Ativistas pregavam a
morte de Bolsonaro às vésperas da visita a Juiz de Fora
O clima de intolerância já
dominava a campanha, sobretudo nas redes sociais antes do atentado contra Jair
Bolsonaro (PSL). Mensagens no Twitter e no Facebook faziam apologia a atos de
violência contra o candidato, exortando moradores de Juiz de Fora (MG) a “meter
bala” ou que “acabassem” com ele. Após o atentado outras mensagens, até cruéis,
se espalharam nas redes sociais comemorando o atentado. A informação é da
Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
No Twitter, uma Ana Laura
pediu: “quando Bolsonaro vier a ‘JF’ alguém poderia matar ele”. O atentado
ocorreu meia hora depois.
Outra usuária das redes bolou
até um plano: [a visita de Bolsonaro a Juiz de Fora] “é uma ótima oportunidade
para sequestrar ele”.
Eduarda, como se identifica
nas redes, sugere que depois do sequestro se faça “umas torturas” no candidato
e “depois matar com tiro na testa”.
Agressor de Bolsonaro conta com escritório luxuoso em sua defesa
Banca de advogados
cobra caro e ressalta que Adelio agiu sozinho
Profissionais do escritório NDCM Advogados Associados defendem
Adelio Bispo. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil e Divulgação
A atuação de uma equipe de
advogados de uma das mais prestigiadas bancas de advocacia de Minas Gerais
evidenciou que o autor da facada contra o presidenciável do PSL Jair Bolsonaro
pode estar recebendo suporte financeiro de gente poderosa, ou não ser uma
pessoa comum como aparentou ser. A defesa refuta a existência de mentor
intelectual do crime.
Desde o dia seguinte ao crime
cometido na quinta (6), quatro profissionais do direito se apresentaram
para defender Adelio Bispo de Oliveira. Os advogados do homem que golpeou
com uma faca o líder da corrida presidencial, em um ato de campanha em Juiz de
Fora (MG) pertencem ao NDCM Advogados Associados.
Segundo reportagem de Amanda
Acosta, do Jornal da Cidade, o escritório é referência para o Estado e tem
oferece serviços dignos de uma potência no mercado do Direito, a um custo
inacessível para quem viveu em pensão de R$ 400, como o agressor de Bolsonaro.
A banca mantém uma requintada
sede localizada estrategicamente em Barbacena, próxima aos maiores centros como
Juiz de Fora e Belo Horizonte. Outra luxuosa “filial” fica em São João Del Rei.
Os advogados Pedro Augusto de
Lima Felipe e Possa, Zanone Manuel de Oliveira Júnior, Fernando Costa Oliveira
Magalhães e Marcelo Manoel da Costa defendem que Adelio agiu sozinho e de
rompante quando decidiu esfaquear Bolsonaro.
Eles refutam a existência
de mentor intelectual do crime, que segundo a defesa, teria sido idealizado
três dias antes pelo criminoso, como reação ao discurso de Bolsonaro sobre
negros quilombolas. Também alegam problemas mentais do acusado e avaliam a
possibilidade de instaurar um incidente de sanidade mental. “A juíza vai
designar um corpo psiquiátrico para que faça um minucioso exame acerca da
higidez mental do nosso cliente”, disse o advogado Zanone Oliveira Júnior. (Com
informações do Jornal da Cidade e da Agência Brasil)