Três homens de confiança de Pezão já caíram na Lava-Jato
Monnerat e Marcelinho foram alvo de
condução coercitiva; Hudson Braga está preso
RIO - Não bastasse as
contas do estado em frangalhos, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB)
acompanha seus homens de confiança serem tragados pelas investigações da
Lava-Jato. O próprio peemedebista é citado, embora não responda a nenhum
processo. Braço-direito de Pezão na busca pela reeleição para o governo, o
ex-secretário e ex-coordenador de campanha Hudson Braga já responde a processo
e está atrás das grades. Na última operação, O Quinto do Ouro, mais dois dos
principais colaboradores do governador foram levados coercitivamente para
depor: o secretário de Governo, Affonso Monnerat, e o subsecretário de
Comunicação, Marcelo Santos Amorim, o Marcelinho. Os laços de amizade com todos
vêm desde os tempos em que o peemedebista vivia em Piraí.

Outro levado
coercitivamente para depor, Affonso Monnerat, de 55 anos, chegou ao governador
pelas mãos do ex-presidente da Alerj Paulo Melo (PMDB), de quem foi chefe de
gabinete entre 1995 e 2004. Saiu do cargo para disputar a Prefeitura de Bom
Jardim, na Região Serrana, sendo eleito e reeleito. No segundo mandato, deixou
a administração municipal para se tornar subsecretário da Região Serrana. A
nomeação aconteceu após a tragédia das chuvas na serra. CITADOS FICARÃO NO GOVERNO
Monnerat responde junto
com Hudson Braga a um processo por irregularidades na contratação de empresas
para a reconstrução de pontes após a tragédia. A ação corre na Vara Federal de
Friburgo. Homem de bastidor, o secretário é avesso à exposição pública e evita
até almoços e jantares oficiais.
Monnerat foi citado na
delação do ex-presidente do TCE-RJ. Jonas Lopes disse que se encontrou com
Pezão, já como governador, no Palácio Guanabara, para saber quem seria o
interlocutor do governo para os repasses ao tribunal. Segundo o ex-conselheiro,
o governador deu o nome de Monnerat. O secretário de Governo afirmou, em nota,
desconhecer o teor das investigações e disse que não vai comentá-las.
— Cada um fala o que
quer, agora tem que provar. Tenho muita confiança neles (Marcelinho e Monnerat)
e vão continuar a trabalhar — disse Pezão na última sexta-feira,
Hudson Braga é de Volta
Redonda, onde foi secretário. Pezão conhecia o trabalho dele de lá. Depois,
continuou acompanhando o desempenho do amigo no governo Rosinha Garotinho,
integrado por ambos. A relação já era estreita quando o peemedebista, nomeado
para a Secretaria de Obras, designou Braga para ser seu subsecretário na pasta.
Braga é acusado de cobrar 1% do valor dos contratos de obras, a “taxa de
oxigênio”, mas nega as acusações. Ele foi preso na Operação Calicute,
deflagrada em novembro.
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