ESCULACHO! DORIA CHAMA LULA DE 'CORRUPTO, PREGUIÇOSO, MENTIROSO E COVARDE'






EM FORTALEZA, DORIA AINDA REBATEU AS CRÍTICAS POR ESTAR COM AGENDA CHEIA DE VIAGENS (FOTO: REPRODUÇÃO)

...MENTIROSO E PREGUIÇOSO', DIZ DORIA, QUE AVISA: ELE VAI PERDER 


 Em almoço com empresários em Fortaleza nesta sexta-feira, 18, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), chamou o ex-presidente Lula de “sem vergonha”, “corrupto”, “covarde” e “preguiçoso”.
“Eu não queria. Tinha prometido a mim mesmo que não faria, mas vou mandar um recadinho para o ex-presidente Lula: você, além de sem vergonha, preguiçoso, corrupto e covarde, declarou hoje que o João Doria não deveria viajar, mas administrar a cidade de São Paulo. Lula, além de tudo talvez você não saiba ler. Você é inexpressivo. Na primeira avaliação (da gestão) eu fechei com 70% de aprovação, enquanto o seu prefeito Fernando Haddad fechou com 15%”, disse o tucano em tom exaltado.
O tucano afirmou ainda que o petista não ganhará a eleição presidencial de 2018. “Aprenda de vez que o Brasil não é seu. Venha aqui disputar eleição, com quem estiver, porque você vai perder. O Brasil das pessoas de bem saberá dar uma resposta nas urnas”, afirmou, sob salva de palmas dos espectadores.
“Nas urnas os brasileiros vão dizer que nós queremos o Brasil. Chega de populismo, sem-vergonhice, corrupção. E aí vamos poder gritar não só os valores do Ceará, mas do Brasil. Viva o Brasil, esse é o País que queremos, acelera Brasil”, continuou Doria, em discurso inflamado fazendo referência a bordão que usa na sua gestão em São Paulo.
Doria também respondeu as críticas por estar com agenda cheia de viagens. “No dia em que me provarem que um CEO de uma grande corporação não pode sair do seu solo, do seu local, para administrar sua empresa porque se sair sua empresa não vai funcionar em decorrência disso, eu paro de viajar”, disse.
Após a fala de Doria, que usava um boton com bandeira do Brasil, o tema da vitória de Ayrton Senna começou a tocar nas caixas de som.




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Documento sigiloso da Secretaria de Segurança revela que Rio tem 843 áreas dominadas por bandos armados






















O EXTRA teve acesso ao teor de um documento classificado como sigiloso pela Secretaria de Segurança do Rio, que só poderá ser tornado público, no mínimo, em 2021. A preocupação em esconder a informação tem explicação: é a primeira vez que o estado quantifica e mapeia as áreas que estão sob o controle de grupos armados. E o número de territórios onde a Constituição brasileira não vale nada é alarmante: 843.

Para se ter uma ideia do tamanho do problema, só as dez regiões mais violentas somam uma área de 23km quadrados. Maior do que o município de Nilópolis, que tem 19km quadrados.
Chamadas de “territórios controlados ilegalmente”, as regiões não englobam somente favelas, mas também conjuntos habitacionais, imóveis específicos e até algumas vias urbanizadas.
O mapeamento foi feito entre os anos de 2015 e 2016 por analistas do Instituto de Segurança Pública (ISP), com base em informações levantadas pela Polícia Militar, Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) e Disque-Denúncia.
Cada uma dessas áreas, segundo um dos autores do mapeamento, o geógrafo Luciano de Lima Gonçalves, é “um perímetro onde grupos criminosos agem ostensivamente, circulam frequentemente exibindo armas e praticando crimes, como o tráfico de drogas”. O levantamento serviu de base para o estudo “Letalidade violenta e controle ilegal do território no Rio de Janeiro”, assinado por Gonçalves, que procura demonstrar como a dominação de áreas pelo crime organizado tem influência sobre o número de mortes violentas no estado.

Para isso, o geógrafo, que também é pesquisador do ISP, posicionou num mapa as localizações exatas de cada assassinato ao longo de 2016. Dos 6.262 crimes do tipo registrados no estado, 1.023 — ou um sexto — aconteceram dentro dos perímetros onde a lei não entra. Procurada pelo EXTRA, a Secretaria de Segurança alegou que “não comenta informações de inteligência”.
UPPs em seis das dez áreas mais violentas
Diversas áreas que o estado já considerou “pacificadas” estão na lista de territórios dominados por grupos armados mapeadas pela Secretaria de Segurança. E são maioria no ranking das localidades mais violentas. Das dez áreas com mais vítimas de homicídios, latrocínios (roubos seguidos de mortes), lesões corporais seguidas de mortes e autos de resistência — em suas formas consumadas e tentadas —, seis abrigam bases de UPPs.
A área que encabeça a lista, com mais de 70 vítimas em 2016, é a Cidade de Deus, na Zona Oeste, que tem uma UPP desde 2009. A Mangueirinha — única comunidade fora da capital com uma unidade, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense — ocupa a segunda posição, com 50 vítimas. Também aparecem na lista o Complexo do Alemão, a Mangueira e o Jacarezinho, na Zona Norte, e a Vila Kennedy, na Zona Oeste.
No estudo, o pesquisador também calcula as mortes violentas que ocorreram num perímetro de até 100m fora das 843 áreas. Segundo Gonçalves, esses territórios também sofrem influência de grupos armados. Contabilizando os crimes dessas regiões, o número de assassinatos salta de 1.023 para 1.628.


Fonte: Jornal EXTRA