DECLARAÇÃO DE VOTO
As eleições de 2018 apresentam talvez o momento mais difícil na política
brasileira pós redemocratização. Durante o período imediatamente anterior,
ainda com a escolha sendo feita pelo colégio eleitoral, vivíamos o clima ainda
tenso, o temor latente de um retrocesso que se materializasse, aprisionando não
apenas as consciências, mas também nossos corpos. Esse temor conduziu-nos a um
caminho que se revelou apenas um atalho por um terreno desconhecido e perigoso,
apontado por cegos e/ou almas perversas.
O nós aqui evocado, refere-se a uma parcela de autoproclamados
intelectuais e pretensos salvadores e formuladores de todas as soluções para
tudo. Que mergulhando no oceano farto da literatura ampla e extenuantemente só
de “esquerda”, surgia como uma nova espécie de combatentes infalíveis,
invencíveis. Na ausência de informações contrapontuais (não havia internet e
nossas fontes eram limitadas ao que nos era fartamente oferecido pelos heroicos
companheiros de sempre), sorvíamos avidamente do saber libertador, sem
questionamento algum. Como efeito colateral da ingestão desregrada de todo tipo
de informação doutrinária, caímos em prisão intelectual férrea, dessensibilizadora,
da qual pouquíssimos de nós logramos escapar. Para aqueles que pretendem, ainda,
manter um posicionamento coerente com os ideais e princípios nos quais
acreditam, o meu absoluto respeito, e a disposição de discutir posicionamentos
políticos sempre que a oportunidade surja, dentro da mais alta fidalguia. Para
mim, após uma análise da minha história dentro da política, chego a uma triste
conclusão: Perdi todos os meus votos desde as eleições de 1989, não tendo
avançado um único passo. O meu maior arrependimento é ter, por decisão
partidária, votado no pt em duas ocasiões; menos mal que nas duas oportunidades
o partido não saiu vencedor. Após esperar, torcer para que desse certo,
observar, estudar e compreender as práticas do governo petista e de seu líder
maior, tenho que, por respeito a convicções pessoais, romper com quaisquer
resquícios de ligação com a falsa esquerda que chegou ao poder. Falsa esquerda
que revelou na prática o compromisso apenas com poder pelo poder, aliando-se ao
que de pior existe na política brasileira, dando as costas ao compromisso com a
ética e a moralidade, sua marca mais forte, mostrando que tudo não passava um engodo
para ascender a um poder do qual não pretendia mais abrir mão. Fica longo e cansativo
discorrer sobre a ação divisionista de agentes sindicais e políticos a serviço
de setores do governo militar, que cresceram e vicejaram ao longo de quase
quatro décadas. Parece inútil trazer à luz estratégias e táticas postas em
prática durante o exercício de “governos legítimos” por parte da instituição
que se fantasiou de partido político para práticas indiscutivelmente delituosas.
No entanto, para mim, tornou-se claro que não se pode colocar no mesmo patamar
partidos políticos e organizações criminosas. Desconstrucionismo, inversão de
valores, sócioconstrutivismo, subversão semântica, estigmatização de
princípios, tudo utilizado para ludibriar, confundir. NAZISMO na prática! Chamam os adversários daquilo que são, acusam-nos
daquilo que fazem!
“Goebbels ficou conhecido
pela frase “uma mentira dita cem vezes torna-se verdade”, que sintetiza a
proposta de implicação psicológica da propaganda nazista. A elaboração da
máquina de propaganda nazista contava com a instrumentalização de intelectuais
e pessoas ligadas às artes (arquitetos, escultores, pintores, músicos,
cineastas etc.). Um dos exemplos mais notórios foi o da cineasta Leni
Riefenstahl (1902-2003), que produziu o famoso documentário O Triunfo da
Vontade, em 1934”.
A máquina de propaganda petista instrumentalizou intelectuais e
artistas a seu serviço-assim com a máquina de propaganda nazista.
A prática de governo
petista pode não parecer com um estado totalmente fascista, mas os segmentos
que sustentam a entidade partido/estado exprimem com nitidez tal prática.
“O maior exemplo de corporativismo fascista ocorreu na Itália durante
o governo de Mussolini. Na época, foram criados sindicatos de trabalhadores e
de patrões para cada profissão. Esses sindicatos eram submetidos à supervisão do Partido Comunista, o que garantia
que todas as classes, de todas as áreas, estivessem sempre em harmonia com os ideais do governo”.
Entre as principais
características desse sistema estão a concentração do poder nas mãos de um
único líder, o uso da violência e o imperialismo.
A principal liderança do partido dos trabalhadores, de perfil nitidamente
autoritário/fascista, escancara para quem queira ver tal prática, comandando
com mão de ferro, de DENTRO DA CADEIA, o partido transformado em facção
criminosa, cujos integrantes não se pejam de quedarem-se genuflexos ante o seu
deus do mal.
Diferente de outras correntes ideológicas, o fascismo é um termo de difícil
definição, que pode apresentar diversos significados dependendo do enfoque
escolhido e das características acentuadas. Assim, ainda não existe
um conceito de fascismo universalmente aceito.
Na opinião do Dr. Lawrence Britt:
“Eleições fraudulentas/Urnas
Fraudulentas e fraudáveis – Às vezes as eleições em nações
fascistas são uma farsa completa. Outras vezes as eleições são manipuladas por
campanhas de difamação contra ou mesmo assassinato de candidatos da oposição, o
uso de legislação para controlar os números de voto ou limites dos distritos
políticos e manipulação dos meios de comunicação. Nações fascistas também usam
normalmente os seus sistemas judiciários para manipular ou controlar as
eleições”.
Um governo não apenas
autoritário, mas que fez do exercício do poder uma prática de crimes
continuados. Noventa
por cento das medidas provisórias vendidas para “clientes” numa vergonhosa
feira da corrupção, onde o “comprador” elaborava as tais medidas!
A medida provisória é um
truque que disfarça um abuso e uma omissão. O poder executivo pode legislar sem
esperar os prazos do legislativo e o Congresso pode continua dedicando seu
tempo à política, em vez de legislar.
“No âmbito do direito constitucional brasileiro, Medida Provisória é um
ato unipessoal do presidente da República, com força imediata de lei, sem a
participação do Poder Legislativo, que somente será chamado a discuti-la e
aprová-la em momento posterior”.
Seria “apenas” uma liderança, um partido, um governo autoritário,
incompetente e corrupto?
Infelizmente não!
O “big boss” acumpliciou-se a um projeto internacionalista que prioriza
os interesses de um grupo que tem como objetivo maior a criação de um
pan-americanismo corrupto e narcotraficante.
Sinopse do livro de Leonardo Coutinho, HUGO
CHÁVES, O ESPECTRO
“O que levou um país rico, dono das maiores
reservas de petróleo do planeta e com uma localização estratégica ao maior
colapso financeiro e institucional do Ocidente? A destruição da Venezuela é
apenas a face mais evidente de uma intrincada rede de organizações políticas e
criminosas que foram criadas ou alimentadas por Hugo Chávez como parte de seu
sonho de reengenharia global. Neste livro, o jornalista Leonardo Coutinho
revela – com base em milhares de páginas de documentos, muitos deles secretos,
e mais de uma centena de entrevistas em dez países – como as digitais de Hugo
Chávez estão espalhadas em todo o mundo, desde a explosão da violência na
América Central e no México até o financiamento de organizações terroristas
como o grupo Estado Islâmico. Eleito em 1998 com a promessa de tirar a
Venezuela da crise e com o compromisso de conduzir os venezuelanos ao
desenvolvimento, Hugo Chávez desperdiçou a fortuna arrecadada durante a bonança
petroleira para financiar um modelo de mundo que fosse o seu espelho: caótico e
subversivo. APesar de sua morte, em março de 2013, em decorrência de um câncer,
Chávez segue presente “assombrando” o mundo com os efeitos destrutivos de sua
combinação de tráfico de cocaína, terrorismo e corrupção. UM legado que o
presidente Nicolás Maduro soube herdar e manter, conduzindo o país a um colapso
econômico e institucional sem precedentes”.
Por esse motivo eu, Milton
de lima, declaro que não vou me omitir covardemente no conforto da abstenção,
do voto nulo ou branco. Esperei até hoje para saber qual seria a alternativa contra
a corrupção, a incompetência, o autoritarismo e, principalmente contra o CRIME.
TODOS os candidatos mostraram-se comprometidos com o continuísmo de um estado
corrupto, revelando, para quem não se recusa a raciocinar, quais são seus
propósitos verdadeiros, acumpliciando-se contra um ÚNICO candidato que não mostrou
ligação com nenhum partido ou liderança política para alcançar o poder, que rejeitou
apoio e financiamento, que mesmo sofrendo violência física, manteve coerência.
Não imaginaria há meses atrás, que hoje estaria fazendo essa escolha, não é o
candidato que eu escolheria normalmente. Respeito as opiniões divergentes, no
entanto entendo, como pai e avô, como cidadão, como observador atento da
política nacional, que ou o Brasil diz não à corrupção, ao CRIME, ou nos
arrependeremos amargamente. Meu voto nessa eleição seria em QUALQUER UM que
tivesse condições de derrotar essa maldita facção criminosa que surgiu para
destruir o Brasil. Contra lula, contra o pt, contra o crime, pelo Brasil, voto
Jair Bolsonaro.
MILTON LIMA
Eles não
ANA PAULA HENKEL
Sou fã confessa de Christopher
Nolan e é do seu maravilhoso “Dunkirk” que eu lembro neste momento tão crítico
do país. O trecho que resume a ideia central do filme é quando um piloto de
avião abatido, resgatado boiando no mar e traumatizado, grita com o homem comum
que segue com seu pequeno barco para tentar resgatar soldados a pedido de
Churchill na França ocupada: “Seu lugar é em casa!”, grita o piloto abatido.
Para o piloto, vivido pelo
sempre enigmático e brilhante ator irlandês Cillian Murphy, o cidadão comum
deve deixar a guerra para os profissionais, que o mais prudente é se ausentar,
se omitir, se proteger em sua própria casa, enquanto o destino da nação está
sendo decidido entre as forças do bem e do mal na Segunda Guerra. A resposta de
Mr. Dawson, interpretado com uma dignidade comovente por Mark Rylance, não
poderia ser mais definitiva: “Se não ajudarmos, não haverá mais casa, filho.”
A menos de uma semana da
eleição mais importante em décadas, temos que admitir a possibilidade real da
volta do grupo mais nefasto, corrupto e vingativo ao poder central do Brasil. O
assalto do PT às instituições brasileiras é inédito, sem precedentes no Brasil
e provavelmente no mundo, não apenas pelo volume de dinheiro envolvido e pela
desfaçatez, mas também pela clara e evidente intenção de usar a força e o poder
do Estado para subjugar o país ao projeto de poder do partido que, por honra e
mérito de parte do judiciário e do Ministério Público, está na cadeia. Nem tudo
parecia perdido até que vieram a campanha eleitoral deste ano, as pesquisas e a
vertiginosa ascensão do poste Fernando Haddad, prefeito rechaçado de São Paulo
e postulante ao cargo de office-boy de luxo de um detento. Um roteiro de terror
em que o país morre no final.
Basta uma rápida busca na
internet para reavivar a memória de quem não se lembra o que foi o PT no poder
entre 2003 e 2016, o que fizeram e que país entregaram. Será que o Brasil já
esqueceu de toda pilhagem bilionária dos cofres públicos, de verdadeiras
fortunas “emprestadas” a ditaduras companheiras, do aparelhamento do Estado por
militantes cleptomaníacos, pela total incapacidade de viabilizar no país um
ambiente favorável ao investimento e à geração de empregos e riqueza de forma
sustentável e não com feitiçarias econômicas como empréstimos sem lastro que
acabaram gerando crise, recessão e milhões de desempregados e inadimplentes?
Não é possível!
Enquanto a bolha de
celebridade hedonistas se preocupa com a proteção de seus próprios vícios e
perversões, para não mencionar as torneiras abertas do tesouro para seus
“projetos culturais”, o brasileiro é assassinado ao ritmo de mais de cem
cadáveres por dia, todos os dias, num genocídio de proporções bíblicas. É
nestas horas que se vê a quem serve a destruição da educação brasileira, da ideologização
dos currículos e da compra da imprensa pela nefasta publicidade estatal ou por
empréstimos de padrasto para filho pródigo.
Minha próxima coluna será
publicada já com o resultado do primeiro turno conhecido. O Brasil não pode
vacilar, é o futuro das próximas gerações que está em jogo. Vista sua camisa
verde e amarela, vá para as ruas, resgate o espírito das manifestações de
2015/16 e defenda seu país da mais perigosa ameaça enfrentada por seu povo. Se
você não encarar essa guerra e apenas voltar para casa, pode não haver mais
casa esperando você.
Artigo publicado
originalmente no jornal O Estado de S. Paulo.
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