BOULOS INVADE TRÍPLEX DE LULA NO GUARUJÁ

Jungmann diz que execução pela milícia é principal hipótese para morte de Marielle






















O Ministro da Segurança Pública disse em entrevista à Rádio CBN que uma das linhas de investigação está praticamente concluída
Rio - O ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou, em entrevista à rádio CBN na manhã desta segunda-feira, que a Polícia Civil do Rio vê a atuação de milicianos como a principal hipótese para a execução da vereadora do PSOL Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes. O crime completou um mês no sábado, sem que nenhum suspeito tenha sido identificado. Segundo Jungmann, a apuração do caso analisou todas as possibilidades, mas as pistas do assassinato foram se afunilando. Ele afirmou que, hoje, uma das linhas de investigação está praticamente concluída.
"Eles partem de um grande conjunto de possibilidades e vão afunilando pouco a pouco. Estão, praticamente, com uma ou duas pistas fechadas. Eu diria que, hoje, apenas uma delas e os investigadores têm caminhado bastante adiante. Essa hipótese mais provável é a atuação de milícias no Rio de Janeiro", declarou.
O ministro da Segurança Pública ressaltou que a vereadora era amiga do atual chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa. " Ela fazia a ponte entre ele e o deputado Marcelo Freixo, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio", lembrou. Ele também alegou que os casos do sumiço do pedreiro Amarildo, em 2013, e da execução da juíza Patrícia Acioli, em 2011, levaram mais de um mês para serem solucionados.


Anistia Internacional exige respostas em 'caso Marielle'
























        Morte da vereadora e de seu motorista completará um mês neste sábado

Às vésperas de completar um mês da morte da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (Psol), a Anistia Internacional (AI) afirmou nesta sexta-feira (13) que as autoridades brasileiras precisam dar "prioridade" para solucionar o assassinato dela e de seu motorista Anderson Gomes.
"A sociedade tem que saber quem matou Marielle e por quê. Cada dia que este caso segue sem ser resolvido se agravam o risco e a incerteza em torno dos defensores e defensoras dos direitos humanos", afirmou Jurema Werneck, diretora-executiva da AI no Brasil.
"As autoridades devem expressar claramente que isto não vai mais acontecer e rapidamente investigar quem matou Marielle e quem ordenou sua morte", acrescentou.
Morte de Marielle completa um mês
Ainda segundo a AI, se os responsáveis pelos assassinatos de Marielle e Anderson não forem encontrados, as autoridades vão "transmitir a mensagem de que se pode matar com impunidade" as pessoas que defendem os direitos humanos.
Werneck também afirmou que o ataque foi "cuidadosamente planejado" e executado por "pessoas treinadas".
A AI revelou que o Brasil é um dos países mais perigosos para as pessoas defensoras dos direitos humanos, tendo registrado 58 homicídios em 2017. O Brasil também lidera o ranking de assassinatos contra ativistas ambientais, sendo um levantamento da ONG Global Witness.
Marielle e Anderson foram mortos a tiros, na noite do dia 14 de março, no bairro do Estácio, após deixarem a Lapa, onde ela participou de seu último ato político. As investigações seguem em sigilo.