ROMBO BILIONÁRIO
OS R$
71,2 BILHÕES EM PREJUÍZO DESDE 2014 VALEM 34% DA PETROBRAS
ROMBO DE R$71,2 BI EQUIVALE A 34% DO VALOR DE MERCADO DA
PETROBRAS
Ainda lutando para se
recuperar da roubalheira durante os governos do PT, a Petrobras contabilizou
prejuízos líquidos de R$ 71,2 bilhões, acumulados desde 2014. O valor equivale
a 34% do atual valor de mercado da estatal, estimado em R$ 209 bilhões, de
acordo com o relatório anual endereçado aos investidores. O ano de 2015, último
do governo Dilma, responde por quase metade do rombo: R$ 34,8 bilhões. A
informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
PREJUÍZOS DA PETROBRAS EQUIVALEM A UM TERÇO DO VALOR DA ESTATAL
Ao fim do desastroso
ano de 2015 na Petrobras, o prejuízo acumulado era de R$49,6 bilhões ou 49% do
seu valor de mercado, à época.
Apesar do reduzir em 10
mil o número de funcionários, a Petrobras tem mais empregados e um terço da
produção da BP, Exxon e Shell.
Se reduziu o número de
funcionários, a Petrobras não diminuiu seus gastos com pessoal, que saltaram em
R$ 4,7 bilhões.
MENSALÃO
REABERTA INVESTIGAÇÃO SOBRE O PAPEL DE LULA NO ESCÂNDALO DO
MENSALÃO
Investigação sobre o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por fatos relacionados ao mensalão do
PT foi reaberta pela Procuradoria da República no Distrito Federal e a Polícia
Federal.
Em 2013, após novos
depoimentos do empresário Marcos Valério, a PF abriu um inquérito para apurar
pagamento de US$ 7 milhões da Portugal Telecom para o PT quitar dívidas de
campanhas eleitorais. Em troca, a Portugal Telecom obteria facilidade
na compra da Telemig. Valério insistiu que Lula sempre soube de tudo e que era
o chefe do esquema do seu governo para subornar deputados, fazendo-os votar
favoravelmente ao governo, no Congresso.
PORTUGAL TELECOM PAGOU AO PT EM TROCA DE NEGÓCIOS NO BRASIL
EM
2012, MIGUEL HORTA, DA PORTUGAL TELECOM, ESTEVE COM LULA NO PLANALTO.
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De acordo com a
assessoria de imprensa do ex-presidente, as acusações de Valério foram
investigadas por três anos, e os ministérios públicos de Portugal e do Brasil
teriam pedido o arquivamento por falta de provas.
Mais de 30 pessoas
foram ouvidas, inclusive em Portugal, mas, em 2015, a PF entendeu que não havia
indícios que comprovassem a irregularidade. O procurador Frederido Paiva, da
Procuradoria do Distrito Federal, concordou com o arquivamento e enviou o
caso à Justiça Federal.
No ano passado, o juiz
do caso discordou do arquivamento pedido pelo MP. Quando isso acontece, é
preciso que uma câmara de revisão do MP reanalise o caso.
A Câmara de Combate à
Corrupção da Procuradoria Geral da República entendeu que a investigação
deveria mesmo ser reaberta.
Por isso, a
Procuradoria da República do DF recebeu novamente a investigação e determinou
sorteio de um novo procurador para ficar à frente do caso – pelas regras, o
processo não pode ser tocado pelo mesmo procurador que arquivou a investigação.
O sorteado foi Ivan Marx.
Empresário preso na Lava Jato diz ter gerado, sozinho, R$ 1,7 bilhão em propina
Adir Assad esmiuçou esquema criminoso para obter vantagens em
obras públicas. Empresa de terraplanagem do empresário nunca removeu um grão de
areia. Propina era chamada de 'lasanha'.
O engenheiro Adir
Assad, preso na Lava Jato, detalhou como funcionava o esquema bilionário de
pagamento de propina em grandes empreiteiras do País. Assad disse em depoimento
ao juiz da 7ª Vara Criminal Federal no Rio de Janeiro o que era a "lasanha
de propina". Na audiência, Adir Assad também diz que gerou, sozinho, R$
1,7 bilhão de propina.
"É tudo uma
questão de dinheiro. Para se eleger um deputado federal custa R$ 30 milhões,
para eleger um deputado estadual, custa R$ 20 milhões. Tanto é que eu forneci
para todas as empreiteiras. (...) Porque a gente tinha a facilidade para esse
crime", explicou Assad.
Um crime contra os
cofres públicos já que no esquema as empreiteiras contratavam a empresa de Adir
Assad para fazer terraplanagem e o serviço simplesmente não era feito. Ainda
assim, Assad emitia notas fiscais milionárias sem remover nada de areia.
Para executar o serviço
sujo, o empresário cobrava uma comissão de 14%, sendo que a maior parte ia para
a empreiteira contratada para o serviço. E esse pagamento era feito em espécie.
"Nós colocávamos
uma ou duas máquinas em cada obra. Se nós pegarmos os valores das notas fiscais
fica evidente que não tem como... R$1,2 milhão, R$ 1,1 milhão em cada nota
fiscal. Se nós dividirmos isso por R$ 100 a hora, a máquina precisa trabalhar
seis meses, dia e noite, sábado e domingo, sem manutenção e tal, durar dois para
chegar num faturamento desse", detalhou o empresário.
O esquema era muito
procurado por empreiteiras porque Adir Assad tinha facilidade de conseguir
dinheiro vivo, na boca do caixa. Isso porque o empresário também era dono de
empresas que produziam shows. Assim, Assad costumava usar ingressos e outros
"mimos" para seduzir os gerentes de bancos.
"Tinha ingressos à
vontade para gerentes, diretores. Não só os ingressos, mas o diretor, eu pegava
o diretor e falava: 'ah, você gosta do U2? Então eu vou arrumar para você ir lá
no camarim e fazer uma foto com ele", continuou Assad.
Tanta era a ganância e
fome por dinheiro que os empresários envolvidos no esquema até criaram um
apelido para as malas de dinheiro que circulavam pelo País: lasanha. Segundo
Assad, cada mala era recheada com 150 ou 170 mil reais.
De acordo com Assad, só
a Andrade Gutierrez gastou R$ 30 milhões em propina para que deputados não
incomodassem os negócios quando o empresário foi convocado para depor na
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que, em 2012, investigava as relações
de Carlinhos Cachoeira com agentes públicos.
"Tanto é que o dia
que eu cheguei na CPI, foi uma maravilha. Eu cheguei lá e estavam todos os
deputados, senadores, todos no telefone, para não fazer pergunta para mim. Quer
dizer... "Mio", né? Parecia que eu fui lá fazer uma palestra",
disse Assad.
A certeza da impunidade
era grande e Assad contou o porquê de achar que nunca seria preso. Ele
exemplificou explicando que buscava dinheiro de fora do Brasil para o PSDB e,
dentro do País, dava outra quantia para o PT. "Eu gerei R$ 1,7 bilhão de
propina. Eu sozinho", se orgulha o empresário.
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