Atirador de Las Vegas demorou dias para levar armas para quarto de hotel, diz polícia

De acordo com os investigadores, armas foram transportadas em dez malas, encontradas dentro do quarto usado por Stephen Paddock para cometer o pior ataque a tiros da história dos EUA.

























Stephen Paddock, autor do massacre a tiros que deixou 59 mortos e mais de 500 feridostransportou 23 armas de longo alcance para um quarto no hotel Mandalay Bay em dez malas ao longo de dias.
As informações foram divulgadas xerife do Condado de Clark, Joseph Lombardo, e citadas pela Associated Press e pela CNN. Os detetives investigam agora pessoas que possam estar envolvidas na venda das armas usadas no ataque - o mais letal envolvendo armas de fogo na história dos EUA.
Chris Sullivan, dono de uma loja chamada Guns & Guitars publicou um comunicado afirmando que Paddock era um cliente que "cumpria todas as verificações de antecedentes e procedimentos necessários", e disse que seu estabelecimento coopera com a investigação.
"Ele nunca deu nenhuma indicação ou motivo para acreditar que ele era instável ou inapropriado [para a compra de armas] a qualquer momento", disse Sullivan, sem especificar quantas ou quais modelos de armas o atirador comprou em sua loja.

Polícia ainda tenta descobrir motivação para ataque de Las Vegas
De acordo com fontes que falaram à Associated Press em condição de anonimato, alguns dos rifles tinham cursores de mira, e suspeita-se que Paddock tenha modificado algumas armas para torná-las totalmente automáticas.
Especialistas ouvidos pelo G1 acreditam que os calibres das armasdisparadas pelo atirador são feitas possivelmente para dois tipos de atividade: caça de animais selvagens e guerras. Considerando os sons registrados nos vídeos e a distância dos disparos, eles dizem que as armas de fogo utilizadas usam calibres pesados e com alto poder destrutivo.


Estado Islâmico reivindica massacre que matou 50 em Las Vegas























Atirador deixou 58 mortos e mais de 400 feridos durante show em Las Vegas - DAVID BECKER / AFP


Polícia americana, contudo, ainda não viu vínculos de atirador com grupos terroristas

LAS VEGAS — O Estado Islâmico reivindicou o ataque armado que matou pelo menos 58 pessoas e feriu outras 500 num festival de música country em Las Vegas na madrugada desta segunda-feira. Segundo o grupo terrorista, Stephen Paddock, de 64 anos, há meses teria se convertido ao Islã, uma informação que, por enquanto, não foi oficialmente confirmada por fontes externas. Enquanto isso, no entanto, o FBI nega que houvesse laços entre radicais e o atirador, que se matou após cometer o massacre. Mais cedo, autoridades já haviam dito que ele agiu sozinho e provavelmente não era filiado a nenhum grupo armado ou terrorista.
A família do atirador expressou choque ao saber do massacre provocado pelo americano, que nunca teria dado sinais aos seus parentes de radicalização.
"O ataque de Las Vegas foi executado por um soldado do Estado Islâmico, que o levou a cabo em resposta aos chamados de mirar contra os Estados da coalizão", disse a Amaq, agência de notícias do EI, em referência à aliança internacional liderada pelos EUA para combater os terroristas. "O atacante de Las Vegas se converteu ao Islã alguns meses atrás".
O irmão do atirador, responsável pelo maior ataque armado da História dos EUA, disse à imprensa que ficou perplexo ao saber do ataque e não poderia imaginar os motivos do seu irmão.
— Ele não tinha afiliação política ou religiosa, até onde nós sabíamos — afirmou Eric Paddock, acrescentando que "não havia indicação de que ele faria algo assim". — Nós não tínhamos ideia. Ficamos horrorizados. Estamos perplexos e enviamos nossas condolências às vítimas.


Tiroteio deixa pelo menos 50 mortos e 200 feridos em Las Vegas



















       Atirador abriu fogo contra público de festival de música ao ar livre


Polícia matou atirador; número de vítimas deve aumentar, diz xerife.

EUA - Um atirador que estava no 32º andar de um cassino em Las Vegas, nos Estados Unidos, abriu fogo contra uma multidão que participava de um festival de música ao ar livre, deixando pelo menos 50 pessoas mortas e outras 200 feridas. 
De acordo com as autoridades locais, o ataque ocorreu na noite deste domingo, às 22h locais (2h de Brasília), durante apresentação do astro de música country Jason Aldean. O agressor, que estava no Mandalay Bay Hotel and Casino e foi identificado como Stephen Paddock, de 64 anos, foi morto durante confronto com policiais. As autoridades disseram que se trata de um residente local.

























Segundo o xerife do Condado de Clark, Joseph Lombardo, inicalmente suspeitava-se de que o agressor teria agido sozinho, porém, após buscas e investigações, foi encontrada uma mulher que foi identificada como cúmplice do atirador. 
Nas redes sociais, pessoas que estavam presentes no festival compartilharam vídeos dos momentos de pânico. Em um dos registros, é possível ver o cantor Jason Aldean deixando o palco às pressas ao ouvir os disparos. 
Até o momento, nenhum grupo extremista reivindicou a autoria do ataque, que já é considerado o tiroteio mais violento da história dos EUA.

Com informações da AFP e Estadão Conteúdo


Como destruir uma estatal


























Com cinco séculos de história, receita de R$ 20 bilhões por ano e 120 mil empregados, os Correios naufragam de forma espetacular

Por Augusto Nunes

É um naufrágio espetacular: está à beira da falência um serviço com cinco séculos de história, receita de R$ 20 bilhões por ano garantida por monopólio constitucional, 120 mil empregados na folha de pagamentos e escritórios em 88% das cidades brasileiras.
Com sucessivos prejuízos, os Correios ficaram virtualmente inviabilizados porque foram transformados em mercadoria no balcão de governos, partidos e sindicatos.
A insatisfação dos clientes cresce de forma exponencial. Em São Paulo, por exemplo, o volume de reclamações já é 607% maior que cinco anos atrás e 120% acima do recorde do ano passado, segundo os registros do Procon paulistano até o último dia 15 de setembro.
Esta semana começou com a terceira greve dos últimos 11 meses. Serviços postais em 20 estados amanheceram ontem prejudicados por causa de uma antiga disputa entre a Central Única de Trabalhadores, braço sindical do PT, e entidades emergentes no sindicalismo.
A empresa foi estatizada há 220 anos. Seu processo de destruição é recente e coincide com a deterioração dos padrões da política doméstica. Evidências da anarquia, com múltiplos episódios de corrupção, clientelismo político e sindical, começaram a ser expostas quando o governo Lula chancelou nomeados do PT, PCdoB, PTB, PDT e PMDB, entre outros, para o comando dos Correios e do Postalis, o fundo de pensão dos carteiros.
Em meados de agosto de 2005, Lula recebeu um relatório de auditoria sobre sete em cada dez contratos assinados em 40 departamentos dos Correios, durante os seus 19 meses de governo. Em valor, correspondiam a dois terços do faturamento anual. O documento descrevia 525 tipos de irregularidades, a maior parte classificada como de “alto risco” para a empresa.
No desgoverno, gastaram-se R$ 13 bilhões (corrigidos pelo IGP-M) em equipamentos e tecnologia sem análise de viabilidade técnica, de custos e de condições jurídicas, alguns com pagamentos antecipados e sem comprovação. Num deles, pagou-se R$ 178 milhões por uma “avaliação da gestão”. O resultado? “Insuficiente”, ironizaram os auditores.
Nessa mesma época, o fundo de pensão dos Correios passou grande parte dos seus recursos à gestão da Atlântica Administradora de Recursos, em parceria com o banco Mellon, dos EUA. Mais tarde, o Postalis descobriu que o dinheiro havia evaporado na compra de títulos sem valor da Venezuela e da Argentina. O prejuízo estimado em R$ 5 bilhões.
Enquanto isso, o caixa da empresa era drenado em mais R$ 5 bilhões para socorrer o governo Dilma Rousseff, sob a forma de pagamento de dividendos à União.
Com Michel Temer, tudo mudou para continuar onde está, inclusive a inapetência para enfrentar a crise.
O quadro lembra o samba de Bezerra da Silva:

“Antigamente governavam decente, sem sacrilégio
Hoje são indecentes, cheios de privilégio
É só caô, caô pra cima do povo
Promessa de um Brasil novo
E uma política moderna
Para tirar o Brasil dessa baderna
Só quando o morcego doar sangue
E o saci cruzar as pernas.”