Caso Mariele joga luz sobre milícia em alta






















A denúncia contra o ex-PM Orlando de Araújo, apontado por uma testemunha como envolvido na morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, tornou famoso um nome já conhecido pela polícia. Ele é investigado por supostamente comandar uma milícia violenta, que se expande por Jacarepaguá, zona oeste do Rio. Também enfrenta suspeitas por três homicídios, participação no jogo do bicho e na máfia dos caça-níqueis. A defesa diz que ele é inocente.
A quadrilha extorque dinheiro por meio de cobranças ilegais relacionadas a serviços que controla, conforme apuração do Ministério Público e da Polícia Civil. O grupo ganha força em Curicica, bairro que serve de apelido ao ex-PM, Taquara, Freguesia e Praça Seca, além da comunidade do Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes, Vargem Grande e Vargem Pequena, na zona oeste carioca.
Um dos homicídios em que Araújo é suspeito teve como vítima um colaborador do vereador Marcello Siciliano (PHS), também apontado como mandante da morte de Marielle. Carlos Alexandre Pereira, o Cabeça, tinha prestado depoimento sobre o caso Marielle. Foi encontrado com marcas de tiros dentro de um carro na Taquara na noite de 8 de abril, 25 dias após a execução da vereadora.
Há a suspeita de que teria sido queima de arquivo. Testemunhas afirmaram que um dos atiradores gritou: "A gente tem de calar a boca dele". Segundo a defesa, a inclusão do ex-PM no inquérito deve-se ao fato de o assassino, supostamente, ter dito "manda um alô pro Curicica".
Segundo a testemunha, a morte de Marielle foi encomendada por Siciliano ao ex-PM porque ela estava "atrapalhando" a milícia. O vereador nega. Os outros dois assassinatos são mais antigos. Em junho de 2015, o presidente da escola de samba União do Parque Curicica, Wagner Raphael de Souza, foi baleado. Já em junho de 2016, o sargento da reserva da PM Geraldo Antônio Pereira foi metralhado no estacionamento da academia da qual era dono. Foi alvejado na cabeça e no pescoço por três homens, de carro. O caso logo foi ligado a disputas ligadas à exploração ideal de caça-níqueis.
"Essa alegação de que (Araújo) é apenas um líder comunitário é historinha", disse um investigador ao Estado. Preso desde outubro, Araújo pode ser transferido do Rio na semana que vem, a pedido da Justiça.
O ex-PM atribui o envolvimento de seu nome a uma retaliação da testemunha. O motivo seria o rompimento de uma parceria - Araújo diz que seu acusador é um PM com quem trabalhara como segurança particular e de eventos por dois anos. O ex-PM teria se afastado após descobrir que ele tinha envolvimento com o crime.
"Estou vivendo à base de calmante", disse a mulher de Araújo. Empresária de 34 anos, ela trabalha com compra e venda de joias de ouro e tem uma distribuidora de água no Recreio. "Tenho de me esconder porque não sei o que está acontecendo. Nossa vida virou um inferno.

Fonte: Jornal do Brasil

ANTONIO PALOCCI NEGOCIA SEGUNDO ACORDO DE DELAÇÃO PREMIADA

ADVOGADOS PROMETEM DENÚNCIA DE CASOS INÉDITOS DECORRUPÇÃO  
A consultoria Projeto foi montada por Palocci no mesmo período em que o ex-ministro ficou milionário, quando exercia o mandato de deputado federal e coordenava a campanha presidencial de Dilma Rousseff. Entre 2007 e 2015, a consultoria de Palocci recebeu R$ 81 milhões de 47 clientes, segundo a Receita Federal.

Em relação à empresa, os advogados de Palocci afirmam ter diversos episódios envolvendo clientes da consultoria e casos que implicam outras empresas e operadores do mercado financeiro. Entre os clientes da consultoria de Palocci, que depois se transformou em uma 
administradora de bens imóveis, estão a gestora de shopping centers Multiplan, a empreiteira WTorre, a companhia de planos desaúdeAmil.
Em fevereiro deste ano, os advogados do ex-ministro Antonio Palocci, preso em Curitiba, viajaram a São Paulo para negociar um segundo acordo de delação premiada para o ex-ministro. Eles afirmaram à força-tarefa da Operação Lava Jato no Ministério Público Federal de São Paulo que Palocci pode apresentar casos inéditos de corrupção vinculados à empresa do ex-ministro da Fazenda.
Em breve, os advogados do ex-ministro devem enviar um documento aos procuradores de São Paulo para formalizar o acordo de delação premiada. A defesa entragaria ainda anexos contendo denúncias de condutas criminosas.
Palocci já tem um acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal do Paraná, fechado em abril deste ano. Para passar a valer, o trato ainda precisa ser homologado pelo juiz João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

 O ex-ministro petista foi condenado a mais de 12 anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo o juiz Sérgio Moro, Palocci negociou propinas com a Odebrecht em troca de benefícios para a construtora em contratos com a Petrobras.






Cerco EUA-Israel em forças iranianas na Síria começa. Nenhum projétil iraniano-hizballá foi disparado até agora


A declaração do presidente Donald Trump, retirando os Estados Unidos do pacto nuclear do Irã na terça-feira, 8 de maio, encaixou-se em uma sequência de eventos planejados e restaurou o palco central dos EUA para o Oriente Médio:
Dois dos signatários europeus do acordo nuclear, França e Grã-Bretanha, embora se opondo fortemente à decisão de Trump de renunciar ao acordo, estão jogando silenciosamente junto com ele enviando unidades aéreas e terrestres para a Síria.
Como Trump falou, a mídia síria informou um ataque aéreo israelense em El Kiswa, ao sul de Damasco, alegando ter atingido um esconderijo de mísseis e lançadores pertencentes ao Irã ou ao Hezbollah que estavam prontos para atacar Israel. A credibilidade desta alegação é questionável, dado que, até agora, nenhum dos dois disparou contra Israel.
A IDF acrescentou a frase "ação prévia" ao dicionário, usado quando os moradores de Golan foram instruídos a abrir seus abrigos antiaéreos após avistamentos de "movimentos iranianos irregulares" na Síria, indicando preparativos para disparar mísseis contra Israel. "Ação prévia" atualiza "ação preventiva" e indica que mais ações estão chegando.
Na segunda-feira, 7 de maio, as fontes do DEBKAfile revelaram “frotas de aviões norte-americanos e drones de vigilância avançados trabalhando o tempo todo para rastrear os mais leves movimentos militares em volta das costas sírias e libanesas do Mediterrâneo. ” Em outras palavras, inteligência dos EUA está vigiando movimentos militares iranianos na região e trabalhando de perto com Israel.
O chefe da Al Qods, general Qassem Soleimani, comandante das operações militares do Irã na região, está observando e esperando antes de partir para a ofensiva, apesar da promessa de Teerã de igualar Israel. Ele não agirá até ter certeza de pegar Israel e as FDI de surpresa.
Enquanto isso, a IDF começou a mobilizar seletivamente reservas para unidades de defesa aérea, inteligência e segurança interna, percebendo que a campanha contra a consolidação militar do Irã na Síria está apenas começando. Israel inicialmente alinhou uma série de baterias de defesa antimíssil na fronteira de Golã com a Síria, incluindo Setas, Varinhas de David, Domos de Ferro e Patriotas. Os jatos da Força Aérea voavam acima. Um longo período pode estar à frente e testar os nervos da população.
O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu partiu na madrugada de quarta-feira para Moscou, onde o presidente Vladimir Putin convidou-o como seu convidado de honra para participar da Marcha da Vitória anual, marcando a derrota da Alemanha nazista. Como o desfile continua por mais de duas horas e meia, Netanyahu e Putin terão muito tempo enquanto estão sentados no estande de saudação para trocar uma palavra. Antes de voar, o primeiro-ministro disse que, apesar de todas as suas reuniões com Putin serem sempre importantes, esta foi mais significativa do que nunca, em vista da importância da ligação entre as forças israelenses e as forças russas na Síria neste momento. Cabe ao presidente russo tomar essa decisão crítica.