Eike pagou US$ 16,5 milhões a Cabral por meio de falsa venda de uma mina 
Seria o empresário o seguro apenas de Cabral? Será bom para ele que se entregue logo, pois há forte cheiro de queima de arquivo no ar.


A Eficiência, nova fase da Lava-Jato no Rio, investiga o pagamento de US$ 16,5 milhões a Sérgio Cabral por Eike Batista e Flávio Godinho, vice-presidente do Flamengo e ex-braço-direito do grupo EBX, usando a conta Golden Rock no TAG Bank, no Panamá.
Segundo os procuradores, o dinheiro foi solicitado por Cabral a Eike Batista em 2010, e, para dar aparência de legalidade à operação, foi feito em 2011 um contrato de fachada entre a empresa Centennial Asset Mining Fuind Llc, holding de Batista, e a empresa Arcadia Associados, por uma falsa intermediação na compra e venda de uma mina de ouro.
A Arcadia recebeu a propina numa conta no Uruguai, em nome de laranjas, mas à disposição de Cabral.
O início de tudo
Nos últimos meses de 2010, em plena campanha eleitoral para a reeleição, Sérgio Cabral fez uma visita a Eike Batista em seu escritório na praia do Flamengo, no Rio de Janeiro. Os dois se conheceram na campanha eleitoral anterior, em 2006, quando Cabral disputava pela primeira vez o governo do estado e Eike começava sua trajetória ascendente nos negócios.
Com uma fila de empresas de mineração, logística e petróleo na carteira de projetos, altamente dependente de concessões, licenças e financiamentos governamentais, Eike tinha como estratégia financiar campanhas eleitorais de todos os partidos. Eram tempos de bonança econômica, e as verbas destinadas aos políticos eram generosas. Cabral, governador do estado em que ficava a sede dos seus negócios, era um dos principais beneficiados. E reconheceu isso naquela conversa íntima. Disse a Eike que a campanha eleitoral estava paga, que tudo caminhava muito bem e que ele só tinha a agradecer. Mas havia um problema: vida de político, o amigo sabia, é incerta. Numa hora o sujeito está bem, noutra está sem mandato e sem dinheiro. Cabral preocupava-se com o futuro dos filhos. Por isso, tinha um pedido especial a fazer. Queria de Eike uma espécie de seguro, como pagamento pelo “conjunto da obra” de seu governo em favor das empresas X. O pedido, feito assim de chofre e sem contrapartida específica, foi relatado por Eike a seus executivos mais próximos em tom de espanto e ironia.
Mas, como revelou a etapa da Operação Lava Jato realizada hoje, batizada de Eficiência, o seguro de Cabral – 16,5 milhões de dólares – foi depositado pouco tempo depois. O futuro dos meninos de Cabral estava garantido.

Naquele momento, sem saber, Eike Batista amarrou seu destino ao de Sérgio Cabral, na alegria e na tristeza. Abriu, ainda, um flanco para a descoberta de seu canal preferencial para transações semelhantes à que foi feita com o governador: a Golden Rock Foundation, subsidiária do grupo X que tinha conta num banquinho obscuro do Panamá, chamado TAG Bank. Propriedade do ex-sócio do Pactual Eduardo Plass, gestor de recursos respeitado no mercado financeiro, o TAG Bank era considerado seguro pelos executivos do grupo X. Foi lá que Eike depositou os recursos recebidos pela venda de uma mina de ferro para uma multinacional em 2008 – dezenas de milhões de dólares que nunca entraram no sistema bancário brasileiro, e por isso estariam fora do radar de eventuais investigações e bloqueios judiciais. Foi dessa mesma conta que saíram 2,3 milhões de dólares do grupo X para a offshore de Monica Moura, mulher do marqueteiro do PT, João Santana.
Em maio passado, o próprio Eike Batista foi ao Ministério Público em Curitiba dar sua versão da história. Segundo ele, no final de 2012, o então ministro da Fazenda, Guido Mantega, o procurou para pedir dinheiro para saldar dívidas de campanhas petistas. Assim como no caso de Cabral, forjou-se um contrato de prestação de serviços de consultoria para justificar o pagamento, feito em abril de 2013. Acontece que, da mesma forma que Mantega e Cabral, diversos outros políticos e agentes públicos foram agraciados com o dinheiro da pedra dourada de Eike. Gente que se sentia à vontade para pedir qualquer coisa ao empresário, mesmo que fossem milhões de dólares sem qualquer contrapartida imediata. Por muito tempo, Eike acreditou que esse dinheiro clandestino garantiria a sobrevivência de suas empresas. Agora prestes a ser preso, Eike Batista e sua Golden Rock devem arrastar outros mais, além de Cabral, para trás das grades.



PF e MPF cumprem mandados de prisão na casa do empresário Eike Batista

Policiais não o encontraram e seu advogado afirmou que ele está viajando. Eike já é considerado foragido da Justiça. Operação Eficiência é um desdobramento da Lava Jato no Rio.

Agentes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal realizam uma operação para cumprir nove mandados de prisão preventiva e quatro conduções coercitivas na Operação Eficiência, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira (26). Entre os principais alvos com mandados de prisão expedidos está o empresário Eike Batista, dono do grupo EBX. Segundo advogado Fernando Martins, que diz representar o empresário, ele está viajando.
Informações obtidas pela TV Globo indicam que o empresário está fora do país e é considerado foragido. De acordo com Martins, Eike vai se entregar à polícia. O empresário é acusado de pagar propina para conseguir facilidades em contratos com o governo, quando governador era Sérgio Cabral.
Outros alvos da operação são o ex-governador Sérgio Cabral, que já está preso no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, e Wilson Carlos e Carlos Miranda, que também estão presos. Esse é o terceiro mandado de prisão preventiva expedido contra Cabral, Wilson Carlos e Carlos Miranda. Todos os mandados de prisão foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
PF realiza operação na casa de Eike Batista
A PF investiga crimes de lavagem de dinheiro consistente na ocultação no exterior de aproximadamente U$ 100 milhões, cerca de R$ 340 milhões. Boa parte dos valores já foi repatriada. Também são investigados os crimes de corrupção ativa e corrupção passiva, além de organização criminosa. Cerca de 80 agentes da Polícia Federal participam da ação.
Um mandado de prisão foi cumprido contra Flávio Godinho, braço-direito de Eike na empresa EBX, hoje vice-presidente de futebol do Flamengo. Ele é acusado de ser um dos operadores do esquema, através da ocultação e lavagem de dinheiro das propinas que eram recolhidas das empreiteiras que faziam obras públicas no Rio de Janeiro. Um dos nove mandados de prisão preventiva é contra Thiago de Aragão Gonçalves Pereira e Silva, advogado e sócio de Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral.
De acordo com o Ministério Público Federal, a investigação, concentrada nos crimes de corrupção (ativa e passiva), lavagem dinheiro, tem avançado com base em quebras de sigilo (bancário, fiscal, telefônico e telemático) e em acordos de delação premiada. Segundo os procuradores, a organização criminosa liderada por Cabral movimentou, em dez meses (agosto de 2014 a junho de 2015), R$ 39,7 milhões, cerca de R$ 4 milhões por mês.
    Polícia Federal entra na casa do empresário, na Zona Sul do Rio de Janeiro 

A PF ainda tenta cumprir também outros cinco mandados de prisão e quatro de condução coercitiva. Os agentes também tentam cumprir mandados de condução coercitiva contra Maurício de Oliveira Cabral Santos, irmão mais novo do ex-governador, Suzana Neves Cabral, ex-mulher de Sérgio Cabral, Luiz Arthur Andrade Correia e Eduardo Plass. Eles seriam beneficiários do esquema de corrupção.
Maurício Cabral foi sócio na LRG Consultoria e Participações, de Carlos Miranda, um dos operadores do esquema de corrupção.
A PF cumpre mandados de busca e apreensão em cerca 40 endereços. São as casas dos presos e das pessoas que estão indo prestar depoimentos e de empresas investigadas nesse inquérito.
As empresas são:
- Hoya Corretora de Valores e Câmbio Ltda
- Canhoeta Negócios Corporativos
- Seven Lab Informática Ltda
- Boa da Noite Informática
- SCA Eventos e Consultoria Ltda
- Apoio Consultoria e Planejamento Ltda
- Havana Administradora e Corretora de Seguros Ltda.
- Unirio Assessoria Administração e Corretora de Seguros Ltda
- Corcovado Comunicação Ltda
- Américas Copacabana Hotel Ltda
- Carolina Massiere Confecções e Assessórios de Moda Ltda
- Estalo Comunicação
- JPMC Academia de Ginástica Ltda
- MCS Comunicação Integradas S/C Ltda
- Araras Empreendimentos Consultoria e Serviços Ltda
- Minas Gerais Projetos e Empreendimentos Ltda
Segundo os procuradores, a remessa de valores para o exterior foi contínua entre 2002 e 2007, quando Cabral acumulou US$ 6 milhões, cerca de R$ 20 milhões. Durante a gestão como governador, ele acumulou mais de US$ 100 milhões em propinas (R$ 340 milhões), distribuídas em diversas contas em paraísos fiscais no exterior.
Com o auxílio de colaboradores, o MPF já conseguiu repatriar cerca de R$ 270 milhões, que estão à disposição da Justiça Federal. A Força-Tarefa está solicitando cooperação internacional para o bloqueio e posterior repatriação dos valores que estão em contas no exterior.
O ex-governador Sérgio Cabral foi preso na primeira fase da Lava Jato realizada no Rio, batizada como Calicute, no dia 17 de novembro. O inquérito policial relativo à 1º fase da resultou no indiciamento de 16 pessoas por crimes que vão de corrupção passiva e ativa, organização criminosa a lavagem de dinheiro. Na época, os investigadores descobriram um esquema de desvio de dinheiro público, enquanto Sérgio Cabral era governador do Rio, de cerca de R$ 220 milhões.
Eike Batista já era investigado na primeira fase da Calicute. O Ministério Público Federal apura um repasse de R$ 1 milhão de uma das empresas dele ao escritório de advocacia da mulher de Sérgio cabral, Adriana Ancelmo. O empresário já foi o homem mais rico do Brasil e chegou a figurar entre os dez bilionários do mundo. Ele viu seu império ruir com a derrocada da petroleira OGX, que acabou causando um efeito dominó nas outras empresas do grupo.
Eike, que dizia que até o ano 2000 era conhecido apenas como o marido da atriz e modelo Luma de Oliveira, acumulou fortuna de R$ 34 bilhões. Em 2010 ele foi incluído na lista da Forbes como o oitavo homem mais rico do mundo, mas o empresário Eike Batista viu seu império ruir com a derrocada da petroleira OGX.
Eike Batista não é encontrado em casa durante operação da PF


Por que os líderes mundiais estão visitando a Antártica?
 Nos últimos meses, os líderes políticos e religiosos do mundo têm feito viagens ao continente no fundo do mundo - a Antártica. Autor de "Empire Beneath the Ice" (segunda edição, dezembro de 2016), Steve Quayle diz que as pessoas devem tomar conhecimento disso. Quayle explica, "O que realmente está acontecendo lá embaixo? Aqui está a questão do bilhão de dólares, e provavelmente a pergunta de trilhões de dólares: Por que os líderes religiosos do mundo e os líderes mais poderosos do mundo estão indo  para a Antártica? Eu não penso que o Patriarca russo Kirill está indo lá para encontrar pingüins. Alguém ou alguma coisa convocou os líderes mundiais”.
Quayle também diz: "A maioria das pessoas não entende, e isso é crítico, os Estados Unidos, em 1947, enviou uma flotilha de guerra para a Antártica sob o comando do Almirante Byrd e foi chamado de" Operação Highjump ". Era para procurar e destruir as bases nazistas ocultas que as agências de inteligência lhes forneceram em documentação. Não era uma coisa pequena. Havia 13 navios e 4.700 homens e armamentos dos Estados Unidos naquela operação. A má notícia é que tivemos nossas extremidades traseiras chutadas. Os russos estavam nos espionando, e eles tinham um vídeo de nosso avião encontrando discos voadores. "
Avanço rápido até hoje, e Quayle afirma: "A física negra está além do nível de doutorado, e estamos vendo isso com o CERN (Conselho Europeu de Pesquisa Nuclear). O que é tão crítico para as pessoas entenderem é, à medida que mais atividades acontecem no CERN, os rituais ocultos associados a ele estarão tão evidentes que você não pode descartar este material mais como sendo teorias conspiratórias. Algo está acontecendo, e a Antártica é crítica. É minha afirmação que, por causa da tecnologia avançada do Terceiro Reich. . . Que eles foram sob o gelo, por assim dizer, e entraram em contato com seres, seres sencientes que Wernher von Braun e outros fizeram referência a muitas vezes antes de falecerem. Então, tudo isso é uma questão de registro. Quando você coloca todos os registros juntos, ele aponta para isto: Há alguma entidade ou grupo de entidades que estão pensando e têm tecnologia avançada e, basicamente, dão ordens aos líderes religiosos e políticos de nossos dias ".
A história do mundo não é o que é. É o que os poderes querem que seja. Para o registro, todos os líderes mundiais nunca acreditaram que Hitler morreu no bunker. "

Trump assina decreto para retirar EUA de acordo com países do pacífico
Parceria fechada no TPP por 12 países havia sido assinada por Obama em 2015. Retirada era uma das promessas de campanha de Trump.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (23) uma ordem executiva para iniciar a saída do país do Tratado de Associação Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), negociado pelo governo de Barack Obama e visto como um contrapeso à crescente influência econômica e política da China.
A iniciativa é a primeira decisão do novo presidente republicano, que durante a campanha denunciou com veemência o que chamou de acordo "terrível", que "viola", segundo ele, os interesses dos trabalhadores norte-americanos.
"Temos falado muito disso durante muito tempo", disse Trump enquanto assinava a ordem executiva no Salão Oval da Casa Branca. "O que acabamos de fazer é uma grande coisa para os trabalhadores americanos", acrescentou.
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O texto, promovido por Washington e que supostamente modela as regras do comércio do século XXI, foi assinado em 2015, mas não entrou em vigor. Ele previa a liberação do comércio de serviços, como engenharia de software e consultoria financeira.
A administração Obama considerava o TPP como o melhor tratado possível porque inclui não só a eliminação de barreiras comerciais, como também de normas sobre legislação trabalhista, ambiente, propriedade intelectual e compras estatais.
TPP
O tratado foi assinado por 12 países: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura, Estados Unidos e Vietnã, que representam 40% da economia mundial e um terço do comércio global.
O TPP, que visa reduzir barreiras comerciais em algumas das economias com o crescimento mais rápido da Ásia e se estender do Canadá ao Vietnã, não pode entrar em vigor sem os Estados Unidos.
Ele precisa da ratificação de pelo menos seis países que respondam por 85% do Produto Interno Bruto (PIB) combinado dos países membros.
MAIS: Obama diz que sem TPP China decretará regras do comércio mundial
Várias organizações não governamentais o questionam por alegar que há normas pouco transparentes para os trabalhadores e o meio ambiente. Argumentam ainda que viola normas soberanas de países-membros e limita o acesso a medicamentos.
Resposta da China
A China tem buscado promover sua própria versão de um pacto comercial da Ásia-Pacífico, chamado de Parceria Abrangente Econômica Regional (RCEP, na sigla em inglês), que exclui os Estados Unidos e cria uma área de livre comércio de 16 nações, incluindo a Índia, o maior bloco do mundo nesse âmbito, abrangendo 3,4 bilhões de pessoas.
Trata-se de um acordo comercial mais tradicional, que envolve cortar tarifas em vez de abrir economias e estabelecer padrões trabalhistas e ambientais como o TPP faria.
Nafta
Trump anunciou na sexta-feira (20), dia de sua posse, que exigirá a renegociação do Nafta, acordo de livre-comércio integrado por Estados Unidos, Canadá e México, e vai abandonar o tratado a menos que o país consiga "um acordo justo".
O comunicado, publicado menos de duas horas depois de Trump fazer seu juramento de posse, diz que o novo governo tentará mudar os termos do acordo em vigor há 23 anos. Durante a campanha, Trump afirmou que o pacto gerou desemprego, baixa na produção industrial e perdas econômicas aos EUA.
A indústria automobilística foi um dos principais alvos das críticas do agora presidente. México e Canadá são os principais exportadores de veículos para o mercado americano. Na campanha e após a vitória nas eleições, Trump atacou especialmente as importações vindas do México e ameaçou sobretaxar fábricas construídas fora dos EUA.
Ele disse que os EUA deixarão de perder indústrias e empregos para a China e o México, e ameaçou penalizar empresas que queiram deixar o país, como fizeram com a Toyota e a BMW.
Empregos e impostos
A base econômica de Trump foi a promessa de aumento de empregos, um de seus temas mais frequentes. Trump afirma que pretende aumentar impostos para quem o fizer ou para quem não empregar preferencialmente norte-americanos e chegou a afirmar que quer “obrigar” a Apple a fabricar seus produtos nos Estados Unidos.
Trump, recebeu na manhã desta segunda-feira (23) um grupo de 12 empresários na Casa Branca e prometeu cortes de impostos e a redução de 75% das regulações. "Vamos baixar os impostos maciçamente, tanto para a classe média como para as companhias", afirmou, ressaltando sua vontade de "fazer os empregos voltarem" aos Estados Unidos e favorecer a produção em território americano.