Morador de rua de 78 anos é maior assassino em série dos Estados Unidos


Samuel Little já confessou mais de 90 assassinatos cometidos entre 1970 e 2005, e suas principais vítimas foram dependentes de drogas e prostitutas em todo o país, segundo a Polícia Federal americana (FBI).
Chicago- Investigadores americanos concluíram que um morador de rua de 78 anos foi o maior assassino em série da história dos Estados Unidos, com mais de 40 homicídios, informaram as autoridades nesta quinta-feira.
Samuel Little já confessou mais de 90 assassinatos cometidos entre 1970 e 2005 e suas principais vítimas foram dependentes de drogas e prostitutas em todo o país, segundo a polícia federal americana (FBI).
O promotor Bobby Bland, do condado de Texas, onde Little está detido, revelou que o assassino confessou ao menos outras seis mortes, o que eleva a mais de 40 o número de assassinatos verificados.
"Está contando coisas, casos que ocorreram há 50 anos, e dando detalhes sobre todos estes assassinatos diferentes. Nenhuma das declarações que fez era falsa", disse Bland à AFP.
Segundo Bland, o serial killer se declarou culpado do assassinato, em 1994, de Denise Christie Brothers, em Odessa, Oeste do Texas, o caso que revelou a série de crimes do morador de rua.
O FBI tem trabalhado com agências federais, estaduais e locais para alinhar as confissões de Little a assassinatos não resolvidos em todo o país.
Little admitiu o assassinato de Brothers no Texas após Bland se comprometer a não aplicar a pena de morte neste caso, uma concessão feita "para ganhar sua confiança", de acordo com o próprio promotor.
De acordo com a Coalizão Negra Lutando contra os Assassinatos em Série, 'pelo menos 200 mulheres afro-americanas desapareceram em circunstâncias misteriosas nos últimos anos.

Ministro do GSI diz que Bolsonaro sofreu novas ameaças e defende cautela em cerimônia de posse



























Para Sérgio Etchegoyen, nova administração 'exigirá cuidados mais precisos'. Ministro defendeu a manutenção da estrutura da Abin, mas ressaltou que decisão caberá ao futuro presidente.
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, disse nesta segunda-feira (3) que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, sofreu novas ameaças.
A declaração foi dada após cerimônia no Palácio do Planalto que celebrou os 80 Anos do Gabinete de Segurança Institucional. No momento da declaração, o general falava sobre os cuidados que o novo governo terá de ter com a segurança. Ele, porém, não deu detalhes sobre as ameaças que citou.
"Eu posso te falar até 15 dias atrás. Houve, houve novas ameaças [contra Bolsonaro]", afirmou Etchegoyen.
Perguntado sobre a possibilidade de o presidente eleito desfilar em carro aberto no dia da posse, marcada para o dia 1º de janeiro, o ministro afirmou que as condições ainda estão em negociação com a equipe de transição e recomendou cautela.
“A decisão será do presidente. Eu presidiria tudo com cautela. Nesse momento, eu tenho que me atualizar, porque passei fora duas semanas, mas eu recomendaria que todas as medidas tomadas fossem presididas por cautela”, disse.
Etchegoyen disse que a segurança da nova administração exigirá cuidados mais intensos e precisos, porque, segundo ele, Bolsonaro é alvo de agressões constantes.
“Temos um presidente que sofreu um atentado e vem sofrendo agressões constantes, basta ver nas mídias sociais, a quem tem que ser dada a garantia, não a ele, mas também ao vice-presidente, das melhores condições de governo. Certamente a segurança do presidente eleito, da nova administração, exigirá cuidados mais intensos, mais precisos.” declarou o ministro.
Na última quarta-feira (28), um dos filhos do presidente eleito, o vereador Carlos Bolsonaro afirmou no Twitter que a morte do pai "não interessa somente aos inimigos declarados, mas também aos que estão muito perto".
Durante a campanha presidencial, Bolsonaro foi vítima de um atentado a faca em Juiz de Fora (MG). Após investigações, a Polícia Federal concluiu que o agressor, Adélio Bispo de Oliveira, agiu sozinho no momento do ataque e que a motivação “foi indubitavelmente política”.
Abin
Durante a entrevista, o ministro também defendeu a manutenção da estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), mas afirmou que a decisão cabe ao novo presidente.
A Abin é responsável por fornecer ao presidente da República e a seus ministros análises estratégicas confiáveis, como informações relativas à segurança do Estado, relações exteriores e defesa externa.
“A direção da Abin assumiu há dois anos. Vem fazendo um belíssimo trabalho. A decisão obviamente é do presidente eleito, é do novo governo, legítimos. Mas acho que a continuidade, pelo menos por mais um pouco período que seja, consolidará os avanços particularmente na área de gestão, que eles alcançaram”, afirmou Etchegoyen.

BOLSONARO DEFENDE SOBERANIA DO BRASIL APÓS DECLARAÇÕES DE MACRON






















O presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quinta-feira que o Brasil não se sujeitará aos desejos de outros países, após o presidente francês, Emmanuel Macron, indicar que a posição do futuro governo sobre as mudanças climáticas poderá dificultar as negociações comerciais com a União Europeia.
"Sujeitar automaticamente nosso território, leis e soberania a colocações de outras nações está fora de cogitação. É legítimo que países no mundo defendam seus interesses e estaremos dispostos a dialogar sempre, mas defenderemos os interesses do Brasil e dos brasileiros", tuitou Bolsonaro.
"Não sou favorável à assinatura de acordos comerciais amplos com potências que anunciam que não respeitarão o Acordo de Paris", declarou Macron em Buenos Aires, onde está para a Cúpula do G20.
"Peço a meus trabalhadores, a meus atores econômicos, que façam esforços para se adaptar ao Acordo de Paris, o que as vezes é difícil e implica em sacrifícios".
Ao comentar as declarações de Macron, o presidente eleito disse que o Brasil permanecerá no Acordo de Paris, sempre que isto "não signifique abrir mão da soberania sobre a maior parte da Amazônia".
Bolsonaro alega que o acordo coloca em risco a soberania brasileira sobre uma região de 136 milhões de hectares conhecida como "Triplo A", que vai dos Andes ao Atlântico, atravessando a Amazônia.
O Brasil, até o momento um dos líderes da luta contra o aquecimento global, retirou sua oferta para abrigar a Cúpula Mundial do Clima COP25 em 2019, a pedido de Bolsonaro, que assume a presidência no dia 1º de janeiro.
UE e os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) iniciaram há quase 20 anos negociações para um acordo comercial que está a ponto de se concretizar, após anos de estancamento e adiamentos.
Nesta quinta-feira, em entrevista ao jornal argentino La Nación, Macron admitiu que a "França mantém uma importante aliança estratégica com o Brasil" e deseja que continue assim, "com base nos valores democráticos".
Mas advertiu que "esta nova realidade política (com a eleição de Bolsonaro) suscita fortes preocupações e é provável que tenha repercussões sobre as discussões comerciais entre Mercosul e UE".