Dentre os concorrentes ao pleito, há ex-presidentes, senadores, deputados, ex-ministros e até um ex-ministro do Supremo Tribunal Federal
A exatos seis meses da eleição
presidencial deste ano, pelo menos 16 nomes já se
colocaram publicamente na disputa. Os partidos devem anunciar seus
pré-candidatos até o início de agosto, quando termina o prazo para cada legenda
definir as candidaturas nas convenções.
Dentre os concorrentes ao
pleito, há ex-presidentes, senadores, deputados, ex-ministros e até um
ex-ministro do Supremo Tribunal
Federal.
Aldo Rebelo – Solidariedade
O partido Solidariedade
lançou nesta segunda-feira (16), na capital paulista, a pré-candidatura do
ex-ministro e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, à Presidência
da República. “O Solidariedade é uma legenda que tem identidade com meu
pensamento, minha trajetória, meus valores e com as perspectivas que eu tenho”,
disse Aldo Rebelo.
Segundo ele, sua
candidatura pretende buscar a união nacional em torno dos grandes interesses do
país. Aldo destacou que vê como necessária a junção das forças políticas da
direita e esquerda em prol do Brasil. “Desde que os objetivos sejam comuns: a
retomada do crescimento da economia, o desenvolvimento do país, a redução das
desigualdades e a valorização da democracia, pois sem isso não há solução para
nenhum dos impasses que o Brasil vive no momento”, disse.
Alagoano, Aldo Rebelo
iniciou sua trajetória política em movimentos contra a ditadura militar e no
movimento estudantil dos anos 80. Foi deputado federal por seis mandatos
consecutivos, chegando a presidir a Câmara dos Deputados entre 2005 e 2007. Foi
também ministro nas áreas de Ciência e Tecnologia, Esporte e Defesa.
Álvaro Dias – Podemos
O senador Álvaro Dias
será o candidato do Podemos. Eleito senador em 2014, pelo PSDB, Álvaro Dias
migrou para o PV e, em julho do ano passado, buscou o Podemos, antigo PTN. Com
a candidatura do senador, a legenda quer imprimir a bandeira da renovação da
política e da participação direta do povo nas decisões do país por meio de
plataformas digitais.
“Nós temos que rediscutir
a representação parlamentar. Não somos senadores demais, deputados e vereadores
demais? Está na hora de reduzirmos o tamanho do Legislativo no país, tornando-o
mais enxuto, econômico, ágil e competente”, afirmou Dias, em entrevista
concedida esta semana no Congresso Nacional.
O político, de 73 anos,
está no quarto mandato de senador. De 1987 a 1991, foi governador do Paraná, à
época pelo PMDB. Na década de 1970, foi deputado federal por três legislaturas
e, antes, foi vereador de Londrina (PR) e deputado estadual no Paraná. Álvaro
Dias é formado em História.
Ciro Gomes – PDT
Pela terceira vez
concorrendo ao posto mais alto do Executivo, o ex-governador do Ceará Ciro
Gomes vai representar o PDT na disputa presidencial. Ao anunciar o seu nome
como pré-candidato na última quinta-feira (8), o pedetista adotou um discurso
contra as desigualdades e propondo um “projeto de desenvolvimento” para o país.
“Não dá para falar sério
em educação que emancipe, não dá para falar sério em segurança que proteja e
restaure a paz da família brasileira sem ter compromisso sério para dizer de
onde vem o dinheiro”, disse, no ato de lançamento da pré-candidatura.
Ciro Ferreira Gomes tem
60 anos e é formado em Direito. Ele foi governador do Ceará por dois mandatos,
ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco e da Integração Nacional no
primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes, ocupou a
prefeitura de Fortaleza e o cargo de deputado estadual. Em 1998 e 2002, ele foi
candidato à Presidência, tendo ficado em terceiro e quarto colocado,
respectivamente.
Fernando Collor –
PTC
O senador e ex-presidente
da República Fernando Collor vai concorrer pelo PTC. Ele foi presidente da
República entre 1990 e 1992, quando sofreu impeachment e foi substituído pelo
então vice-presidente Itamar Franco. Foi o primeiro presidente a ser eleito
pelo voto direto após o regime militar (1964-1985).
Depois de ter os direitos
políticos cassados, ele se candidatou ao Senado em 2006, tendo sido eleito, e
reconduzido ao cargo em 2014. Antes de ocupar a Presidência, o jornalista e
bacharel em Ciências Econômicas, formado pela Universidade Federal de Alagoas,
foi governador de Alagoas (1986) e deputado federal (1982).
Em discurso em fevereiro
na tribuna do Senado, Fernando Collor de Mello disse que sua pré-candidatura é
a retomada de uma missão pelo país. E afirmou que pretende alavancar novamente
o país, mediante um novo acordo com a sociedade. “Isso só será possível com
planejamento e com sólido programa social que seja tecnicamente recomendável,
politicamente viável e socialmente aceito”, destacou.
Flávio Rocha – PRB
O empresário Flávio Rocha
é o pré-candidato pelo PRB, legenda ao qual se filiou em março.
Pernambucano, Flávio
Gurgel Rocha exerce atualmente a função de CEO do Grupo Guararapes, um dos
maiores grupos empresariais do país. “Nós temos sim a responsabilidade de
colocar o Brasil nos trilhos da prosperidade. Essa prosperidade é resultado de
liberdade econômica e política. É para isso que estou de casa nova, no PRB”,
disse Rocha no dia do lançamento da pré-candidatura.
Já foi eleito deputado
federal por duas vezes (1987-1990/1991-1994) e membro da Assembleia Nacional
Constituinte. Foi um dos fundadores do IDV (Instituto de Desenvolvimento do
Varejo). Ele é casado e pai de quatro filhos.
Geraldo Alckmin – PSDB
Após a desistência de
outros quadros da sigla, o PSDB oficializou, no último dia 20, a
pré-candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Esta será a
segunda vez que ele disputará a vaga. Em dezembro do ano passado, em uma
movimentação para unir os demais quadros tucanos em torno de sua candidatura,
Alckmin foi eleito presidente nacional do PSDB.
Na entrevista coletiva em
que anunciou a pré-candidatura, Alckmin afirmou que irá destravar a economia e
colocou como prioridades a desburocratização, uma reforma tributária, retomar a
agenda da reforma da Previdência e reduzir os juros.
Geraldo Alckmin tem 65
anos, é formado em medicina e é um quadro histórico do PSDB em São Paulo. Ele
começou a carreira como vereador em Pindamonhangaba, no interior do estado. Foi
prefeito da cidade, deputado estadual e deputado federal na Assembleia Nacional
Constituinte. Vice-governador de 1995 a 2001, ele assumiu a administração
paulista após a morte de Mário Covas, sendo reeleito em 2002. Disputou o
Planalto em 2006, quando foi derrotado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva no 2º turno. Eleito em 2010 para mais um mandato à frente do governo de
São Paulo, Alckmin foi reeleito em 2014.
Guilherme Boulos – PSOL
Depois de uma consulta
interna que contou com outros três nomes, o PSOL decidiu lançar a
pré-candidatura de Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem
Teto (MTST), após ele se filiar à sigla no início do mês de março. Repetindo a
estratégia das últimas eleições de apresentar uma opção mais à esquerda que os
demais partidos, o PSOL participará com candidato próprio à corrida
presidencial, que em 2010 e 2014 teve os nomes de Plínio de Arruda Sampaio e
Luciana Genro na disputa.
Segundo Boulos, é preciso
levar a indignação dos cidadãos para dentro da política. Como bandeiras de
campanha, ele elencou o combate aos privilégios do “andar de cima” da economia
e a promoção de plebiscitos e referendos de consulta à população sobre temas
fundamentais. “Nós queremos disputar o projeto de país. Não teremos uma
candidatura apenas para demarcar espaço dentro da esquerda brasileira. Vamos
apresentar uma alternativa real de projeto para o Brasil”, afirmou.
Um dos líderes do
movimento pelo direito à moradia no Brasil, Boulos ficou conhecido
nacionalmente após as mobilizações contra a realização da Copa do Mundo no
país, em 2014. Como liderança do MTST, ele organizou a ocupação de áreas
urbanas, em especial no estado de São Paulo. Formado em Filosofia e Psicologia,
Boulos tem 35 anos.
Jair Bolsonaro – PSL
Deputado federal na
sétima legislatura, Bolsonaro se filiou ao PSL na última quarta-feira (7). Considerado
polêmico por suas bandeiras, Jair Bolsonaro defende a ampliação do acesso a
armas e um Estado cristão, além de criticar modelos de família, segundo ele,
“não tradicionais”, como casamento homossexual.
“Nós temos propósitos,
projeto e tudo para começar a mudar o Brasil. Nós somos de direita, respeitamos
a família brasileira. Está na Constituição que o casamento é entre homem e
mulher e ponto final. Esse pessoal é o atraso, uma comprovação de que eles não
têm propostas e que a igualdade que eles pregam é na miséria”, afirmou, durante
o ato de filiação ao PSL. De acordo com o partido, ainda não há uma data de
lançamento oficial da pré-candidatura.
Nascido em Campinas, Jair
Messias Bolsonaro tem 62 anos. Ele é formado em Educação Física e militar de
carreira. Ele foi para a reserva das Forças Armadas em 1988, após se envolver
em atos de indisciplina e ser eleito vereador pelo Rio de Janeiro. Desde 1991,
assumiu uma cadeira na Câmara dos Deputados. Foi eleito deputado em 2014 pelo
PP, mas migrou para o PSC.
João Amoêdo – Novo
Com 55 anos, João Amoêdo
é o candidato pelo partido Novo, que ajudou a fundar. Formado em engenharia e
administração de empresas, fez carreira como executivo do mercado financeiro.
Amoêdo foi um dos
fundadores do Partido Novo, que teve seu registro homologado pelo Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) em 2015. A disputa presidencial em 2018 será a
primeira experiência política dele.
Entre as principais
bandeiras de Amoêdo, assim como do Partido Novo, estão a maior autonomia e
liberdade do indivíduo, a redução das áreas de atuação do Estado, a diminuição
da carga tributária e a melhoria na qualidade dos serviços essenciais, como
saúde, segurança e educação. “É fácil acabar com a desigualdade, basta tornar
todo mundo pobre. Ao combater a desigualdade você não está preocupado em criar
riqueza e crescer, você só está preocupado em tornar todo mundo igual. O
importante é acabar com a pobreza e concentrar na educação básica de qualidade
para todos”, diz o candidato em sua página oficial na internet.
José Maria Eymael – PSDC
Já o PSDC confirmou no
último dia 15 de março a pré-candidatura do seu presidente nacional, José Maria
Eymael, que vai concorrer pela quinta vez.
Além de fundador do PSDC,
José Maria Eymael é advogado e nasceu em Porto Alegre. Sua trajetória política
começou na capital gaúcha, onde foi um dos líderes da Juventude Operária
Católica. Em 1962, filiou-se ao Partido Democrata Cristão (PDC) e atuou como
líder jovem do partido.
Em 1986, foi eleito
deputado federal por São Paulo. Em 1990, conquistou o segundo mandato na Câmara
dos Deputados. Como parlamentar federal, Eymael defendeu a manutenção da
palavra Deus no preâmbulo da atual Constituição Federal durante a Assembleia
Constituinte, considerado um marco em sua trajetória política.
Levy Fidelix – PRTB
Outro candidato
recorrente ao pleito é o jornalista e publicitário Levy Fidelix, representando
o partido do qual é fundador: PRTB. Abordando temas em defesa da família e dos
“bons costumes”, ele buscará aproveitar o momento de insatisfação dos
brasileiros com a corrupção para se dizer um candidato “ficha limpa”.
Fidelix concorreu ao
cargo nas eleições de 2014, 2010 e de 1994.
Antes de criar o PRTB,
Fidelix participou da fundação do Partido Liberal (PL), em 1986, quando se
lançou na carreira política e disputou uma vaga na Câmara dos Deputados pelo
estado de São Paulo. Depois, migrou para o Partido Trabalhista Renovador (PTR),
quando também concorreu a um mandato de deputado federal, no início dos anos
90. Apresentador de televisão, professor universitário e publicitário, Fidelix
já concorreu três vezes à prefeitura da capital paulista e duas vezes ao
governo do estado.
Manuela D’Ávila – PCdoB
A deputada estadual do
Rio Grande do Sul, Manuela D’Ávila, será a candidata pelo PCdoB. A ex-deputada
federal, por dois mandatos, teve a pré-candidatura lançada pelo partido
comunista em novembro do ano passado. Esta é a primeira vez que o PCdoB lançará
candidato próprio desde a redemocratização de 1988. Um dos motes da campanha
será o combate à crise e à “ruptura democrática” que, segundo a legenda, o país
vive.
“Trata-se de uma
pré-candidatura que tem como algumas de suas linhas programáticas mais gerais a
retomada do crescimento econômico e da industrialização; a defesa e ampliação
dos direitos do povo, tão atacados pelo atual governo; a reforma do Estado, de
forma a torná-lo mais democrático e capaz de induzir o desenvolvimento com
distribuição de renda e valorização do trabalho”, escreveu a presidente
nacional do partido, Luciana Santos, ao lançar a candidatura de Manuela
D’Ávila.
Manuela D’Ávila tem 37
anos e é formada em jornalismo. Ela é filiada ao PCdoB desde 2001, quando ainda
era do movimento estudantil. Em 2004, foi eleita a vereadora mais jovem de
Porto Alegre. Dois anos depois, se candidatou ao cargo de deputada federal pelo
Rio Grande do Sul e se tornou a mais votada do estado. Em 2008 e 2012, disputou
a prefeitura da capital gaúcha, mas ficou em terceiro e segundo lugar,
respectivamente. Desde 2015, ocupa uma vaga na Assembleia Legislativa do
estado.
Marina Silva – Rede
Sustentabilidade
A ex-senadora Marina
Silva vai disputar a Presidência pela terceira vez consecutiva. Integrante da
sigla Rede Sustentabilidade, Marina tem como plataforma a defesa da ética, do
meio ambiente e do desenvolvimento sustentável.
Ela é crítica do
mecanismo da reeleição, que, segundo ela, se tornou um “atraso” no país. “Sou
pré-candidata à Presidência para unir os brasileiros a favor do Brasil. Os
governantes precisam fazer o que é melhor para o país e não o que é melhor para
se perpetuar no poder. Chega de pensar apenas em interesses pessoais e
partidários”, escreveu recentemente em seu perfil do Facebook.
Marina Silva militou ao
lado do líder ambientalista Chico Mendes na década de 1980. Filiada ao PT, ela
foi eleita vereadora de Rio Branco e deputada estadual, antes de ocupar dois
mandatos de senadora representando o Acre. Por cinco anos, foi ministra do Meio
Ambiente do governo Lula e se desfiliou do PT um ano após deixar o cargo. Ela
foi candidata ao Planalto em 2010 pelo PV e, em 2014, assumiu a candidatura do
PSB à Presidência após a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.
Paulo Rabello de
Castro – PSC
Até a semana passada no
comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o
economista Paulo Rabello de Castro deixou o cargo para confirmar a disposição
de disputar à Presidência. Segundo o PSC, embora não tenha promovido um ato de
lançamento, a legenda já trabalha com a pré-candidatura como oficial. Desde
fevereiro, ele participa de eventos partidários pelo país junto ao presidente
da sigla cristã, Pastor Everaldo, que concorreu à Presidência no pleito de
2014.
As principais bandeiras
do PSC são contra a descriminalização das drogas e a legalização do aborto.
“Temos uma sociedade cujos valores morais estão completamente invertidos. Onde
a arma na mão do bandido é uma arma livre, mas a arma na sua mão é proibida. E
eventualmente você vai preso por portá-la. Quando o bom comportamento da
família é zombado pelas novelas pornográficas e toda pornografia é enaltecida,
como preservar a família nacional”, disse, durante recente ato.
Doutor em economia pela
Universidade de Chicago, Paulo Rabello de Castro foi fundador da primeira
empresa brasileira de classificação de riscos de crédito, a SR Rating, criada
em 1993. Autor de livros sobre a economia e a agricultura brasileiras, o
pré-candidato foi presidente do Lide Economia, grupo de empresários que têm em
comum a defesa da livre iniciativa. Ele também coordenou o movimento Brasil
Eficiente. Em 2016, foi indicado para a presidência do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) e comandou a instituição de pesquisa por onze
meses, até assumir a presidência do BNDES, em maio do ano passado.
Rodrigo Maia – DEM
Presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia (RJ) é o pré-candidato pelo DEM. Maia tem buscado ser
uma alternativa de centro e, em suas próprias palavras, “sem radicalismos”. Ele
assumiu o comando da Câmara após a queda de Eduardo Cunha (MDB-RJ), preso pela
Operação Lava Jato, e ganhou mais protagonismo político pelo cargo que ocupa,
já que é o responsável por definir a pauta de projetos importantes, como a
reforma da Previdência.
Segundo ele, a pauta da
Câmara não será prejudicada devido à sua candidatura ao Planalto. “A gente tem
responsabilidade com o Brasil, já deu demonstrações disso. O projeto político
do DEM é legítimo e é feito em outro momento e local, não tem problema nenhum
disso”, afirmou.
Filho do ex-prefeito do
Rio, César Maia, o político está no quinto mandato como deputado federal. Em
2007, assumiu a presidência nacional do DEM, após a reformulação do antigo PFL.
Rodrigo Maia ingressou, mas não chegou a concluir o curso de Economia. Foi
secretário de Governo do município do Rio de Janeiro no final da década de
1990, na gestão de Luiz Paulo Conde, que à época era aliado de César Maia.
Vera Lúcia – PSTU
O PSTU, que nas últimas
vezes concorreu com o candidato José Maria de Almeida (Zé Maria), lançará uma
chapa tendo a sindicalista Vera Lúcia como candidata à Presidência.
Vera Lúcia, 50 anos, foi
militante no PT e integrante do grupo fundador do PSTU.
O vice na chapa é Hertz
Dias, 47 anos, militante do movimento negro.
MDB
Com a promessa de, pela
primeira vez depois de 24 anos, apresentar ao país um candidato à Presidência
da República, o MDB ainda não definiu oficialmente como formará a chapa para a
disputa. Nesta semana, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles se filiou à
sigla.
No entanto, ao deixar o
comando do Ministério da Fazenda na sexta-feira (6), Meirelles não informou a
qual cargo pretende concorrer. Mas é cogitado como opção ao lado do presidente
Michel Temer.
O presidente Michel Temer
não descartou a possibilidade de concorrer à reeleição. Nos últimos meses, o
partido tem feito movimentos de resgate à história da legenda, que tem mais de
50 anos. Foi com esse intuito que mudou a sigla de PMDB para MDB. A decisão
sobre a candidatura, porém, ainda não está tomada.
PSB
Após a morte do
ex-ministro e então presidente nacional do partido, Eduardo Campos, em plena
campanha eleitoral de 2014, o PSB passou por dificuldades de identificação e
falta de lideranças nos últimos anos. Nessa sexta-feira (6), porém, a sigla
recebeu a filiação do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa,
e tem nele a grande aposta de participar do pleito deste ano.
Como membro da Suprema
Corte de 2003 a 2014, Joaquim Barbosa ganhou notoriedade durante o período em
que foi relator do processo do mensalão, que condenou políticos de diversos
partidos pela compra de apoio parlamentar nos primeiros anos de governo do PT.
Antes, foi membro do Ministério Público Federal, funcionário do Ministério da
Saúde e do Itamaraty.
De acordo com o líder do
PSB na Câmara, deputado Júlio Delgado (MG), que tem participado das conversas
com Barbosa, o nome dele fica eleitoralmente viabilizado, embora ainda seja
necessário construir sua candidatura por todo o Brasil. “Ao se filiar, até pela
viabilidade que já mostra, eu acho que o nome dele já fica irreversível. Acho
que ele é o candidato capaz de unir o Brasil, tranquilizar, trazer a decência
necessária contra essa divisão de lados [que o país vive]”, disse à Agência
Brasil.
PT
Depois de ganhar as
últimas quatro eleições, o PT anunciou a pré-candidatura do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, mas dificilmente conseguirá lançá-lo à disputa. Lula foi
preso nesse sábado (7) para cumprimento da pena de 12 anos e 1 mês de prisão.
Ele foi condenado pelo
Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) a 12 anos e um mês de prisão
pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Embora o cenário seja
desfavorável, aliados defendem que Lula recorra ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
em busca de uma autorização para se candidatar, já que a Lei da Ficha Limpa
prevê a impugnação das candidaturas de políticos condenados em segundo grau da
Justiça.
Outros nomes cotados
dentro do partido são do ex-governador da Bahia Jaques Wagner e o do
ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, além de optar por apoiar a
candidatura de outro partido da esquerda.
Prazos
De acordo com a
legislação, os partidos políticos devem promover convenções nacionais com seus
filiados entre 20 de julho e 5 de agosto para que oficializem as candidaturas.
A data final para registro das candidaturas pelos partidos políticos na Justiça
Eleitoral é 15 de agosto.