O Ministério Público
Federal (MPF) denunciou hoje (11) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o
ex-ministro Gilberto Carvalho por corrupção passiva em um dos processos da
Operação Zelotes. Os procuradores do caso também acusam mais cinco investigados
de beneficiar montadoras de veículos por meio da edição de medidas provisórias.
De acordo com a
denúncia, as empresas automobilísticas teriam prometido R$ 6 milhões a Lula e
Carvalho em troca de benefícios para o setor.
“Diante de tal
promessa, os agentes públicos, infringindo dever funcional, favoreceram às
montadoras de veículos MMC [Mitsubishi] e Caoa ao editarem, em celeridade e
procedimento atípicos, a Medida Provisória n° 471, em 23/11/2009, exatamente
nos termos encomendados, franqueando aos corruptores, inclusive, conhecimento
do texto dela antes de ser publicada e sequer numerada, depois de feitos os
ajustes encomendados”, afirma o MPF.
Defesa
Em nota à imprensa, o
Instituto Lula diz que a edição da MP 471/2009 seguiu trâmites corretos e que a
denúncia é uma forma de perseguição ao ex-presidente.
“A nova denúncia do
Ministério Público sobre a edição da Medida Provisória 471/2009 não é apenas
improcedente, mas injurídica e imoral. Os procuradores que a assinam tentam
explorar novamente um tema que já foi objeto de ação penal e julgamento na
primeira instância há mais de um ano”, diz a nota.
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