Qualquer hora Bummmmm!

UM NANO-SEGUNDO À MEIA-NOITE

Por Dr. Paul Craig Roberts

O foco principal do incompetente regime de Biden é demonizar os americanos brancos que não são “democratas acordados” e aumentar as tensões com a Rússia, que já são mais perigosas do que durante a crise dos mísseis cubanos.  A enlouquecida   belicista Victoria Nuland, que Biden nomeou e o Senado confirmou como subsecretária de Estado, anunciou que Washington considera as instalações russas na Crimeia “alvos legítimos” e o governo dos EUA apóia os ataques ucranianos ao território russo.

Ontem Putin anunciou que a Rússia está suspendendo a participação no último acordo de armas nucleares (START) remanescente, já que Washington insiste no cumprimento da Rússia na ausência do seu próprio.

O embaixador dos EUA em Moscou foi convocado para prestar contas da participação de Washington no conflito ucraniano com a Rússia.  O embaixador dos EUA foi informado de que o dinheiro, as armas, as informações de alvos e o pessoal de apoio provam a falsidade da alegação de Washington de não ser parte do conflito. O embaixador foi informado de que os EUA estão ativamente em guerra com a Rússia e ativamente engajados em ações hostis contra a Rússia, e que isso teria consequências.

Putin colocou os mísseis nucleares russos em estado de Alerta de Combate.

Pergunte a si mesmo que tipo de governo totalmente estúpido e irresponsável em Washington nos levaria a tal situação.  

Pergunte a si mesmo que tipo de imbecis lideram os países da OTAN que colocam em risco a sobrevivência de seus próprios países para agradar a Washington.  

Pergunte a si mesmo que tipo de liderança completamente estúpida existe na Finlândia que mal pode esperar para entrar nesta situação perigosa aderindo à OTAN.

E onde está o presidente idiota da América enquanto a Rússia coloca mísseis nucleares em Alerta de Combate? Ele está ao telefone com Putin acalmando a situação perigosa? Não. O tolo está na Ucrânia e na Polônia jogando gasolina no fogo.

Tenho advertido consistentemente que o envolvimento do Ocidente na Ucrânia está levando a uma guerra nuclear.  Os idiotas de baixo escalão que compõem a “comunidade de especialistas russos” me ignoraram, assim como a “mídia apenas narrativa oficial”.  Os formuladores de políticas dos EUA são pessoas russofóbicas, como o Amb. Michael McFaul , que abordam uma situação perigosa emocionalmente e são incapazes de raciocinar ou ter um comportamento responsável.

Os russos viram tudo isso.  Eles veem que não há inteligência em nenhum lugar da liderança ocidental, apenas a intenção de quebrar a Rússia.  Putin tem sido paciente em tudo isso – paciente demais, como argumentei – procurando por uma centelha de inteligência no Ocidente.  Não encontrando nenhum, ele parece estar perdendo a esperança.  Se ele perder a esperança, a guerra está a caminho.

O povo americano não envolvido, inconsciente e desinformado não tem ideia do perigo que corre.  Seu entendimento é limitado à sua doutrinação: “Rússia ruim, Ucrânia boa”.

Envolvido na chacina que deixou sete mortos em Sinop morre em troca de tiros com policiais do Bope - NN Play

 

Coreia do Norte dispara mísseis; tensões entre EUA e China na Conferência de Segurança de Munique - NTD Brasil

 

O comunismo real - OLAVO DE CARVALHO

Olavo de Carvalho

Diário do Comércio, 13 de abril de 2014

          

Nos dicionários e na cabeça do povinho semi-analfabeto das universidades, a diferença entre capitalismo e comunismo é a de um “modo de produção”, ou, mais especificamente, a da “propriedade dos meios de produção”, privada num caso, pública no outro. Mas isso é a autodefinição que o comunismo dá a si mesmo: é um slogan ideológico, um símbolo aglutinador da militância, não uma definição objetiva. Se até os adversários do comunismo a aceitam, isto só prova que se deixaram dominar mentalmente por aqueles que os odeiam – e esse domínio é precisamente aquilo que, no vocabulário da estratégia comunista, se chama “hegemonia”.

Objetivamente, a estatização completa dos meios de produção nunca existiu nem nunca existirá: ela é uma impossibilidade econômica pura e simples. Ludwig von Mises já demonstrou isso em 1921 e, após umas débeis esperneadas, os comunistas desistiram de tentar contestá-lo: sabiam e sabem que ele tinha razão.

Em todos os regimes comunistas do mundo, uma parcela considerável da economia sempre se conservou nas mãos de investidores privados. De início, clandestinamente, sob as vistas grossas de um governo consciente de que a economia não sobreviveria sem isso. Mais tarde, declarada e oficialmente, sob o nome de “perestroika” ou qualquer outro. Tudo indica que a participação do capital privado na economia chegou mesmo a ser maior em alguns regimes comunistas do que em várias nações tidas como “capitalistas”.

Isso mostra, com a maior clareza possível, que o comunismo não é um modo de produção, não é um sistema de propriedade dos meios de produção. É um movimento político que tem um objetivo totalmente diferente e ao qual o símbolo “propriedade pública dos meios de produção” serve apenas de pretexto hipnótico para controle das massas: é a cenoura que atrai o burro para cá e para lá, sem que ele jamais chegue ou possa chegar ao prometidíssimo e inviabilíssimo “modo de produção comunista”.

No entanto, se deixaram a iniciativa privada à solta, por saber que a economia é por natureza a parte mais incontrolável da vida social, todos os governos comunistas de todos os continentes fizeram o possível e o impossível para controlar o que fosse controlável, o que não dependesse de casualidades imprevisíveis mas do funcionamento de uns poucos canais de ação diretamente acessíveis à intervenção governamental.

Esses canais eram: os partidos e movimentos políticos, a mídia, a educação popular, a religião e as instituições de cultura. Dominando um número limitado de organizações e grupos, o governo comunista podia assim controlar diretamente a política e o comportamento de toda a sociedade civil, sem a menor necessidade de exercer um impossível controle igualmente draconiano sobre a produção, a distribuição e o comércio de bens e serviços.

Essa é a definição real do comunismo: controle efetivo e total da sociedade civil e política, sob o pretexto de um “modo de produção” cujo advento continuará e terá de continuar sendo adiado pelos séculos dos séculos.

A prática real do comunismo traz consigo o total desmentido do princípio básico que lhe dá fundamento teórico: o princípio de que a política, a cultura e a vida social em geral dependem do “modo de produção”. Se dependessem, um governo comunista não poderia sobreviver por muito tempo sem estatizar por completo a propriedade dos meios de produção. Bem ao contrário, o comunismo só tem sobrevivido, e sobrevive ainda, da sua capacidade de adiar indefinidamente o cumprimento dessa promessa absurda. Esta, portanto, não é a sua essência nem a sua definição: é o falso pretexto de que ele se utiliza para controlar ditatorialmente a sociedade.

Trair suas promessas não é, portanto, um “desvio” do programa comunista: é a sua essência, a sua natureza permanente, a condição mesma da sua subsistência.

Compreensivelmente, é esse mesmo caráter dúplice e escorregadio que lhe permite ludibriar não somente a massa de seus adeptos e militantes, mas até seus inimigos declarados: os empresários capitalistas. Tão logo estes se deixam persuadir do preceito marxista de que o modo de produção determina o curso da vida social e política (e é quase impossível que não acabem se convencendo disso, dado que a economia é a sua esfera de ação própria e o foco maior dos seus interesses), a conclusão que tiram daí é que, enquanto estiver garantida uma certa margem de ação para a iniciativa privada, o comunismo continuará sendo uma ameaça vaga, distante e até puramente imaginária. Enquanto isso, vão deixando o governo comunista ir invadindo e dominando áreas cada vez mais amplas da sociedade civil e da política, até chegar-se ao ponto em que a única liberdade que resta – para uns poucos, decerto – é a de ganhar dinheiro. Com a condição de que sejam bons meninos e não usem o dinheiro como meio para conquistar outras liberdades.

Ao primeiro sinal de que um empresário, confiado no dinheiro, se atreve a ter suas próprias opiniões, ou a deixar que seus empregados as tenham, o governo trata de fazê-lo lembrar que não passa do beneficiário provisório de uma concessão estatal que pode ser revogada a qualquer momento. O sr. Silvio Santos é o enésimo a receber esse recado.

É assim que um governo comunista vai dominando tudo em torno, sem que ninguém deseje admitir que já está vivendo sob uma ditadura comunista. Por trás, os comunistas mais experientes riem: “Ha! Ha! Esses idiotas pensam que o que queremos é controlar a economia! O que queremos é controlar seus cérebros, seus corações, suas vidas.”

E já controlam.