Dia de violência na capital da Venezuela termina com 13 mortos

Aumento da agressividade em protestos coloca em xeque apoio de militares a Maduro

BUENOS AIRES — Com a Venezuela mergulhada numa onda de protestos que já deixou 22 mortos e centenas de feridos e detidos, dirigentes políticos, representantes de ONGs e analistas se perguntam até quando a Força Armada Nacional Bolivariana (FABN) continuará sustentando um governo altamente impopular — na madrugada de sexta-feira os protestos mais intensos foram em bairros humildes de Caracas — e que nas últimas duas semanas ordenou a violenta repressão de seus opositores. A preocupação internacional é grande e os governos de Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai condenaram energicamente a violência desencadeada no país.
Somente na sexta-feira, 13 pessoas morreram. Nove delas foram eletrocutadas durante a madrugada enquanto participavam do saque a um comércio do bairro de El Valle, cenário de manifestações civis que foram reprimidas pela Guarda Nacional Bolivariana (GNB) e, também, pelos chamados coletivos chavistas (grupos armados que defendem o governo). Três morreram atingidas por tiros, e um manifestante morreu durante um protesto da oposição, em Petare.
— Os militares têm muito peso na Venezuela, por isso somente se surgir um racha poderiam ocorrer mudanças imediatas — disse Rafael Uzcátegui, do Programa Venezuelano de Educação e Ação em Direitos Humanos (Provea).
Para ele, a implementação do Plano Zamora (anunciado esta semana pelo presidente Nicolás Maduro) é “uma verdadeira declaração de guerra”.
— O governo institucionalizou a atuação dos grupos paramilitares em nome do combate a um suposto golpe de Estado. A questão é quem resistirá por mais tempo — afirmou.
Na opinião da analista Argelia Rios, uma mudança ou não de posição dos militares é a grande questão neste momento:
— Não se sabe nada, o hermetismo é total. O que todos queremos saber é justamente isso, até quando os militares reprimirão em nome deste governo.



















O que está acontecendo?

Manifestantes contra o governo de Nicolás Maduro protestam há semanas em todo o país. Em Caracas, confrontos entre opositores e a polícia, que tentou dispersar as marchas com gás lacrimogêneo e jatos d'água, se tornaram frequentes. Os protestos ocorrem num cenário de crise política e econômica, em que faltam alimentos, remédios e produtos em geral.
Em meio aos protestos de sexta-feira em bairros populares de Caracas como El Valle, Petare (considerada a maior favela da América Latina) e 23 de Janeiro, manifestantes roubaram até mesmo pneus de carros que pertencem a militares.
Os confrontos obrigaram a evacuação de um hospital infantil em El Valle, onde estavam internadas 54 crianças. De acordo com o governo, o hospital foi atacado por grupos armados financiados pela oposição — acusação desmentida pelas lideranças opositoras.

















Manifestantes se chocam com a polícia durante um protesto contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em Caracas 
 No passado, os bairros que foram cenário da violência representavam importantes bases de apoio ao chavismo. Hoje, segundo afirmou Argelia, os setores populares estão cada vez mais insatisfeitos com o governo. “Desmoronou-se o mito de que os bairros (favelas) são territórios revolucionários”, escreveu a analista, no Twitter.
O presidente da Assembleia Nacional (AN), Julio Borges, assegurou que o governo é “o único responsável”.
— A violência se chama Maduro. Um governo que violenta o país, impede que o povo se expresse através do voto. Convoque eleições e deixe que o venezuelano decida o futuro — declarou.


MONICA CONFIRMA QUE RECEBEU NO CAIXA 2 DINHEIRO DA CAMPANHA DE DILMA




























MULHER DE JOÃO SANTANA DEPÕE E COMPLICA DILMA, LULA, PALOCCI...

SEGUNDO MÔNICA, O CASAL FAZ ‘BASICAMENTE MARKETING POLÍTICO’

A empresária Monica Moura, mulher do marqueteiro de campanhas eleitorais do PT João Santana, confessou ao juiz federal Sérgio Moro nesta terça-feira, 18, o uso de Caixa 2. No início do mês, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou as delações premiadas do marqueteiro, de sua mulher e do funcionário do casal André Reis Santana.
O magistrado questionou Monica se houve recebimento de pagamentos não contabilizados.
“Sim”, respondeu.
Moro  perguntou a frequência.
“Frequente, Dr.. Todas as campanhas políticas que nós fizemos, todas da Polis e antes da Polis, quando eu era apenas uma funcionária de outras campanhas, de outros marqueteiros, sempre trabalhamos com caixa 2, com recursos não contabilizados, em todas as campanhas”, afirmou.
Monica Moura declarou que ela e João Santana trabalham juntos na Polis Propaganda, ‘que é nossa agência’, há 15 anos. “Nós somos casados, vivemos juntos há 18 anos.”
Segundo ela, o casal faz ‘Basicamente marketing político’.
“Fazemos apenas a comunicação de campanhas políticas”, declarou. “Cuido de toda parte operacional e financeira da empresa.”
João Santana, declarou, era responsável pela ‘parte criativa, estratégia política das campanhas, das comunicações’.
Moro quis saber se o marqueteiro tinha ciência da movimentação financeira.
“Tinha, tinha. Tudo o que eu fazia eu me reportava a ele, óbvio, como ele era meu chefe, apesar de sócio, ele era sócio majoritária e eu me reportava ele todas as decisões, ele sabia de tudo”, afirmou Monica.
“Recebiam também pagamentos contabilizados?”, perguntou Moro.
“Sim, sim, sempre”, respondeu Monica.
“No início, muito tempo atrás, a maioria era não contabilizado, porque isso era sempre uma exigência dos partidos, sempre, creio que não só para gente, acho que para todos os marqueteiros. Não acredito que exista um marqueteiro que trabalhe no Brasil fazendo campanha só com caixa 1, não acredito que exista, todos trabalham com caixa 2. Era uma exigência dos partidos que tivesse sempre a maior parte em caixa 2. Com tempo, ao longo dos anos, nós fomos conseguindo, eu e João, posso dizer que foi uma luta árdua e frequente, fomos conseguindo aumentar o percentual. Na última campanha, nós já tivemos um valor maior de caixa 1 do que de caixa 2.  Foi aumentando ao longo do tempo o valor contabilizado.”


MÁ COMPANHIA

JORGE PONTES

Que diabo era essa empresa, afinal?
Reparem, pelo que falou Emilio Odebrecht, que a corrupção sempre esteve encrustada no DNA dessa companhia. O suborno é parte integrante da própria filosofia da empresa. 
Corromper é cláusula pétrea e a propina foi tão importante para o sucesso dessa empreiteira quanto foi a própria engenharia civil.
Aliás, a Odebrecht criou e desenvolveu uma nova modalidade de engenharia, a "Engenharia da Corrupção". 
Marcelo Odebrecht departamentalizou a corrupção, incentivando seus executivos a comprarem políticos e a superfaturarem as obras. Concedia bônus por isso. Havia no organograma da empresa um departamento só para pagamento de subornos. Não ocorria nada por debaixo dos panos, isto é, a corrupção era o business as usual...
Trata-se de um "case", de um exemplo acadêmico - para todo o sempre nas aulas de compliance - de uma "pessoa jurídica criminosa", de uma empresa literalmente bandida.
Será que essa empresa seria tão grande e tão bem sucedida se não fosse tão corrupta?
Por que será que a Odebrecht pagava para ganhar todas essas concorrências? Será que a companhia era de fato competitiva? 
Depois de ler os depoimentos dos delatores e de conhecer em detalhes os esquemas, chego à conclusão que essa companhia não merece mais chances. Tem que acabar, fechar, mudar de nome ou se reinventar em outra encarnação.
Não se trata de uma grande fraude ocorrida numa companhia, mas de uma empresa arquitetada, montada e conduzida - corporativa e institucionalmente - para maximizar exponencialmente os seus ganhos corrompendo e fraudando. 
Imagino que qualquer executivo que tenha se recusado a subornar políticos deva ter sido demitido por falta de "comprometimento com os valores filosóficos da Odebrecht". 
Essa empresa fez de fato o rabo balançar o cachorro desde o seu nascedouro.
Emilio e Marcelo Odebrecht nunca demonstraram respeito por ninguém.
Botaram no bolso, como uma caixinha de chicletes, presidentes e ministros.
Passaram por cima do Brasil inteiro, da vontade popular, da sociedade, do Congresso, para poderem ganhar dinheiro e construir suas obras, que incluem estádios e pontes que nem necessárias eram. 
Emilio Odebrecht prestou depoimento sem a menor circunspecção e sem a seriedade exigida para aquele momento. Fez piada e relaxou, mostrando profundo desrespeito à sociedade. 
Essa empresa definitivamente não merece continuar em "good standing".
O certo mesmo, como exemplo pra quem fica no meio empresarial, era acabar com a Odebrecht.

Jorge Pontes é Delegado de Polícia Federal e foi Diretor da Interpol no Brasil




PROSUBPROPINA MILIONÁRIA

PROPINA DO PT NO SUBMARINO BRASILEIRO: R$50 MILHÕES
CONTRATO DA ODEBRECHT COM SUBMARINO RENDEU R$50 MILHÕES AO PT


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Ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht revelou que a parte do PT no contrato de desenvolvimento do Submarino Nuclear brasileiro (Prosub) foi de R$ 50 milhões. O negócio, segundo o ex-executivo, era complexo pois havia também acordo de transferência de tecnologia por parte da empresa francesa que tinha o contrato com a Marinha do Brasil. O negócio rendia à Odebrecht de R$ 500 a 700 milhões ao ano. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
“Sempre que chegava o final do ano, tinha um problema para receber” no contrato do Prosub, queixou-se Odebrecht na sua delação.
Quando Odebrecht cobrava o pagamentos de parcelas, “aumentava a expectativa” de propina em Guido Mantega e João Vaccari Neto.
O alto valor do submarino forçava Odebrecht a tratar diretamente com Guido sobre pagamentos, já que era ele o responsável pela liberação.