Palocci diz ter feito entregas de dinheiro vivo a Lula





















O ex-ministro Antonio Palocci afirmou, em negociação de delação premiada, que fez entregas de dinheiro vivo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em pelo menos cinco ocasiões.
O dinheiro teria sido entregue pessoalmente por Palocci a Lula, em pacotes de R$ 30 mil, R$ 40 mil ou R$ 50 mil.
A informação foi revelada pela revista "Veja" e confirmada pela reportagem.
Palocci fez as declarações ao negociar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. O relato sobre as entregas a Lula está nos anexos do acordo -uma espécie de sumário do que o delator irá contar, caso o acordo seja fechado. Não há prazo para o compromisso ser fechado nem certeza se a informação será mantida na versão final do acordo.
As quantias entregues a Lula eram destinadas a despesas pessoais do ex-presidente, segundo o relato do ex-ministro.
Valores mais elevados eram entregues no Instituto Lula, por meio do ex-assessor de Palocci, Branislav Kontic -conforme ele já havia relatado em depoimento ao juiz Sergio Moro, na semana passada.
As propinas, segundo o ex-ministro, integravam a conta-corrente que o PT tinha com a empreiteira Odebrecht, expressa na planilha "Programa Especial Italiano", do setor de Operações Estruturadas da empresa.
"Italiano" é uma referência a Palocci.




Coreia do Norte lança novo míssil que sobrevoa o Japão

























Dispositivo caiu no Oceano Pacífico, segundo o governo japonês. Lançamento foi o primeiro após Conselho de Segurança da ONU aprovar novas sanções ao país por unanimidade.
Coreia do Norte lançou um míssil na direção leste a partir de uma área próxima da capital Pyongyang, disseram nesta sexta-feira (15, pela hora local) autoridades japonesas e sul-coreanas.
Segundo o Japão, o projétil sobrevoou o país e caiu no Oceano Pacífico (veja mapa abaixo).
Em comunicado, o Comando de Defesa Aeroespacial dos EUA (NORAD) disse se tratar de um míssil balístico de alcance intermediário, que não ofereceu riscos a Guam ou aos Estados Unidos, e que o lançamento ocorreu a partir das proximidades de Sunan.
Os cidadãos japoneses foram alertados para ficar longe de qualquer material que possa ser destroço de míssil.
O gabinete presidencial sul-coreano convocou imediatamente uma reunião do Conselho de Segurança Nacional. As tropas do país realizavam um treinamento de mísseis balísticos no Mar do Japão em resposta à provocação anterior do vizinho do norte.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, estava na India e está regressando ao Japão. Segundo a Casa Branca, o presidente dos EUA, Donald Trump, já foi informado sobre o lançamento.
No dia 28 de agosto, a Coreia do Norte já havia lançado um míssil balístico que sobrevoou o Japão, em uma trajetória semelhante ao lançado nesta sexta, e também caiu no Oceano Pacífico. Naquela ocasião, o projétil - provavelmente um Hwasong-12 - se partiu em três pedaços e caiu a 1.180 km de Cabo Erimo, em Hokkaido. Ele teria percorrido uma distância de 2.700 km a uma altitude de aproximadamente 550 km.
De acordo com uma relação publicada pela agência sul coreana Yonhap, este foi o 14º lançamento de míssil realizado pela Coreia do Norte em 2017, incluindo um que falhou. O primeiro do ano aconteceu em 12 de fevereiro, com um Pukguksong-2, e o mais recente tinha sido o de 28 de agosto.

Cinzas e escuridão

Nesta quinta-feira (14), uma agência estatal afirmou que a Coreia do Norte ameaçou usar armas nucleares para "afundar" o Japão e reduzir os Estados Unidos a "cinzas e escuridão" por apoiar a resolução e sanções do Conselho de Segurança da das Nações Unidas (ONU) contra o mais recente teste nuclear do regime norte-coreano, segundo a Reuters.
O Comitê da Coreia para a Paz na Ásia-Pacífico, que lida com os laços externos e propaganda da Coreia do Norte, também pediu a dissolução do Conselho de Segurança, que chamou de uma "ferramenta do mal" constituída por países "subornados" que avançam sob ordem dos Estados Unidos.
"As quatro ilhas do arquipélago devem ser afundadas no mar por uma bomba nuclear do Juche. O Japão não é mais necessário para existir perto de nós", disse o comitê, em comunicado divulgado pela agência de notícias estatal norte-coreana.
O Juche é a ideologia governista da Coreia do Norte que mistura marxismo com uma forma de nacionalismo isolado pregado pelo fundador do Estado, Kim Il Sung, avô do atual líder norte-coreano, Kim Jong Un, ainda de acordo com a Reuters.

Novas sanções

O Conselho de Segurança da Organização impôs, por unanimidade, a proibição das exportações de produtos têxteis do país e limitou as importações de petróleo em 11 de setembro.
As novas sanções são uma resposta ao sexto e mais poderoso teste nuclear do país dos últimos 11 anos, ocorrido em 3 de setembro, que marca mais um capítulo na escalada de tensão na região. Segundo o governo da Coreia do Norte, o teste com uma bomba de hidrogênio, que pode ser carregada no novo míssil balístico intercontinental, foi 'bem-sucedido'.
Preocupada com a situação na região, a comunidade internacional condena as ações e considera os programas nuclear e balístico da Coreia do Norte violações contra as resoluções da ONU. Face às novas sanções, o governo norte-coreano ameaçou acelerar os programas nucleares do país.
A China, único aliado real do regime, pressiona o governo econômica e diplomaticamente a se desarmar. Porém, os Estados Unidos não descartam usar a força militar contra o regime depois que a Coreia do Norte ameaçou atacar o território americano de Guam (uma ilha no Pacífico em que os americanos mantêm uma base militar) e o Japão.


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