MILLER ATUAVA NA LAVA JATO, MAS VIROU DEFENSOR
DO GRUPO J&F/JBS
E AÍ JANOT, NÃO ENJOOU?
O ex-procurador da Lava
Jato Marcelo Miller, ex-braço direito de Janot que virou advogado da JBS deixou
na última quarta-feira (5) o escritório de advocacia Trench, Rossi, Watanabe,
de onde era sócio desde maio, dias antes das revelações
A informação foi
confirmada pelas assessorias de imprensa de Miller e do escritório. Ambos
disseram que a decisão foi de “comum acordo”.
Miller integrou o grupo
de trabalho da Lava Jato na Procuradoria-Geral da República (PGR) entre 2014 e
2016, e pouco depois se associou ao Trench, Rossi, Watanabe, que prestou
serviços para o grupo J&F/JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, alvo
das investigações. O escritório chegou a negociar parte do acordo de leniência
firmado por executivos do grupo com o Ministério Público Federal do Distrito
Federal.
O ex-procurador era
ex-assessor do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e foi citado por
Temer como alguém de sua “mais estrita confiança”, que “ganhou milhões em
poucos meses”, graças ao acordo. Segundo a PGR, Miller não cometeu ato
irregular e não participou pessoalmente das negociações do acordo da
colaboração premiada dos executivos do grupo.
O Tribunal de Ética e
Disciplina (TED) da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB-RJ)
abriu no fim de junho um processo de apuração formal para avaliar a conduta do
ex-procurador. O caso estava sendo analisado pelo TED desde 31 de maio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário