O ministro da Segurança
Pública, Raul Jungmann afirmou, na manhã desta segunda-feira (13), que o
presidente Michel Temer considera “questão de honra” a conclusão das
investigações da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista dela,
Anderson Gomes.
Após 150 dias sem o
esclarecimento do crime, o presidente autorizou a atuação da Polícia Federal
nas investigações. Segundo Jungmann, já há uma equipe delineada e pronta “caso
seja solicitado”.
“A Polícia Federal é uma das
melhores polícias investigativas do mundo. Em conversa com Temer o consultei
sobre essa oferta e ele concordou. É uma questão de honra do seu governo”,
afirmou o ministro sobre a conclusão e elucidação do crime.
Jungmann voltou a dizer que,
no caso das mortes de Marielle e Anderson, há a participação de agentes
públicos e políticos, que formam uma “rede poderosa de influência”.
“Passados 150 dias, nós
entendemos que temos a obrigação de colocar a polícia federal à disposição para
ajudar efetivamente ou assumir as investigações.”
A vereadora do PSOL e o
motorista dela foram assassinados em um atentado, em março, no Estácio, na
cidade do Rio de Janeiro. O caso é tratado como sigiloso pela Polícia Civil e
pelo Ministério Público do Rio.
Pedido deve ser feito oficialmente
Para que a Polícia Federal
assuma de fato as investigações é preciso que os interventores na área de
segurança façam o pedido oficialmente, o que não aconteceu até o momento. Desde
fevereiro, o estado do Rio de Janeiro passa por intervenção federal na
segurança pública.
Na última sexta-feira (10), o
ministro Raul Jungmann afirmou haver pistas que apontam para uma possível
disputa política como motivação para o crime.
Jungmann não citou nomes e não
quis dar mais detalhes para não atrapalhar o andamento da apuração, mas
confirmou que há suspeita de envolvimento de agentes públicos e políticos nas
mortes.
Em nota, a Polícia Civil se
limitou a dizer que o caso está sob sigilo.
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