Testemunha afirma que policial e ex-PM participaram da morte de Marielle




NARCOTRÁFICO QUER FAZER BANCADA NO CONGRESSO


Brasília - A reforma política que deu poderes aos presidentes de partidos para que eles distribuam bilhões de reais durante a campanha deste ano será responsável, provavelmente, por um grande desvio de dinheiro público semelhante aos escândalos dos últimos anos. Ao transformar esses donos de legendas em coronéis financeiros, a legislação permite que eles selecionem os candidatos que devem receber suas cotas para gastar na campanha à sua melhor conveniência. Os que se sentirem prejudicados certamente vão entrar na Justiça e o R$ 1,7 bilhão do fundo eleitoral pode ser suspenso interrompendo campanhas em alguns estados.
A ideia da criação do fundo era evitar que empresas participassem com dinheiro lícito ou ilícito nas campanhas, depois da descoberta da maior rede de corrupção do país com a geração do caixa dois por meio de contratos fraudulentos das empreiteiras com as empresas públicas. Pois bem, a nova lei, agora, deixa nas mãos dos presidentes dos partidos, muitos envolvidos na Lava Jato, a divisão do dinheiro para cada candidato nos estados. Abre-se, assim, é claro, uma janela para fabricação de notas fiscais frias e outros artifícios para justificar a saída desses recursos bilionários para centenas de candidatos no país.

 NA COLÔMBIA, ATÉ O CHEFÃO PABLO ESCOBAR REPRESENTOU A SUA TURMA NO PARLAMENTO.




































Ora, se o Congresso legislou para moralizar as eleições, na prática, a realidade é outra. Ninguém sabe – nem advogados especializados – como será feito o rateio dessa fortuna na campanha. Até o momento, os candidatos majoritários, principalmente, desconhecem como vão fazer suas campanhas e como devem receber suas cotas, o que impede que eles contratem produtoras, marqueteiros, gráficas e montem a infraestrutura da campanha. Ganha quem apostar que esta será a eleição mais fraudada da história se os tribunais não forem vigilantes com a distribuição desse fundão. O mais grave, porém, são os buracos na legislação  que dão margem a corrupção e o desvio de recursos do fundo eleitoral. Candidatos medíocres, os porcas urnas, aqueles de pouca importância – ou nenhuma -  numa coligação partidária, vão ressurgir nas eleições. Muitos aparecem nessas horas para extorquir empresários. Outros, mais habilidosos, apresentam-se como laranjas.  Existem, no entanto, aqueles que estão no mandato e vão apelar para se reeleger. Preteridos na distribuição da cota, vão correr atrás do dinheiro fácil. Políticos experientes, com quem conversei, alertam que esse dinheiro invisível poderá vir do tráfico de drogas. Dizem que, a exemplo do surgimento das bancadas dos evangélicos e dos ruralistas no Congresso Nacional, os traficantes também se preparam para ocupar espaço na política e formar seus ninhos no congresso financiando candidatos. Em doses homeopáticas isso já vem ocorrendo. No Rio, a deputada federal Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson, e o deputado estadual Marcus Vinicius (PTB), respondem a processo por associação ao tráfico, depois da descoberta de que traficantes do bairro de Cavalcanti ajudaram a elegê-los. Ora, não é difícil supor que candidatos sem acesso ao fundo eleitoral recorram ao dinheiro fácil da droga para bancar suas campanhas, já que o caixa dois – se existir – estará muito vigiado e alguns desses políticos vão preferir o dinheiro “não contabilizado” para financiar suas campanhas. O Brasil, na América do Sul, não seria o único país com uma bancada financiada pelo narcotráfico. É bom lembrar que na Colômbia até o chefão Pablo Escobar representou a sua turma na Câmara dos Deputados eleito legitimamente pelo voto popular. Portanto, não seria de se estranhar que o narcotráfico e as facções criminosas, que agem dentro dos presídios, comandassem ações aqui fora para criar uma base política de defesa de seus interesses no Congresso Nacional. No comércio das drogas, o Brasil não está tão longe dos cartéis colombianos.

JORGE OLIVEIRA- Diário do Poder





Corpo que seria de PM de Teresópolis é encontrado carbonizado em Itaboraí


Caso aconteceu na madrugada desta quarta-feira e está sendo investigado DH de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí

Rio - Um corpo que seria de um policial militar foi encontrado, na madrugada desta quarta-feira, dentro de um carro na Rua dos Pilões, no bairro Curuzu, em Itaboraí. Identificado apenas como sargento Renato, o policial estaria voltando de São Gonçalo para Teresópolis, quando foi atacado por bandidos e morto na região. 
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Segundo a Policia Militar, um familiar comunicou ao 30º BPM (Teresópolis) o desaparecimento do militar, que teria ido a São Gonçalo para resolver problemas particulares, e voltado na parte da tarde para Teresópolis.
Após horas de buscas, equipes do 35º BPM (Itaboraí) foram ao local e confirmaram, pela placa, que se tratava do veículo do policial desaparecido. Uma perícia foi feita no local. Devido ao estado do corpo encontrado, totalmente carbonizado, a identificação só poderá ser feita por exames de DNA e arcada dentária. O caso está sendo investigado Delegacia de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI). Se confirmada a morte, Renato seria o 48º PM morto este ano no Rio.