Polícia prende mais de 140 suspeitos de integrar milícia na Zona Oeste do Rio
Quatro criminosos morreram na ação, que é uma das maiores já
realizadas pela polícia contra esse tipo de organização criminosa. Local em que
suspeitos foram encontrados é considerado o quartel general da milícia. Cerca
de 30 fuzis e 20 pistolas foram apreendidos.
Secretário de Segurança Pública do Rio, Richard Nunes, e Chefe
de Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, chegaram na Cidade da Polícia por volta das
10h30 deste sábado (7) (Foto: Fernanda Rouvenat / G1)
Presos chegaram por volta das 9h na Cidade da Polícia, no Jacaré
(Foto: Fernanda Rouvenat / G1)
Mais de 80 suspeitos de integrar grupo de milicianos são presos
em operação na Zona Oeste do Rio (Foto: Divulgação)
Uma operação de combate à
milícia, desencadeada na manhã desde sábado (7), prendeu 142 pessoas e
apreendeu sete menores suspeitos de integrar grupos criminosos que atuam na
Zona Oeste do Rio. Os detidos estavam numa festa em um sítio em Santa Cruz,
onde a polícia encontrou diversos carros importados, fuzis, granadas e até
roupas militares. Inicialmente, a polícia informou que 153 suspeitos tinham
sido levados para a Cidade da Polícia.
De acordo com as
investigações, o sítio era usado como um quartel general da milícia, de onde os
grupos saiam para agir em outros bairros da Zona Oeste da cidade. A festa que
aconteceu na noite desta sexta (6) tinha alguns itens personalizados como
pulseira vip, ingresso numerado e copo com tema da festa. Quando a chegada dos
agentes, houve muito tiroteio. Quatro criminosos morreram no confronto.
Segundo o Secretário de
Segurança Pública do Rio, general Richard Nunes, outras ações de combate à
milícia serão realizadas. “A sociedade pode confiar na intervenção federal.
Outras operações já estão sendo planejadas e serão executados em curto prazo. O
Rio precisa voltar a ser uma terra feliz, de um povo feliz, trabalhador”,
afirmou Nunes.
A ação foi coordenada por
policiais das Delegacia de Homicídios da Baixada
a Fluminense e conta com o apoio
da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), 27ª DP (Vicente de Carvalho) e
35ª DP (Campo Grande).
Cerca de 30 fuzis e 20
pistolas foram apreendidos. O número de detidos na ação foi tão grande que
foram precisos dois ônibus para fazer o transporte dos suspeitos até a Cidade
da Polícia.
Presos estão sendo levados para a Cidade da Polícia, na Zona
Norte do Rio (Foto: Fernanda Rouvenat / G1)
De acordo com a
investigação, iniciada há cerca de dois anos pela Delegacia de Homicídios da
Capital, Wellington da Silva Braga, o Ecko, apontado como o chefe da maior
milícia do estado, estaria no local. O miliciano conseguiu escapar do cerco da
polícia na ação deste sábado.
Ecko é irmão de Carlos
Alexandre Braga, o Carlinhos Três Pontes, miliciano que
foi morto em abril do ano passado durante uma operação na
Polícia Civil. Carlinhos era um dos criminosos mais procurados do estado e
comandava o tráfico de drogas em comunidades da Zona Oeste atuava no controle
de vans que circulam da região
Em represália à ação da
polícia, criminosos atearam fogo na estação do BRT Cesarão 3, em Santa Cruz. A
estação permanecia fechada até as 11h.
Em nota, o BRT informou
que a operação do corredor TransOeste no eixo da avenida Cesário de Melo foi
interrompida às 5h20. "A medida foi adotada para preservar a segurança de
funcionários e clientes do BRT.", explicou o consórcio.
Av. Cesário de Melo tem
faixa ocupada por operação policial na altura do BRT Cesarão 3. Tráfego sem
retenções.
Fuzis foram apreendidos em sítio considerado quartel general da
milícia em Santa Cruz (Foto: Fernanda Rouvenat / G1)
No fim do mês passado,
imagens do Globocop flagraram uma guerra entre
traficantes e milicianos na Praça Seca, também na Zona Oeste. Na
fuga, os criminosos chegaram a parar o trânsito na Rua Cândido Benício, uma das
principais ruas da região, que fica em frente a uma estação do BRT.
Atualmente, as milícias
atuam 11 municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
As áreas de influência desses grupos criminosos somam 348 km², o equivalente a
um quarto do tamanho da capital. É um conjunto de territórios em que vivem 2
milhões de pessoas que, no dia a dia, são coagidas a usar o transporte, o
botijão de gás; a pagar por segurança e pelo sinal de TV; além de consumir água
e os alimentos da cesta básica dessas quadrilhas.
OS HORRÍVEIS
Foi por um triz. Se o voto da ministra Rosa Weber seguisse sua própria convicção, teria soado para corruptos e corruptores o “liberou geral” da roubalheira. E o Mecanismo teria recebido, da mais alta Corte do país, seu alvará de funcionamento. A esse ponto chegamos.
Trata-se, porém, de uma triste vitória, cuja validade vence ali adiante quando a questão de fundo for a exame do plenário. Nesse momento, o assunto será a constitucionalidade da pena de prisão aplicada antes do trânsito em julgado da sentença condenatória. Para essa deliberação, salvo nova interferência divina, os votos já estão contados e as consequências, bem conhecidas.
Foi repugnante testemunhar o vigor retórico com que os horríveis ministros Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Toffoli e Lewandowski, alegando defender os pobres, votavam favoravelmente aos corruptos milionários, cujos interesses estavam indiretamente representados pelos dispendiosos advogados do abonado réu Lula. Aquela eloquência demagógica e populista dos quatro julgadores não era ouvida, porém, nas celas infectas e superlotadas dos nossos presídios. Quem não perdia uma palavra da sessão era a nata prisional do país e aqueles que, fora das prisões, só conseguem dormir quando soam as seis badaladas do sino da igreja sem que lhes batam à porta.
Horríveis, esses ministros contaminados pelo lulismo. Sua prática é a mesma do réu cujo nome estava na capa do processo em pauta, depois de furar a longa fila das precedências. Também o réu Lula, com uma das mãos servia generosamente os ricos enquanto, com a outra, jogava míseros farelos aos pobres.
Assim, estamos. Fenômenos análogos já foram descritos como círculos de ferro, referindo-se, por exemplo, às oligarquias, ou à burocracia. Nós vivemos sob o círculo de ferro da impunidade que envolve o topo dos três poderes de Estado. Jogam afinados. No Executivo, opera a matriz dos negócios. No Legislativo enquanto umas leis definem os crimes, outras protegem os criminosos, embaraçam os ritos e frustram a aplicação das penas. Do topo do Judiciário saem os comandos que se empenham em recobrir as indecências da impunidade com as vestes talares da justiça e o manto da mais fingida misericórdia. Ainda tenho diante dos olhos a figura de alguns ministros, na lamentável sessão do dia 23 de março, lavando os pés dos advogados de Lula e regurgitando admiração quando um deles falou francês.
Não consegui arregimentar em mim alegria suficiente para qualquer comemoração. Breve, muito em breve, salvo milagre, o talão de cheque dos criminosos endinheirados varrerá de seu caminho a desagradável obrigação de cumprir as penas a que forem condenados. O círculo de ferro da impunidade se fechará e a execução das sentenças de prisão ficará postergada para o Juízo Final, após a ressureição dos mortos. Nessa ocasião, o horrível Celso de Mello falará por todos.
Trata-se, porém, de uma triste vitória, cuja validade vence ali adiante quando a questão de fundo for a exame do plenário. Nesse momento, o assunto será a constitucionalidade da pena de prisão aplicada antes do trânsito em julgado da sentença condenatória. Para essa deliberação, salvo nova interferência divina, os votos já estão contados e as consequências, bem conhecidas.
Foi repugnante testemunhar o vigor retórico com que os horríveis ministros Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Toffoli e Lewandowski, alegando defender os pobres, votavam favoravelmente aos corruptos milionários, cujos interesses estavam indiretamente representados pelos dispendiosos advogados do abonado réu Lula. Aquela eloquência demagógica e populista dos quatro julgadores não era ouvida, porém, nas celas infectas e superlotadas dos nossos presídios. Quem não perdia uma palavra da sessão era a nata prisional do país e aqueles que, fora das prisões, só conseguem dormir quando soam as seis badaladas do sino da igreja sem que lhes batam à porta.
Horríveis, esses ministros contaminados pelo lulismo. Sua prática é a mesma do réu cujo nome estava na capa do processo em pauta, depois de furar a longa fila das precedências. Também o réu Lula, com uma das mãos servia generosamente os ricos enquanto, com a outra, jogava míseros farelos aos pobres.
Assim, estamos. Fenômenos análogos já foram descritos como círculos de ferro, referindo-se, por exemplo, às oligarquias, ou à burocracia. Nós vivemos sob o círculo de ferro da impunidade que envolve o topo dos três poderes de Estado. Jogam afinados. No Executivo, opera a matriz dos negócios. No Legislativo enquanto umas leis definem os crimes, outras protegem os criminosos, embaraçam os ritos e frustram a aplicação das penas. Do topo do Judiciário saem os comandos que se empenham em recobrir as indecências da impunidade com as vestes talares da justiça e o manto da mais fingida misericórdia. Ainda tenho diante dos olhos a figura de alguns ministros, na lamentável sessão do dia 23 de março, lavando os pés dos advogados de Lula e regurgitando admiração quando um deles falou francês.
Não consegui arregimentar em mim alegria suficiente para qualquer comemoração. Breve, muito em breve, salvo milagre, o talão de cheque dos criminosos endinheirados varrerá de seu caminho a desagradável obrigação de cumprir as penas a que forem condenados. O círculo de ferro da impunidade se fechará e a execução das sentenças de prisão ficará postergada para o Juízo Final, após a ressureição dos mortos. Nessa ocasião, o horrível Celso de Mello falará por todos.
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