Alemães de extrema-direita entram em confronto esquerdistas após esfaqueamento em Chemnitz

Manifestantes de direira durante protesto em Chemnitz 27/8/2018 REUTERS/Matthias Rietschel Foto: Reuters

Manifestantes da extrema-direita entraram em confronto com manifestantes de esquerda nesta segunda-feira na cidade alemã de Chemnitz, no leste do país, após um iraquiano e um sírio serem presos por um ataque fatal a facadas que havia provocado protestos violentos.
A polícia informou ter usado canhões de água após fogos de artifício serem jogados por ambos os lados, causando ferimentos.
Autoridades estatais e locais pediram calma conforme milhares de pessoas foram às ruas, e o porta-voz da chanceler Angela Merkel disse que a Alemanha não irá tolerar "justiceiros".
As agitações refletem uma crescente divisão na sociedade alemã após o governo Merkel permitir a entrada de mais de um milhão de solicitantes a asilo no país em 2015, provocando uma guinada à direita na política alemã.
Mais de mil manifestantes de esquerda se juntaram perto de uma estátua gigante de Karl Marx em Chemnitz nesta segunda-feira para protestar contra-ataques a estrangeiros que aconteceram durante uma manifestação no domingo, após relatos nas redes sociais sofre o esfaqueamento de um alemão de 35 anos.
"As cenas de pessoas indo atrás daqueles que parecem estrangeiros nos assustam. Nós queremos mostrar que Chemnitz possui outro lado, que é cosmopolita e se opõe à xenofobia", disse Tim Detzner, chefe de partido radical de esquerda em Chemnitz, durante manifestação.
Quase o mesmo número de manifestantes agitando bandeiras da Alemanha e da Baviera se juntou em área aproxima, alguns deles ultrapassando barreiras policiais colocadas para manter os dois lados afastados. Muitos gritaram "Nós somos o povo", um slogan usado por manifestantes da extrema-direita.
A polícia da Saxônia, Estado onde fica Chemnitz, informou no Twitter que por volta das 16h30, no horário de Brasília, a manifestação havia se encerrado e que estava acompanhando participantes até a estação de trens.
Tensões estão altas depois que cerca de 800 manifestantes - incluindo cerca de 50 que a polícia descreveu como prontos para cometer violência - tomaram as ruas no domingo após o esfaqueamento, que a polícia disse ter acontecido por um desentendimento.
Canais de televisão transmitiram filmagens amadoras de skinheads perseguindo um homem de aparência estrangeira pelas ruas.
"Não toleramos tais assembleias ilegais e a perseguição de pessoas que parecem diferentes ou têm origens diferentes, e tentativas de espalhar ódio pelas ruas", disse o porta-voz de Merkel, Steffen Seibert, em um boletim de rotina à imprensa.
"Isso não tem vez em nossas cidades e nós, como governo alemão, o rejeitamos nos termos mais fortes", disse. "Nossa mensagem básica para Chemnitz e além é que na Alemanha não existe lugar para justiceiros, para grupos que querem espalhar ódio pelas ruas, para intolerância e para extremismo".
Procuradores locais disseram ter prendido dois suspeitos, um sírio de 22 anos e um iraquiano de 21 anos.

O que é isso?

E o eleitor conservador?

Observe a conduta de muitos dos principais meios de comunicação brasileiros, seus editoriais e badalados comentaristas. Não precisará muito tempo para concordar com esta afirmação: eles decidiram que o problema do Brasil não são os corruptos, nem é a esquerda retrógrada, nem a irracionalidade do modelo institucional, nem a irresponsabilidade fiscal dos parlamentos, nem a instabilidade criada pelo STF. O que tem que ser combatido no Brasil é o conservadorismo. Não lhe deve ser concedido direito de representação e precisa ser alvejado até que não reste em pé um só desses idiotas para que suas pautas não ganhem força institucional.Ampla maioria da população crê em Deus e reconhece a importância da religião e da instituição familiar. É contra a ideologia de gênero e quer proteger as crianças dos abusadores que pretendem confundir sua sexualidade. É contra o aborto, o desarmamento e a liberação das drogas. Quer segurança e bandidos na cadeia. Repudia o feminismo como pauta política, movimento revolucionário, ou fundamento de uma nova moral. Não admite a transformação da sala de aula em oficina onde o professor opera como torneiro de cabeças. Rejeita o deliberado acirramento de conflitos que se tenta impor em vista de diferentes cores de pele, olhos e cabelos; ou de classe, apetite sexual, faixa etária, renda. E por aí vai.
Os grandes veículos a que me refiro, ou advogam do lado oposto, ou jamais revelaram qualquer interesse por tais posições. Da ideologia de gênero ao feminismo mais transgressor. Degeneradas fazem orgia com símbolos sacros em via pública? Noticia-se o ocorrido como quem descreve um pôr do sol sobre a Lagoa, ou se fala em liberdade de manifestação e em tolerância. É a pretendida tolerância com o intolerável e com os intolerantes…
De fato, o período que estamos vivendo oferece oportunidades extraordinárias para observarmos o principal alinhamento de grandes meios de comunicação. Mesmo quando há diferenças importantes entre eles, sobressai um denominador comum que resiste à desilusão de muitos profissionais com as antigas convicções. Até os que delas se divorciaram antes de ficarem viúvos da esquerda participam da confraria que pode ser definida como a união de quase todos no repúdio às posições conservadoras. E essa intransigência, hoje, tem como alvo o candidato Bolsonaro, saco de pancadas da eleição presidencial. Dedicam-se a malhá-lo, haja ou não motivo para isso. Aliás, não precisaria motivo. O conservadorismo basta.
Tal atitude reforça a natural conduta dos demais candidatos. A posição de Bolsonaro nas pesquisas já seria motivo suficiente para todos o atacarem. Com a mídia comandando a artilharia contra o adversário comum, o que pudesse haver de conservadorismo em qualquer deles foi jogado no arquivo morto. “A mídia rejeita e está ajudando”, dirão. Objetivo alcançado: há um único representante dessa importante corrente de opinião indispensável para realinhar aspectos essenciais da vida nacional. Agora, basta abatê-lo e esperar, ali adiante, a colheita integral do “progressismo” plantado por ação ou omissão.

PERCIVAL PUGGINA

Percival Puggina, membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o Totalitarismo; Cuba, a Tragédia da Utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil, integrante do grupo Pensar+.


Ex-jogador diz que mãe foi morta em ritual de sacrifício que prometia ajudá-lo a ter sucesso no futebol

                 Shiva N'Zigou, ex-jogador de Gabão, fala do sacrifício da mãe (Foto: Reprodução)

Shiva N'Zigou, que atuou no Nantes e na seleção do Gabão, conta história assustadora do sacrifício da mãe e mais: ele teve relações sexuais com irmã e tia, e mentiu idade em cinco anos

O ex-jogador de futebol Shiva N'Zigou está no centro de uma história chocante e assutadora contada por ele próprio. O gabonês protagonizou uma cerimônia de confissão em uma igreja evangélica do seu país e disse que sua mãe foi morta em um ritual que prometia ajudá-lo a ter sucesso na carreira.
- Minha mãe está morta e quero confessar que ela foi sacrificada. Assinei muitos contratos, e meu pai queria todo o dinheiro para ele. Me disse que mataria minha mãe. Eu me neguei, mas ele fez assim mesmo. E fez isso para que o espírito dela me ajudasse a avançar na carreira futebolística - relatou Shiva, durante cerimônia transmitida pelo canal cristão "TV2Vie".
Shiva N'Zigou foi formado nas categorias de base do Nantes, da França, e depois rodou por times menores. O ex-atacante atuou pela seleção do Gabão, mesmo país da estrela do Arsenal Aubameyang, e é conhecido por ser o mais jovem a fazer gol em uma Copa da África, em 2000, aos 16 anos.
No entanto, ele confessou também que sempre mentiu sobre sua idade e que na verdade tem cinco anos a mais do que mostram os documentos. Ou seja, na época do feito ele tinha 21, e não 16 - hoje a idade verdadeira é de 39 anos, em vez de 34.
Na mesma cerimônia, o gabonês revelou ainda que teve relações sexuais com uma irmã, uma tia, e com homens.