O ex-ministro Antonio
Palocci afirmou, em negociação de delação premiada, que fez entregas de
dinheiro vivo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em pelo menos cinco
ocasiões.
O dinheiro teria sido
entregue pessoalmente por Palocci a Lula, em pacotes de R$ 30 mil, R$ 40 mil ou
R$ 50 mil.
A informação foi
revelada pela revista "Veja" e confirmada pela reportagem.
Palocci fez as
declarações ao negociar um acordo de delação premiada com o Ministério Público
Federal. O relato sobre as entregas a Lula está nos anexos do acordo -uma
espécie de sumário do que o delator irá contar, caso o acordo seja fechado. Não
há prazo para o compromisso ser fechado nem certeza se a informação será
mantida na versão final do acordo.
As quantias entregues a
Lula eram destinadas a despesas pessoais do ex-presidente, segundo o relato do
ex-ministro.
Valores mais elevados
eram entregues no Instituto Lula, por meio do ex-assessor de Palocci, Branislav
Kontic -conforme ele já havia relatado em depoimento ao juiz Sergio Moro, na
semana passada.
As propinas, segundo o
ex-ministro, integravam a conta-corrente que o PT tinha com a empreiteira
Odebrecht, expressa na planilha "Programa Especial Italiano", do
setor de Operações Estruturadas da empresa.
"Italiano" é
uma referência a Palocci.
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