PLANO "FRUSTRADO" DO PCC BUSCAVA AÇÕES ANTES DE POSSE DE BOLSONARO

Setores de inteligência da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) e do Ministério Público do Estado de São Paulo desvendaram no mês passado um audacioso plano para tirar da cadeia Marcos Herbas Camacho, chefão do Primeiro Comando da Capital (PCC).
As investigações apontam que a operação envolvia a tomada de uma cidade, contratação de mercenários estrangeiros equipados com fuzis, lança-granadas e metralhadoras de calibre .50, capaz de derrubar helicópteros. Estima-se que o intento custou cerca de R$ 100 milhões ao PCC. Os bandidos planejavam atacar quartéis, unidades policiais e fechar o município de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, que abriga a penitenciária em que Marcola e outras lideranças do PCC estão. O local é mantido pelo governo paulista.
Segundo reportagem da revista Veja, a sofisticada ação foi arregimentada com o objetivo de soltar os chefões da facção antes da posse de Jair Bolsonaro (PSL) que, em campanha, prometeu “pegar pesado” com a criminalidade. O receio dos cabeças do PCC é que o novo governo pressione a transferência deles para presídios federais, onde se encontram encarcerados, por exemplo, os chefes do Comando Vermelho, Fernandinho Beira-Mar, e dos Amigos dos Amigos, Nem da Rocinha. Neles, os detentos ficam isolados e tem restrições de visitas e de horários para banho de sol, por exemplo. 
O envio das cabeças do PCC para outros estados divide as autoridades de segurança pública de São Paulo. Há quem entenda que manter os presos no estado facilita a investigação e o monitoramento de celulares com que se comunicam e que a mudança poderia atrapalhar investigações em andamento. Outros temem que uma transferência de líderes do PCC poderia desencadear rebeliões em outros presídios e represálias, como em 2006, quando a facção comandou uma série de atentados a policiais e agentes penitenciários.

Em meio a ameaça, equipes da Rota, tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo, estão recebendo treinamento para o uso de armamento de guerra.
Dois tipos de armas são utilizadas nos treinos: metralhadoras calibre .50, utilizada em ações da facção, e metralhadoras MAG 7.62, também de grande poder de destruição por funcionar em modo rajada de disparos.
O treinamento da tropa está sendo ministrado por homens do Exército, por determinação do Comando Militar Sudeste, que também cedeu o armamento para ser empregado na operação em Presidente Venceslau, conforme solicitada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.
Na terça-feira (6), o governador de São Paulo, Márcio França (PSB), passou a tarde reunido com os secretários de Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, e de Administração Penitenciária, Lourival Gomes. Segundo o governo, porém, o encontro foi apenas uma reunião de rotina. Nenhum secretário deu declarações à imprensa após o encontro.

FILHO DE TESTEMUNHA DO CASO ODEBRECHT MORRE ENVENENADO NA COLÔMBIA


O filho de uma testemunha-chave do caso Odebrecht na Colômbia morreu envenenado com cianeto, dias depois do falecimento de seu pai, aparentemente por infarto, informou nesta terça-feira a procuradoria.
Pai e filho morreram entre quinta-feira e domingo, e a autopsia de Alejandro Pizano revelou seu envenenamento.
“As provas (…) indicam que a vítima foi exposta ao cianeto ao beber água em uma garrafa que estava no escritório de seu pai”, informou a procuradoria.
Pessoas próximas à família informaram à procuradoria que após beber da garrafa, Pizano disse que sentiu um gosto amargo e minutos depois apresentou uma forte dor estomacal, morrendo a caminho do hospital.
Alejandro acabara de chegar da Espanha para assistir ao enterro de seu pai, Jorge Enrique Pizano, ex-auditor financeiro da empresa associada à Odebrecht para a construção da Estrada do Sol II, que liga o centro ao norte do país.
Jorge Enrique Pizano era uma testemunha-chave do caso envolvendo os subornos pagos pela Odebrecht para conquistar a obra milionária.

O ex-auditor sofria de câncer e sua morte havia sido atribuída a um infarto, mas o envenenamento do filho levou a promotoria a investigar os fatos.
Um canal de notícias revelou na segunda-feira que Pizano deixou informações – para o caso de falecer ou receber proteção no exterior – de que o atual procurador-geral da Nação, Néstor Humberto Martínez, sabia desde 2013, antes de chegar ao cargo, do esquema de corrupção da Odebrecht no país.
Em um vídeo gravado em 9 de agosto, Pizano diz que “os fatos e as verdades estão chegando à tona e mostrando como realmente existe um complô contra minha integridade como pessoa”.
Em meados de outubro, o procurador encarregado do caso, Amparo Cerón, sofreu um acidente de trânsito durante suas férias e passou vários dias na UTI, ficando impedido de retornar à investigação.

ESSE CAOS TEM RESPONSÁVEIS


PERCIVAL PUGGINA
Insegurança generalizada, permanentes riscos de lesão física e patrimonial, indisciplina nos colégios, baixíssimo rendimento escolar, desrespeito a pais e professores, promiscuidade, gravidez na adolescência, drogas, falta de referências morais e perda da noção de limites, corrupção em variados níveis e modos… Como tudo isso pode acontecer em tão curto espaço de tempo, no espaço de tempo de uma geração, da minha geração? Quando nasci o Brasil não era assim e pude observar a degradação da sociedade brasileira, saindo praticamente do ponto zero, chegar ao quadro atual. Cavalheiros e damas dos anos 30, 40, 50! Nós vimos o Brasil ir assumindo essa face sinistra.
Não se diga que é tudo fruto do acaso. De fatalidades e coincidências. O caos tem responsáveis. Exatamente porque a tudo assisti, sei como tudo começou, mediante a propagação de ideias erradas, perversas, desorientadoras! São as mesmas que hoje batem cabeça revoltadas contra a vitória de Jair Bolsonaro, consagrado nas urnas por afirmar enunciados conservadores.
Terrível audácia, a desse sujeito que ousa mencionar Deus mais de uma vez no mesmo discurso! Tipo repulsivo esse que fala em autoridade, em respeito aos mais velhos, em responsabilidade, em combater a impunidade e prender bandidos. Em proteger a inocência infantil e a instituição familiar. Sujeito impertinente esse que quer estudante estudando e professor ensinando, que não vai legalizar drogas e não confunde liberdade com libertinagem.
É tudo relação de causa e efeito! O caos que se instalou na sociedade brasileira resulta de uma série de estratégias políticas revolucionárias que precisam desse caos para prosperar. São estratégias viabilizadas por professores que, enquanto nada ensinam, cultivam a rebeldia adolescente ao ponto de ruptura com as referências familiares e, de lambuja, promovem a imagem “missionária” de Che Guevara. São estratégias que, quanto mais críticas faziam à TV Globo, mais se valiam dos desarranjos morais promovidos em suas novelas para produzir uma geração de pais irresponsáveis, moderninhos, “progressistas”. São estratégias que precisam da CNBB, dos padres militantes, da teologia da libertação e de suas más parcerias para a incrível esterilização voluntária da missão evangelizadora da Igreja e de tantos educandários católicos. Tudo isso é o avesso do que a sociedade precisa para seu desenvolvimento econômico, para a efetiva harmonia social, para o efetivo pluralismo e para a efetiva superação de preconceitos.
Sem dúvida, o melhor sinal no horizonte deste ano que já vai terminando foi o renascimento de um conservadorismo ainda embrionário, buscando modo, voz e expressão. Parcela significativa da sociedade percebeu, finalmente, as relações de causa e efeito entre ideias e estilos de vida propagados entre nós e o estrago que acabaram produzindo. A permissividade geral nos trouxe a este ponto. Os que criaram o caos social constrangendo toda divergência, agora se agitam para defendê-lo nos jornais, microfones e telinhas de sempre.

Percival Puggina, membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.


AS VERDADEIRAS VÍTIMAS


Meninas de 11 e 12 anos são assassinadas brutalmente em matagal após festa
Polícia investiga se amigas de 11 e 12 anos foram mortas por traficantes de drogas
Bandidos ateiam fogo em ônibus na Baixada Fluminense e deixam passageiros feridos

Casos aconteceram desde a noite de sábado, após a morte de um homem que teria envolvimento com o tráfico na região