OPERAÇÃO CATILINÁRIAS
CUNHA: TODOS SABEM QUE O PT É RESPONSÁVEL PELA ROUBALHEIRA
PARA CUNHA, TODOS SABEM QUE PT É RESPONSÁVEL PELA ROUBALHEIRA
Publicado: 15 de dezembro de 2015 às 15:08 - Atualizado às 15:27
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ELE NEGOU QUE VÁ RENUNCIAR AO CARGO DE PRESIDENTE DA CÂMARA. FOTO: GUSTAVO LIMA/CÂMARA
O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou nesta terça (16) que não renunciará à presidência da Câmara. Ele disse ter causado estranheza que a operação Catilinárias tenha sido deflagrada no dia da votação do relatório de admissibilidade do processo contra ele no Conselho de Ética e na véspera do julgamento do rito do impeachment da presidente Dilma Rousseff pelo Supremo Tribunal Federal (STF). "Estranho a gente está em um momento, à vésperas de decisão do impeachment, tem acolhimento desse pedido de busca e apreensão. Estranho fazer diligência de busca e apreensão de um inquérito que está no prazo", disse. "A transcrição da delação na bate com os vídeos da delação", disse.
Cunha concedeu entrevista coletiva, no Salão Verde da Câmara, após a Polícia Federal cumprir 53 mandados de busca e apreensão, incluindo em sua residência oficial da Câmara, que buscava provas da participação do peemedebista no escândalo revelado pela Lava Jato, que desmantelou esquema de roubalheira na Petrobras. Segundo ele, "a gente sabe que o PT é o responsável pelo assalto à Petrobras".
Mais cedo, o Conselho de Ética da Câmara aprovou a admissibilidade do processo por quebra de decoro parlamentar com um placar de 11x9. Cunha disse que a decisão de hoje será contestada, pois o pedido de vistas foi recusado e isso seria uma clara violação regimental. Ele ainda afirmou ser tudo um jogo de cena para obrigá-lo a recorrer e quando isso acontecer "a imprensa dizer que é mais uma manobra". Cunha é acusado de quebra de decoro ao mentir em reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apurou a roubalheira na Petrobras. Ele afirmou que não tinha nenhuma conta bancária além das declaradas no Imposto de Renda, mas o Ministério Público da Suíça enviou documentação comprovando a existência de contas naquele país.
Nos bastidores, aliados do peemedebista articulam com a oposição uma pena alternativa à perda de mandato, como censura ou suspensão. Numa tentativa de aprovar o impeachment da presidente Dilma Rousseff, os oposicionistas sinalizam apoio à proposta de Eduardo Cunha.

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