Moro condena Cabral a 14 anos por corrupção e lavagem de dinheiro
Juiz diz que Cabral traiu mandato e culpa ex-governador por ruína
O ex-governador do Rio,
Sérgio Cabral, foi condenado pelo juiz Sérgio Moro em uma ação da Lava Jato a
14 anos e 2 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A decisão foi publicada
no sistema da Justiça Federal por volta das 11h terça-feira (13).
A mulher dele, Adriana
Ancelmo, e foi absolvida por falta de prova suficiente de autoria ou
participação. A ré Mônica Carvalho também foi absolvida pelo mesmo processo.
De acordo com a
força-tarefa da Lava Jato, os investigados tiveram envolvimento no pagamento de
vantagens indevidas a partir do contrato da Petrobras com o Consórcio
Terraplanagem Comperj, formado pelas empresas Andrade Gutierrez, Odebrecht e
Queiroz Galvão. A denúncia apresentada pelo Ministério
Público Federal (MPF) foi aceita em dezembro do ano passado.
Veja os réus
condenados e os respectivos crimes
Sérgio
Cabral – ex-governador do Rio de Janeiro: corrupção
passiva, 12 crimes de lavagem de dinheiro
Wilson
Carlos Cordeiro de Silva Carvalho - secretário do
governo do Rio de Janeiro durante a gestão de Cabral - corrupção passiva e dois
crimes de lavagem de dinheiro
Carlos
Emanuel de Carvalho Miranda - sócio do ex-governador
Sérgio Cabral - corrupção passiva e quatro crimes de lavagem de dinheiro
Rogério
Nora e Clóvis Peixoto também foram denunciados pelo MPF e se
tornaram réus nesta mesma ação penal pelo crime de corrupção ativa. Entretanto,
em janeiro de 2017, o MPF requereu a suspensão do processo em relação aos dois,
devido ao acordo de colaboração premiada firmado com eles.
“Considerando a
dimensão dos crimes e especialmente a capacidade econômica de Sérgio Cabral
ilustrada pelo patrimônio declarado de quase R$ 3 milhões e, que considerando o
examinado nesta sentença, certamente é maior, fixo o dia multa em cinco
salários mínimos vigentes ao tempo do último fato delitivo (05/2014)”, disse
Sérgio Moro sobre a multa destinada a Cabral.
Caso haja recurso,
Cabral deve responder preso, de acordo com a sentença de Sérgio Moro.
"Os atos de
corrupção e lavagem reconhecidos na presente sentença inserem-se em um contexto
maior de prática sistemática de infrações penais pelo ex-governador e seus
associados e que é ilustrado pelas cerca de nove ações penais contra eles já
propostas na Justiça Federal do Rio de Janeiro e igualmente encontra prova
neste mesmo feito no sentido de que era cobrado um percentual de vantagem
indevida em toda obra pública realizada no Estado do Rio de Janeiro”, afirmou
Sérgio Moro.
Para o juiz federal,
este fato é “assustador”, além de revelar a “prática sistemática de crimes
graves de corrupção".
Procuradoria da República no DF abre investigação sobre Lula e Dilma
Brasil: Vira
essa página!
Investigação
foi autorizada com base em delação de Joesley Batista, da JBS. À TV Globo,
advogados de Lula reiteraram inocência do ex-presidente; G1 buscava contato com
assessoria de Dilma.
A Procuradoria da
República no Distrito Federal abriu uma investigação sobre o suposto repasse de
US$ 80 milhões do Grupo J&F aos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e
Dilma Rousseff em contas no exterior (leia mais abaixo o que dizem Lula e Dilma).
O procedimento
investigatório criminal foi instaurado após o ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Luiz Edson Fachin remeter à procuradoria trechos dos depoimentos
de executivos da JBS. Lula e Dilma não têm direito ao chamado foro
privilegiado.
Na delação premiada,
Joesley Batista, dono da JBS, afirmou que, em 2009, foi criada uma conta para
repasses a Lula, que totalizaram US$ 50 milhões. Em 2010, ainda de acordo com o
delator, foi aberta outra conta, para enviar valores a Dilma, para a qual foram
enviados US$ 30 milhões.
Os valores, segundo o
delator, seriam contrapartida a um financiamento de R$ 2 bilhões, concedido em
2011, para a construção de uma fábrica da Eldorado Celulose.
O caso envolvendo o
suposto repasse é investigado em Brasília em razão de suspeitas de desvios no
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
Segundo relatos de
delatores da JBS, a empresa corrompeu políticos para ter incentivos fiscais e
conseguir dinheiro no BNDES e em fundos de pensão.
O que dizem Lula e
Dilma
À TV Globo, os
advogados de Lula informaram que "só vão se manifestar quando
tiverem acesso ao material e reiteram a inocência do ex-presidente Lula".
Em nota divulgada na
semana passada sobre o suposto repasse, a assessoria de Lula já havia declarado
que é falso, leviano e até criminoso atribuir ao ex-presidente qualquer relação
com uma conta que não é dele e da qual o ex-presidente nunca teve conhecimento.
O G1 buscava
contato com a assessoria de Dilma até a última atualização desta
reportagem. Em nota divulgada na semana passada, a ex-presidente declarou ser
"fanasiosa a versão de que ela seria beneficiária de uma conta na
Suíça" e que Dilma "nunca recebeu qualquer benefício financeiro de
Joesley Batista."
UM BANDIDO PARA CHAMAR DE MEU, É O LEMA DOS PETISTAS
JORGE OLIVEIRA
Atenas, Grécia - O
fundamentalista Rui Falcão chamou de “heróis do povo” os presidiários Zé Dirceu
e João Vaccari Neto, dois petistas notórios da organização criminosa chefiada
por Dilma e Lula, segundo as investigações da Lava Jato. “Quero prestar solidariedade
aos nossos companheiros perseguidos e injustiçados, não só ao Zé Dirceu, mas
também a João Vaccari Neto”. Pois é, cada um tem o herói que merece, que pode
levar para casa e acabar de criar. Mas, por favor, não fale em nome do povo e
não meta o povo no meio dessa corja ensandecida que se especializou em roubar o
dinheiro desse mesmo povo, que a petezada ainda faz de joguete para os seus
interesses eleitorais.
Falcão vai deixou a
presidência do PT. Falou pelo partido no 6º Congresso Nacional em Brasília.
Aproveitou para reutilizar antigas e manjadas palavras de ordem quando acusa a
Lava Jato de ser um “mecanismo de exceção” para beneficiar empresários
corruptos. O mundo mudou, mas Falcão recorre ao seu baú para resgatar palavras
que ainda continuam no dicionário ideológico dos fundamentalistas que não
avançaram no tempo. Olha que preciosidade de Falcão: “É preciso nos voltarmos
contra os mecanismos de exceção, que também estão na Lava Jato. A pretexto de
combater a corrupção, beneficiam corruptos que vão para o exterior e colocam
nossos companheiros na prisão”. Entendeu bem o discurso do Falcão? Parece que
está no mundo da lua, ouvindo os discos de vinil da Celly Campelo (“Banho de
Lua”) e de Renato e seus Blue Caps (“Feche os Olhos”).
Mas os elogios
aos “mártires” petistas não se reservaram apenas ao discurso biruta do
fundamentalista-chefe da receita lulista. Ele foi mais longe. Dedicou o painel
do PT que enfeitou o congresso aos presidiários do partido. Lá estavam, lado a
lado, Zé Dirceu e Vaccari disputando espaço entre as fotos de Lula e Dilma.
Sabe por que Falcão continua a prestigiar o ex-tesoureiro do partido? Porque
ele ainda não abriu o bico. Prefere amargar sozinho os dias dentro do presídio
a entregar os chefes da organização criminosa.
Falcão não
mencionou o nome de Palocci em nenhum momento. Treme quando ouve falar no
ex-ministro da Fazenda. Tem a certeza de que a deleção do homem que conduziu as
finanças ilegais das campanhas de Lula e Dilma derruba a casa deles e esvazia a
presunção de Lula de que é mais honesto do que “Cristo”, como disse em uma de
suas bravatas regada a goles de uma boa cana.
O presidente do
PT deixa o cargo e um rastro de corrupção nunca visto dentro de um partido
político. Durante o tempo em que lá permaneceu foi fiel aos companheiros
militantes, principalmente aqueles como Zé Dirceu e Vaccari que continuam em
silêncio para proteger os outros integrantes da gang da organização
criminosa. Por isso foram homenageados como “heróis do povo”. Se tivessem
dedurado, teriam sido execrados como foram outros membros do partido que não
suportaram a pressão dos interrogatórios e o abandono a que foram relegados
pelos líderes quando foram presos.
É assim mesmo.
Enquanto os presidiários petistas acharem que Lula ainda tem chances de se
eleger vão continuar de bico fechado. Se a casa desmoronar, será um Deus nos
acuda. A percepção de que os alicerces ruíram já foi detectada por Palocci que
não quer mofar na cadeia enquanto seus asseclas gozam de liberdade vigiada. Por
isso começou a entregar o Lula, empresários e banqueiros que criaram um pacto
indissolúvel para dilapidar o patrimônio dos brasileiros com empréstimos
fraudulentos e manipulados nos bancos estatais.
Fora da
presidência do partido, Falcão não perde por esperar até Palocci abrir o bico.
Aí sim, o povo, mais uma vez, vai conhecer os seus verdadeiros heróis – os
investigadores da Lava Jato.
Fonte: Diário do Poder
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