Fachin homologa delação de Duda Mendonça, que cita Paulo Skaf

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Ex-marqueteiro do PT fez acordo com a PF

O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), homologou a delação do marqueteiro Duda Mendonça, assinada com a Polícia Federal. Em seus depoimentos, Duda afirmou que recebeu R$ 6 milhões da Odebrecht via caixa dois para a campanha de Paulo Skaf (MDB) ao governo de São Paulo, em 2014.
Presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Skaf é pré-candidato ao governo paulista na eleição deste ano.
O pagamento está sendo investigado no inquérito da Lava Jato que apura se a Odebrecht pagou de maneira ilícita R$ 10 milhões a campanhas do MDB de 2014, valor supostamente acertado com o presidente Michel Temer no Palácio do Jaburu naquele ano.
Uma parte desse valor seria paga por meio do publicitário.
O acordo de delação foi assinado em abril de 2017 com a Polícia Federal, depois que a PGR (Procuradoria-Geral da República) recusou o material apresentado pelo marqueteiro. Desde então, ficou parado no gabinete de Fachin à espera de uma decisão.
A homologação ocorre após o STF ter decidido no último dia (20) que a PF e as polícias civis estaduais podem firmar acordos de delação premiada com investigados, mesmo sem a anuência do Ministério Público -8 dos 11 ministros votaram nesse sentido.
Na ocasião, o relator da ação, Marco Aurélio, afirmou que delegados de polícia podem negociar acordos de delação nos termos da lei que baliza esse instrumento desde que não invadam as competências do Ministério Público, como prometer o não oferecimento de denúncia. Cabe, então, só ao juiz decidir se homologa o acordo ou não.
Caso as declarações de Duda Mendonça sejam comprovadas, a PF pode representar em favor do publicitário para que eventual pena seja reduzida em até dois terços ou mesmo para que o colaborador receba o perdão judicial.
Como Duda Mendonça tem mais de 70 anos e parte dos crimes apontados por ele está perto da prescrição, a negociação com a PF, segundo advogados, foi vantajosa, apesar de não oferecer garantias.
Duda deu detalhes sobre como os pagamentos da Odebrecht foram operacionalizados -incluindo datas e locais onde o dinheiro teria sido entregue.
Na fase inicial da colaboração, disse que Skaf o informou, na época, que o acerto havia sido combinado com Temer no jantar do Jaburu. Depois, relatou, a Odebrecht lhe confirmou as informações sobre como o pagamento foi operacionalizado, incluindo datas e locais.
Além da campanha de Skaf, Duda trabalhou nas campanhas do ex-presidente Lula em 2002 e em 2006, e nas vitórias de Dilma Rousseff em 2010 e 2014.
Em depoimento já prestado à Polícia Federal, o presidente licenciado da Fiesp disse que pediu a Marcelo Odebrecht doação para sua campanha ao governo do Estado em 2014, mas que não combinou valores com o empresário. Ele negou ter feito caixa dois na eleição.
À polícia ele disse que pediu a Odebrecht “um apoio sem dizer qual seria o valor”. E, “como de praxe”, o valor da doação foi decidido pelo empreiteiro, segundo Skaf.
“Não ficou acertada nenhuma contrapartida pela doação, não tinha nada para dar em troca a Marcelo Odebrecht e se tivesse algo nunca daria nada em troca de doação”, acrescentou
Ele disse que recebeu R$ 200 mil da Braskem, que faz parte do conglomerado Odebrecht, e que “todas as doações para as campanhas eleitorais das quais participou foram feitas oficialmente, nunca recebeu doações via caixa dois”.
O inquérito em tramitação no STF tem como alvos o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral), todos do MDB. Os três, Odebrecht e Claudio Melo Filho, executivo da empreiteira, teriam combinado os valores no encontro.


Ataque a tiros em jornal de Washington deixa vários mortos


Disparos foram feitos na redação do Capital Gazette
Washington - O ataque a tiros registrado nesta quinta-feira em um jornal de Annapolis, capital do estado de Maryland e próximo a Washington, deixou pelo menos cinco mortos e vários feridos graves, informou o chefe policial do condado de Anne Arundel, Bill Krampf.
"Há cinco vítimas fatais até onde sabemos. Há também várias outras pessoas gravemente feridas", disse Krampf em uma entrevista coletiva improvisada nas proximidades do edifício onde fica a redação do jornal Capital Gazette.
O mesmo funcionário disse que um suspeito pelo ataque a tiros foi detido e estava sendo interrogado por agentes da polícia. De acordo com testemunhas, a ação ocorreu na redação do jornal local Capital Gazette.
O suspeito é um homem branco e adulto. De acordo com fontes policiais, por enquanto as investigações não permitem chegar a uma conclusão sobre as motivações do ataque a tiros contra a redação do jornal.
Repórteres do Capital Gazette haviam mencionado no Twitter que um homem inicialmente fez disparos contra uma porta de vidro do jornal antes de entrar na da redação e novamente abrir fogo contra as pessoas que se encontravam ali.
Toda a área do edifício onde fica a sede do jornal estava cercada por centenas de agentes e dezenas de viaturas.
O tenente Ryan Frashure, porta-voz da polícia do condado, disse que os agentes continuavam fazendo buscas no edifício para garantir a segurança e permitir as investigações. "As investigações de nossos detetives estão começando agora", declarou Frashure.
Com relação a isso, Krampf disse que os investigadores "terão seu tempo para determinar o que aconteceu, o motivo e como". O governador de Maryland, Larry Hogan, afirmou no Twitter que se sentia "absolutamente devastado" pelas notícias do ataque.


Fachin libera para o plenário do STF pedido de liberdade de Lula

O ministro Edson Fachin liberou nesta quinta-feira (28) para julgamento no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que seja revisto o arquivamento do pedido de liberdade do petista. Lula está preso em Curitiba desde 7 de abril.
A defesa de Lula havia pedido a Fachin "imediata reconsideração" da decisão do próprio ministro para que o pedido de liberdade do ex-presidente fosse analisado pela Segunda Turma no último dia 26.
Caberá à Cármen Lúcia definir a data do julgamento. Ainda não se sabe se a presidente do STF marcará o arbítrio para hoje ou para amanhã. O Supremo entra em recesso em julho e há a possibilidade de que o julgamento fique para agosto.

Ministros do Supremo devem manter Lula preso por 6×5 votos





















Juristas preveem placar apertado de 6x5 contra o petista

Animou os petistas, em relação à pretendida soltura do presidiário Luiz Inácio Lula da Silva, as mais recentes decisões da Segunda Turma, mas estimativas de juristas experientes, com atuação em tribunais superiores, ouvidos pela coluna, apontam placar apertado, mas desfavorável ao ex-presidente, no Supremo Tribunal Federal: 6×5 votos. A tendência é manter decisões anteriores relativas ao caso. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Os petistas não se animaram à toa: a Segunda Turma inocentou Gleisi Hoffmann e livrou da cadeia o ex-ministro José Dirceu.
A Turma também anulou a busca e apreensão de provas contra Paulo Bernardo, o “PB”, acusado de roubar os endividados dos consignados.
Animou lulistas o voto de Dias Toffoli sobre “plausibilidade jurídica” no questionamento da dosimetria de Dirceu. Mas isso não se aplica a Lula.
É forte a chance de o plenário do STF nem examinar isso em agosto. É que já o fez ao negar habeas corpus que tentou adiar a prisão de Lula.