Ministro do GSI diz que Bolsonaro sofreu novas ameaças e defende cautela em cerimônia de posse
Para Sérgio Etchegoyen, nova
administração 'exigirá cuidados mais precisos'. Ministro defendeu a manutenção
da estrutura da Abin, mas ressaltou que decisão caberá ao futuro presidente.
O
ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio
Etchegoyen, disse nesta segunda-feira (3) que o presidente eleito, Jair
Bolsonaro, sofreu novas ameaças.
A declaração foi dada
após cerimônia no Palácio do Planalto que celebrou os 80 Anos do Gabinete de
Segurança Institucional. No momento da declaração, o general falava sobre os
cuidados que o novo governo terá de ter com a segurança. Ele, porém, não deu
detalhes sobre as ameaças que citou.
"Eu posso te falar
até 15 dias atrás. Houve, houve novas ameaças [contra Bolsonaro]", afirmou
Etchegoyen.
Perguntado sobre a
possibilidade de o presidente eleito desfilar em carro aberto no dia da posse,
marcada para o dia 1º de janeiro, o ministro afirmou que as condições ainda
estão em negociação com a equipe de transição e recomendou cautela.
“A decisão será do presidente.
Eu presidiria tudo com cautela. Nesse momento, eu tenho que me atualizar,
porque passei fora duas semanas, mas eu recomendaria que todas as medidas
tomadas fossem presididas por cautela”, disse.
Etchegoyen disse que a
segurança da nova administração exigirá cuidados mais intensos e precisos,
porque, segundo ele, Bolsonaro é alvo de agressões constantes.
“Temos um presidente que
sofreu um atentado e vem sofrendo agressões constantes, basta ver nas mídias
sociais, a quem tem que ser dada a garantia, não a ele, mas também ao vice-presidente,
das melhores condições de governo. Certamente a segurança do presidente eleito,
da nova administração, exigirá cuidados mais intensos, mais precisos.” declarou
o ministro.
Na última quarta-feira
(28), um dos filhos do presidente eleito, o vereador Carlos Bolsonaro afirmou no Twitter que a
morte do pai "não interessa somente aos inimigos declarados, mas também
aos que estão muito perto".
Durante a campanha
presidencial, Bolsonaro foi vítima de um atentado
a faca em Juiz de Fora (MG). Após investigações, a Polícia
Federal concluiu que o agressor, Adélio Bispo de Oliveira, agiu
sozinho no momento do ataque e que a motivação “foi
indubitavelmente política”.
Abin
Durante a entrevista, o
ministro também defendeu a manutenção da estrutura da Agência Brasileira de
Inteligência (Abin), mas afirmou que a decisão cabe ao novo presidente.
A Abin é responsável por
fornecer ao presidente da República e a seus ministros análises estratégicas
confiáveis, como informações relativas à segurança do Estado, relações
exteriores e defesa externa.
“A direção da Abin
assumiu há dois anos. Vem fazendo um belíssimo trabalho. A decisão obviamente é
do presidente eleito, é do novo governo, legítimos. Mas acho que a
continuidade, pelo menos por mais um pouco período que seja, consolidará os
avanços particularmente na área de gestão, que eles alcançaram”, afirmou
Etchegoyen.
BOLSONARO DEFENDE SOBERANIA DO BRASIL APÓS DECLARAÇÕES DE MACRON
O presidente eleito, Jair
Bolsonaro, afirmou nesta quinta-feira que o Brasil não se sujeitará aos desejos
de outros países, após o presidente francês, Emmanuel Macron, indicar que a
posição do futuro governo sobre as mudanças climáticas poderá dificultar as
negociações comerciais com a União Europeia.
"Sujeitar
automaticamente nosso território, leis e soberania a colocações de outras
nações está fora de cogitação. É legítimo que países no mundo defendam seus
interesses e estaremos dispostos a dialogar sempre, mas defenderemos os
interesses do Brasil e dos brasileiros", tuitou Bolsonaro.
"Não sou favorável à
assinatura de acordos comerciais amplos com potências que anunciam que não
respeitarão o Acordo de Paris", declarou Macron em Buenos Aires, onde está
para a Cúpula do G20.
"Peço a meus
trabalhadores, a meus atores econômicos, que façam esforços para se adaptar ao
Acordo de Paris, o que as vezes é difícil e implica em sacrifícios".
Ao comentar as
declarações de Macron, o presidente eleito disse que o Brasil permanecerá no
Acordo de Paris, sempre que isto "não signifique abrir mão da soberania
sobre a maior parte da Amazônia".
Bolsonaro alega que o
acordo coloca em risco a soberania brasileira sobre uma região de 136 milhões
de hectares conhecida como "Triplo A", que vai dos Andes ao
Atlântico, atravessando a Amazônia.
O Brasil, até o momento
um dos líderes da luta contra o aquecimento global, retirou sua oferta para
abrigar a Cúpula Mundial do Clima COP25 em 2019, a pedido de Bolsonaro, que
assume a presidência no dia 1º de janeiro.
UE e os países do
Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) iniciaram há quase 20 anos
negociações para um acordo comercial que está a ponto de se concretizar, após
anos de estancamento e adiamentos.
Nesta quinta-feira, em
entrevista ao jornal argentino La Nación, Macron admitiu que a "França
mantém uma importante aliança estratégica com o Brasil" e deseja que
continue assim, "com base nos valores democráticos".
Mas advertiu que
"esta nova realidade política (com a eleição de Bolsonaro) suscita fortes
preocupações e é provável que tenha repercussões sobre as discussões comerciais
entre Mercosul e UE".
AVIÃO CAI EM MINAS GERAIS E MATA EMPRESÁRIO DA ARG-EMPRESA ENVOLVIDA NA DENÚNCIA PELA LAVA JATO DE MAIS UMA FALCATRUA DE LULA -E MAIS 3 PESSOAS
Um jato
executivo caiu na manhã de hoje (26), em uma fazenda em Jequitaí, no norte de
Minas Gerais. Segundo o Corpo de Bombeiros, as quatro pessoas que estavam a
bordo do avião morreram no acidente.00:
A aeronave caiu por volta
das 8h, quando a aeronave se preparava para pousar na Fazenda Fortaleza Santa
Terezinha, pertencente ao empresário e dono do jato Adolfo Geo, que estava a
bordo, acompanhado por sua esposa, Margarida Janete Geo, pelo piloto e pelo
co-piloto.
De acordo com o Registro
Aeronáutico Brasileiro, o avião prefixo PP-OEG é um Cessna, modelo Citation M2,
com capacidade para até oito pessoas. Está registrada em nome do Grupo ARG, que
atua em setores como agronegócio, construção pesada e infraestrutura, além de
comércio internacional e óleo e gás. Ainda de acordo com o registro, a situação
do jato está regular.
Por telefone,
funcionários da empresa confirmaram que Adolfo Geo é um dos sócios da ARG, mas
não souberam informar a situação da aeronave e detalhes do acidente.
Dez bombeiros de Pirapora
(MG) foram deslocados para atender à ocorrência. O atendimento mobilizou quatro
viaturas e uma aeronave do Corpo de Bombeiros. Peritos da Polícia Civil também
já se encontram no local.
Em nota, o Centro de
Investigação e Prevenção de Acidentes (Cenipa) informou que investigadores do
Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
(Seripa III) já foram acionados para ir ao local coletar indícios e ouvir
relatos de testemunhas do acidente. A investigação do Cenipa visa a prevenir
que novos acidentes com as mesmas características ocorram.
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