E o estado perverso continua dando banho na modalidade assalto ao direito do serviDOR!

Câmara vota projeto que impede reajuste

Texto impede os estados de conceder aumento real (acima da inflação) aos servidores por dois anos, entre outros pontos
Rio - A Câmara dos Deputados retoma esta semana a votação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 257/2016, que trata da renegociação das dívidas dos estados com a União. Apesar de ter sido feito por um acordo entre os governadores e o governo federal, o texto dispõe de itens polêmicos, pois impede os estados a conceder aumento real (acima da inflação) aos servidores por dois anos, entre outros pontos. 
Essa medida seria uma das contrapartidas dos estados para conseguir renegociar as dívidas. Mas, de acordo com o Artigo 3º do projeto, os estados e o Distrito Federal ficam impedidos de “conceder vantagem, aumento, reajustes ou adequação de remunerações a qualquer título”.
A exceção é para os atos decorrentes de sentença judicial e à própria revisão prevista na Constituição Federal, que é a correção salarial (diferente do aumento real). Além disso, a proposta prevê congelamento em investimentos no setor público. 
As restrições irritaram o funcionalismo, que já fazem pressão no Parlamento. Diversos sindicatos de servidores estaduais, com apoio da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), têm cobrado dos deputados posicionamento frente a essa questão. Para a Condsef, o projeto deve se limitar apenas ao alongamento da dívida do estado com a União e não interferir no serviço público. 

O acordo prevê a suspensão das parcelas das dívidas dos estados de julho a dezembro deste ano. Os entes voltariam a pagar o débito em 2017, com parcelas mensais equivalentes a 5,55% da dívida.
PSB sem ninguém

O Partido Socialista Brasileiro-PSB, encerrou sua convenção ontem, dia 4, de forma tumultuada e com visível racha. Uma ala defendia o apoio ao senador Crivella, outra a Pedro Paulo, e uma terceira a Índio da Costa. Terminou em tumulto, com alguém desligando a energia do auditório.


Garotinho faz convenção
O ex governador Garotinho também realizou a convenção do Partido Republicano-PR, no último dia 4. Ele atacou veementemente o PMDB, e disse ser candidato ao governo do Rio de Janeiro em 2018. O PR vai apoiar o senador Crivella e indicou o engenheiro Fernando Macdowell para vice. 

Vereador eleito no Rio com 3 mil votos!
Parece aberração, mas é a pura realidade. O PHS, 31, montou uma nominata
com 77 candidatos com média pequena de votos. Resultado disso? Vão eleger 
dois vereadores entre 3 e 5 mil votos. Aliás, isso já ocorreu em 2008 e 2012 com Marcelo Piuí.


Pedro Paulo pesado
O candidato a prefeito pelo PMDB Pedro Paulo está enfrentando muitas dificuldades para fazer decolar sua campanha. Além da rejeição ao PMDB e ao próprio candidato por problemas conjugais,  o mesmo está oferecendo apenas meia dúzia de panfletos aos candidatos a vereador do grupo aliado.Aí, Lógico, ninguém bota a cara na reta para defende-lo. Começou uma debandada geral.

Prefeito da Baixada pode ser preso
Prefeito de um grande município da Baixada Fluminense pode ser preso a qualquer momento. A Polícia Federal apreendeu há alguns dias farta documentação em seu gabinete e descobriram coisas escabrosas.

Dinheiro sob o colchão de candidato no RJ supera teto de campanha
Roberto Petto, candidato à prefeitura de Teresópolis (RJ), declarou à Justiça Eleitoral que mantém 800.000 reais em dinheiro vivo
Por João Pedroso de Campos

Em tempos de bitcoin e dinheiro eletrônico, o médico paulista Roberto Petto prefere se manter um homem à moda antiga. Candidato do Solidariedade à prefeitura de Teresópolis (RJ), cidade a cerca de 100 quilômetros do Rio de Janeiro que ele já administrou entre 2004 e 2008, Petto guarda consigo nada menos que 800.000 reais em espécie, conforme informou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A fortuna sob o colchão do candidato corresponde a 46% do 1,7 milhão de reais que ele declarou à Justiça Eleitoral como patrimônio total e é maior que a soma de 488.528 reais de todas as suas propriedades, como três carros, dois imóveis e três lojas.
O valor em dinheiro vivo nas mãos de Roberto Petto também supera, com folga, os 541.014 reais estipulados como teto para a campanha de prefeito em Teresópolis.



     

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Investigadores da Lava Jato temem impacto da delação da Odebrecht

Revelações atingem os Três Poderes da República e todos os partidos políticos


MURILO RAMOS

A cúpula da Operação Lava Jato está receosa quanto à delação premiada negociada pela Odebrecht e por seu dono, Marcelo Odebrecht – não por seu conteúdo e evidências apresentados até agora, mas por dúvidas maiores que surgem. Pela primeira vez, os investigadores se perguntam se as instituições serão capazes de absorver o gigantesco impacto que causará o que já foi entregue pela empreiteira e o que ainda está sendo negociado. Há preocupação crescente de que, quanto mais robusta e ampla se torna a delação, mais inviável ela pode vir a ser na hora da homologação pelo Supremo Tribunal Federal. A delação não poupa nenhum Poder da República ou partido político.

João Santana diz ter mentido para poupar Dilma

Interrogado pelo juiz Sérgio Moro num dos inquéritos do petrolão, o marqueteiro João Santana admitiu que os US$ 4,5 milhões depositados pelo lobista Zwi Skornicki em sua conta secreta na Suíça referem-se a serviços que prestou à campanha de Dilma Rousseff em 2010. Tudo no “caixa dois”, escondido da Justiça Eleitroal. Reconheceu que mentiu ao afirmar, em depoimento que prestou em fevereiro, que a verba fora amelhada em campanha no exterior. Falseou a verdade para não incriminar Dilma.
“Eu achava que isso poderia prejudicar profundamente a presidenta Dilma”, afirmou Santana. “Eu raciocinava comigo: eu, que ajudei, de certa maneira a eleição dela, não serei a pessoa que vai destruir a Presidência. Nessa época, já iniciava um processo de impeachment. Mas ainda não havia nada aberto. Eu sabia que isso poderia gerar um grave problema, sinceramente, até para o próprio Brasil.”
O juiz da Lava Jato interrogou também Mônica Moura, mulher e sócia do marqueteiro do PT. Ela soou como se houvesse combinado o enredo com o marido. Disse que o PT ficara devendo R$ 10 milhões da campanha de 2010. Cobrou a dívida de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, preso em Curitiba. E foi orientada a procurar Zwi Skornicki, representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels. Com atraso de três anos, o pagamento foi feito em parcelas, entre 2013 e 2014.
A exemplo do marido, Mônica também mentira em seu primeiro depoimento. Por quê?, quis saber Sérgio Moro. “O pais estava vivendo um momento muito grave institucionalmente, político… As coisas que estavam acontecendo em torno da presidente Dilma. […] Para ser muito sincera: eu não quis atrapalhar esse processo, não quis incriminá-la, […] eu achava que ia contribuir para piorar a situação do país falando o que realmente aconteceu. E eu acabei falando que foi o recebimento de uma campanha no exterior.”
Moro questionou Santana e Mônica sobre outros US$ 3 milhões depositados pela Odebrecht na mesma conta mantida pelo marqueteiro na Suíça entre 2012 e 2013. A encrenca é apurada noutro inquérito. E ambos, orientados pelos advogados, disseram que só falarão sobre o tema quando forem marcados os depoimentos relativos ao processo específico. O primeiro-casal da marquetagem negocia acordos de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato. Mônica disse a Moro que desejava falar também sobre os vínculos com a Odebrecht. Mas gostaria de fazê-lo como candidata a beneficiária de compensações judiciais.
A despeito de terem silenciado sobre as verbas de má origem recebidas da maior empreiteira do país, Santana e Mônica foram muito explícitos ao discorrer sobre os porões das campanhas eleitorais. Falaram com tal desembaraço sobre o caixa dois que não restou nenhuma dúvida quanto à utilização do mecanismo em todas as campanhas eleitorais que tocaram —entre elas a a reeleição de Lula, em 2006, e as duas disputas presidenciais vencidas por dilma em 2010 e 2014.
“Não acha que receber esses recursos por fora significa trapaça?”, indagou Moro a Santana. E ele: “Acho que significa, antes de tudo, um constrangimento profundo, é um risco, é um ato ilegal. É preciso rasgar o véu de hipocrisia que cobre as relações políticas e eleitoras no Brasil e no mundo. Não defendo [o caixa dois], sempre relutei.”
Moro insistiu: “Não poderia dizer simplesmente ‘não recebo dessa forma’?” Santana deslizou: “Em tese, sim. Mas quando você vive dentro de um ambiente de disputa, de competição, ambiente profissional, mesmo quando ele é eivado de um tipo de prática que não é a mais recomendável, você termina tendo que ceder. Ou faz a campanha dessa forma ou não faz. Ou vem outro que vai fazer dessa forma. E termina virando isso. Eu acho lamentável, eu me arrependo, sempre lutei contra. Mas sempre fui vencido.”
Ao espremer Mônica, o magistrado recordou que, entre 2006 e 2014, a empresa que ela e o marido utilizam para tocar campanhas eleitorais recebeu legalmente do PT R$ 171 milhões. Tudo sacramentado na contabilidade enviada à Justiça Eleitoral. Com tanto dinheiro, por que diabos ainda era necessário receber verbas por baixo da mesa? A mulher de João Santana alegou que é justamente o alto custo do circo eleitoral que conspira contra a contabilização da bilheteria.
“Os partidos não aceitam que todos os valores sejam registrados”, disse Mônica a Moro. “…Os partidos não querem declarar o valor real que recebem das empresas e as empresas não querem declarar o quanto doam. Nós, profissionais, ficamos no meio disso. Não era uma opção minha, era uma prática não só no PT, mas em todos os partidos.”
Vão abaixo as íntegras dos depoimentos de João Santana (duas partes) e Mônica Moura (duas partes). A pedido dos advogados da dupla, Sérgio Moro poupou-os do constrangimento de expôr o rosto diante das câmeras. Gravou-se apenas o áudio das inquirições.