Nova fase da Lava Jato cumpre mandados de prisão no Rio
Alvos
são investigados por corrupção, associação criminosa, fraudes em contratações
públicas, crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e lavagem de dinheiro,
dentre outros delitos
Rio - Agentes da Polícia Federal (PF) estão nas ruas na manhã desta terça-feira para cumprir a Operação Déja Vu, a 51ª fase da Operação Lava Jato. Vinte e três mandados são cumpridos no Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, por ordem do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.
De acordo com a PF,
aproximadamente 80 policiais federais cumprem quatro mandados de prisão
preventiva, dois mandados de prisão temporária e 17 mandados de busca e
apreensão, contra alvos investigados por corrupção, associação criminosa,
fraudes em contratações públicas, crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e
lavagem de dinheiro, dentre outros delitos.
Os mandados de prisão
preventiva são cumpridos no Rio de Janeiro, Paraty, Niterói e Miguel Pereira,
todos no Estado do Rio. As prisões temporárias acontecem também no Rio e em
Guaratinguetá (SP). Já as incursões de busca e apreensão acontecem, além das
cidades citadas, em Jacuecanga, Petrópolis, Duque de Caxias e Areal, no Rio de
Janeiro, além de Vitória, capital do Espírito Santo.
As investigações
apontam que as propinas proveniente da construtora Odebrecht para a obtenção do
contrato investigado neste momento foram destinados a agentes públicos e
partidos políticos. O nome da Operação remete ao fato da investigação
identificar que o "modus operandi" dos alvos já foi "amplamente
revelado pela Operação Lava Jato".
A empresa obtinha
contratos junto à Petrobras, em valores superfaturados, mediante o pagamento de
vantagens indevidas à executivos e gerentes da empresa petrolífera. Esse
dinheiro era repassado através de offshores no exterior.
Os presos serão
conduzidos à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, local no qual o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e demais alvos da Lava Jato estão
presos - e onde permanecerão à disposição da Justiça.
Marielle Franco e Anderson Gomes foram mortos com submetralhadora 9 milímetros, conclui polícia
Marielle Franco em seu gabinete em 2016
Informação
inicial era de que cápsulas seriam de pistola do mesmo calibre. Reconstituição
do crime deve ser feita na quinta-feira (10) no Estácio, Centro do Rio.
A Polícia Civil concluiu
que os tiros que mataram a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson
Pedro Gomes, no dia 14 de março, foram disparados
por criminosos com uma submetralhadora 9mm. Segundo informações reveladas pelo
"Domingo Espetacular" e confirmadas ao G1, foi utilizado ainda
um supressor de ruído na arma para minimizar o som dos disparos.
Inicialmente, se considerou
que as balas recolhidas eram de pistolas 9mm, com lotes de munição
vendidos para a Polícia Federal. Projéteis recolhidos do carro
onde estavam Marielle e Anderson ajudaram a confirmar as informações. Tanto
submetralhadoras como pistolas podem usar munição 9mm.
Arma utilizado no assassinato de Marielle e Anderson era uma
submetralhadora (Foto: Infográfico: Roberta Jaworski/G1)
Reconstituição
Na quinta-feira (10),
está prevista a reconstituição do crime no local onde os dois foram mortos, no
Estácio, Centro do Rio. Mais de 50 dias após as execuções, ainda não há linhas
de investigação divulgadas ou suspeitos apontados como mandantes ou executores
dos assassinatos.
A TV Globo conseguiu
rastrear que o carro utilizado no crime de Marielle passou por
dois bairros antes de chegar à Lapa, local de onde a vereadora
saiu antes de ser morta. O veículo usado no crime é clonado. O RJTV encontrou a
compradora do Cobalt original, que foi ouvida na Divisão de Homicídios,
responsável pela investigação.
A proprietária conseguiu
comprovar que o carro estava estacionado no Leblon, na Zona Sul do Rio, no
momento do crime. Ele havia sido comprado em Nova Iguaçu, na Baixada
Fluminense, 20 dias antes da morte de Marielle e Anderson. Recentemente, o
carro de Marielle passou
também por uma nova perícia.
Presos da Lava Jato serão transferidos para Complexo de Gericinó
Atualmente, eles estão detidos na Cadeia de Benfica. Segundo medida, presídio só receberá presos na esfera da Justiça Estadual
Rio - Os presos da
Operação Lava Jato serão transferidos para o Complexo Penitenciário de
Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio. Inicialmente, a medida
foi divulgada no Diário Oficial da última quinta-feira, mas foi
republicada na edição desta segunda. Determinada pelo interventor da Segurança
Pública do Rio, general Braga Netto, a ação inclui 98 nomes, como os deputados
Edson Albertassi e Paulo Melo.
Atualmente, os detidos
estão na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, Zona Norte. No
entanto, de acordo com a nova medida, o presídio só receberá agora presos na
esfera da Justiça Estadual. Em nota, a Secretaria de Estado de Administração
Penitenciária (Seap) afirmou que as transferências ocorrerão até o próximo fim
de semana, mas ressaltou que não pode divulgar os nomes "por segurança dos
presos e dos inspetores".
"A Seap informa
ainda que as transferências estão sendo realizadas de acordo com as
prioridades, desde sexta-feira, entre as unidades prisionais. O decreto
trata da reestruturação organizacional desta pasta, objetiva a flexibilidade do
fluxo de presos entre 12 unidades prisionais e privilegia os critérios de
segurança e redução de superlotação", completou.
Cadeia de Benfica vira motel
No dia 7 de março, a
coluna Informe do DIA mostrou que uma inspeção feita pelo Ministério Público do Rio detectou quatro
suítes semelhantes a encontradas em motéis na Cadeia de Benfica.
Segundo o MP, seriam usadas para visitas íntimas "entre outras possíveis
irregularidades". O MP também recebeu a informação de que mulheres
receberiam dinheiro para fazer sexo com detentos da Lava Jato, mas ressalta que
a denúncia ainda é investigada. O presídio conta com ala feminina e agentes
penitenciárias.
Nas suítes de Benfica,
camas de casal, luzes vermelhas, televisores e piso de porcelanato proporcionam
o clima perfeito para o amor bandido. Um dos quartos tem até mesmo uma parede
pintada com um coração.
"A Seap informa
ainda que as transferências estão sendo realizadas de acordo com as
prioridades, desde sexta-feira, entre as unidades prisionais. O decreto
trata da reestruturação organizacional desta pasta, objetiva a flexibilidade do
fluxo de presos entre 12 unidades prisionais e privilegia os critérios de
segurança e redução de superlotação", completou.
Cadeia de Benfica vira motel
Cadeia de Benfica vira motel
No dia 7 de março, a
coluna Informe do DIA mostrou que uma inspeção feita pelo Ministério Público do Rio detectou quatro
suítes semelhantes a encontradas em motéis na Cadeia de Benfica.
Segundo o MP, seriam usadas para visitas íntimas "entre outras possíveis
irregularidades". O MP também recebeu a informação de que mulheres
receberiam dinheiro para fazer sexo com detentos da Lava Jato, mas ressalta que
a denúncia ainda é investigada. O presídio conta com ala feminina e agentes
penitenciárias.
Nas suítes de Benfica,
camas de casal, luzes vermelhas, televisores e piso de porcelanato proporcionam
o clima perfeito para o amor bandido. Um dos quartos tem até mesmo uma parede
pintada com um coração.
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