Os cálculos confirmam que as perdas da categoria, desde julho de 2014 até março de 2024, chegam a quase 31%. Entenda a seguir como o Dieese chegou a esses números: A pesquisa fixou como marco inicial para o acompanhamento dos vencimentos básicos o poder de compra que vigorava em 1º de julho de 2014 (data do penúltimo reajuste), comparando a evolução dos vencimentos com a variação da inflação medida pelo INPC-IBGE e pelo IPCA-IBGE. Com isso, no período de 1º de julho de 2014 a 29 de fevereiro de 2024, o INPC-IBGE e o IPCA-IBGE apresentaram uma variação de, respectivamente, 73,23% e 73,26%. Os salários, no mesmo período, foram reajustados em 19,72% (13,05% em fevereiro de 2022 e 5,90% em janeiro de 2023). Assim, em 29/02/2024, os salários manteriam apenas 69,11% do poder aquisitivo de 1º de julho de 2014, segundo o INPC-IBGE. Para que os salários em 1º de março de 2024 retornassem ao mesmo poder de compra de 1º de julho de 2014, o reajuste necessário sobre os salários de fevereiro de 2024 seria de 44,70% pelo INPC-IBGE e de 44,72% de acordo com o IPCA-IBGE. Pelo INPC-IBGE, a perda salarial até 29 de fevereiro de 2024 foi de 30,89% – o reajuste necessário, em 01/03/2024, para cobrir as perdas seria de 44,70%. Já a perda salarial até 29 de fevereiro de 2024, pelo índice IPCA-IBGE, foi de 30,90% e o reajuste necessário, em 01/03/2024, seria de 44,72%.
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