Paraná Pesquisas: Fica evidente a polarização entre Lula e Bolsonaro em primeira pesquisa pós-condenação de Lula a nove anos e seis meses de prisão
Também fica evidente quem a maioria do eleitorado não deseja que seja eleito de jeito nenhum: O próprio Lula
Na primeira pesquisa
realizada depois da condenação a nove anos e meio de prisão na Lava Jato, o
ex-presidente Lula ainda lidera a corrida presidencial em todos os cenários testados
pelo Instituto Paraná Pesquisas. Em uma primeira análise, o candidato do PSDB é
o prefeito de São Paulo, João Doria. Neste caso, Lula tem 25,8% da preferência
dos eleitores, seguido pelo deputado Jair Bolsonaro (18,7%) e por João Dória
(12,3%).
Ainda pontuam na
pesquisa o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa (8,7%), os
ex-presidenciáveis Marina Silva (7,1%) e Ciro Gomes (4,5%), e o senador
paranaense Alvaro Dias (3,5%). Além disso, 15,7% dos entrevistados disseram que
não votariam em nenhum dos nomes indicados e outros 3,9% não souberam
responder.
Em um segundo cenário,
quando o candidato do PSDB é o governador de São Paulo Geraldo Alckmin, Lula
aparece com índice maior, de 26,1%. Bolsonaro continua em segundo, com 20,8%
das intenções de voto, seguido por Joaquim Barbosa (9,8%), Geraldo Alckmin
(7,3%), Marina Silva (7%), Ciro Gomes (4,5%) e Alvaro Dias (4,1%). 17% dos
eleitores não escolheriam nenhum dos indicados, enquanto 3,5% não souberam
responder.
Segundo Turno
O Instituto Paraná
Pesquisas também fez simulações de segundo turno. Em todas elas, Lula sairia
vencedor. Em uma disputa com Jair Bolsonaro, o petista tem 38,7% da preferência
dos eleitores, contra 32,3% do deputado federal. Contra João Doria, seria 38,5%
a 32,2% para Lula.
O ex-presidente também
ganharia de Geraldo Alckmin por 39% a 26,9% – índice parecido a um eventual
segundo turno entre Lula e Marina Silva: o petista levaria a melhor por 36,3%
contra 29%. Num último cenário, Lula aparece com 37,1% diante de Joaquim Barbosa,
que somou 31,1%.
Apesar disso, o índice
de eleitores que não votariam em nenhum dos indicados é bastante elevado. Nas
cinco simulações de segundo turno, o percentual varia de 25,5% a 31,3%. Isso
mostra, segundo Murilo Hidalgo, diretor do Instituto Paraná Pesquisa, uma
insatisfação geral dos eleitores com a classe política. “A indignação e a
rejeição da sociedade com os políticos são muito grandes. Ninguém quer eleger
os candidatos atuais. Isso abre espaço para novas figuras, novos nomes”, disse.
Lula Com Alta Rejeição
Apesar de liderar em
todos os cenários, Lula também aparece como o candidato de maior rejeição.
55,8% dos entrevistados disseram que não votariam no ex-presidente. O segundo
com maior rejeição é Alckmin, com 54,1%, e o terceiro colocado é Bolsonaro, com
53,9%. Ainda aparecem entre os mais rejeitados: Ciro Gomes (50,2%), Marina
Silva (46,3%), Joaquim Barbosa (42,3%) e João Dória (42,2%).
Candidato Anti-Lula
Os entrevistados também
foram questionados sobre qual possível candidato representa mais um pensamento
“anti-Lula” ou “anti-PT”. Jair Bolsonaro foi o mais votado, com 31,2%. João
Dória ficou em segundo lugar, escolhido por 14,5% dos eleitores. Na sequência,
Marina Silva (12,3%), Geraldo Alckmin (7,6%), Joaquim Barbosa (7,3%), Ciro Gomes
(3,6%) e Alvaro Dias (2,8%). Para 6,9% dos brasileiros, nenhum dos indicados
representa forte oposição à imagem de Lula. 13,7% não souberam responder.
Sobre A Pesquisa
O Instituto Paraná
Pesquisas ouviu 2.020 eleitores em 156 municípios de 25 estados e no Distrito
Federal. A pesquisa foi realizada entre os dias 24 e 27 de julho. O grau de
confiança é de 95% e a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou
para menos.
Índices Mantidos
Os índices de Lula são
semelhantes aos do levantamento anterior do Instituto Paraná Pesquisa, feito em
maio. A pesquisa também apontava o ex-presidente na liderança. Ele alcançou
cerca de 25% das intenções de voto nos dois cenários analisados para o primeiro
turno: um com Alckmin e outro com Dória. “A situação do Alckmin é muito
complicada, enquanto o Dória tem potencial de crescimento, porque ele ainda é
um fato novo”, disse Murilo Hidalgo.
O que aumentou de uma
pesquisa para a outra foi a rejeição a Lula. Em maio, era de 46,5%. Agora, com
a condenação na Lava Jato, o petista não seria o escolhido de 55,8% dos
eleitores. “O Lula tem, com certeza, um quarto dos votos dos brasileiros. Numa
eleição com vários candidatos, isso o colocaria no segundo turno. Mas a
rejeição dele também é alta, o que pode comprometer a vitória ao final das
eleições”, completou o diretor do Instituto Paraná Pesquisa.
EX-BB E PETROBRAS, BENDINE ERA ‘HOMEM DE DILMA’
EXPLICAÇÃO PARA NOMEAÇÃO À PETROBRAS ERA SEMPRE 'DILMA GOSTA DELE'
Tratado por “Dida”
pelos amigos mais íntimos, como Dilma Rousseff, Aldemir Bendine assumiu a
presidência da Petrobras cheio de moral: a própria ex-presidente o anunciou
para o cargo como alguém capaz de “resolver o problema” da estatal dilapidada
nos governos do PT. Na ocasião, a operação Lava Jato estava em curso havia 11
meses, e já havia revelado grande parte da extensão do roubo bilionário na
estatal. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Ao escolher Bendine, no
Alvorada, em reunião que varou a madrugada, Dilma fixou-se em seu nome
“palatável ao PT” e ao mercado.
Bendine não era tão “palatável”.
Quando alguém queria saber por que foi o escolhido, ministros tinham única
resposta: “Dilma gosta dele”.
No BB, o sedutor
Bendine financiou um Porsche para a amiga íntima Val Marchiori. E levou Daniela
Mercury para festa no banco.
Anunciado por Dilma
como “salvador” da Petrobras, Bendine acabaria conhecido por sua atuação
considerada “agressiva” nos negócios.
LULA: CASO DE CADEIA
Garantia Sivuca - José
Guilherme Godinho, policial membro da Scuderie Detetive Le Cocq, um dos
responsáveis pela caçada e morte de Cara de Cavalo, cafetão, traficante,
assassino e “caso íntimo” do Hélio Oiticica, vanguardeiro performático das
artes tropicalistas que chegou a homenagear o amor bandido com a ode-legenda
“Seja marginal, seja herói” – bem, dizia Sivuca que “bandido bom é bandido
morto”, bordão que o fez Deputado Estadual por duas vezes no ainda tolerável
Rio de Janeiro dos anos 1990.
Pessoalmente, não chego
a tanto. Mas acredito piamente que “bandido bom é bandido preso”, se possível,
em certos casos, perpetuamente, num presídio de segurança máxima.
Este é bem o caso, por
exemplo, de Luiz Inácio da Silva, reconhecido nas rodas civilizadas como
o “Chacal” da politicagem tupiniquim.
Recentemente, como
sabem todos (e a quase generalidade da população aplaudiu), o competente juiz
Sérgio Moro condenou o ex-presidente a 9 anos e meio de cadeia, por corrupção e
lavagem de dinheiro. É pouco – muito pouco, pouco mesmo. Neste sentido,
procuradores da força-tarefa do Ministério Público Federal tomaram a decisão de
recorrer da sentença e pedir penas maiores para o dono do PT. Faz sentido. De
fato, como já escrevi, onde se abrir o código penal, o honorável Lula corre o
risco de ser enquadrado: felonia, prevaricação, peculato, corrupção ativa e
passiva, lavagem de dinheiro, tráfico de influência, formação de quadrilha,
entre outras tantas mazelas, formam o prontuário desta imperdoável figura que
levou o País à degradação moral, política, econômica e social de forma
nunca trilhada na nossa controversa história republicana.
Com Lula e o entorno
comunista do PT, ambos aboletados nas utopias funestas e convenientes a tipos
que nem Frei Beto (não dá pra mais de um “t”), FHC, Antonio Candido,
Sérgio Buarque de Holanda, Geisel, Golberi et caterva, o Brasil trilhou (e
continua a trilhar) os caminhos criminosos do “socialismo tropical” ou, se
quiserem, do “estatismo selvagem”. Com a comunalha no poder, ingressamos, sem
tirar nem pôr, na atmosfera mórbida do sétimo círculo do inferno traçado por
Dante Alighieri nas páginas da Divina Comédia.
Eis o fato: nos 13 anos
em que Luiz Inácio corrompeu a nação (sim, o “cara” impôs e sempre esteve por
trás das manobras da guerrilheira marionete), atingimos a condição de um dos
países mais corruptos e violentos do mundo, ao tempo em que se consolidou entre
nós o aparelhamento do “Estado Forte” e se fincou no pedaço, seguindo as
resoluções do Foro de São Paulo, uma burocracia insustentável que nos levou à
insolvência absoluta.
Os números atuais
impressionam: o País da era Lula comporta hoje 151 estatais deficitárias (entre
elas, a Petrobras), 30 ministérios falidos, 153 autarquias e fundações federais
inviáveis, 100 mil cargos comissionados e funções de confiança e gratificações
supimpas, 250 mil funcionários-ativistas terceirizados, sem incluir o rombo
previdenciário estimado (só em 2017) em R$ 167 bilhões e a alucinante dívida
pública federal avaliada (pelo Tesouro Nacional) em mais de R$ 3 trilhões. Eis
o prognóstico tardio: segundo cálculos fundamentados, as contas nacionais, caso
as legiões socialistas de Lula fossem expulsas hoje das bocas estatais, só
seriam ajustadas a partir de 2089. Ou seja, daqui a 60 anos!
Na sua oligofrenia
progressiva, Lula diz que o seu governo livrou da fome 40 milhões de carentes
que saíram da linha da pobreza para ingressar numa “nova classe média”. Sem
jamais entrar numa fila do INSS, sustenta que transformou a saúde do Brasil em
coisa de 1° mundo. Mais: garante que mesmo sendo analfabeto de pai e mãe, abriu
as portas das universidades para o povo. E tudo a partir da consolidação, pelo
seu “Estado Forte”, de uma política de “conteúdo nacional” (vide a “Nova Matriz
Econômica”, de fedor leninesco).
Cinismo assumido, a
mentira tem pernas curtas. Semana passada, amplo relatório divulgado pela
Organização Mundial do Comércio (OMC) deu conta, detalhadamente, da
desastrosa política industrial e comercial imposta ao País nos 13 anos dos
governos de Lula Rousseff.
Escorado na farra
vertiginosa de subsídios fiscais e financeiros, que detonou uma inflação de
dois dígitos, foram desperdiçados R$ trilhões com os “campeões nacionais”
JBS-Friboi, Odebrecht, empresas do finório Eike Batista, OI, OAS etc., cujo
objetivo paralelo gerou propinoduto para abastecer os cofres inabordáveis do
PT, dos partidos aliados e demais “companheiros de viagens”.
Pior: no esquema
criminoso adotado, foram preteridas as relações comerciais com economias
desenvolvidas enquanto eram torrados US$ bilhões com Cuba, Venezuela,
Angola, República Dominicana, Bolívia e afins, países velhacos manobrados por
comunistas ávidos de dinheiro fácil em troca da adesão irrestrita ao
“socialismo do século XXI”. Coisa de doido!
Por fim, ouriçados com
a decisão do Juiz Moro em bloquear R$ 9 milhões do ex-presidente, a tropa de
choque petista classificou-a como “mesquinha”. De fato, a decisão do juiz, em
se tratando de condenados por corrupção e lavagem de dinheiro, é
obrigatória. Assim, o protesto soa como deboche.
Ademais, Lula aufere
gordas aposentadorias, tem carro com chofer, apartamento confortável do qual
não pode ser despejado, adega de fazer inveja a Brillat-Savarin, além de filhos
e sobrinhos ricos. Há quem admita até que o honorável dispõe de boas reservas
em Cuba e na Venezuela.
E o PT, ainda hoje uma
das siglas partidárias mais ricas do planeta, não vai permitir que o seu “líder
carismático” saia da boa vida e fique “asfixiado”.
IPOJUCA PONTES
MST ocupa terras de Henrique Eduardo Alves e Eike Batista
Andreia Verdélio e Mariana Tokarnia - Repórteres da Agência Brasil
O Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) informou ter ocupado novas fazendas no
país, com parte das manifestações da Jornada Nacional de Lutas pela
Reforma Agrária e contra as reformas propostas pelo governo do presidente
Michel Temer
Na noite de ontem (25),
integrantes do movimento ocuparam uma área da Chapada do Apodi, no oeste do Rio
Grande do Norte. A Polícia Militar confirma a ocupação. Segundo o movimento, o
Projeto do Perímetro Irrigado Santa Cruz de Apodi é ligado ao ex-deputado e
ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). “Esse projeto é
resultado de uma articulação, do então Ministro da Integração Nacional,
Henrique Alves, junto à bancada ruralista e as multinacionais do agronegócio”,
afirma o movimento, em nota.
Alves foi preso pela Polícia Federal em junho deste ano na Operação
Manus, suspeito de corrupção e lavagem de dinheiro na construção da Arena das
Dunas, em Natal. As fraudes somariam R$ 77 milhões. O deputado cassado Eduardo
Cunha (PMDB-RJ) também é acusado de participar do esquema.
Segundo o MST, o
perímetro irrigado é conhecido como “projeto da morte” e é palco de conflitos e
protestos de camponeses contrários ao processo de instalação do agronegócio na
região desde 2012. O grupo pede que as terras desapropriadas pelo Departamento
Nacional de Obras contra a Seca (Denocs) para construção do perímetro sejam
destinadas à reforma agrária.
“De acordo com os
vários estudos de impacto ambiental, o Perímetro Irrigado Santa Cruz de Apodi
não tem nenhuma viabilidade técnica – pois a água existente só viabilizaria o
projeto por cinco anos; social – haja vista expropriar as famílias que já vivem
na região, representando o que se têm chamado de “reforma agrária ao
contrário””, ressaltou o MST.
Desde ontem (25), foram
ocupadas, conforme o MST, terras de pessoas acusadas, no cumprimento de função
pública, de atos de corrupção, como lavagem de dinheiro, favorecimento ilícito,
estelionato e outros. As manifestações ocorrem nos estados do Paraná, São
Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Sergipe, Rio Grande do Norte, Piauí e
Maranhão.
Eike Batista
Os sem-terra ocuparam
também na madrugada de hoje (26), um complexo de fazendas com cerca de 700
hectares, em São Joaquim de Bicas, próximo a comunidade Nazaré, região
metropolitana de Belo Horizonte. As terras fazem parte da empresa MMX, de Eike
Batista.
Segundo o movimento, as
terras encontram-se abandonadas após exploração mineral desordenada.
Desde 8 de março deste
ano, 600 famílias, ocupam a fazenda Santa Terezinha, no município de
Itatiaiuçu, também do empresário, acusado de corrupção e que está em prisão
domiciliar.
Por meio da assessoria
de imprensa, a Polícia Militar de Minas Gerais confirma que recebeu um chamado
sobre invasão de propriedade no local. Segundo a PM, cerca de 80 pessoas estão
no complexo. A PM está no local e acompanha o movimento, que segue pacífico.
A Agência Brasilnão conseguiu contato com a MMX.
Blairo Maggi
Uma das áreas que
continua ocupada é a fazenda do grupo Amaggi, em Mato Grosso, pertencente ao
ministro da Agricultura, Blairo Maggi. “Eu considero como uma atividade
política que tem seu dia para começar e seu dia para terminar”, comentou hoje
Maggi. De acordo com ele, a propriedade é produtiva e não tem motivo para
ser desapropriada.
Segundo a organização
não governamental Repórter Brasil, Maggi, tido como o rei da soja, foi
denunciado em abril de 2009 pelo Ministério Público Federal (MPF) pelo crime de
trabalho escravo. Questionado sobre a denúncia, o ministro rebateu: “Não é na
minha [propriedade] que eles estão olhando”, diz, acrescentando que “existem
fiscalizações para isso, têm volantes do Ministério do Trabalho, todo mundo
olha. Se eu tivesse qualquer resquício desse tipo de coisa, eu não estaria
aqui, com certeza”.
Localizada a pouco mais
de 20 quilômetros de Rondonópolis, às margens da rodovia BR-163, a Fazenda
SM02-B, ocupada pelo MST, tem uma extensão de 479,7 hectares e é uma das mais
antigas unidades produtivas da Amaggi, com atividades desde a década de 1980.
Segundo a Amaggi, o departamento jurídico do grupo segue buscando os meios
legais para solucionar a situação.
Ricardo Teixeira
A Vara Única da Comarca
de Piraí, no estado do Rio de Janeiro, acolheu pedido de liminar dos advogados
do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ricardo
Teixeira visando a reintegração de posse da Fazenda Santa Rosa, ocupada no
início da manhã de ontem (25) por manifestantes do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST). Com isso, integrantes do MST começaram a desocupar o
imóvel na manhã de hoje, após a realização de um último ato político.
João Lima
Em São Paulo, a Justiça
determinou a reintegração de posse da fazenda Esmeralda, no município de
Duartina, no interior de São Paulo, que também foi ocupada desde ontem (26)
pelo MST. A fazenda pertence a empresa Argeplan, que tem como sócio João
Baptista de Lima Filho, que, segundo movimento, é amigo do presidente da
República, Michel Temer.
Segundo o MST, o
movimento já foi notificado da decisão e a intenção é deixar a fazenda na
próxima quarta-feira (2).
De acordo com o
advogado da Argeplan, Sylvio Carloni, a decisão judicial deveria ser cumprida
imediatamente. Como os sem-terra ainda não deixaram a fazenda, a Polícia
Militar deverá realizar a reintegração de posse.
Segundo a Polícia
Militar em Duartina, a corporação aguarda o aval da Justiça para o agendamento
da reintegração de posse. O oficial de Justiça esteve no início da tarde no
acampamento, e deverá reportar a situação à Justiça ainda hoje.
“Os latifundiários que
possuem estas áreas são acusados, no cumprimento de função pública, de atos de
corrupção, como lavagem de dinheiro, favorecimento ilícito, estelionato e
outros. O MST também se posiciona pelo afastamento imediato de Michel Temer da
Presidência, primeiro presidente na história acusado formalmente de corrupção
pela Procuradoria-Geral da República (PGR)”, disse o MST em nota. Cerca
de 500 pessoas participam da ocupação.
* Texto
atualizado às 17h26
Edição: Carolina
Pimentel
EM BH, LULA LIDERA PESQUISA COM 19,9% CONTRA 16,2% DE BOLSONARO
LULA SOMA 19,9% CONTRA 16,2 DE BOLSONARO E 12% DE JOAQUIM
BOLSONARO LIDERA ENTRE OS ELEITORES DE
16 A 44 ANOS, MAS LULA TEM GRANDE VANTAGEM ACIMA DESSA IDADE
Pesquisa do Instituto
Paraná em Belo Horizonte para a disputa presidencial do ano que vem mostrou que
o ex-presidente condenado Lula (PT) tem 19,9% das intenções contra 16,2% do
deputado Jair Bolsonaro (PSC). Em terceiro, o ex-presidente do Supremo Tribunal
Federal Joaquim Barbosa tem 12%, seguido por Marina Silva (Rede) com 11,6% e o
prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), com 11,2%. O ex-governador do Ceará
Ciro Gomes (PDT) tem 5,4% e o senador Alvaro Dias (PV) foi mencionado por 2,4%
dos entrevistados. Para 16,4% dos eleitores, nenhum dos candidatos merece o
voto e 4,8% não souberam responder.
Em outro cenário, com o
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como candidato do PSDB, a disputa
entre Lula e Bolsonaro seria ainda mais acirrada com o petista ainda na frente
com 19,9% contra 18,1% do deputado. Barbosa teria 12,5%, seguido por Marina
(12%), Ciro (5,8%), Alckmin (4,4%) e Dias (3,3%). Nesse caso, 18,9% dos
eleitores não votariam em nenhum dos candidatos e 5,2% não souberam responder.
O Paraná Pesquisas
simulou ainda um terceiro cenário com o senador Aécio Neves na disputa. Nesse
caso, Lula manteria os 19,9% e Bolsonaro teria 17,6%, seguido por Barbosa
(12,5%), Marina (12%), Aécio (6,7%), Ciro (5,6%) e Dias (3,3%). Para 17,4% dos
entrevistados, nenhum dos candidatos merece o voto e 5% não souberam responder.
Governo
federal
A rejeição ao
presidente Michel Temer em BH foi de 82,8% contra apenas 13,8% de aprovação.
Para 54,1% dos entrevistados, o governo é péssimo, 20,5% o classificaram como
ruim, 15,3% como regular, 6,4% como bom e 1,6% como ótimo. Apenas 2,2% dos eleitores
não souberam ou não quiseram opinar.MST invade fazendas de amigo de Temer, de Ricardo Teixeira e da família de ministro da Agricultura
Movimento também ocupou propriedade da
família do senador Ciro Nogueira (PP-PI) e um prédio do Incra em Salvador. MST
faz jornada de protestos contra corrupção e o governo Temer.
Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realiza uma jornada de protestos nesta
terça-feira (25) com invasões de propriedades, ocupação de prédio do Incra e
bloqueios de rodovias pelo país.
Nesta manhã,
integrantes do movimento ocuparam fazendas de um amigo do presidente Michel
Temer, do ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira, da família do senador Ciro
Nogueira (PP-PI) e uma propriedade de empresa Amaggi, da família do ministro da
Agricultura, Blairo Maggi.
Segundo o
movimento, as ocupações e protestos são em defesa da reforma agrária, contra o
governo Temer e pelo combate à corrupção. O MST também invadiu uma fazenda do
Grupo Nutriara, no Noroeste do Paraná.
Veja como ocorreram as ocupações
Nesta manhã, o
MST ocupou a Fazenda Esmeralda, entre Duartina e
Lucianópolis, no interior de São Paulo. A propriedade, com cerca de 1,5 mil
hectares, pertence à empresa de arquitetura e engenharia Argeplan, que tem como
um dos sócios João Batista Lima Filho, conhecido como Coronel Lima. Ele já foi
assessor do presidente Michel Temer, de quem é amigo pessoal.
Segundo o movimento,
cerca de 800 pessoas participam da ocupação. A Polícia Militar divulgou um
número menor, de 500 pessoas. Em nota, o MST afirma que a invasão é um protesto
contra o presidente Temer e pelo combate à corrupção. Lima e a Argeplan foram citados
nas delações da JBS na operação Lava Jato.
Por telefone, o
advogado da Argeplan, Sylvio Carloni, disse que entrou com o pedido de
reintegração de posse. Segundo ele, os integrantes do MST construíram barreiras
para impedir o acesso e três bois da propriedade foram abatidos.
Neste ano, esta é a
segunda vez que a fazenda Esmeralda é invadida. A última ocupação foi em maio e realizada pelo
Movimento Social Sem Limites, que faz parte da União Nacional Camponesa.
Fazenda da família Maggi (MS)
Em Mato Grosso, um
grupo do MST ocupou uma
fazenda que é propriedade da empresa Amaggi, da família do ministro
da Agricultura, Blairo Maggi. A fazenda fica às margens da BR-163, em
Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá.
Em nota, a Amaggi
confirmou a invasão e disse que está preocupada com a integridade física dos 17
colaboradores e familiares que residem na fazenda e que está tomando as medidas
necessárias para garantir a segurança deles. Além disso, a Amaggi declarou que
busca os meios legais para "reestabelecer a ordem na unidade".
A empresa afirma que a
fazenda tem extensão de 479,7 hectares e é uma das mais antigas unidades
produtivas do grupo, com atividades desde a década de 1980. Segundo os líderes
do MST em Mato Grosso, aproximadamente 500 pessoas do movimento participam da
ocupação. Os trabalhadores não estipularam prazo para saírem da propriedade.
Fazenda Santa Rosa, de Ricardo Teixeira (RJ)
O MST também ocupou
nesta manhã a fazenda Santa Rosa, em Piraí, no Sul do Rio de Janeiro. Segundo a
Polícia Militar, a propriedade
seria de Ricardo Teixeira, que foi presidente da Confederação
Brasileira de Futebol por mais de 20 anos.
A fazenda Santa Rosa
tem aproximadamente 1,5 mil hectares e fica no distrito de Santanésia, área
rural de Piraí, a 100 km do Rio.
Cerca de 350 famílias
participam da ocupação, segundo o movimento. De acordo com a assessoria do MST,
eles chegaram por volta de 7h, montaram acampamentos no local, onde pretendem
ficar por tempo indeterminado.
Cerca de 200 famílias
do MST ocupam uma fazenda do senador e presidente nacional do PP, Ciro Nogueira
(PI), em Teresina. A propriedade fica às margens da BR-316, na saída Sul da
capital.
A ocupação teve início
às 5h da manhã desta terça, e os organizadores esperam que pelo menos mil
famílias estejam na fazenda até o final desta semana. O clima no local é
tranquilo, e os manifestantes vão instalar um acampamento na fazenda.
O G1 entrou
em contato com a assessoria de imprensa do senador, que ainda se pronunciará
sobre a invasão.
João Luiz Vieira, da
direção nacional do MST no Piauí, afirmou que o grupo reivindica a
desapropriação da terra, que afirma ser improdutiva.
Fazenda Lupus, do Grupo Nutriara (PR)
No noroeste do Paraná,
o MST invadiu a
Fazenda Lupus, do Grupo Nutriara no fim da manhã desta terça. A
Polícia Militar confirma a invasão e afirma cerca de 1,2 mil pessoas estão no
local.
Conforme o MST, as
famílias que ocuparam a Fazenda Lupus I, II e III moravam, havia 10 anos, às
margens da rodovia e viviam embaixo de lonas seguradas por bambus, "sem
luz, sem água e em estado de extrema pobreza". Ainda conforme o MST, a
área invadida foi declarada improdutiva.
Prédio do Incra, em Salvador
Integrantes do
MST ocuparam a
Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (Incra), em Salvador, nesta manhã. A informação foi
confirmada ao G1 pelo Incra e pelo MST.
Em nota, o Incra
informou que cerca de 280 militantes se alojaram na área externa do prédio, que
fica no Centro Administrativo da Bahia (CAB), mas que ainda não foi notificado
pelo movimento sobre a motivação da ocupação. O MST afirma que cerca de mil
integrante participam do ato.
Base de Alcântara
Um outro grupo, que
inclui membros do MST, bloqueia
acesso ao Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), localizado a 18
km de São Luís, no Maranhão.
Segundo os
manifestantes, o ato é em defesa de 200 comunidades quilombolas do entorno da
base que, afirmam, podem ser atingidas pela possível ampliação do programa
espacial por meio de parceria dos governos brasileiro e norte-americano.
O ministro da Defesa,
Raul Julgmann anunciou esta permissão do governo do Brasil aos Estados Unidos
no mês de maio deste ano. Segundo ele, França, Rússia e Israel também
demonstraram interesse pelo CLA.
Tribunal solta filho de desembargadora preso com 130 quilos de maconha, arma e munições
O plantão judiciário do TJ-MS, sexta passada, soltou Breno Fernando
Solon Borges, 37 anos, preso com 130 quilos de maconha, 199 munições de fuzil
calibre 762 e uma pistola nove milímetros. Contra ele, havia dois mandados de
prisão, que foram suspensos pela Justiça.
Breno vem a ser filho da desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges,
presidente do Tribunal Regional Eleitoral e integrante do Pleno do TJ.
Filho de desembargadora planejava resgatar preso de organização
criminosa, diz PF
Segundo a PF, ele teria viajado a Três Lagoas para auxiliar a tentativa de fuga
O empresário Breno
Fernando Solon Borges, dono de uma metalúrgica e serralheria em Campo Grande,
estaria planejando o resgate do líder de uma organização criminosa especializada
em contrabando de armas, Tiago Vinícius Vieira, em custódia na Penitenciária de
Segurança Máxima de Campo Grande.
De acordo com a PF
(Polícia Federal), o empresário teria participado da tentativa de fuga de Tiago
em março, quando ele estava na Penitenciária de Três Lagoas, inclusive tendo
viajado para a cidade. Ao todo, foram indiciadas sete pessoas, entre elas
Breno. Para o resgate, os criminosos usariam uma pistola calibre .380.
“Na referida situação,
após análises dos celulares apreendidos, com autorização judicial, constatou
que Breno auxiliaria na fuga do preso em Três Lagoas, inclusive chegou a
deslocar-se até a cidade para a ação criminosa”, diz nota divulgada pela PF, na
manhã desta quinta-feira (20), sobre a Operação Cérberus.
Neste processo, Breno é
acusado de integrar organização criminosa e tentativa de fuga de preso mediante
violência. “Tendo em vista o abalo a ordem pública e a garantia da aplicação da
lei penal, foi decretada a prisão preventiva dele e dos demais membros do
grupo. Por fim, Breno continua preso na Penitenciária de Três Lagoas”, destaca
a PF.
A prisão
Um dos filhos da
presidente do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral), desembargadora Tânia Garcia
Freitas Borges, Breno foi preso em 8 de abril carregando drogas, armas e munição
que seriam levadas para São Paulo. Na ocasião, a namorada dele e um
serralheiro, que o acompanhavam, também acabaram na prisão.
Segundo a PF, o trio
estava em dois carros que, juntos, transportavam 130 quilos de maconha, uma
pistola nove milímetros e 199 munições de fuzil calibre 7,62, de uso exclusivo
das forças armadas. Autoridades que acompanharam o caso chegaram a dizer que o
empresário usou o nome da mãe para tentar não ser preso.
O grupo foi abordado
pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) na BR-262, próximo à cidade de Água
Clara. Conforme a PRF, os motoristas apresentaram nervosismo e versões
contraditórias. Na revista dos veículos, foi encontrada a droga e a munição em
fundos falsos e reboque de um dos veículos.
Desde então, Breno e os
comparsas estão detidos no presídio de Três Lagoas. Nesta semana, o empresário
conseguiu habeas corpus parcial no processo que responde por tráfico e seria
transferido para uma clínica em Campo Grande, mas a mudança foi frustrada por
causa de prisão preventiva decretada no âmbito da Operação Cérberus.
Suspeito de planejar o
resgate do líder da organização criminosa, ele continuará na prisão enquanto
vigorar sentença do juiz Rodrigo Pedrini Marcos, da 1ª Vara Criminal de Três
Lagoas. O TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), no entanto, pode
revogar a sentença já que aceitou parcialmente a defesa do réu no outro
processo.
Na ação de tráfico de
drogas, a desembargadora Tânia alegou que o filho sofre com a síndrome de
Bordeline, doença que prejudica as relações sociais, e que seria viciado em
drogas. O pedido foi parcialmente aceito, já que a família de Breno queria que
ele fosse para Atibaia (SP), mas o Tribunal de Justiça deferiu apenas o
encaminhamento para a Capital.
GLOBO SEM MÁSCARA
Não é para eleger Lula nem Bolsonaro que a Lava Jato refunda o Brasil
Eliane Cantanhêde, O Estado de S.Paulo
18 Julho 2017 | 03h00
Lula e Bolsonaro
Enquanto o prefeito
João Doria estuda as falas e trejeitos de Emmanuel Macron e tenta mimetizar a
eleição dele no Brasil, o deputado Jair Bolsonaro vai tentando, devagar e
sempre, seguir a trilha de Donald Trump, que era tão absurdo, ninguém
acreditava e chegou lá. Uma surpresa mundial. Ou melhor, um susto.
A imprensa americana –
e, por conseguinte, a brasileira – não viu Trump, não acreditou em Trump,
ridicularizou Trump e, no final, foi obrigada a engolir a vitória dele para a
presidência da maior potência mundial. Agora, a opinião pública nacional não
acredita, não vê e não leva Bolsonaro a sério. O risco é ser novamente
surpreendida.
Homem de comunicação,
Doria é um craque midiático e está todos os dias nas capas de sites e de
jornais, nos programas mais populares de TV e em rádios de diferentes regiões.
Bolsonaro é quase ausente da mídia nacional, mas faz sua divulgação no corpo a
corpo em aeroportos, nas chegadas a cidades de todo o País e em reuniões
fechadas.
“Anfíbio” que passou
parte da vida na caserna e está no seu sétimo mandato na Câmara, viaja muito,
abre filas de curiosos ávidos por selfies com ele, agita voos de lá para cá e é
recebido como candidatíssimo, não raro com a improvisação de palanques e
megafones. As pessoas começam a se perguntar: “E o Bolsonaro, hein?”
As respostas oscilam em
três categorias: há os que o apoiam porque sentem ojeriza pela política e uma
vaga nostalgia da ditadura militar; os que têm verdadeira ojeriza ao próprio
Bolsonaro e ao que ele representa; e um grupo crescente que nem é tão a favor
nem tão contra, mas manifesta curiosidade diante dele.
A eleição de Bolsonaro
para a Presidência é altamente improvável, porque ele representa um nicho, não
a maioria, e porque ele é pouco conhecido e campanhas são cruéis e reveladoras.
São o momento de mostrar as fragilidades e até “os podres” dos candidatos. No
mínimo, o que ele entende de economia, negociação política e administração
pública?
Mas Bolsonaro está
crescendo. Segundo o DataPoder360, que entrou no complexo mundo das pesquisas
neste ano, ele já tem 21% e está em empate técnico com o líder Lula (23%), num
cenário em que Doria e Marina Silva estão com 13% e 12%. Num outro cenário, com
Geraldo Alckmin no lugar de Doria, Lula tem 26% e Bolsonaro, novamente, ostenta
21%. Alckmin fica em terceiro, com 10%, e Marina em quarto, com 6%.
A esta altura, as
pesquisas não projetam resultados, apenas apontam tendências, e uma tendência
clara é que Bolsonaro está no jogo, um jogo perigoso não só por causa dele. Há
um consenso de que a eleição de 2018 será entre candidatos não enrolados na
Lava Jato, caso do próprio Bolsonaro, Marina, Doria e Ciro Gomes, o lanterna,
por enquanto, mas o líder das pesquisas é considerado também o líder da Lava
Jato: o ex-presidente Lula.
Condenado pelo juiz
Sérgio Moro, ele poderá se candidatar se o TRF-4 absolvê-lo ou simplesmente não
julgá-lo antes do registro da chapa no TSE. Também poderá se o tribunal
confirmar a sentença de Moro, mas a defesa entrar com recurso e um tribunal
superior der liminar favorável. Os petistas se mobilizam para mudar as regras
do jogo com a chamada “Emenda Lula”, que altera o prazo para a prisão de
candidatos, de 15 dias para oito meses. Um escândalo.
São dois riscos: a
vitória de Lula seria o fim e a desmoralização da Lava Jato, mas, sem ele na
eleição, o primeiro nas pesquisas pode passar a ser Bolsonaro. Não é para
eleger Lula nem os Bolsonaros da vida que o Brasil faz a faxina que faz. Quem
será em 2018, ninguém sabe. Mas quem não deve ser, todos precisamos saber. É
melhor prevenir do que remediar.
Servidores fazem ato contra Pezão e o TJ-RJ: 'Não ter salário não é mero aborrecimento'
Ato dos servidores em frente ao TJ Foto: Nelson Lima Neto
O Movimento Unificado dos Servidores Públicos
(Muspe) realizou, nesta quinta-feira, ato contra as decisões do Tribunal de
Justiça do Rio (TJ-RJ) que consideraram o atraso do salário dos servidores um
mero aborrecimento. O protesto aconteceu em frente ao Fórum Central, no Centro
do Rio.
Cerca de 50 funcionários estiveram no ato, que também criticou a decisão do governador Luiz Fernando Pezão de passar alguns dias em um spa no interior do Estado.
Cerca de 50 funcionários estiveram no ato, que também criticou a decisão do governador Luiz Fernando Pezão de passar alguns dias em um spa no interior do Estado.
Desde o início do ano, dezenas de servidores
recorreram ao Juizado Especial Fazendário pedindo danos morais contra o atraso
dos vencimentos. Os juízes, porém, consideram o pedido sem validade e afirmaram
que o atraso é um mero aborrecimento.
— Sugiro a esses juízes, que ganham em dia, a voltarem a estudar. O que todos nós estamos passando não é mero aborrecimento — disse um dos servidores presentes.
— Sugiro a esses juízes, que ganham em dia, a voltarem a estudar. O que todos nós estamos passando não é mero aborrecimento — disse um dos servidores presentes.
Ida de Pezão a spa gera a revolta dos servidores; ‘Ele tirou
férias’, diz Dornelles
Enquanto o governador
Luiz Fernando Pezão alivia o estresse numa clínica spa de luxo em Penedo, na
região serrana, os servidores estaduais tentam diminuir o seu numa fila em
busca de doação de cestas básicas. Pelos cálculos do Movimento Unificado dos
Servidores Públicos Estaduais (Muspe) seria possível alimentar 500 funcionários
públicos com o pagamento de uma semana no Rituaali, para onde Pezão foi com a
mulher Maria Lúcia Horta Jardim. A estadia no lugar pode chegar a R$ 27.316,
por semana.
A entidade divulgou
uma nota de repúdio na qual considerou “absoluta falta de senso” o governador
se hospedar num ambiente de “luxo e ostentação”, no pior momento da crise para
os servidores, “com pelo menos duzentas mil famílias passando grandes privações
por conta de estarem com três pagamentos atrasados”
.
— É mais uma notícia
que revolta o servidor, porque numa situação de crise o governo não tem
apontado soluções e as que surgem não têm sido suficiente para resolver os
problemas — critica Flávio Sueth, membro do Muspe.
O Palácio Guanabara
confirmou que Pezão está em um centro de saúde, “com acompanhamento médico”.
Ocupando o cargo com a ausência de Pezão, o vice-governador Francisco Dornelles
comentou o caso.
— Ele tirou férias. Se
afastou. E o lugar onde ele está eu realmente não sei. O problema é dele —
disse Dornelles à TV Globo.
Um dos donos da
Rituaali é Marcos Ferreira Trindade, também sócio na empresa FSB, que mantém
contratos com o governo do estado. Em nota divulgada ontem, a assessoria do
Palácio Guanabara afirmou que não vê nenhuma incompatibilidade no ato “porque
não há relação entre a clínica e os serviços prestados pela FSB ao governo”.
Além disso, o governador está pagando com recursos próprios as despesas, “sem
qualquer benefício.”
Revoltados, servidores
aposentados mostram fotos do spa onde está Pezão Foto: Márcia Foletto /
Agência O Globo
A Riatuaali oferece aos
seus hóspedes programas como detox, controle do estresse, equilíbrio, entre
outros. Além, tem também serviços de geoterapia, massoterapia, hidroterapia,
fitoterapia e outras terapias com as quais os servidores do estado, com as
contas fora de equilíbrio, nem podem sonhar. Os preços ´e que podem causar
estresse. Para um casal permanecer uma semana no centro de saúde variam de R$ 14.817
(apartamento de luxo, com 40 metros quadrados) a R$ 27.316 (chalé black, com
dois andares e 113 metros quadrados). Os valores incluem hospedagem, alimentos
e tratamentos, exceto os estéticos. Os pacientes têm de pagar 30% do valor na
reserva e os 70% restantes no check-out. Já a diária num quarto standard,
segundo o Tripadvisor, fica entre R$ 1.500 e R$ 1.800.
Os chalés são divididos
em duas categorias. A primeira com localização mais reservada e devido o
tamanho permite que os hospedes que tenham indicação médica, como é o caso de
Pezão, realize alguns tratamentos ali. As acomodações são equipadas com sauna.
Pelo menos sete são assim. Os outros estão localizados próximo à recepção e
possuem banheira de hidromassagem, lareira, copa, frigobar, chaleira elétrica e
uma antessala para repouso. Os apartamentos são 14, todos com varandas com
vista para a piscina principal, mata e jardim. Dois deles, na lateral do
prédio, contam com uma segunda varanda para quem quer tomar banho de sol.
O site do Rituaali informa
ainda que a clínica spa mantém um time de especialistas nas áreas de saúde, bem
estar, estética, nutrição e gastronomia, acompanhados pelos médicos Luiz
Fernando Sella e Daniela Tiemi Kanno, ambos fazem parte do quadro de sócios do
empreendimento. Formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),
Sella tem especialização no exterior, inclusive em Havard, em estilo de vida.
Já Daniela Kanno, formada pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) é
especialista em alimentação funcional e qualidade de vida, segundo o site.
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