SÉRGIO CABRAL VAI SER TRANSFERIDO PARA PRESÍDIO FEDERAL
O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal do Rio, aceitou, agora há pouco, o pedido de transferência de Sérgio Cabral para um presídio federal, feito no mesmo dia pelo Ministério Público Federal.
Ontem, durante o programa Conexão Repórter, apresentado pelo jornalista Roberto Cabrini, um agente penitenciário lotado em Benfica, relatou diversas mordomias oferecidas à Sérgio Cabral dentro do presídio. Mas, segundo notícias veiculadas pelo portal G1, o procurador Sérgio Pinel afirmou que "durante o interrogatório do senhor Sérgio Cabral, ele mencionou expressamente que, na prisão, recebe informações inclusive da família desse magistrado, o que denota que prisão no Rio não tem sido suficiente para afastar o réu de situações que possam impactar nesse processo."
Segundo o juiz Marcelo Bretas, "é no mínimo inusitado que ele venha aqui trazer a juízo, numa audiência gravada, a informação de que recebe ou acompanha a rotina da família do magistrado. Deixa a informação de que apesar de toda a rigidez, que imagino que haja no presídio, aparentemente trem acesso privilegiado a informações que não devesse ter", afirmou o juiz.
Segundo relatos que chegaram a mim, além das mordomias já relatadas, Sérgio Cabral possui uma espécie de mordomo-segurança no presídio. O nome dele é Fábio, um ex-policial do BOPE afastado por envolvimento com o tráfico. Segundo relatos de agentes penitenciários a este blog, Fábio, além de fazer a segurança de Cabral, é responsável pela limpeza de sua cela, também exerce uma espécie de papel de personal trainer e encomenda comidas de vários restaurantes do Rio para o ex-governador.
Não se sabe ainda para qual presídio federal Cabral será transferido, porém, provavelmente, não continuará a usar o telefone celular como faz rotineiramente em Benfica onde, inclusive, conversa com outras autoridades do estado.
Durante o interrogatório, Sérgio Cabral discutiu com o juiz Marcelo Bretas insinuando que o magistrado deveria entender muito bem de jóias pois "sua família tem negócios no ramo de bijuterias". O juiz rebateu: "não me senti confortável com o acusado dizendo que minha família trabalha com bijuterias. Pode ser entendido de alguma forma como ameaça. Não recebo isso com bons olhos. Se a ideia é criar algum tipo de suspeição, quero lembrar que a lei veda que o acusado crie suspeição, isso é muito óbvio", rebateu Bretas.
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