BANDIDO ORDINÁRIO NÃO PARA DE SURPREENDER!

Cabral fez reunião dentro de casa para exigir propina, diz delator









O executivo Rogério Nora de Sá, ex-presidente da empresa Andrade Gutierrez, disse na manhã desta quarta-feira, 15, que o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) o chamou para uma reunião em seu próprio apartamento no Leblon, na zona sul do Rio, para exigir propinas em contratos públicos. Segundo o executivo, Cabral teria dito que a empresa teria de firmar um “compromisso” com o governo, que Sá entendeu como pagamento ilegal de dinheiro. A declaração foi feita durante depoimento na 7.ª Vara Federal Criminal do Rio. Sá acertou acordo de delação premiada.
“Ele (Cabral) disse que teríamos que dar uma contribuição mensal de R$ 350 mil. Depois, fomos chamados para uma reunião no Palácio Guanabara com o governador, e ele disse que o secretário de Governo, Wilson Carlos, iria cuidar da execução das obras. Ficamos com obras de Manguinhos, PAC das Favelas, Arco Metropolitano, que entramos, mas declinamos posteriormente porque não teríamos resultados. (Em) Manguinhos fomos líderes do consórcio e ficou acertado o pagamento de 5%”, disse.
Segundo o colaborador, as propinas eram camufladas nas obras por meio de faturamento com valores maiores ou com notas fiscais falsas “para prover recursos para eles”, nas palavras de Sá. Segundo o colaborador, as propinas foram pagas durante um período que durou de 12 a 15 meses. “Até setembro de 2011, quando eu estava na empresa, existiam os pagamentos. Depois, não sei informar”, afirmou.
Sá também afirmou que Wilson Carlos se reuniu com o executivo da empresa Alberto Quintaes para definir em qual contrato com o governo a empresa entraria e quais seriam os parceiros, antes de ocorrerem as licitações.
O colaborador foi condenado a 18 meses em regime semiaberto e a 24 meses de prisão aberta, além de ter que ressarcir os cofres públicos em R$ 2, 7 milhões.
Já a Andrade Gutierrez, que acertou acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF), terá de pagar R$ 1 bilhão. Cabral está preso desde novembro de 2016 por determinação do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal.
Procurada pela reportagem, a defesa do ex-governador não se pronunciou sobre o assunto até o fechamento desta matéria.



CABRAL, PEZÃO E PICCIANI: O FLAGELO

Ex-diretora da Carioca Engenharia confirma mesada de R$ 500 mil ao ex-governador preso Sérgio Cabral




Tânia Fontenelle disse a Moro que repassava dinheiro a Carlos Emanuel Carvalho de Miranda, operador do ex-governador


SÃO PAULO - Ex-diretora financeira da Carioca Engenharia, Tânia Fontenelle, confirmou ao Juiz Sérgio Moro que a empreiteira repassou mesadas fixas de até R$ 500 mil ao ex-governador Sérgio Cabral. Fontenelle prestou depoimento a Moro na tarde desta sexta-feira, quando foi arrolada como testemunha de acusação na ação que o ex-governador Sérgio Cabral responde por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha na Justiça Federal de Curitiba.

Fontenelle, que fechou acordo de delação premiada, reiterou que ainda em 2007, quando Cabral assumiu a propina paga pela Carioca era de R$ 200. Porém, em seu segundo mandato o repasse subiu para R$ 500 mil. Ela disse que o dinheiro era repassado a Carlos Emanuel Carvalho de Miranda, o Carlinhos, apontado pelo Ministério Público Federal como “homem da mala” do ex-governador.

— Eu tinha por incumbência gerar os valores que eram solicitados pelos acionistas e diretores da empresa (Carioca Engenharia). Eu repassava um valor fixo mensal ao senhor Carlos Miranda, que me foi apresentado como uma pessoa de confiança do ex-governador. Eu pagava R$ 200 mil mensais. Isso permaneceu por dois a três anos e depois passou para R$ 500 mil mensais — disse Fontenelle.

A ex-diretora financeira, conhecida como matemática, disse que a propina era justificada por meio de contratos superfaturados de algumas empresas que trabalhavam para Carioca. Ou, através de contratos simulados com outras empresas.
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Uma vez que existiam os contratos superfaturados ou dissimulados, os serviços eram contabilizados na empresa. Algumas empresas superfaturavam os serviços e devolviam a diferença. Esses recursos geravam caixa 2 — disse a delatora. — Eu sabia que eu pagaria através de caixa 2 e que os valores eram era propina ou doação eleitoral não registrada.

Em seu acordo de colaboração, Fontenelle a Carioca comprou vacas superfaturadas da empresa Agrobilara para ‘gerar dinheiro em espécie’ para a empreiteira. A Agrobilara é a empresa de agropecuária do presidente da Alerj, Jorge Picciani, que nega irregularidades


CABRAL E PEZÃO, O FLAGELO DO RIO DE JANEIRO

Sérgio Cabral pediu R$ 30 milhões, afirma delator a Moro
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou em depoimento nesta sexta-feira, 10, ao juiz federal Sérgio Moro que o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) lhe pediu R$ 30 milhões para a campanha eleitoral de 2010. O pedido, disse Costa – primeiro delator da Operação Lava Jato – ocorreu em reunião no Palácio da Guanabara.


 “No pedido que foi feito pelo governador nessa reunião no Palácio do Guanabara, o governador me pediu 30 milhões de reais para a sua campanha. Como seria feito esse rateio com as empresas, eu não participei disso. Mas o valor total que me foi pedido pelo governador na data da reunião foram R$ 30 milhões”, afirmou.
Costa depôs como testemunha de acusação na ação penal contra Cabral, acusado de recebimento de propina de R$ 2,7 milhões em contrato de terraplanagem das obras do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), da Petrobras.
Moro o indagou sobre informação de que os executivos da empreiteira Andrade Gutierrez – também envolvidos na propina a Cabral nas obras do Comperj -, mencionaram em seus depoimentos que “havia compromisso de 1% no contrato de terraplanagem da obra”. O juiz quis saber de Paulo Roberto Costa se a ele foi falado em porcentuais.
Costa respondeu que o executivo da Andrade perguntou a ele se era para honrar o compromisso com o governador. “E minha resposta foi que era para honrar o compromisso com o governador.”
Moro quis saber, então “Qual era o compromisso?”.
“No pedido que foi feito pelo governador nessa reunião no Palácio do Guanabara, o governador me pediu 30 milhões de reais para a sua campanha. Como seria feito esse rateio com as empresas, eu não participei disso. Mas o valor total que me foi pedido pelo governador na data da reunião foram R$ 30 milhões.”
O juiz da Lava Jato perguntou porque o ex-diretor da Petrobras aceitou pagar.
“Eu aceitei ajudar na ocasião porque ele (Cabral) era uma figura proeminente no PMDB à época, e o PMDB era um partido que estava me apoiando junto com o PP (na Petrobrás).”
“(A reunião) Foi antes da eleição de 2010, acredito que seja nos primeiros meses, no primeiro semestre de 2010. Foi solicitação para a campanha de reeleição do governador, em 2010.”
Pezão estava na reunião sobre propina para Cabral no Guanabara, diz delator
A reportagem procurou o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão e a defesa do ex-governador Sérgio Cabral. Não houve retorno.
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, o primeiro delator da Operação Lava Jato, confirmou em depoimento nesta sexta-feira, 10, a presença do hoje governador do Rio Luiz Fernando Pezão (PMDB) em reunião no Palácio Guanabara, em 2010. Na ocasião, segundo o delator, o então chefe do Executivo fluminense Sérgio Cabral, também do PMDB, pediu “apoio financeiro para a campanha dele”.
Costa depôs ao juiz federal Sérgio Moro, que preside ação criminal contra Sérgio Cabral.
Segundo o delator, a partir de 2007, o PMDB passou a apoiá-lo na Diretoria de Abastecimento da Petrobras.

Trump invade a Síria


Não se engane: isso é uma grande notícia. E muito má notícia

Global research

Embora o exército sírio, com seu aliado a Rússia, tenha feito ganhos significativos   contra ISIS durante a última semana ou assim, o Washington Post está relatando esta noite que o Presidente Trump enviou pela primeira vez pessoal militar regular dos EUA para o país em posições de combate.
Esta é uma escalada sem precedentes do envolvimento dos EUA na guerra síria e ela vem sem autorização do Congresso, sem a autorização da ONU, e sem a autorização do governo da Síria . Em suma: é ilegal de três maneiras.
De acordo com o Post, os fuzileiros navais dos Estados Unidos partiram de seus navios no Mediterrâneo e estabeleceram um posto avançado no solo sírio de onde dispararão artilharia em direção ao "quartel-general" de Raqqa. O Post  continua : 
Os fuzileiros navais no terreno incluem parte de uma bateria de artilharia que pode disparar foguetes de 155 milímetros de M777 Howitzers, disseram dois funcionários, falando sob a condição de anonimato por causa da sensibilidade do desdobramento. A força terrestre da unidade expedicionária, Battalion Landing Team 1o Batalhão, 4º Fuzileiros Navais, vai manejar as armas e fornecer apoio de fogo para as forças locais apoiadas pelos EUA que estão preparando um assalto à cidade. Infantaria adicionais da unidade são susceptíveis de fornecer segurança.
Em 5 de março, a RT realizou  imagens  de um comboio militar dos EUA entrando na Síria perto de Manbij. Os principais meios de comunicação dos EUA inicialmente apagaram a história, mas o Post confirmou hoje que as tropas eram do 75º Regimento de Exército do Exército em veículos Stryker.
O que é importante entender sobre esta escalada repentina do envolvimento dos EUA é que, se essa "corrida para Raqqa" for ganha pelos militares dos EUA, e não pelas forças do governo sírio, a chance de que os EUA entreguem o território de volta ao governo Assad é virtualmente nada. Em outras palavras, esta é uma operação muito menos sobre limpar o ISIS do leste da Síria e muito mais sobre os Estados Unidos esculpindo a Síria oriental como um posto avançado permanente de onde pode, por exemplo, continuar o plano neoconservador / israelense / saudita original "Mudança de regime" na Síria.
Os Estados Unidos estão fazendo uma oferta militar por um pedaço muito grande do território soberano sírio. Algo que nem mesmo Obama, com sua política do Oriente Médio extraordinariamente imprudente, se atreveria a fazer.
Como os russos reagirão a esse desenvolvimento?
Como os russos reagirão se o aumento da atividade militar dos EUA no terreno na Síria começar a ameaçar as forças militares russas que operam na Síria (com o consentimento do governo legal desse país)? Com a política do Presidente Trump de "ficar junto com a Rússia" nos confrontos de uma Nikki Haley na ONU e de um  monte de Fiona  na equipe do NSC, como os russos podem ver as ações dos EUA na Síria, diferente do que poderiam ver apenas um mês atrás?
Não se engane: isso é uma grande notícia. E muito má notícia.

A fonte original deste artigo é Instituto Ron Paul
Copyright © Daniel McAdams , Instituto Ron Paul , 2017