CPMI DA JBS
























SENADOR MOSTRA QUE NOS GOVERNOS DO PT O BNDES DEU TUDO O QUE A JBS QUIS
TRAMITAÇÃO DEMORAVA 20 DIAS PARA JBS; PARA OS DEMAIS, 202 DIAS

RONALDO CAIADO TAMBÉM CHAMOU A ATENÇÃO PARA O PRIMEIRO ESCÂNDALO QUE ENVOLVEU A JBS E O BNDES AINDA EM 2005 FOTO: SIDNEY LINS
PUBLICIDADE
O ex-presidente do BNDES nos Governos Lula e Dilma, Luciano Coutinho, afirmou que "não se lembra" de nenhum pleito da JBS que tenha sido rejeitado pelo BNDES durante o tempo em que comandou a empresa. De acordo com ele, apenas alguns projetos que teriam sido "aperfeiçoados" pelo banco.
A declaração foi dada durante a CPMI do JBS, durante a sessão nesta terça-feira (03/10), em resposta à pergunta do senador Ronaldo Caiado (Democratas-GO). Coutinho é o presidente mais longevo do banco, ficando no comando de maio de 2007 a maio de 2016. Durante esse período, ele recebeu a visita dos sócios da empresa 23 vezes.
"Vossa senhoria diz que não se lembra de a JBS ter nenhum projeto rejeitado, mas que provavelmente todos foram 'aperfeiçoados' No entanto, o que assistimos no Brasil são milhares de projetos rejeitados pelo BNDES e que sequer tiveram esse gesto nobre por parte do banco de fazer um trabalho de 'aperfeiçoamento'. Queremos deixar essa evidência do tratamento diferenciado que foi dado. Dados do TCU mostram que o tempo de tramitação dos processos da JBS duraram 20 dias. O tempo médio no BNDES é de 202 dias", ressaltou Caiado.
Coutinho também precisou responder se houve alguma pressão por parte do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, preso sob acusação de facilitar interesses do grupo no governo federal. Caiado lembrou que todas as afirmações feitas na comissão serão comparadas à futura delação premiada de Mantega. O ex-ministro deve apontar como funcionava o tráfico de influência envolvendo a Fazenda e os bancos públicos.
"Por que faço essa pergunta? porque fomos informados hoje pela imprensa que Mantega está negociando uma delação premiada. As declarações têm que estar de acordo com o que Mantega disse. Se não, será chamado novamente e vamos confrontar o que não está de acordo entre os dois senhores, "explicou.
HISTÓRICO
Ronaldo Caiado também chamou a atenção para o primeiro escândalo que envolveu a JBS e o BNDES ainda em 2005, quando gravações que envolviam Júnior Friboi e um empresário revelaram que o grupo mantinha um cartel e fixava preço em todo o país. Na época, Caiado era presidente da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados e chegou a acionar o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
"Hoje, 12 anos depois, o Estadão publica que agora o Cade mandou abrir novamente e recomendou ao tribunal que condene o Júnior Friboi pelas gravações e pelo cartel montado.E na gravação ainda há a informação de que haveria um contrato de gaveta com o BNDES", lembrou.
Coutinho evitou responder diretamente o tema e negou que houvesse qualquer tipo de pressão entre o grupo e o ex-ministro Mantega com o banco.




Atirador de Las Vegas demorou dias para levar armas para quarto de hotel, diz polícia

De acordo com os investigadores, armas foram transportadas em dez malas, encontradas dentro do quarto usado por Stephen Paddock para cometer o pior ataque a tiros da história dos EUA.

























Stephen Paddock, autor do massacre a tiros que deixou 59 mortos e mais de 500 feridostransportou 23 armas de longo alcance para um quarto no hotel Mandalay Bay em dez malas ao longo de dias.
As informações foram divulgadas xerife do Condado de Clark, Joseph Lombardo, e citadas pela Associated Press e pela CNN. Os detetives investigam agora pessoas que possam estar envolvidas na venda das armas usadas no ataque - o mais letal envolvendo armas de fogo na história dos EUA.
Chris Sullivan, dono de uma loja chamada Guns & Guitars publicou um comunicado afirmando que Paddock era um cliente que "cumpria todas as verificações de antecedentes e procedimentos necessários", e disse que seu estabelecimento coopera com a investigação.
"Ele nunca deu nenhuma indicação ou motivo para acreditar que ele era instável ou inapropriado [para a compra de armas] a qualquer momento", disse Sullivan, sem especificar quantas ou quais modelos de armas o atirador comprou em sua loja.

Polícia ainda tenta descobrir motivação para ataque de Las Vegas
De acordo com fontes que falaram à Associated Press em condição de anonimato, alguns dos rifles tinham cursores de mira, e suspeita-se que Paddock tenha modificado algumas armas para torná-las totalmente automáticas.
Especialistas ouvidos pelo G1 acreditam que os calibres das armasdisparadas pelo atirador são feitas possivelmente para dois tipos de atividade: caça de animais selvagens e guerras. Considerando os sons registrados nos vídeos e a distância dos disparos, eles dizem que as armas de fogo utilizadas usam calibres pesados e com alto poder destrutivo.


Estado Islâmico reivindica massacre que matou 50 em Las Vegas























Atirador deixou 58 mortos e mais de 400 feridos durante show em Las Vegas - DAVID BECKER / AFP


Polícia americana, contudo, ainda não viu vínculos de atirador com grupos terroristas

LAS VEGAS — O Estado Islâmico reivindicou o ataque armado que matou pelo menos 58 pessoas e feriu outras 500 num festival de música country em Las Vegas na madrugada desta segunda-feira. Segundo o grupo terrorista, Stephen Paddock, de 64 anos, há meses teria se convertido ao Islã, uma informação que, por enquanto, não foi oficialmente confirmada por fontes externas. Enquanto isso, no entanto, o FBI nega que houvesse laços entre radicais e o atirador, que se matou após cometer o massacre. Mais cedo, autoridades já haviam dito que ele agiu sozinho e provavelmente não era filiado a nenhum grupo armado ou terrorista.
A família do atirador expressou choque ao saber do massacre provocado pelo americano, que nunca teria dado sinais aos seus parentes de radicalização.
"O ataque de Las Vegas foi executado por um soldado do Estado Islâmico, que o levou a cabo em resposta aos chamados de mirar contra os Estados da coalizão", disse a Amaq, agência de notícias do EI, em referência à aliança internacional liderada pelos EUA para combater os terroristas. "O atacante de Las Vegas se converteu ao Islã alguns meses atrás".
O irmão do atirador, responsável pelo maior ataque armado da História dos EUA, disse à imprensa que ficou perplexo ao saber do ataque e não poderia imaginar os motivos do seu irmão.
— Ele não tinha afiliação política ou religiosa, até onde nós sabíamos — afirmou Eric Paddock, acrescentando que "não havia indicação de que ele faria algo assim". — Nós não tínhamos ideia. Ficamos horrorizados. Estamos perplexos e enviamos nossas condolências às vítimas.