ELEIÇÕES 2016
DATAFOLHA: CRIVELLA LIDERA DISPUTA NO RIO COM 31%
FREIXO TEM 11%, EMPATADO COM BOLSONARO (9%) E JANDIRA (7%)



Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (26) mostra que o senador Marcelo Crivella (PRB) lidera com folga a disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro, com 28% das intenções de voto.
Em seguida, empatados tecnicamente, estão Marcelo Freixo (PSOL), com 11%, Flavio Bolsonaro, com 9%, e Jandira Feghali (PCdoB), com 7%. O candidato apoiado pelo prefeito Eduardo Paes, Pedro Paulo (PMDB), aparece com 5%, seguido de Índio da Costa (PSD), com 4%, Carlos Roberto Osório (PSDB), com 3%, Alessandro Molon (Rede), com 2%, e Cyro Garcia (PSTU), com 1%. Carmen Migueles (Novo) não alcançou 1%.
A pesquisa aponta também que 20% dos entrevistados declararam que votarão em branco ou nulo e 9% não sabiam quem escolher.

A pesquisa foi realizada entre os dias 23 e 24 de agosto e entrevistou 928 pessoas. Está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro sob o protocolo RJ-00834/2016. O nível de confiança é de 95%.


COSA NOSTRA

O cidadão já está acostumado: qualquer infração é multa na certa. Ainda que não intencional, decorrente muitas vezes da desordem urbana, obras mal planejadas e a bagunça ocasionada pela execução dessas obras intermináveis.
A cada 30 segundos, um motorista é multado no Rio de Janeiro. O dado impressiona e pode ser resultado de um esquema abusivo de registro de infrações. Só em 2015, a prefeitura multou cerca de um milhão de veículos, o que representa 30% da frota. De acordo com um guarda municipal, que falou com exclusividade ao Jornal da Record, os funcionários são pressionados a gastar um talão por dia, com 25 multas; quem não atinge a meta é transferido para locais distantes dos centros comerciais.
Em depoimentos anônimos, funcionários revelaram cobrança por autuação de motoristas; se a quantidade de multas não melhorar, agente é transferido

O vídeo gravado em segredo por um funcionário, mostrando a orientação/coação por parte de um funcionário mais graduado, e que por sua vez deve sofrer o mesmo tipo de pressão por parte do seu superior, deixa nítida a prática de uma verdadeira organização criada para extorquir a qualquer custo os já combalidos bolsos do contribuinte. Moralmente, se é que se pode aproximar tal termo desta hedionda prática, isto deveria configurar crime de estado! Imaginemos o que não se passa onde nossas vistas e ouvidos não alcançam?

Estarão nossos destinos entregues nas mãos de uma quadrilha que vai além dos mensalões e petrolões da vida? A máfia é nacional, estadual e municipal?
Campanha municipal, com suas regras esdrúxulas, começa hoje
Proibição da doação de empresas vai jogar finanças das disputas na mais absurda clandestinidade

Por: Reinaldo Azevedo  16/08/2016

A campanha eleitoral municipal começa nesta terça, obedecendo à soma de regras esdrúxulas da chamada minirreforma política e do tacão imposto pelo STF, que proibiu as doações de empresas a partidos e candidatos. Podem colaborar com as campanhas apenas as pessoas físicas. O limite de doação é 10% do que foi declarado no Imposto de Renda. Como o financiamento público também não foi aprovado, é claro que vai faltar dinheiro, e haverá um festival de caixa dois e doações por baixo do pano. Mais: o crime organizado espreita as disputas Brasil afora. Afinal, o dito-cujo dispõe de moeda sonante. Com a palavra, o ministro Roberto Barroso, do Supremo, o grande responsável por essa proibição estúpida.
O Congresso também fez das suas. Começando hoje, haverá apenas 45 dias para a campanha — antes, eram 90. O tempo dos candidatos na TV também foi substancialmente reduzido: dos antigos 45 dias para os atuais 35. As inserções começam no dia 26.
Os blocos de propaganda não mais terão meia-hora, mas 10 minutos: no rádio, às 7h e às 12h; na TV, às 13h30 e às 20h30. Os partidos terão ainda direito a 70 minutos diários para as inserções curtas, de 30 ou de 60 segundos — 60% do tempo devem ficar reservados aos candidatos a prefeito, e 40% aos vereadores.
Sou contra propaganda na televisão e no rádio, é claro! Mas, se existe, encurtar o tempo de exposição dos candidatos só colabora com quem já está na frente, certo? Afinal, há menos tempo para tentar fazer o eleitor mudar de ideia. O mesmo se diga sobre o encurtamento do período de campanha: com apenas 45 dias, aumentam as chances de a tendência atual do eleitorado se confirmar.
Podem escrever: esta será a primeira e a última eleição disputada segundo essas regras.


PELO HUMANO DIREITO DE SER INCOMPETENTE!
PELO HUMANO DIREITO DE SER CONIVENTE!
PELO HUMANO DIREITO DE SER CÍNICA!
PELO HUMANO DIREITO DE ROUBAR!

Dilma recorre à OEA para suspender impeachment no Senado

A presidente afastada Dilma Rousseff recorreu nesta quarta-feira à Organização dos Estados Americanos (OEA) em uma tentativa de suspender o processo de impeachment que avança no Senado, enquanto aguarda a marcação da data definitiva de seu julgamento no plenário.
A demanda foi apresentada na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pelo partido da presidente afastada, o PT, na qual explicou que a governante aparece entre os signatários em qualidade de "vítima" de um processo "ilegal".
Esperamos então que seja aberto processo com base nas denúncias de Delcídio do Amaral, Marcelo Odebrecht e outros, para mostrar para o mundo as ações da quadrilha de petralhas que assaltou os cofres da nação e não aceita ser removida do poder que pretende seja seu perpétuamente, como acontece nos países desgovernados por seus cúmplices do tipo Maduro e demais"democratas". 
Os deputados Paulo Pimenta e Paulo Teixeira, ambos do PT, explicaram que a demanda foi preparada por juristas brasileiros e argentinos e exige uma medida cautelar desse órgão da OEA que "suspenda" o processo de impeachment, para o qual o Senado deu um novo e quase definitivo passo.
Na madrugada desta quarta, o plenário do Senado aprovou por 59 votos contra 21 o parecer que acusa Dilma de irregularidades fiscais, com o qual o processo se encaminha para sua conclusão.
A última fase será uma nova votação no Senado, na qual será finalmente decidido se Dilma será destituída. Para isso, será necessária uma maioria qualificada de dois terços da Casa.
A data para essa última sessão será marcada nos próximos dias pelo Supremo Tribunal Federal, que deverá convocá-la para o fim deste mesmo mês.
Frente ao que parece a iminente destituição da presidente afastada, os deputados do PT afirmaram que vão "brigar em todas as esferas, sejam elas parlamentares, judiciais, na rua ou no exterior, para denunciar esse golpe, para o País ter a sua normalidade democrática restabelecida e que o direito da população seja respeitado".
A defesa de Dilma, assim como a demanda apresentada na OEA, negam as acusações contra a governante de irregularidades orçamentárias, de contratar créditos para o governo com os bancos públicos e de emitir decretos que alteraram as despesas sem autorização do Congresso, o que é proibido pela legislação brasileira.
No entanto, a defesa alega que em nenhum desses casos houve "participação direta" de Dilma, nem houve dolo, que seriam requisitos fundamentais para sustentar a acusação em sua opinião.
Desde junho, a CIDH tem como secretário-executivo o brasileiro Paulo Abrão, que ocupou o cargo de secretário nacional de Justiça durante a gestão de Dilma Rousseff.
Em maio, antes que Abrão assumisse esse cargo, a CIDH se pronunciou sobre a situação do Brasil e expressou "preocupação" por algumas medidas adotadas pelo presidente interino Michel Temer.
Apesar de não ter se referido diretamente ao processo, o comunicado da CIDH citou o Artigo 21 da Declaração Universal de Direitos Humanos, em uma aparente crítica ao possível impeachment.
Esse artigo diz que "a vontade do povo é a base da autoridade do poder público" e que a mesma "será expressada através de eleições autênticas que deverão ser celebradas periodicamente".
Muito mais enfático foi o secretário-geral da OEA, o uruguaio Luis Almagro, que visitou Dilma duas vezes para manifestar sua plena solidariedade antes que ela fosse afastada.
Em uma dessas visitas, em abril, Almagro declarou que o processo de impeachment tem um tom "político" evidente, carece de "certezas" jurídicas e gera "dúvidas" entre os membros da OEA.
Nesse contexto, o diplomata uruguaio também ressaltou que "não existe uma acusação de caráter penal contra a presidente, mas que ela é acusada de má gestão das contas públicas", o que considera "insuficiente" para a destituição em um regime presidencialista.
Com a ação iniciada hoje na CIDH, Dilma se junta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também deu dimensão internacional a seus problemas com a Justiça brasileira, que o investiga por suspeitas de corrupção.
Há duas semanas, o ex-presidente levou esses assuntos ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, cuja sede fica em Genebra, e diante do qual denunciou a "perseguição política e judicial" que alega estar sofrendo no Brasil.