JUSTIÇA CONDENA SÉRGIO CABRAL A 45 ANOS DE PRISÃO NA OPERAÇÃO CALICUTE
PENA POR CORRUPÇÃO, LAVAGEM E MAIS CRIMES É A MAIOR DA LAVA JATO
A Justiça do Rio de
Janeiro condenou nesta quarta (20), o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) a 45
anos e 2 meses de prisão na Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato. Além
da reclusão, a maior no âmbito da Lava Jato, Cabral deverá pagar multa por corrupção
passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.
As denúncias da
Operação confirmaram desvio de verba de contratos do governo do Rio com
empreiteiras. Além de Cabral, a sentença do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara
Federal Criminal, também condena outras 11 pessoas por participação no esquema,
entre elas a esposa de Cabral, Adriana Ancelmo, condenada a 18 anos e 3 meses
de prisão.
A sentença descreve o
ex-governador como “idealizador do gigante esquema criminoso institucionalizado
no âmbito do Governo do Estado do Rio de Janeiro, era o chefe da organização,
cabendo-lhe essencialmente solicitar propina às empreiteiras que desejavam
contratar com o Estado do Rio de Janeiro, em especial a Andrade Gutierrez, e
dirigir os demais membros da organização no sentido de promover a lavagem do
dinheiro ilícito”.
O advogado de Cabral,
Rodrigo Rocca, disse que “A sentença é uma violência contra o Estado
democrático de Direito e só reforça a arguição de suspeição que mós já fizemos
contra o juiz que a prolatou.” Rocca afirmou que a condenação já era esperada
e, por isso, ele já trabalhava em recurso de apelação para os órgãos de
jurisdição superior.
Cabral já está preso
desde novembro de 2016. Ele tem uma primeira condenação imposta pelo juiz
Sérgio Moro – 14 anos e 2 meses de reclusão, por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro.
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