Justiça concede prisão domiciliar à mulher de Cabral para cuidar dos filhos


Adriana Ancelmo foi presa no dia 6 de dezembro do ano passado, acusada de fazer parte do esquema de corrupção envolvendo o ex-governador do Rio


As fotos ao lado mostram momentos da zeloza mãe cuidando dos filhos em Paris.





Governanta de Cabral diz que recebia pelo Senac e que família gastava R$ 150 mil por mês... 



O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, determinou que Adriana Ancelmo, esposa do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral, deixe o Complexo Prisional de Bangu e vá para prisão domiciliar. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (17) pelo magistrado, que levou em consideração o fato de que tanto ela quanto o marido estão presos, o que estaria dificultando a criação dos dois filhos menores, de 11 e 14 anos.

CONFLITO IGNORADO PELA GRANDE MÍDIA

Helicóptero ataca barco e mata 42 refugiados somalis
Embarcação seguia do Iêmen para o Sudão

CAIRO — Quarenta e dois refugiados da Somália foram mortos na costa do Iêmen na noite de quinta-feira quando um helicóptero atacou o barco em que viajavam, segundo informações da guarda costeira na região de Hodeidah, controlada pelos huthi. Entre os mortos estavam mulheres e crianças.
Mohamed al-Alay disse que os refugiados, carregando documentos oficiais do alto comissário da ONU para refugiados, estavam a caminho do Iêmen para o Sudão quando foram atacados na quinta-feira por um helicóptero Apache.
O marinheiro que pilotava o barco, Ibrahim Ali Zeyad, disse que 80 refugiados foram resgatados depois o incidente. Não foi informado quem realizou o ataque.
Os corpos de 33 refugiados foram levados aos hospitais da cidade portuária, onde 35 feridos também foram internados, afirmou um funcionário dos serviços de saúde.
Dezenas de somalis que sobreviveram ao ataque, assim como três traficantes de pessoas iemenitas a bordo da embarcação, foram levados à prisão central da cidade.
A agência Saba, controlada pelos rebeldes xiitas huthis, afirmou que o ataque foi provocado pela aviação da coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita.
Outras fontes afirmaram que os mortos e feridos foram atingidos por disparos de armas leves, o que parece excluir um ataque aéreo.
Apesar da guerra e da crise humanitária, o Iêmen continua sendo um foco de atração para os refugiados do chifre da África que fogem da miséria.
No sul do país há vários campos de refugiados somalis, mas nenhum na região de Hodeida, situado mais ao norte.

DISPUTA MILITAR

O setor situado ao sul de Hodeida foi palco de violentos combates nas últimas 24 horas que deixaram 32 mortos, segundo fontes médicas e militares.
Desde a intervenção da coalizão árabe, em março de 2015, para ajudar o governo a frear o avanço dos rebeldes, mais de 7.700 pessoas morreram e mais de 42.500 ficaram feridas na disputa bélica, segundo a ONU.
O país sofre atualmente a "pior crise humanitária no mundo" e se expõe a um grave perigo de fome, adverte a ONU.



BANDIDO ORDINÁRIO NÃO PARA DE SURPREENDER!

Cabral fez reunião dentro de casa para exigir propina, diz delator









O executivo Rogério Nora de Sá, ex-presidente da empresa Andrade Gutierrez, disse na manhã desta quarta-feira, 15, que o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) o chamou para uma reunião em seu próprio apartamento no Leblon, na zona sul do Rio, para exigir propinas em contratos públicos. Segundo o executivo, Cabral teria dito que a empresa teria de firmar um “compromisso” com o governo, que Sá entendeu como pagamento ilegal de dinheiro. A declaração foi feita durante depoimento na 7.ª Vara Federal Criminal do Rio. Sá acertou acordo de delação premiada.
“Ele (Cabral) disse que teríamos que dar uma contribuição mensal de R$ 350 mil. Depois, fomos chamados para uma reunião no Palácio Guanabara com o governador, e ele disse que o secretário de Governo, Wilson Carlos, iria cuidar da execução das obras. Ficamos com obras de Manguinhos, PAC das Favelas, Arco Metropolitano, que entramos, mas declinamos posteriormente porque não teríamos resultados. (Em) Manguinhos fomos líderes do consórcio e ficou acertado o pagamento de 5%”, disse.
Segundo o colaborador, as propinas eram camufladas nas obras por meio de faturamento com valores maiores ou com notas fiscais falsas “para prover recursos para eles”, nas palavras de Sá. Segundo o colaborador, as propinas foram pagas durante um período que durou de 12 a 15 meses. “Até setembro de 2011, quando eu estava na empresa, existiam os pagamentos. Depois, não sei informar”, afirmou.
Sá também afirmou que Wilson Carlos se reuniu com o executivo da empresa Alberto Quintaes para definir em qual contrato com o governo a empresa entraria e quais seriam os parceiros, antes de ocorrerem as licitações.
O colaborador foi condenado a 18 meses em regime semiaberto e a 24 meses de prisão aberta, além de ter que ressarcir os cofres públicos em R$ 2, 7 milhões.
Já a Andrade Gutierrez, que acertou acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF), terá de pagar R$ 1 bilhão. Cabral está preso desde novembro de 2016 por determinação do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal.
Procurada pela reportagem, a defesa do ex-governador não se pronunciou sobre o assunto até o fechamento desta matéria.



CABRAL, PEZÃO E PICCIANI: O FLAGELO

Ex-diretora da Carioca Engenharia confirma mesada de R$ 500 mil ao ex-governador preso Sérgio Cabral




Tânia Fontenelle disse a Moro que repassava dinheiro a Carlos Emanuel Carvalho de Miranda, operador do ex-governador


SÃO PAULO - Ex-diretora financeira da Carioca Engenharia, Tânia Fontenelle, confirmou ao Juiz Sérgio Moro que a empreiteira repassou mesadas fixas de até R$ 500 mil ao ex-governador Sérgio Cabral. Fontenelle prestou depoimento a Moro na tarde desta sexta-feira, quando foi arrolada como testemunha de acusação na ação que o ex-governador Sérgio Cabral responde por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha na Justiça Federal de Curitiba.

Fontenelle, que fechou acordo de delação premiada, reiterou que ainda em 2007, quando Cabral assumiu a propina paga pela Carioca era de R$ 200. Porém, em seu segundo mandato o repasse subiu para R$ 500 mil. Ela disse que o dinheiro era repassado a Carlos Emanuel Carvalho de Miranda, o Carlinhos, apontado pelo Ministério Público Federal como “homem da mala” do ex-governador.

— Eu tinha por incumbência gerar os valores que eram solicitados pelos acionistas e diretores da empresa (Carioca Engenharia). Eu repassava um valor fixo mensal ao senhor Carlos Miranda, que me foi apresentado como uma pessoa de confiança do ex-governador. Eu pagava R$ 200 mil mensais. Isso permaneceu por dois a três anos e depois passou para R$ 500 mil mensais — disse Fontenelle.

A ex-diretora financeira, conhecida como matemática, disse que a propina era justificada por meio de contratos superfaturados de algumas empresas que trabalhavam para Carioca. Ou, através de contratos simulados com outras empresas.
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Uma vez que existiam os contratos superfaturados ou dissimulados, os serviços eram contabilizados na empresa. Algumas empresas superfaturavam os serviços e devolviam a diferença. Esses recursos geravam caixa 2 — disse a delatora. — Eu sabia que eu pagaria através de caixa 2 e que os valores eram era propina ou doação eleitoral não registrada.

Em seu acordo de colaboração, Fontenelle a Carioca comprou vacas superfaturadas da empresa Agrobilara para ‘gerar dinheiro em espécie’ para a empreiteira. A Agrobilara é a empresa de agropecuária do presidente da Alerj, Jorge Picciani, que nega irregularidades