BOLSONARO SOFRE AMEAÇAS DE MORTE EM VÍDEOS NA INTERNET
A Polícia Federal investiga duas novas ameaças feitas na internet contra o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), segundo o jornal O Globo.
Dois vídeos circulam nas
redes sociais mostrando homens armados fazendo ameaças e falando em atirar
contra o capitão da reserva. No início do mês, o vereador Carlos Bolsonaro, um
dos filhos do presidente eleito, compartilhou os vídeos em mensagens no Twitter
e advertiu para o risco de se menosprezar ataques verbais.
“Subestimar este tipo de
ameaça diária contra todo brasileiro e tratá-los como vítimas é combustível do
caos em nosso país. Bandido no Brasil deita e rola em cima de nossas leis e da
Justiça! Se Deus quiser, isso acabará em breve!”, escreveu o vereador.
Num dos vídeos, um homem
exibe uma arma e, sem mostrar o rosto, faz ameaças. Numa outra gravação, um
homem segura duas pistolas e diz: “Bolsonaro, tu vai entrar na bala”. Ele
mostra o rosto, sem qualquer receio de ser reconhecido.
Segundo O Globo, a PF
está tentando identificar e localizar os autores das ameaças, que seriam
bandidos de alguma facção criminosa.
Um dos objetivos da
investigação será descobrir se as declarações fazem parte de um plano de ataque
ou se seriam apenas tentativas de intimidar o presidente eleito.
Depois de sofrer um
atentado a faca, em setembro, Bolsonaro passou a usar colete à prova de balas
em todos os deslocamentos.
PLANO "FRUSTRADO" DO PCC BUSCAVA AÇÕES ANTES DE POSSE DE BOLSONARO
Setores de inteligência
da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) e do Ministério Público do
Estado de São Paulo desvendaram no
mês passado um audacioso plano para tirar da cadeia Marcos Herbas Camacho,
chefão do Primeiro Comando da Capital (PCC).
As investigações apontam
que a operação envolvia a tomada de uma cidade, contratação de mercenários
estrangeiros equipados com fuzis, lança-granadas e metralhadoras de calibre
.50, capaz de derrubar helicópteros. Estima-se que o intento custou cerca de R$
100 milhões ao PCC. Os bandidos planejavam
atacar quartéis, unidades policiais e fechar o município
de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, que abriga a
penitenciária em que Marcola e outras lideranças do PCC estão. O local é
mantido pelo governo paulista.
Segundo reportagem da
revista Veja, a sofisticada ação foi arregimentada com
o objetivo de soltar os chefões da facção antes da posse de Jair Bolsonaro
(PSL) que, em campanha, prometeu “pegar pesado” com a criminalidade. O receio
dos cabeças do PCC é que o novo governo pressione a transferência deles para presídios
federais, onde se encontram encarcerados, por exemplo, os chefes do Comando
Vermelho, Fernandinho Beira-Mar, e dos Amigos dos Amigos, Nem da Rocinha.
Neles, os detentos ficam isolados e tem restrições de visitas e de
horários para banho de sol, por exemplo.
O envio das cabeças do
PCC para outros estados divide as autoridades de segurança pública de São
Paulo. Há quem entenda que manter os presos no estado facilita a
investigação e o monitoramento de celulares com que se comunicam e que a
mudança poderia atrapalhar investigações em andamento. Outros temem que uma
transferência de líderes do PCC poderia desencadear rebeliões em outros
presídios e represálias, como em 2006, quando a facção comandou uma série
de atentados a policiais e agentes penitenciários.
Em meio a ameaça, equipes
da Rota, tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo, estão
recebendo treinamento para
o uso de armamento de guerra.
Dois tipos de armas são
utilizadas nos treinos: metralhadoras calibre .50, utilizada em ações da
facção, e metralhadoras MAG 7.62, também de grande poder de destruição por
funcionar em modo rajada de disparos.
O treinamento da tropa
está sendo ministrado por homens do Exército, por determinação do Comando
Militar Sudeste, que também cedeu o armamento para ser empregado na operação em
Presidente Venceslau, conforme solicitada pela Secretaria de
Segurança Pública do Estado de São Paulo.
Na terça-feira (6), o
governador de São Paulo, Márcio França (PSB), passou a tarde reunido com os
secretários de Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, e de
Administração Penitenciária, Lourival Gomes. Segundo o governo, porém, o
encontro foi apenas uma reunião de rotina. Nenhum secretário deu declarações à
imprensa após o encontro.
FILHO DE TESTEMUNHA DO CASO ODEBRECHT MORRE ENVENENADO NA COLÔMBIA
O filho de uma
testemunha-chave do caso Odebrecht na Colômbia morreu envenenado com cianeto,
dias depois do falecimento de seu pai, aparentemente por infarto, informou
nesta terça-feira a procuradoria.
Pai e filho morreram
entre quinta-feira e domingo, e a autopsia de Alejandro Pizano revelou seu
envenenamento.
“As provas (…) indicam
que a vítima foi exposta ao cianeto ao beber água em uma garrafa que estava no
escritório de seu pai”, informou a procuradoria.
Pessoas próximas à
família informaram à procuradoria que após beber da garrafa, Pizano disse que
sentiu um gosto amargo e minutos depois apresentou uma forte dor estomacal,
morrendo a caminho do hospital.
Alejandro acabara de
chegar da Espanha para assistir ao enterro de seu pai, Jorge Enrique Pizano,
ex-auditor financeiro da empresa associada à Odebrecht para a construção da
Estrada do Sol II, que liga o centro ao norte do país.
Jorge Enrique Pizano era
uma testemunha-chave do caso envolvendo os subornos pagos pela Odebrecht para
conquistar a obra milionária.
O ex-auditor sofria de
câncer e sua morte havia sido atribuída a um infarto, mas o envenenamento do
filho levou a promotoria a investigar os fatos.
Um canal de notícias
revelou na segunda-feira que Pizano deixou informações – para o caso de falecer
ou receber proteção no exterior – de que o atual procurador-geral da Nação,
Néstor Humberto Martínez, sabia desde 2013, antes de chegar ao cargo, do
esquema de corrupção da Odebrecht no país.
Em um vídeo gravado em 9
de agosto, Pizano diz que “os fatos e as verdades estão chegando à tona e
mostrando como realmente existe um complô contra minha integridade como
pessoa”.
Em meados de outubro, o
procurador encarregado do caso, Amparo Cerón, sofreu um acidente de trânsito
durante suas férias e passou vários dias na UTI, ficando impedido de retornar à
investigação.
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