CONSELHO DE
SEGURANÇA DA ONU SE REÚNE NESTA SEGUNDA PARA AVALIAR TESTE NUCLEAR
Conselho de Segurança
da ONU se reunirá nesta segunda-feira (4) com o objetivo de analisar o novo
teste nuclear da Coreia do Norte.
A reunião, que
acontecerá às 10h locais (11h de Brasília), foi solicitada por Estados Unidos,
França, Reino Unido, Japão e Coreia do Sul, segundo a missão norte-americana na
ONU.
O Conselho se reunirá
um dia depois que o regime norte-coreano garantiu ter detonado "com
sucesso total" uma bomba de hidrogênio que poderia ser instalada
em um míssil intercontinental.
Entre os países que
solicitaram a reunião, três são membros permanentes do Conselho de Segurança
(EUA, França e Reino Unido). O Japão ocupa um posto não permanente nesse órgão
até o fim deste ano.
A última reunião de
urgência sobre a Coreia do Norte ocorreu em 29 de agosto devido ao lançamento
de um novo míssil por parte do regime de Kim Jong-un. No dia 5 de agosto, o
Conselho aprovou por unanimidade uma resolução com novas sanções econômicas
contra a Coreia do Norte pelos seus testes nucleares e balísticos.
TRUMP
REAGIU AO QUE CHAMOU DE 'GRANDE TESTE NUCLEAR' AFIRMANDO QUE A COREIA DO NORTE
É UMA NAÇÃO 'DESONESTA' .
O presidente dos
Estados Unidos, Donald Trump, assim como autoridades dos governos da Rússia,
Coreia do Sul, França e inclusive China condenaram o sexto teste com bomba
nuclear realizado pela Coreia do Norte neste domingo. A China é o maior
parceiro comercial de Pyongyang.
O governo da Coreia do
Norte confirmou na tarde de hoje (horário local) que realizou com sucesso o
teste de uma bomba de hidrogênio mais avançada, carregada em um míssil de longo
alcance. Segundo emissora estatal, o teste foi ordenado pelo líder do país, Kim
Jong Un.
Trump reagiu ao que
chamou de "grande teste nuclear" afirmando que a Coreia do Norte é
uma nação "desonesta" cujas "palavras e ações continuam sendo
muito hostis e perigosas" para os EUA. Em seu perfil no Twitter, disse que
o país asiático "se tornou uma grande ameaça e constrangimento para a
China, que tem tentado ajudar mas com pouco sucesso". Trump afirmou ainda
que a "Coreia do Sul está percebendo, como eu disse, que sua conversa de
apaziguamento com a Coreia do Norte não funcionará". "Eles só
entendem uma coisa", complementou, sem dar mais detalhes.
O presidente francês
Emmanuel Macron condenou a ação "nos termos mais fortes possíveis".
Em comunicado oficial, convocou os membros do Conselho de Segurança das Nações
Unidas para reagir rapidamente à nova violação das leis internacionais por
Pyongyang. Macron disse que a comunidade internacional deve tratar a nova provocação
de Pyongyang com a "máxima firmeza" a fim de trazê-lo de volta ao
caminho do diálogo e dissuadi-lo dos programas nuclear e de mísseis.
O ministro de Relações
Exteriores da Rússia afirmou em comunicado que o teste merece a "máxima
condenação". Defendeu também diálogo imediato e negociações como as únicas
formas de resolver os problemas da península da Coreia, incluindo o nuclear. O
ministro reafirmou estar pronto para participar das negociações, inclusive
"no contexto da implementação do plano russo-chinês". Por esta
proposta, a Coreia do Norte suspenderia seus testes nucleares e de lançamento
de mísseis e, em troca, EUA e Coreia do Sul suspenderiam seus exercícios
militares conjuntos.
O ministro de Relações
Exteriores da China também condenou o teste em comunicado, expressando
"firme oposição e forte condenação" à atividade e demandando que a
Coreia do Norte "pare de tomar ações equivocadas que deterioram a
situação".
A Coreia do Sul afirmou
que pretende responder à Coreia do Norte com as medidas mais severas possíveis.
O diretor do Departamento Nacional de Segurança do país, Chung Eui-yong,
afirmou que o presidente Moon Jae-in buscará todas as medidas diplomáticas
disponíveis, incluindo novas sanções do Conselho de Segurança da ONU. Segundo
Eui-yong, Moon também discutirá com o governo dos EUA formas de utilizar os
"meios estratégicos mais fortes" de que dispõem os norte-americanos
para isolar completamente Pyongyang.
Mais cedo, o gabinete
presidencial da Coreia do Sul informou que o conselheiro do departamento de
Segurança Nacional dos EUA, H. R. McMaster conversou por telefone durante 20
minutos com Chung Eui-yong uma hora após o teste.
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