SEEDUC ALUGOU, SEM LICITAÇÃO, POR R$ 500 MIL MENSAIS A NOVA SEDE DA SECRETARIA COM RECEITA DA FOLHA DE PAGAMENTOS DA CATEGORIA!
A Secretaria Estadual
de Educação (SEEDUC) do Rio de Janeiro está sendo questionada pelo Tribunal de
Contas do Estado (TCE) por um contrato de aluguel sem licitação de parte de um
prédio na Cidade Nova, que custa aos cofres públicos R$ 500 mil por mês. O
contrato, que totaliza R$ 15,5 milhões por 30 meses, foi fechado para a
instalação da nova sede da SEEDUC, depois que a antiga, localizada no Santo
Cristo, foi interditada por risco de desabamento.
Segundo a reportagem
apresentada pelo telejornal RJ TV1 da TV Globo, os altos gastos da operação
estão sendo cobertos com a mesma fonte de recursos utilizada para o pagamento
dos profissionais da rede estadual de Educação. O Sindicato Estadual dos Profissionais
de Educação (Sepe) repudiou a transação obscura e exigiu uma investigação
rigorosa e a abertura dos dados referentes a este e outros gastos da
Secretaria.
O Sepe lembrou que a
Secretaria e o governo estadual vivem alegando a crise financeira no Rio de
Janeiro para não pagar o piso nacional do magistério para os profissionais da
rede estadual e burla a lei ao pagar um vencimento menor que o salário-mínimo
para os funcionários administrativos das suas escolas. Para o sindicato, a
falta de licitação e de explicação da SEEDUC para a transação e a utilização
dos recursos da folha de pagamento da categoria para o pagamento do aluguel
exigem uma investigação rigorosa.
Além disso, a imprensa
já revelou que a secretária Roberta Barreto recebe dois salários: como
secretária e como profissional da rede municipal de Duque de Caxias, o que é
proibido por lei. Barreto e parentes também foram denunciados por ter a folha
salarial duplicada na folha secreta do escândalo do CEDERJ.
Recentemente, outro
escândalo com a utilização de verba pública para a compra de livros
paradidáticos ao custo de R$ 618 milhões, também sem licitação, também ganhou a
página dos jornais e foi contestada pelo Sepe e pelo Ministério Público
Estadual. O contrato com uma empresa do Espírito Santo encarregada da
distribuição dos títulos chegou a ser suspenso mas, segundo a TV Globo, os
pagamentos já começaram a ser feitos e os livros distribuídos depois que a
“sindicância” interna aberta pela Secretaria para apurar a compra esgotou o
exíguo prazo de 10 dias e concluiu que o processo não continha irregularidades.
Diante desses
escândalos envolvendo a SEEDUC, é necessário que haja transparência e
responsabilidade na gestão dos recursos públicos, especialmente quando se trata
de investimentos na educação. O Sepe e o Ministério Público Estadual devem
continuar cobrando explicações e investigando esses casos para garantir que o
dinheiro público seja utilizado de forma adequada e em benefício da população.
Milton Lima
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