PARA JOESLEY, O EX-PROCURADOR-GERAL TINHA PROJETO DE PODER

























'JANOT QUER SER PRESIDENTE', DIZ JOESLEY EM TRECHO DE CONVERSA GRAVADA 
Em outro trecho das gravações recuperadas pela Polícia Federal e obtidas pela revista Veja, o empresário Joesley Batista, da JBS, e o diretor de relações institucionais do grupo, Ricardo Saud, falam sobre detalhes do acordo de delação premiada. Em um momento, Joesley sugere que o ex-procurador da República Rodrigo Janot ‘quer ser presidente da República’.
“JANOT QUER OU ELE SER O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, OU INDICAR QUEM VAI SER”, DISSE JOESLEY.
A conversa da a entender que a negociação contou com a orientação de um assessor de Janot. Após a divulgação dos áudios, o ex-procurador, ainda no cargo de chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR), pediu a prisão de seu antigo assessor e suspendeu os benefícios dos delatores.
Na conversa entre Saud e Joesley também estava Francisco de Assis e Silva, diretor jurídico do grupo . Fica claro no áudio que eles já haviam apresentado os diálogos com o presidente Michel Temer e com o senador Aécio Neves.
“Achei que ganhamos eles”, diz Saud. “Nós só temos um risco”, pondera Assis e Silva. “O compromisso político do Janot com o Temer”, completa Silva, dando a entender que havia alguma aliança entre o procurador e o presidente.
Saud adverte: “Mas não tem (o risco) com o Aécio (…). Nós temos as duas op­ções. Ele não pode se dar bem com o PSDB e o PMDB”, completa, sugerindo que Janot não teria condições de proteger tucanos e peemedebistas simultaneamente. O diretor jurídico então conclui: “Eles (os procuradores) querem f… o PMDB”. Em outro momento, Joesley diz: “Janot quer ou ele ser o presidente da República, ou indicar quem vai ser”.
'AINDA VOU PRA NOVA YORK', COMEMORA JOESLEY APÓS NEGOCIAR DELAÇÃO.





















"VOU AMANHECER EM NOVA YORK, SE DEUS QUISER", DISSE JOESLEY À ADVOGADA.
Em novas gravações recuperadas e obtidas pela Revista Veja, o empresário Joesley Batista, da JBS, garante que vai para Nova York. A conversa ocorreu dentro do carro com o diretor de relações institucionais da empresa, Ricardo Saud, com o diretor jurídico, Francisco Assis e Silva, e com a advogada da empresa, Fernanda Tórtima.
O bate-papo aconteceu após reunião na Procuradoria-Geral da República (PGR), onde trataram sobre a delação premiada que fechariam.  
Em um momento da conversa, Francisco pergunta a Joesley se pode marcar a ‘decolagem’. A advogada questiona Joesley se eles iriam viajar naquele mesmo dia. “Ainda vou pra Nova York, vou amanhecer em Nova York, se Deus quiser. Eu vou ficar aqui, Fernanda? Cê tá louca? Soltar uma bomba dessa aí e ficar aqui fazendo o que?”, disse Joesley.
A advogada concordou com a resposta de Joesley e disse que seria mesmo a melhor opção para os dois lados da mesa de negociações, já que não havia garantia de que os procuradores aceitariam a imunidade penal proposta pela empresa. “Pra eles [procuradores] é bom que você se pirulite do Brasil também. Se for pra dar imunidade, que seja fora pra ninguém ver tua cara, ninguém lembrar que você existe. Você longe daqui, sumido, as pessoas esquecem que você ganhou imunidade”.
'SE TEM BATOM NA CUECA, CORRE LÁ E FAZ A P... DA DELAÇÃO', DIZ JOESLEY BATISTA











EM ÁUDIO RECUPERADO PELA PF, EMPRESÁRIO JOESLEY BATISTA FALA SOBRE O QUE SE DEVE PESAR NA HORA DE DECIDIR POR UM ACORDO DE DELAÇÃO PREMIADA.
Em áudios recuperados pela Polícia Federal (PF) e obtidos pela revista Veja, o empresário Joesley Batista fala sobre o que se deve pesar na hora de decidir por um acordo de delação premiada. Joesley, preso desde 10 de setembro, conversa com um Gabriel, supostamente o deputado federal Gabriel Guimarães (PT-MG).
“Ô, meu, é a coisa mais simples do mundo, porque se você tem problema e o problema é, como se diz, batom na cueca, ô, meu, corre lá e faz a porra dessa delação”, diz o empresário durante a conversa gravada.
Joesley comenta ainda sobre a estratégia que montou, corrompendo o procurador Ângelo Goulart Villela, e como detalhava ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL) as tratativas que mantinha com o Ministério Público sobre o acordo de leniência do grupo J&F.
Áudios de Joesley Batista foram peça chave para a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer. No entanto, o empresário omitiu parte das gravações, que – ao serem recuperadas – levaram o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot a pedir a recisão da delação de Joesley e do diretor de relações institucionais da JBS Rodrigo Saud.

Nenhum comentário:

Postar um comentário