NOVO VÍDEO MOSTRA ADÉLIO BISPO DE OLIVEIRA CERCANDO O CARRO ONDE ESTAVA JAIR BOLSONARO ANTES DE ATACAR O ENTÃO CANDIDATO
IMAGENS DIVULGADAS PELO SITE
O ANTAGONISTA MOSTRAM QUE O HOMEM CIRCULOU O CARRO ONDE ESTAVA O ENTÃO
CANDIDATO DO PSL ANTES DA FACADA
Um novo vídeo, divulgado
pelo site O Antagonista, mostra que Adélio Bispo de Oliveira cercou
o carro onde estava Jair Bolsonaro antes de atacar o então candidato com uma
facada em um comício na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais.
As imagens mostram que
Adélio, que aparece na parte esquerda do vídeo aos oito segundos pela primeira
vez, trajando uma jaqueta preta, circula o carro de onde Jair Bolsonaro interagia
com a população. Ele parece segurar nas mãos um jornal enrolado, onde
possivelmente escondeu a faca antes do ataque.
No restante do vídeo,
Adélio parece procurar uma maneira de se infiltrar na multidão que cerca o
capitão reformado. Alguns minutos após o registro das imagens, o homem conseguiu
chegar perto de Jair Bolsonaro e o atacou com uma facada.
O então candidato à
Presidência da República pelo Partido Social Liberal (PSL) Jair Bolsonaro, foi
esfaqueado durante um comício na cidade de Juiz de Fora no dia 6 de setembro,
ainda antes do primeiros turno. O autor foi identificado como Adélio Bispo de
Oliveira.
Após o ataque Bolsonaro
foi submetido a duas cirurgias por conta do golpe sofrido no abdômen
e ficou internado por 23 dias. O agora presidente eleito ainda terá que
passar por uma terceira intervenção para a retirada da bolsa de colostomia. Já
Adelio foi preso em flagrante e atualmente se encontra em penitenciária federal
em Campo Grande (MS).
Ao receber a denúncia, em
despacho tornado público nesta quinta-feira (4), o juiz considerou que o
agressor cometeu "grave e inegável lesão ao regime
democrático" ao "tentar impedir" que os eleitores
identificados com Bolsonaro fizessem valer seus votos. Adélio se declarou
culpado pelo crime.
Após o atentado, Jair
Bolsonaro seguiu em campanha, apesar de não participar dos debates e
conseguiu vencer as eleições. Ele toma posse no dia 1º de janeiro.
Morador de rua de 78 anos é maior assassino em série dos Estados Unidos
Samuel
Little já confessou mais de 90 assassinatos cometidos entre 1970 e 2005, e suas
principais vítimas foram dependentes de drogas e prostitutas em todo o país,
segundo a Polícia Federal americana (FBI).
Chicago- Investigadores
americanos concluíram que um morador de rua de 78 anos foi o maior assassino em
série da história dos Estados Unidos, com mais de 40 homicídios, informaram as
autoridades nesta quinta-feira.
Samuel Little já confessou
mais de 90 assassinatos cometidos entre 1970 e 2005 e suas principais vítimas
foram dependentes de drogas e prostitutas em todo o país, segundo a polícia
federal americana (FBI).
O promotor Bobby Bland, do
condado de Texas, onde Little está detido, revelou que o assassino confessou ao
menos outras seis mortes, o que eleva a mais de 40 o número de assassinatos
verificados.
"Está contando coisas,
casos que ocorreram há 50 anos, e dando detalhes sobre todos estes assassinatos
diferentes. Nenhuma das declarações que fez era falsa", disse Bland à AFP.
Segundo Bland, o serial killer
se declarou culpado do assassinato, em 1994, de Denise Christie Brothers, em
Odessa, Oeste do Texas, o caso que revelou a série de crimes do morador de rua.
O FBI tem trabalhado com
agências federais, estaduais e locais para alinhar as confissões de Little a
assassinatos não resolvidos em todo o país.
Little admitiu o assassinato
de Brothers no Texas após Bland se comprometer a não aplicar a pena de morte
neste caso, uma concessão feita "para ganhar sua confiança", de
acordo com o próprio promotor.
De acordo com a Coalizão Negra
Lutando contra os Assassinatos em Série, 'pelo menos 200 mulheres
afro-americanas desapareceram em circunstâncias misteriosas nos últimos anos.
Ministro do GSI diz que Bolsonaro sofreu novas ameaças e defende cautela em cerimônia de posse
Para Sérgio Etchegoyen, nova
administração 'exigirá cuidados mais precisos'. Ministro defendeu a manutenção
da estrutura da Abin, mas ressaltou que decisão caberá ao futuro presidente.
O
ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio
Etchegoyen, disse nesta segunda-feira (3) que o presidente eleito, Jair
Bolsonaro, sofreu novas ameaças.
A declaração foi dada
após cerimônia no Palácio do Planalto que celebrou os 80 Anos do Gabinete de
Segurança Institucional. No momento da declaração, o general falava sobre os
cuidados que o novo governo terá de ter com a segurança. Ele, porém, não deu
detalhes sobre as ameaças que citou.
"Eu posso te falar
até 15 dias atrás. Houve, houve novas ameaças [contra Bolsonaro]", afirmou
Etchegoyen.
Perguntado sobre a
possibilidade de o presidente eleito desfilar em carro aberto no dia da posse,
marcada para o dia 1º de janeiro, o ministro afirmou que as condições ainda
estão em negociação com a equipe de transição e recomendou cautela.
“A decisão será do presidente.
Eu presidiria tudo com cautela. Nesse momento, eu tenho que me atualizar,
porque passei fora duas semanas, mas eu recomendaria que todas as medidas
tomadas fossem presididas por cautela”, disse.
Etchegoyen disse que a
segurança da nova administração exigirá cuidados mais intensos e precisos,
porque, segundo ele, Bolsonaro é alvo de agressões constantes.
“Temos um presidente que
sofreu um atentado e vem sofrendo agressões constantes, basta ver nas mídias
sociais, a quem tem que ser dada a garantia, não a ele, mas também ao vice-presidente,
das melhores condições de governo. Certamente a segurança do presidente eleito,
da nova administração, exigirá cuidados mais intensos, mais precisos.” declarou
o ministro.
Na última quarta-feira
(28), um dos filhos do presidente eleito, o vereador Carlos Bolsonaro afirmou no Twitter que a
morte do pai "não interessa somente aos inimigos declarados, mas também
aos que estão muito perto".
Durante a campanha
presidencial, Bolsonaro foi vítima de um atentado
a faca em Juiz de Fora (MG). Após investigações, a Polícia
Federal concluiu que o agressor, Adélio Bispo de Oliveira, agiu
sozinho no momento do ataque e que a motivação “foi
indubitavelmente política”.
Abin
Durante a entrevista, o
ministro também defendeu a manutenção da estrutura da Agência Brasileira de
Inteligência (Abin), mas afirmou que a decisão cabe ao novo presidente.
A Abin é responsável por
fornecer ao presidente da República e a seus ministros análises estratégicas
confiáveis, como informações relativas à segurança do Estado, relações
exteriores e defesa externa.
“A direção da Abin
assumiu há dois anos. Vem fazendo um belíssimo trabalho. A decisão obviamente é
do presidente eleito, é do novo governo, legítimos. Mas acho que a
continuidade, pelo menos por mais um pouco período que seja, consolidará os
avanços particularmente na área de gestão, que eles alcançaram”, afirmou
Etchegoyen.
BOLSONARO DEFENDE SOBERANIA DO BRASIL APÓS DECLARAÇÕES DE MACRON
O presidente eleito, Jair
Bolsonaro, afirmou nesta quinta-feira que o Brasil não se sujeitará aos desejos
de outros países, após o presidente francês, Emmanuel Macron, indicar que a
posição do futuro governo sobre as mudanças climáticas poderá dificultar as
negociações comerciais com a União Europeia.
"Sujeitar
automaticamente nosso território, leis e soberania a colocações de outras
nações está fora de cogitação. É legítimo que países no mundo defendam seus
interesses e estaremos dispostos a dialogar sempre, mas defenderemos os
interesses do Brasil e dos brasileiros", tuitou Bolsonaro.
"Não sou favorável à
assinatura de acordos comerciais amplos com potências que anunciam que não
respeitarão o Acordo de Paris", declarou Macron em Buenos Aires, onde está
para a Cúpula do G20.
"Peço a meus
trabalhadores, a meus atores econômicos, que façam esforços para se adaptar ao
Acordo de Paris, o que as vezes é difícil e implica em sacrifícios".
Ao comentar as
declarações de Macron, o presidente eleito disse que o Brasil permanecerá no
Acordo de Paris, sempre que isto "não signifique abrir mão da soberania
sobre a maior parte da Amazônia".
Bolsonaro alega que o
acordo coloca em risco a soberania brasileira sobre uma região de 136 milhões
de hectares conhecida como "Triplo A", que vai dos Andes ao
Atlântico, atravessando a Amazônia.
O Brasil, até o momento
um dos líderes da luta contra o aquecimento global, retirou sua oferta para
abrigar a Cúpula Mundial do Clima COP25 em 2019, a pedido de Bolsonaro, que
assume a presidência no dia 1º de janeiro.
UE e os países do
Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) iniciaram há quase 20 anos
negociações para um acordo comercial que está a ponto de se concretizar, após
anos de estancamento e adiamentos.
Nesta quinta-feira, em
entrevista ao jornal argentino La Nación, Macron admitiu que a "França
mantém uma importante aliança estratégica com o Brasil" e deseja que
continue assim, "com base nos valores democráticos".
Mas advertiu que
"esta nova realidade política (com a eleição de Bolsonaro) suscita fortes
preocupações e é provável que tenha repercussões sobre as discussões comerciais
entre Mercosul e UE".
AVIÃO CAI EM MINAS GERAIS E MATA EMPRESÁRIO DA ARG-EMPRESA ENVOLVIDA NA DENÚNCIA PELA LAVA JATO DE MAIS UMA FALCATRUA DE LULA -E MAIS 3 PESSOAS
Um jato
executivo caiu na manhã de hoje (26), em uma fazenda em Jequitaí, no norte de
Minas Gerais. Segundo o Corpo de Bombeiros, as quatro pessoas que estavam a
bordo do avião morreram no acidente.00:
A aeronave caiu por volta
das 8h, quando a aeronave se preparava para pousar na Fazenda Fortaleza Santa
Terezinha, pertencente ao empresário e dono do jato Adolfo Geo, que estava a
bordo, acompanhado por sua esposa, Margarida Janete Geo, pelo piloto e pelo
co-piloto.
De acordo com o Registro
Aeronáutico Brasileiro, o avião prefixo PP-OEG é um Cessna, modelo Citation M2,
com capacidade para até oito pessoas. Está registrada em nome do Grupo ARG, que
atua em setores como agronegócio, construção pesada e infraestrutura, além de
comércio internacional e óleo e gás. Ainda de acordo com o registro, a situação
do jato está regular.
Por telefone,
funcionários da empresa confirmaram que Adolfo Geo é um dos sócios da ARG, mas
não souberam informar a situação da aeronave e detalhes do acidente.
Dez bombeiros de Pirapora
(MG) foram deslocados para atender à ocorrência. O atendimento mobilizou quatro
viaturas e uma aeronave do Corpo de Bombeiros. Peritos da Polícia Civil também
já se encontram no local.
Em nota, o Centro de
Investigação e Prevenção de Acidentes (Cenipa) informou que investigadores do
Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
(Seripa III) já foram acionados para ir ao local coletar indícios e ouvir
relatos de testemunhas do acidente. A investigação do Cenipa visa a prevenir
que novos acidentes com as mesmas características ocorram.
LAVA JATO EM SP DENUNCIA LULA POR LAVAGEM DE DINHEIRO EM NEGÓCIO NA GUINÉ EQUATORIAL
Ex-presidente supostamente recebeu R$ 1 milhão disfarçado de
doação por intermediar negócios de empresa no país africano, diz MPF; Instituto
Lula diz que doações são legais; defesa afirma que denúncia 'é mais um duro
golpe no Estado de Direito'.
A Força Tarefa da
Operação Lava Jato em São Paulo denunciou nesta segunda-feira (26) o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo crime de lavagem de dinheiro
por supostamente ter recebido R$ 1 milhão para intermediar discussões entre o
governo de Guiné Equatorial e o grupo brasileiro ARG para a instalação da
empresa no país.
Segundo o Ministério
Público Federal (MPF), Lula recebeu a quantia dissimulada em forma de uma
doação da empresa ao Instituto Lula, entre setembro de 2011 e junho de 2012.
O advogado do
ex-presidente, Cristiano Zanin Martins, afirma em nota que a nova denúncia “é
mais um duro golpe no Estado de Direito porque subverte a lei e os fatos para
fabricar uma acusação e dar continuidade a uma perseguição política sem
precedentes pela via judicial” (leia mais abaixo).
Em nota, a assessoria de
imprensa do Instituto Lula afirma que todas as doações recebidas por ela "são
legais, declaradas, registradas, pagaram os impostos devidos". Ainda de
acordo com o comunicado, as doações "foram usadas nas atividades fim do
Instituto e nunca tiveram nenhum tipo de contrapartida".´
Lula é denunciado pela força tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo
Lula está preso na sede
da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná, condenado a 12 anos de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção no caso
do triplex no Guarujá (SP).
Além de Lula, o MPF
denunciou ainda o controlador do grupo ARG, Rodolfo Giannetti Geo, pelos crimes
de tráfico de influência em transação comercial internacional e lavagem de
dinheiro. Como Lula tem mais de 70 anos, o crime de tráfico de influência
prescreveu em relação a ele.
As negociações começaram
entre setembro e outubro de 2011. Segundo o MPF, Geo pediu a Lula para que
interviesse junto ao presidente da Guiné Equatorial, Obiang Nguema Mbasogo,
para que o governo continuasse realizando transações comerciais com a ARG,
especialmente na construção de rodovias.
Carta de Lula para
presidente da guiné Equatorial — Foto: Reprodução/Ministério Público Federal
Provas
O MPF dizer que conseguiu
provar a transação com base em e-mails encontrados em computadores no Instituto
Lula, apreendidos em março de 2016 na
Operação Aletheia, 24ª fase da Operação Lava Jato de Curitiba.
Em e-mail de 5 de outubro
de 2011, o ex-ministro do Desenvolvimento do governo Lula Miguel Jorge,
escreveu para Clara Ant, diretora do Instituto Lula, que o ex-presidente havia
dito a ele que gostaria de falar com Geo sobre o trabalho da empresa na Guiné
Equatorial. Segundo o ex-ministro informava no e-mail, a empresa estava
disposta a fazer uma contribuição financeira “bastante importante” ao Instituto
Lula.
Em maio de 2012, Geo
encaminhou a Clara Ant por e-mail uma carta digitalizada de Teodoro Obiang para
Lula e pede para que seja agendada uma data para encontrar o ex-presidente e
lhe entregar a original. Também informa à diretora do instituto que voltaria à
Guiné Equatorial em 20 de maio e que gostaria de levar a resposta de Lula.
Lula escreveu uma carta a
Obiang em que mencionava um telefonema entre ambos e que acreditava que o país
poderia ingressar, futuramente, na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
A carta foi entregue em mãos ao presidente da Guiné Equatorial por Rodolfo Geo.
Na carta, Lula diz a
Obiang que Geo dirige a Arg, “empresa que já desde 2007 se familiarizou com a
Guiné Equatorial, destacando-se na construção de estradas”.
Na análise dos dados
apreendidos no Instituto Lula foi localizado registro da transferência bancária
de R$ 1 milhão pela ARG ao instituto em 18 de junho de 2016. Recibo emitido
pela instituição na mesma data e também apreendido registra a “doação”.
Para o MPF, não se trata
de doação, mas pagamento de vantagem a Lula em virtude do ex-presidente do
Brasil ter influenciado o presidente de outro país no exercício de sua função.
Como a doação feita pela ARG seria um pagamento, o registro do valor como uma
doação é ideologicamente falso e trata-se apenas de uma dissimulação da origem
do dinheiro ilícito, e, portanto, configura crime de lavagem de dinheiro.
Um dos sócios do grupo,
pai do denunciado, Adolfo Geo morreu
em um acidente de avião nesta segunda-feira em Minas Gerais.
Adolfo não tinha sido denunciado.
O caso envolvendo o
Instituto Lula foi remetido à Justiça Federal de São Paulo por ordem do então
titular da Operação Lava Jato, Sergio Moro. O inquérito tramita na 2ª Vara
Federal de São Paulo, especializada em crimes financeiros e lavagem de
dinheiro, que analisará a denúncia do MPF.
Defesa de Lula
Segundo a defesa de Lula,
a nova denúncia “é mais um capítulo do ‘lawfare’ que vem sendo imposto a Lula
desde 2016”. “A denúncia pretendeu, de forma absurda e injurídica, transformar
uma doação recebida de uma empresa privada pelo Instituto Lula, devidamente
contabilizada e declarada às autoridades, em tráfico internacional de
influência (CP, art. 337-C) e lavagem de dinheiro (Lei n. 9.613/98, art 1º.
VIII)”, disse Zanim Martins.
“A acusação foi
construída com base na retórica, sem apoio em qualquer conduta específica
praticada pelo ex-presidente Lula, que sequer teve a oportunidade de prestar
qualquer esclarecimento sobre a versão da denúncia antes do espetáculo que mais
uma vez acompanha uma iniciativa do Ministério Público – aniquilando as
garantias constitucionais da presunção de inocência e do devido processo
legal”, acrescentou.
O advogado finaliza a nota
dizendo esperar que “a Justiça Federal de São Paulo rejeite a denúncia diante
da manifesta ausência de justa causa para a abertura de uma nova ação penal
frívola contra Lula”.
Comprovante
de doação deito pela ARG para o Instituto Lula — Foto: Reprodução/MPF
Delegação investigada
Outro caso envolvendo a
Guiné Equatorial ocorreu em setembro. No dia 14 daquele mês, agentes da Receita
Federal e da Polícia Federal (PF) apreenderam
US$ 1,4 milhão e R$ 55 mil em dinheiro, e cerca de 20 relógios
avaliados em US$ 15 milhões com membros de uma comitiva do país no Aeroporto
Internacional de Viracopos, em Campinas. O vice-presidente do país, Teodoro
Obiang Mang, estava no voo.
Conhecido como Teodorín,
ele é o filho mais velho do presidente da Guiné Equatorial. A PF
quer descobrir com quem a comitiva iria se encontrar durante estada no Brasil.
A fortuna estava em duas malas não diplomáticas da delegação.
Em depoimento à Polícia
Federal, o secretário da Embaixada da Guiné Equatorial, Leminio Akuben Mikue,
explicou que o vice-presidente veio ao Brasil para tratamento médico, e que o
US$ 1,4 milhão em uma das malas seria utilizado em missão oficial posterior,
com destino a Singapura. Sobre os relógios, o secretário informou que seriam de
uso pessoal de Teodoro Obiang Mang.
BOLSONARO SOFRE AMEAÇAS DE MORTE EM VÍDEOS NA INTERNET
A Polícia Federal investiga duas novas ameaças feitas na internet contra o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), segundo o jornal O Globo.
Dois vídeos circulam nas
redes sociais mostrando homens armados fazendo ameaças e falando em atirar
contra o capitão da reserva. No início do mês, o vereador Carlos Bolsonaro, um
dos filhos do presidente eleito, compartilhou os vídeos em mensagens no Twitter
e advertiu para o risco de se menosprezar ataques verbais.
“Subestimar este tipo de
ameaça diária contra todo brasileiro e tratá-los como vítimas é combustível do
caos em nosso país. Bandido no Brasil deita e rola em cima de nossas leis e da
Justiça! Se Deus quiser, isso acabará em breve!”, escreveu o vereador.
Num dos vídeos, um homem
exibe uma arma e, sem mostrar o rosto, faz ameaças. Numa outra gravação, um
homem segura duas pistolas e diz: “Bolsonaro, tu vai entrar na bala”. Ele
mostra o rosto, sem qualquer receio de ser reconhecido.
Segundo O Globo, a PF
está tentando identificar e localizar os autores das ameaças, que seriam
bandidos de alguma facção criminosa.
Um dos objetivos da
investigação será descobrir se as declarações fazem parte de um plano de ataque
ou se seriam apenas tentativas de intimidar o presidente eleito.
Depois de sofrer um
atentado a faca, em setembro, Bolsonaro passou a usar colete à prova de balas
em todos os deslocamentos.
PLANO "FRUSTRADO" DO PCC BUSCAVA AÇÕES ANTES DE POSSE DE BOLSONARO
Setores de inteligência
da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) e do Ministério Público do
Estado de São Paulo desvendaram no
mês passado um audacioso plano para tirar da cadeia Marcos Herbas Camacho,
chefão do Primeiro Comando da Capital (PCC).
As investigações apontam
que a operação envolvia a tomada de uma cidade, contratação de mercenários
estrangeiros equipados com fuzis, lança-granadas e metralhadoras de calibre
.50, capaz de derrubar helicópteros. Estima-se que o intento custou cerca de R$
100 milhões ao PCC. Os bandidos planejavam
atacar quartéis, unidades policiais e fechar o município
de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, que abriga a
penitenciária em que Marcola e outras lideranças do PCC estão. O local é
mantido pelo governo paulista.
Segundo reportagem da
revista Veja, a sofisticada ação foi arregimentada com
o objetivo de soltar os chefões da facção antes da posse de Jair Bolsonaro
(PSL) que, em campanha, prometeu “pegar pesado” com a criminalidade. O receio
dos cabeças do PCC é que o novo governo pressione a transferência deles para presídios
federais, onde se encontram encarcerados, por exemplo, os chefes do Comando
Vermelho, Fernandinho Beira-Mar, e dos Amigos dos Amigos, Nem da Rocinha.
Neles, os detentos ficam isolados e tem restrições de visitas e de
horários para banho de sol, por exemplo.
O envio das cabeças do
PCC para outros estados divide as autoridades de segurança pública de São
Paulo. Há quem entenda que manter os presos no estado facilita a
investigação e o monitoramento de celulares com que se comunicam e que a
mudança poderia atrapalhar investigações em andamento. Outros temem que uma
transferência de líderes do PCC poderia desencadear rebeliões em outros
presídios e represálias, como em 2006, quando a facção comandou uma série
de atentados a policiais e agentes penitenciários.
Em meio a ameaça, equipes
da Rota, tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo, estão
recebendo treinamento para
o uso de armamento de guerra.
Dois tipos de armas são
utilizadas nos treinos: metralhadoras calibre .50, utilizada em ações da
facção, e metralhadoras MAG 7.62, também de grande poder de destruição por
funcionar em modo rajada de disparos.
O treinamento da tropa
está sendo ministrado por homens do Exército, por determinação do Comando
Militar Sudeste, que também cedeu o armamento para ser empregado na operação em
Presidente Venceslau, conforme solicitada pela Secretaria de
Segurança Pública do Estado de São Paulo.
Na terça-feira (6), o
governador de São Paulo, Márcio França (PSB), passou a tarde reunido com os
secretários de Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, e de
Administração Penitenciária, Lourival Gomes. Segundo o governo, porém, o
encontro foi apenas uma reunião de rotina. Nenhum secretário deu declarações à
imprensa após o encontro.
FILHO DE TESTEMUNHA DO CASO ODEBRECHT MORRE ENVENENADO NA COLÔMBIA
O filho de uma
testemunha-chave do caso Odebrecht na Colômbia morreu envenenado com cianeto,
dias depois do falecimento de seu pai, aparentemente por infarto, informou
nesta terça-feira a procuradoria.
Pai e filho morreram
entre quinta-feira e domingo, e a autopsia de Alejandro Pizano revelou seu
envenenamento.
“As provas (…) indicam
que a vítima foi exposta ao cianeto ao beber água em uma garrafa que estava no
escritório de seu pai”, informou a procuradoria.
Pessoas próximas à
família informaram à procuradoria que após beber da garrafa, Pizano disse que
sentiu um gosto amargo e minutos depois apresentou uma forte dor estomacal,
morrendo a caminho do hospital.
Alejandro acabara de
chegar da Espanha para assistir ao enterro de seu pai, Jorge Enrique Pizano,
ex-auditor financeiro da empresa associada à Odebrecht para a construção da
Estrada do Sol II, que liga o centro ao norte do país.
Jorge Enrique Pizano era
uma testemunha-chave do caso envolvendo os subornos pagos pela Odebrecht para
conquistar a obra milionária.
O ex-auditor sofria de
câncer e sua morte havia sido atribuída a um infarto, mas o envenenamento do
filho levou a promotoria a investigar os fatos.
Um canal de notícias
revelou na segunda-feira que Pizano deixou informações – para o caso de falecer
ou receber proteção no exterior – de que o atual procurador-geral da Nação,
Néstor Humberto Martínez, sabia desde 2013, antes de chegar ao cargo, do
esquema de corrupção da Odebrecht no país.
Em um vídeo gravado em 9
de agosto, Pizano diz que “os fatos e as verdades estão chegando à tona e
mostrando como realmente existe um complô contra minha integridade como
pessoa”.
Em meados de outubro, o
procurador encarregado do caso, Amparo Cerón, sofreu um acidente de trânsito
durante suas férias e passou vários dias na UTI, ficando impedido de retornar à
investigação.
ESSE CAOS TEM RESPONSÁVEIS
PERCIVAL PUGGINA
Insegurança generalizada,
permanentes riscos de lesão física e patrimonial, indisciplina nos colégios,
baixíssimo rendimento escolar, desrespeito a pais e professores, promiscuidade,
gravidez na adolescência, drogas, falta de referências morais e perda da noção
de limites, corrupção em variados níveis e modos… Como tudo isso pode acontecer
em tão curto espaço de tempo, no espaço de tempo de uma geração, da minha
geração? Quando nasci o Brasil não era assim e pude observar a degradação da
sociedade brasileira, saindo praticamente do ponto zero, chegar ao quadro
atual. Cavalheiros e damas dos anos 30, 40, 50! Nós vimos o Brasil ir assumindo
essa face sinistra.
Não se diga que é tudo fruto
do acaso. De fatalidades e coincidências. O caos tem responsáveis. Exatamente
porque a tudo assisti, sei como tudo começou, mediante a propagação de ideias
erradas, perversas, desorientadoras! São as mesmas que hoje batem cabeça
revoltadas contra a vitória de Jair Bolsonaro, consagrado nas urnas por afirmar
enunciados conservadores.
Terrível audácia, a desse
sujeito que ousa mencionar Deus mais de uma vez no mesmo discurso! Tipo
repulsivo esse que fala em autoridade, em respeito aos mais velhos, em
responsabilidade, em combater a impunidade e prender bandidos. Em proteger a
inocência infantil e a instituição familiar. Sujeito impertinente esse que quer
estudante estudando e professor ensinando, que não vai legalizar drogas e não
confunde liberdade com libertinagem.
É tudo relação de causa e
efeito! O caos que se instalou na sociedade brasileira resulta de uma série de
estratégias políticas revolucionárias que precisam desse caos para prosperar.
São estratégias viabilizadas por professores que, enquanto nada ensinam,
cultivam a rebeldia adolescente ao ponto de ruptura com as referências
familiares e, de lambuja, promovem a imagem “missionária” de Che Guevara. São
estratégias que, quanto mais críticas faziam à TV Globo, mais se valiam dos
desarranjos morais promovidos em suas novelas para produzir uma geração de pais
irresponsáveis, moderninhos, “progressistas”. São estratégias que precisam da
CNBB, dos padres militantes, da teologia da libertação e de suas más parcerias
para a incrível esterilização voluntária da missão evangelizadora da Igreja e
de tantos educandários católicos. Tudo isso é o avesso do que a sociedade
precisa para seu desenvolvimento econômico, para a efetiva harmonia social,
para o efetivo pluralismo e para a efetiva superação de preconceitos.
Sem dúvida, o melhor sinal no
horizonte deste ano que já vai terminando foi o renascimento de um
conservadorismo ainda embrionário, buscando modo, voz e expressão. Parcela
significativa da sociedade percebeu, finalmente, as relações de causa e efeito
entre ideias e estilos de vida propagados entre nós e o estrago que acabaram
produzindo. A permissividade geral nos trouxe a este ponto. Os que criaram o
caos social constrangendo toda divergência, agora se agitam para defendê-lo nos
jornais, microfones e telinhas de sempre.
Percival Puggina, membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.
AS VERDADEIRAS VÍTIMAS
Meninas de 11 e 12 anos são assassinadas brutalmente em matagal após festa
Polícia investiga se amigas de 11 e 12 anos foram mortas por traficantes de drogas
Juízes do STF já ganham mais que colegas europeus, mesmo sem reajuste
Ministros
da Suprema Corte de países europeus ganhavam em média 4,5 vezes a renda de seus
países. No Brasil, salário bruto de R$ 33,7 mil do STF é 16 vezes maior que a
renda média do país
plenário do
Senado aprovou, no começo da noite desta quarta-feira, um aumento de 16,3% nos
salários dos ministros do STF. Com o aumento, os salários dos ministros
passarão dos atuais R$ 33,7 mil para R$ 39,3 mil.
O aumento foi pedido pelos
próprios ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiram
incluir no Orçamento de 2019 uma autorização para o reajuste salarial em 2019.
Em agosto, o presidente Michel Temer fechou um acordo com os ministros em troca
do fim do auxílio-moradia.
O aumento foi pedido pelos
próprios ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiram
incluir no Orçamento de 2019 uma autorização para o reajuste salarial em 2019.
Em agosto, o presidente Michel Temer fechou um acordo com os ministros em troca
do fim do auxílio-moradia.
Os salários do STF servem de
parâmetro para os demais cargos do Judiciário. Por isto, o aumento custará ao
menos R$ 1,7 bilhão para a União no ano que vem, segundo uma nota técnica
divulgada nesta quarta-feira pela Consultoria de Orçamento do Senado. Nos
Estados, o impacto deve ser ainda maior.
O ministro Ricardo
Lewandowski, autor de um dos votos favoráveis à medida, chegou a dizer que o
reajuste era "modestíssimo".
Se comparados com os
vencimentos de juízes em outros países, porém, os contracheques do Judiciário
brasileiro estão longe de ser modestos.
Um estudo de 2016 da Comissão
Europeia para a Eficiência da Justiça (Cepej, na sigla em francês) mostra que,
em 2014, um juiz da Suprema Corte dos países do bloco ganhava 4,5 vezes mais
que a renda média de um trabalhador europeu. No Brasil, a realidade do salário
do STF é ainda mais distante da média da população: o salário-base de R$ 33,7
mil do Supremo Tribunal Federal corresponde a 16 vezes a renda média de um
trabalhador do país (que era de R$ 2.154 no fim de 2017).
Em 2014, um magistrado da
Suprema Corte de um país da União Europeia recebia, em média, 65,7 mil euros
por ano. Ao câmbio de hoje, o valor equivaleria a cerca de R$ 287 mil - ou R$
23,9 mil mensais.
Segundo a última edição do
relatório Justiça em Números, produzido pelo Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), o Brasil tem hoje cerca de 18 mil magistrados (juízes, desembargadores,
ministros). Eles custam cada um, em média, R$ 47,7 mil por mês - incluindo
salários, benefícios e auxílios.
Os ganhos dos demais
magistrados (juízes e desembargadores) em todo o país estão vinculados aos
rendimentos dos ministros do STF. No caso da magistratura, o aumento é
automático - o reajuste para os ministros é repassado para todos os demais.
Além disso, os salários dos
ministros também estabelecem o chamado Teto Constitucional, que é o valor
máximo que pode ser recebido pelos servidores dos três poderes (Judiciário,
Legislativo e Executivo). Se o valor do teto sobe, há a possibilidade de outras
carreiras, fora do judiciário, pedirem aumento também. Mas, neste caso, o
aumento não é automático.
"O efeito é chamado
vinculativo, porque a Constituição determina que que o subsídio dos ministros
dos tribunais superiores (STM, STF, STJ, TSE etc) seja de 95% do subsídio do
STF, e o mesmo ocorre com outras categorias. Este aumento é automático, e é a
isto que se chama de 'efeito cascata'. Há uma hierarquia clara", diz a advogada
constitucionalista Vera Chemim.
Nos Tribunais de Justiça dos
Estados, o vencimento dos desembargadores é, teoricamente, de 90,2% daquele dos
ministros do STF, ou R$ 30,4 mil. Em alguns Estados, o aumento é automático. Em
outros, depende de autorização em lei local.
Há ainda uma outra forma pela
qual o reajuste do STF impacta as contas públicas: em várias carreiras, há
servidores que ganham mais que o teto constitucional. Seus salários sofrem o
chamado "abate teto". Se o teto aumentar, os salários também sobem.
O que
acontece agora?
A proposta orçamentária do
Supremo Tribunal Federal será enviada pelo tribunal ao Ministério do
Planejamento (MPOG), a quem cabe reunir os estudos enviados pelos diversos
órgãos. No dia 30 de agosto, o Planejamento enviará o projeto para a Comissão
Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional, que analisará o tema e o levará
a votação. Se aprovado, os ministros do STF poderão se conceder o aumento em
2019.
A reunião desta quarta-feira
aconteceu no gabinete da ministra Cármen Lúcia. Ela própria era contrária à
inclusão do reajuste, e votou contra o aumento. Também ficaram contra os
ministros Celso de Mello, Rosa Weber e Edson Fachin. Ficaram favoráveis ao
aumento os ministros Luís Roberto Barroso, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes,
Dias Toffoli, Marco Aurélio, Luiz Fux e Alexandre de Moraes.
O orçamento de 2019 será feito
segundo a regra estabelecida pela chamada PEC do Teto - ou seja, as despesas
não podem crescer mais que a inflação do ano anterior. No caso do STF,
estima-se que os R$ 2,7 milhões a mais gastos com salários poderão ser cortados
de outras áreas - como a TV Justiça, por exemplo. Mas ninguém sabe se o mesmo
poderá ser feito nos demais tribunais.
"Para várias carreiras, o
teto virou quase que o piso. Haverá efeito cascata no judiciário estadual, em
carreiras do Executivo, e tudo isso deverá ser levado em consideração na peça
orçamentária. Há que se lembrar que o país está acumulando déficits e
aumentando sua dívida há cinco anos", diz à BBC News Brasil deputado
Rogério Marinho (PSDB-RN), que será o relator da área de Judiciário no
Orçamento de 2019.
O professor da UnB e
especialista em administração pública José Matias-Pereira lembra que não há
mágica no Orçamento. "Para conceder aumentos ou reajustes de salários, é
preciso encontrar recursos para garantir esse reajuste. E na verdade há dois
caminhos (se não houver como remanejar dentro do próprio órgão): ou retira-se
dinheiro dos investimentos e de outras áreas, ou aumenta-se imposto", diz
ele.
"O que causa preocupação
é que estamos em ano eleitoral. O próximo presidente vai encontrar um cenário
fiscal difícil, que exigirá num primeiro momento medidas de austeridade.
Veremos o governo, ao mesmo em que exige que a sociedade aperte o cinto de um
lado, concedendo reajuste para servidores do outro", diz ele.
No STF, porém, prevaleceu a
argumentação de que os magistrados estão sem reajuste há quatro anos - o último
reajuste foi em 2014, quando o teto constitucional passou de R$ 29,4 mil para
os R$ 33,7 mil atuais.
Em fevereiro deste ano, várias
entidades representativas como a Associação dos Juízes Federais (Ajufe) e a
Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) formularam uma carta à presidente
do STF, Cármen Lúcia, pedindo o reajuste. A argumentação era de que a inflação
acumulada desde o último reajuste é de cerca de 40% - o que estaria corroendo
os salários dos profissionais.
Brasil
gasta mais com Judiciário que países ricos
Os dados mais recentes da
Comissão Europeia para a Eficiência da Justiça (Cepej) mostram que o Brasil não
só paga a seus juízes mais que países europeus, mas o poder judiciário
brasileiro também é mais caro que o destes países, considerando o tamanho das nossas
economias.
De acordo com um levantamento
de 2017 da entidade, em nenhum país europeu o gasto com o judiciário
ultrapassou 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2015.
No Brasil, o relatório Justiça
em Números informa que, em 2016, o Judiciário consumiu o equivalente a 1,4% do
PIB do país - ou R$ 84,8 bilhões, em valores da época.
Desses R$ 84 bilhões, quase
tudo (89%) foi de gastos com pessoal, inclusive pensões e aposentadorias. Em
termos de custo por pessoa, os magistrados mais caros são os da Justiça
Federal, com um custo de R$ 50,8 mil por mês.
Fonte: Portal
Terra
*A reportagem foi originalmente publicada em 09/08/2018 e
atualizada pela última vez no dia 07/11/2018, após a aprovação no Senado
Morre menina símbolo da fome causada por guerra no Iêmen
Retrato
feito pelo jornal 'The New York Times' chocou o mundo e chamou atenção para a
situação de milhares de crianças no país que não conseguem receber ajuda
humanitária.
A menina Amal Hussain, de 7
anos, que virou símbolo da fome causada pela guerra no Iêmen, morreu na
quinta-feira (1º). A informação é do jornal americano "The New York
Times", que divulgou a imagem de Amal em uma reportagem sobre a fome no
país.
O Iêmen está em guerra há três
anos e meio, na qual se enfrentam o governo iemenita apoiado por uma coalizão
liderada pelos sauditas e os insurgentes houthis aliados do Irã.
"Meu coração está
partido", disse sua mãe, Mariam Ali, que chorou durante uma entrevista por
telefone com o jornal. “Amal estava sempre sorrindo. Agora estou preocupado com
meus outros filhos.
Amal foi fotografada pelo
jornal em um centro de saúde em Aslam, a 90 milhas a noroeste da capital, Sana.
Ela estava deitada em uma cama com a mãe. As enfermeiras a alimentavam a cada
duas horas com leite, mas ela vomitava regularmente e sofria de diarréia.
A Dra. Mekkia Mahdi, a médica
responsável, chamou atenção da reportagem do "NYT" para a pele
flácida dos braços de Amal. "Olha", disse ela. "Sem carne.
Apenas ossos". Ela recebeu alta do hospital, que precisava tratar outros
pacientes na mesma situação, e morreu em casa três dias depois.
A mãe de Amal também estava
doente, recuperando-se da dengue que ela provavelmente contraiu de mosquitos
que se reproduzem em águas paradas em seu acampamento.
Ataques aéreos sauditas
forçaram a família de Amal a fugir de sua casa nas montanhas há três anos. A
família era originária de Saada, uma província na fronteira com a Arábia
Saudita que sofreu pelo menos 18.000 ataques aéreos liderados pelos sauditas no
Iêmen desde 2015. Saada também é a terra natal dos rebeldes Houthi que
controlam o norte do Iêmen e é vista pelo príncipe da coroa saudita, Mohammed
bin Salman, como representante do Irã rival.
ONU
alerta para morte de crianças
As crianças
iemenitas estão morrendo de fome e doenças enquanto
caminhões com suprimentos de ajuda estão bloqueados no porto, deixando equipes
médicas e mães desesperadas implorando para que os agentes humanitários façam
mais, disse uma autoridade de alto escalão da Organização das Nações Unidas
(ONU).
Os bloqueios comerciais são
impostos pelos sunitas sauditas, que impedem que ajuda humanitária e itens
básicos, como comida, gás de cozinha e medicamentos, cheguem a 70% da população
iemenita.
Geert Cappelaere, diretor de
Oriente Médio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), descreveu
cenas "de partir o coração" de crianças em hospitais na cidade
portuária de Hodeidah e na capital Sanaa, ambas controladas por insurgentes
houthis.
"Temos indícios de que
hoje, no Iêmen, a cada 10 minutos uma criança de menos de 5 anos está morrendo
de doenças evitáveis e de desnutrição grave", disse ele à Reuters de
Hodeidah.
Recentemente, os Estados
Unidos e a Grã-Bretanha, maiores fornecedores de armas da Arábia Saudita,
pediram um cessar-fogo no Iêmen. O secretário de Defesa, Jim Mattis, disse que
deve entrar em vigor dentro de 30 dias. "Temos que nos mover em direção a
um esforço de paz aqui, e não podemos dizer que vamos fazer isso em algum
momento no futuro", disse Mattis na terça-feira.
Trabalhadores humanitários e
agora líderes políticos estão pedindo a suspensão das hostilidades, bem como
medidas de emergência para reviver a economia do Iêmen, onde o aumento dos
preços dos alimentos levou milhões à beira do abismo.
Segundo a ONU, cerca de 14
milhões de pessoas, ou metade da população do Iêmen, podem estar à beira de um
surto de fome em breve.
Já existem 1,8 milhão de
crianças iemenitas desnutridas, mais de 400 mil delas sofrendo de desnutrição
grave, uma enfermidade que as deixa em estado esquelético e correndo risco de
morte, disse Cappelaere.
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