros e outras autoridades locais. 
A ação também faz buscas em residências do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ministros e parlamentares, entre eles o deputado Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE).
A Operação Catilinárias deflagrada hoje evoca a série de discursos do cônsul Marco Túlio Cícero contra o nobre conspirador Lúcio Sérgio Catilina, que planejava derrubar o governo romano em 63 antes de Cristo. As "catilinárias" são consideradas obras primas da retórica. Um dos trechos mais célebres, revisitado hoje, parece ter profetizado o Brasil de Eduardo Cunha e Dilma Rousseff.
Investigado na Operação Lava Jato, Cunha é o principal articulador do processo de impeachment da presidente. Na Câmara, manobra sucessivamente para evitar o andamento de seu processo de cassação, em curso no Conselho de Ética. É criticado por usar o cargo para evitar a perda do mandato e de trair a confiança dos pares.
"Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós? A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia?", diz um dos trechos mais conhecidos das catilinárias.
Nos discursos, Catilina é descrito como um homem desmascarado, mas que resiste em sua campanha anarquista e supostamente contrária ao interesse público.
No Conselho de Ética, Cunha é acusado de mentir aos pares ao dizer aos pares que não mantinha contas na Suíça. As investigações da Procuradoria-Geral da República (PGR) mostram que parte do dinheiro mantido no exterior teria sido desviado de um contrato da Petrobras.
A operação Catilinárias cumpre ao todo 53 mandados de busca e apreensão - na Câmara dos Deputados, sede do PMDB em Alagoas, na residência dos investigados, endereços funcionais, sedes de empresas, escritórios de advocacia e órgãos públicos - expedidos pelo STF, referentes a sete processos instaurados a partir de investigações da Lava Jato. Os mandados foram expedidos pelo ministro do STF Teori Zavascki.