Terremoto mata mais de 220 no México; país continua busca por sobreviventes

Sobe para 224 o número de mortos pelo terremoto no México
Cidade do México, 20 set (EFE).- O número de mortos por causa do terremoto de magnitude 7,1 na escala Richter, que na terça-feira atingiu o centro do México, subiu para 224, informou hoje o secretário de Governo, Miguel Ángel Osorio.
Em uma entrevista à emissora "Televisa", Osorio disse que há 117 mortos na Cidade do México, 39 no estado de Puebla, 55 em Morelos, 12 no Estado do México e outro em Guerrero. Outros relatórios falam de três mortos em Guerrero.
Além disso, existem 45 edifícios totalmente destruídos, e em seis deles acredita-se que existam pessoas soterradas.
Pouco antes, o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, estabeleceu como prioridade o resgate de pessoas soterradas e atendimento aos feridos.
"A prioridade neste momento é continuar o resgate de quem ainda está preso e dar atendimento médico aos feridos", afirmou Peña Nieto, em uma mensagem em cadeia nacional, após percorrer alguns pontos da Cidade do México.


O governante destacou que milhares de integrantes do Exército, Marinha e Polícia Federal "estão ajudando a população".
Peña Nieto disse que trabalha "em plena coordenação" com o chefe do Governo da Cidade do México, Miguel Ángel Mancera, e com os governadores de Puebla e Morelos, "as entidades que sofreram os maiores danos".
Os serviços de urgência estão disponíveis para todas as pessoas que precisem de atenção, afirmou.
"Lamentavelmente, muitas pessoas perderam a vida, incluindo meninas e meninos em escolas, edifícios e casas", disse Peña Nieto, que deu suas condolências a todos aqueles que perderam um parente ou um amigo.
Mais cedo, em declarações a jornalistas enquanto visitava a região onde uma escola desabou na Cidade do México, o presidente disse que pelo menos 20 crianças e dois adultos morreram e outras 38 pessoas estão desaparecidas.
Ao lado de Mancera, Peña Nieto declarou que são 30 crianças e oito adultos estão desaparecidos no Colégio Enrique Rebsamen.
Ele acrescentou que mais de 500 membros do Exército e da Secretaria da Marinha, assim como 200 da Proteção Civil, trabalham para encontrar sobreviventes entre as ruínas, onde 14 crianças já foram resgatadas com vida. EFE

Colunista de O Globo pede a prisão do General Mourão:


'Militar na ativa não pode abordar temas políticos em público. Este general merece ser preso'O colunista Ricardo Noblat, do  jornal O Globo, criticou duramente o general Hamilton Mourão, que afirmou que, se o Judiciário não afastar os corruptos do poder, o Exército agirá. Noblat chegou a pedir a prisão do general: "Discurso de golpista. Militar na ativa não pode abordar temas políticos em público. Este general merece ser preso".