Comandante bósnio-croata condenado por crimes de guerra morre após ingerir "veneno" no tribunal





























Slobodan Praljak durante audiência em Haia 29/11/2017 REUTERS TV

Um comandante bósnio-croata morreu depois de ingerir o que disse ser veneno em um tribunal de crimes de guerra da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira por ter perdido uma apelação a uma pena de 20 anos de prisão, disse a televisão estatal da Croácia.
Slobodan Praljak, de 72 anos, faleceu em um hospital de Haia depois de ser visto bebendo de um frasco ou copo enquanto um juiz da ONU lia o veredicto contra ele e mais cinco suspeitos, relatou a TV croata, citando fontes não-identificadas.
O aparente suicídio, que foi transmitido ao vivo, ocorreu nos minutos finais do último julgamento do Tribunal Penal Internacional da antiga Iugoslávia, que termina no mês que vem.
"Acabei de beber veneno", ele disse. "Não sou um criminoso de guerra. Eu me oponho a esta condenação".
Depois de engolir a bebida, Praljak se recostou e afundou na cadeira, disse um advogado que estava na corte na ocasião.
Representantes do tribunal da ONU e autoridades hospitalares holandesas não quiseram comentar sobre seu estado.
O general croata Marinko Kresic, que falou mais cedo à TV de seu país, contou ter conversado com a esposa de outro réu, Milivoje Petkovic, que estava em Haia. "Ela confirmou que ele bebeu o veneno e que está em estado muito grave", disse.
O juiz Carmel Agius suspendeu as audiências e paramédicos entraram às pressas na corte, que as autoridades holandesas declararam uma cena de crime. O tribunal foi interditado para que uma investigação forense fosse iniciada, e o público foi instruído a se retirar.
"Não levem o copo", disse Agius, instruindo os seguranças a abaixarem as cortinas e bloquear uma divisória de vidro que separa a corte do público.
Nos momentos caóticos que se seguiram, seguranças e paramédicos correram para dentro e para fora do tribunal. Ambulâncias foram vistas deixando o local, mas não houve confirmação oficial do estado de Praljak.
Uma leitura do julgamento, que também decidia a respeito de acusações feitas a cinco outros suspeitos, foi retomada mais de duas horas depois de Praljak ter dito que acabava de se envenenar.

O incidente eclipsou a decisão sobre a apelação, que é importante para a Croácia, cujo Parlamento suspendeu as atividades para que seus membros pudessem acompanhar a leitura do veredicto.

Augusto Nunes: Revelações de Palocci incluem uma negociata internacional...

PMDB se articula na Alerj para salvar mandatos e 'governabilidade'























Edson Albertassi, Jorge Picciani e Paulo Melo, todos de camisa azul, foram presos pela PF dia 16

Com caciques na cadeia, 'operação abafa' é montada na Casa de tolerância

Rio - Enquanto a cúpula do PMDB fluminense está atrás das grades, deputados aliados aos presos se articularam para ocupar os principais cargos nas comissões da Assembleia Legislativa do Rio que podem ditar tanto o futuro político quanto econômico do estado, além de salvar os mandatos dos detentos, em uma espécie de "operação abafa".
Ontem, um integrante da chamada "tropa de choque peemedebista", o deputado André Lazaroni ocupou o cargo de presidente da Comissão de Ética da Casa. Ele já aponta que deve atrasar o pedido da oposição de investigação de atos de corrupção contra os deputados Jorge Picciani, Edson Albertassi e Paulo Melo. Supostamente, as ações poderiam resultar na cassação dos mandatos. Os três estão presos e foram acusados de receber propinas de empresários do setor transporte.
"O meu entendimento é que houve um erro da oposição, que não leu o Regimento Interno", disse Lazaroni, afirmando que o pedido deveria ter sido encaminhado para a Mesa Diretora da Casa, não para a Comissão. Lazaroni é ex-secretário de Esportes de Cabral e secretário de Cultura licenciado de Pezão. A comissão tem até 90 dias para votar o pedido.
Também cabe à Comissão de Ética apurar a conduta dos deputados. Lazaroni já foi alvo de queixa de agressão de sua ex-mulher. Em 2010 a ex-esposa do deputado fez um registro de ocorrência na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher. Em depoimento, ela disse que o deputado jogou um laptop nela, provocando lesões em seu braço, comprovadas em um laudo. No entanto, ao Ministério Público, a suposta vítima contou outra versão e os promotores deram o parecer pelo arquivamento do caso. O arquivamento foi enviado a Lazaroni por Marfan Vieira, então Procurador-Geral de Justiça.
Também ontem, à frente da Comissão de Orçamento foi colocado Gustavo Tutuca (PMDB), que não vai voltar para o cargo de secretário da Ciência e Tecnologia de Pezão. Caberá à comissão a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2018, cujo o executivo prevê um déficit orçamentário de R$ 10 bilhões. Os deputados já apresentaram 4 mil emendas à LOA, que serão discutidas pela Comissão de Orçamento na próxima terça-feira. Tutuca se avocou também o relator da comissão, algo incomum, segundo deputados. Normalmente, o presidente da comissão indica outro deputado como relator.
Chiquinho da Mangueira deverá continuar na CCJ
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro elege hoje o novo presidente do colegiado. O vice-presidente do grupo, deputado Chiquinho da Mangueira (PODE), é o atual presidente em exercício e deverá ser o eleito, segundo deputados ouvidos pela reportagem.
Foi ele quem determinou que a votação da sessão que resultou no parecer pela liberdade de Jorge Picciani, Edson Albertassi e Paulo Melo fosse secreta. A ação foi criticada por membros do Ministério Público Estadual que alegaram falta de publicidade do ato.
Em 2003, a Alerj recebeu o pedido de instauração de processo de cassação do mandato contra o parlamentar. O pedido foi arquivado pela Mesa Diretora da Casa, que tinha o deputado Picciani à frente da presidência. Chiquinho foi acusado pelo então comandante do batalhão de São Cristóvão e atual secretário estadual de Administração Penitenciária, Erir da Costa Filho, de pedir a redução do policiamento no Morro da Mangueira para beneficiar traficantes.
Caso não seja Chiquinho o eleito, outros deputados apostaram no nome de Lazaroni, que assim iria acumular a presidência de duas comissões.
Ministro do STJ nega habeas corpus para Picciani e Paulo Melo
O ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), rejeitou liminar em habeas corpus e manteve na prisão os deputados estaduais peemedebistas Jorge Picciani e Paulo Melo presos na Operação Cadeia Velha em 21 de novembro por suspeita de propinas milionárias do setor de transporte público.
Fischer pediu informações ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) corte que decretou a prisão dos parlamentares e manifestação do Ministério Público Federal. O TRF-2 também mandou prender o deputado do PMDB Edson Albertassi. Os três estão na cadeia pública de Benfica.
Eles haviam sido presos pela primeira vez no dia 16, mas seus colegas da Alerj os livraram e derrubaram a ordem do TRF2. No dia 21, a corte federal restabeleceu o decreto de prisão dos três deputados. Quando os autos retornarem ao STJ, o ministro vai levar os pedidos de habeas corpus para julgamento da 5ª Turma do STJ.


Cabral desafia promotora que fez inspeção em sua cela





















Picciani (de camisa branca) é recebido por Cabral (camisa verde) em cela com a porta aberta

Durante inspeção em cadeia de Benfica, MP encontrou diversas irregularidades

Preso em Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro, o ex-governador Sérgio Cabral fez perguntas com tom de ironia a integrantes do Ministério Público do Estado durante uma inspeção na cela, na última sexta-feira (24).
Em entrevista na manhã desta segunda-feira (27) ao telejornal Bom Dia Rio, a promotora Andrea Amin disse que o ex-governador perguntou se ela estava procurando por fuzis ou drogas em sua cela.
"Ele veio perguntar quem coordenava a operação. Eu disse que era eu. E aí, ele perguntou se eu procurava um AK-47 ou por crack. Respondi que se achasse, apreenderia. Tempos depois, ele voltou e fez elogios ao trabalho do Ministério Público", relatou a promotora.
Durante a inspeção de sexta-feira (24), o MP encontrou uma série de irregularidades na galeria C, que reúne presos da Operação Lava Jato. Procuradores encontraram alimentos congelados e in-natura, tais como camarão, bolinho de bacalhau, iogurtes, queijos importados. Diferente das galerias A e B, onde estão presos com curso superior, os colchões de dormir da galeria C são diferentes e mais altos.
Há também filtros de água instaladas, o que, segundo o MP, demonstra clara distinção de políticos e empresários da Lava Jato em relação aos demais presos. A inspeção encontrou, ainda, na cela do empresário do ramo de ônibus Jacob Barata Filho, preso por corrupção, R$ 500 em dinheiro. Em vídeo do Ministério Público ao qual o programa Fantástico teve acesso, a cela de Cabral aparece aberta enquanto o ex-governador conversa com o presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani (PMDB), também detido pela Lava Jato.
O Ministério Público enviou os alimentos para perícia e investiga se eles foram fornecidos por restaurantes do Rio. O material resultado da inspeção foi enviado para o juiz Marcelo Brêtas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. 
Em outubro, Brêtas entendeu que Cabral tinha privilégios na prisão de Benfica e autorizou a transferência do ex-governador para o presídio de segurança máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. A defesa de Cabral entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) e conseguiu evitar a saída do ex-governador do Rio de Janeiro, por decisão do ministro Gilmar Mendes, relator da Lava Jato no estado.

SERVIÇO INESCRUPULOSO





























Nada desmoraliza tanto qualquer discurso contra as injustiças do mundo quanto a oferta de um privilégio ao orador. O petismo no poder é exemplo acabado, definitivo, do que afirmo, embora a mesma hipocrisia também possa ser encontra noutros partidos e fora da política. Sempre, em algum lugar, há alguém gastando saliva por uma sociedade "igualitária", e pronto para sugar até a última gota os mais escandalosos privilégios que lhe apareçam.
Desde 2008, os ex-presidentes brasileiros têm à sua disposição, pelo resto dos respectivos dias (!), oito assessores e dois automóveis. Os assessores têm direito a salários, diárias e passagens. Os ex-presidentes, não; quando viajam, pagam as próprias despesas. Os servidores públicos privatizados por nossas ex-excelências desempenham as respectivas carreiras funcionais inteiramente a seus serviços.
Na regência de sua pequena corte mundo afora, Dilma está batendo todos os recordes de despesas. Matéria da revista Época em 17 de julho informou que nos primeiros seis meses de 2017 ela gastou “R$ 520 mil com diárias e passagens, o triplo do que os assessores dos outros ex-presidentes usaram, juntos, no mesmo período”.
Entre 2011 e 2017, o esquerdista, igualitarista e antielitista Lula, uma vida honesta a serviço dos pobres, humanista mais honesto do Brasil, mesmo abiscoitando, por palestra, os mesmos US$ 200 mil recebidos por Bill Clinton, consumiu do erário R$ 3,1 milhões com as despesas de seus auxiliares. A equipe de Collor custou R$ 1,2 milhão e FHC despendeu R$ 675 mil. A vida em Alagoas parece ser mais cara do que em Paris.
Nos primeiros seis meses deste ano, o périplo pós-presidencial de Dilma incluiu Suíça, França, Estados Unidos, Espanha, Itália, Argentina e México. Dureza! Neste momento, ela gasta nosso dinheiro falando mal do Brasil e bem de si mesma, do PT e de Lula, num roteiro que inclui a Alemanha, Rússia e Finlândia.
O objetivo dessas romarias consiste em instruir parceiros ideológicos, jornais e bancadas de esquerda mundo afora sobre o “golpe” que a destituiu de um posto presidencial onde vinha fazendo grande bem ao Brasil e a seus pobres. Complementarmente, sustenta a tese de que Lula está sendo vítima de um golpe judiciário para impedi-lo de disputar novamente a presidência.
E nós, pagando esse serviço inescrupuloso, contra a imagem do país. A ex-presidente, cujo mandato foi cassado pelo Senado Federal, talvez creia que essas viagens sejam maligna vingança contra seu vice, cujo governo está constrangido, por lei, a custear a própria difamação. Ou seja, presumo que ela continue incorrendo no mesmo equívoco de seus companheiros de armas e carmas: imaginando que haja no governo algum dinheiro que não seja do povo. Ou, ainda, supondo-se titular do direito de usar recursos e servidores públicos para fazer o que bem entenda pelo resto da vida.
         
PERCIVAL PUGGINA



CORRUPÇÃO !!! Vereadores - Teresópolis - RJ

Desmascarado o real motivo da tendenciosa revista Istoé atacar a Bolsonaro

Quando os corruptos e corruptores terão seus bens sequestrados?

Em artigo publicado no La Nación nesta quinta-feira (23), o advogado Alejandro Drucaroff defende que corruptos devolvam aos cofres públicos o dinheiro que roubaram.  "É viável, justo e imperioso que devolvam o mal feito os autores de crimes de corrupção, os que receberam e os que pagaram subornos, que se beneficiaram cobrando preços indevidos de todos os cidadãos (quando não os preços por obras ou serviços que nem foram realizados) e aqueles que usaram fundos públicos que tinham que administrar para fins pessoais". No La Nación, o jurista ressalta que há uma reivindicação social poderosa, que parece ainda não estar no radar -- que o Estado recupere as enormes quantias roubadas. "Esta recuperação é fundamental por duas principais razões. Porque tais fundos multimilionários são necessários para atender a obrigações básicas do Estado, como educação, saúde, trabalho e infraestrutura de obras e serviços que precisamos e merecemos. E porque é possível alertar a todos os possíveis participantes de atos corruptos que deve-se enfrentar não só a acusação criminal, mas que devem devolver cada centavo desviado. Esta é a melhor forma de prevenir a corrupção no futuro."
Também nesta semana, reportagem do NYT destacava que o príncipe saudita Mohammed bin Salman e autoridades da Arábia Saudita estão estabelecendo acordos com alguns dos corruptos presos recentemente, pedindo que eles entreguem dinheiro e ativos em troca da liberdade. 


Sobe para 305 número de mortos em ataque contra mesquita no Egito

Na sexta, homens provocaram explosões e dispararam contra fiéis em mesquita no Sinai. Entre os mortos estão 27 crianças.

O número de mortos em mesquita na Península do Sinai, no Egito, subiu para 305 - entre eles 27 crianças - no balanço divulgado neste sábado (25) pela agência Mena, citada pela Reuters. Outras 128 pessoas ficaram feridas depois que homens provocaram explosões e abriram fogo contra os fiéis da mesquita Al-Rawda que faziam as tradicionais orações de sexta-feira, dia sagrado para os muçulmanos.
A região é constantemente atacada pelo Estado Islâmico (EI), mas, até o momento, nenhum grupo reivindicou a ação. O governo egípcio trata o ataque como terrorista. De acordo com o Ministério Público egípcio, um dos homens armados que participou da ação levava uma bandeira do grupo extremista.
A Força Aérea do Egito lançou ataques aéreos sobre "posições terroristas" e veículos envolvidos no ataque contra a mesquita, ocorrido na sexta-feira (24).
Após o atentado, o presidente egípcio, Abdel Fattah al Sisi, prometeu uma "resposta brutal" aos agressores em um pronunciamento na TV. "As Forças Armadas e a polícia vingarão nossos mártires e nos devolverão a segurança e a estabilidade com força em muito pouco tempo", disse declarou.
Fontes da emissora Arabiya, citadas pela Reuters, disseram que alguns dos fiéis que frequentavam a mesquita eram adeptos do sufismo, vertente considerada pelo grupo extremista como apóstata, por fazer reverência a santos e santuários.
Ataque
Quatro agressores chegaram de carro à mesquita fica na cidade de Bir al-Abed, a cerca de 40 km a oeste de Arish, a principal cidade do norte do Sinai.
A CNN afirma que os terroristas provocaram ao menos duas explosões e, posteriormente, começaram a disparar. "Eles estavam atirando nas pessoas enquanto elas saíam da mesquita. Eles também atiravam nas ambulâncias", disse à Reuters um homem cujos parentes estavam no local.
Estado Islâmico
As forças de segurança do Egito estão lutando contra o EI no norte do Sinai, onde extremistas já mataram centenas de policiais e soldados desde que se intensificaram os confrontos nos últimos três anos.
Em abril deste ano, o EI provocou explosões em duas igrejas cristãs coptas, deixando 44 mortos e mais de 100 feridos. O primeiro alvo foi um templo em Tanta, a quinta maior cidade do país, seguido de um ataque em Alexandria, a segunda mais populosa cidade egípcia.





Dr.Rey Calou os Petistas - Por essa eles não esperavam

ATENTADO NO EGITO. ATUALIZANDO
























Mais de 285 mortos, inúmeros feridos em massacres terroristas na mesquita do Sinai

Mais de 285 pessoas foram mortas e muitas ficaram feridas quando um suicida detonou explosivos sexta-feira de dentro da congregação da mesquita Al Rawdah em Bir Abed, no norte do Sinai, a 40 km a oeste de El Arish. Esta mesquita é freqüentada por oficiais de segurança egípcios publicados na região e suas famílias. Quando os adoradores, alguns deles feridos, derramados na mesquita, eles foram atacados por homens armados de ISIS que montavam veículos fora de estrada, que esperavam lá fora para atirar pessoas tentando escapar. Os terroristas então transformaram suas armas nas 50 ou mais ambulâncias evacuando os muitos feridos e desapareceram no deserto quando os veículos de segurança egípcios chegaram à cena.
O presidente egípcio Abdel-Fatteh El-Sisi convocou uma conferência urgente de funcionários de segurança e anunciou três dias de luto nacional. Em três anos de luta contra implacáveis ​​ataques terroristas pelo ramo Sinai do Estado islâmico, a indignação da mesquita de Al Rawdah é o mais mortal que o Egito já conheceu. O site é estimado como o local de nascimento do clérigo Sheikh Eid al-Jariri, que é considerado o fundador do ramo islâmico místico do sufismo na Península do Sinai. Essa forma de islã é considerada herética por alguns conservadores e extremistas como o grupo do Estado islâmico. A estrada de Tel Arish para Rafah, o ponto de passagem do Sinai na Faixa de Gaza, foi fechada.

Fonte: DebkaFile

Número de mortos em ataque terrorista no Egito sobe para 200



















A TV de Estado do Egito informou que 200 pessoas morreram em um ataque terrorista em uma mesquita na região do Sinai, nesta sexta-feira (24). Cerca de 130 ficaram feridas. Até o momento, nenhum grupo reivindicou o atentado.
De acordo com as primeiras informações, uma bomba no interior da instituição foi ativada durante um momento de oração e homens fortemente armados se posicionaram nas portas da mesquita e abriram fogo contra os muçulmanos.
O ataque ocorreu em uma pequena localidade chamada Bir El Abd, e segundo uma testemunha, "os fiéis foram deixados sob a mira dos terroristas". A ação ocorre no dia das maiores orações dos islâmicos, que ocorrem às sextas-feiras.
Apesar de não ter sido reivindicado, o atentado pode ter sido cometido por um grupo aliado do Estado Islâmico (EI), que é bastante ativo na região do Sinai.
A mesquita que foi alvo do atentado fica em uma localidade onde a etnia "Al-Sawarka", que é majoritária, anunciou a participação na luta contra o Estado Islâmico em maio do ano passado.
Nesse local, sobretudo na região nordeste do Sinai, na fronteira com a Faixa de Gaza, há um combate "em baixa intensidade" há mais de quatro anos entre as forças de segurança do Egito e os jihadistas do ex-grupo Ansar Beit el-Maqdes". Os extremistas anunciaram, em novembro de 2014, sua aliança ao califado do EI.
"A situação está melhorando, dia após dia", havia dito em 8 de novembro passado o presidente do país, Abdel Fattah al-Sisi, afirmando que os terroristas ocupam "apenas uma área que representa entre 1% e 2% do território da península do Sinai".




Assassina de empresária durante discussão de trânsito em Macaé, RJ, se entrega à polícia

Mulher está no Presídio Feminino Nilza da Silva Santos, em Campos dos Goytacazes. Vítima foi assassinada no sábado (18).
A mulher acusada de matar a empresária Raquel Mota com um estilete durante uma discussão no trânsito em Macaé, no Norte Fluminense, se apresentou à polícia nesta terça-feira (21). Islay Cristina Pereira foi levada para o Presídio Feminino Nilza da Silva Santos, em Campos dos Goytacazes, depois de ter a prisão preventiva decretada pela Justiça. O crime aconteceu no sábado (18).
De acordo com as investigações, a acusada perseguiu Raquel até a entrada do condomínio onde a vítima morava e a atacou com o estilete. Nos primeiros dias após o crime, a polícia chegou a divulgar que a arma usada para matar Raquel tinha sido uma faca.
Quando se apresentou à polícia, a mulher disse ter agido em legítima defesa, segundo informações da Polícia Civil. O porteiro do condomínio afirmou em depoimento que foi a Islay quem agrediu primeiro a vítima.
Na decisão que determinou a prisão, o juiz Wycliffe de Melo Couto destacou a gravidade dos fatos e a preservação da segurança de testemunhas durante as investigações feitas pela 123ª Delegacia de Polícia.
“Note-se que diante dos diversos fatos narrados em sede policial, atentando-se à forma de atuação narrada, é nítida a alta periculosidade da acusada e patente a necessidade da prisão para o perfeito desenrolar das investigações”, avaliou o juiz.
Raquel Melo Mota tinha 39 anos e deixou uma filha de 13 anos. Ela foi enterrada no domingo (19) no Cemitério de Rio das Ostras. O marido da empresária, Vanderson Fernandes, conversou com a equipe de reportagem da Inter TV e contou que a agressora disse que ia "cortar a cara dela".
"A única coisa que eu quero perguntar é: por quê?", disse Vanderson, acrescentando que o sinal estava fechado e, mesmo assim, a agressora quis avançar. "Ela ameaçou encostar o carro dela no da minha esposa. A Raquel abriu o vidro e perguntou se ela estava louca. A partir daí a mulher começou a perseguir o carro da minha esposa", explicou o marido de Raquel.


Garotinho vai para mesma prisão de Cabral

Anthony Garotinho e Rosinha são presos

























Casal estava em apartamento no Flamengo na manhã desta quarta-feira. Agentes também prenderam um ex-assessor em Campos

Rio - O ex-governador Anthony Garotinho e a sua mulher, Rosinha Garotinho, foram presos pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira. Os dois foram encontrados no apartamento onde moram, em um prédio na Rua Senador Vergueiro, no Flamengo, por volta das 8h. A ação faz parte da 'Operação Chequinho' da PF, que investiga o uso eleitoral do programa 'Cheque Cidadão'.
Garotinho e Rosinha serão levados para a sede da PF, na Zona Portuária, e depois para o Instituto Médico Legal (IML), onde farão exame de corpo de delito. Na mesma ação, os agentes também prenderam outras pessoas, que ainda não tiveram a identidade revelada, no bairro da Zona Sul, e um ex-assessor de Garotinho, em Campos, no Norte Fluminense. Procurada pelo DIA, a defesa do casal ainda não se pronunciou sobre o caso.
A última prisão de ex-governador ocorreu no dia 13 de setembro enquanto ele apresentava seu programa diário na Rádio Tupi. Na ocasião, a prisão temporária de Garotinho havia sido determinada pelo juiz Ralph Manhães, da 100ª Zona Eleitoral de Campos dos Goytacazes, que o condenou a 9 anos e 11 meses de prisão por corrupção eleitoral, associação criminosa, coação de duas testemunhas e supressão de documentos.
A medida foi posteriormente convertida em prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, ele conseguiu um habeas corpus no dia 26 do mesmo mês. O relator do caso, ministro Tarcísio Vieira, entendeu ser ilegal o mandado de prisão, uma vez que a instrução do processo já foi encerrada e que o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) é de que o cumprimento da pena só pode se dar após condenação em segunda instância.
No dia 11 de novembro do ano passado, Garotinho também já havia sido preso suspeito de envolvimento em um esquema de compra de votos. Segundo a polícia, uma associação criminosa foi montada para fraudar as últimas eleições no município de Campos, em que foi eleita a ex-governadora Rosinha Matheus.



#FernandaSalles - Genocídio de fazendeiros brancos na África do Sul

APÓS NOVA ORDEM DE PRISÃO, JORGE PICCIANI E MAIS DOIS DEPUTADOS BANDIDOS SE ENTREGAM






















PICCIANI E COPARSAS SE ENTREGAM APÓS NOVO MANDADO DE PRISÃO
Os deputados estaduais Edson Albertassi, Paulo Melo e Jorge Picciani se apresentaram à Polícia Federal (PF), nesta tarde (21), após nova ordem de prisão expedida pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2).
O primeiro a chegar foi Albertassi, seguido por Melo e depois Picciani. Da PF, os três seguem para o Instituto Médico-Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito e retornarão para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica.
Eles chegaram a ficar uma noite em Benfica, quando foram presos, na última quinta-feira (16), por ordem do TRF2, no âmbito da Operação Cadeia Velha. Eles são acusados de recebimento de propinas para favorecer empresas de ônibus.
Os três tiveram bloqueados R$ 270 milhões, por ordem judicial, montante referente ao total supostamente recebido indevidamente das empresas de ônibus.
Na decisão desta terça-feira, os desembargadores do TRF consideraram que a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) extrapolou suas competências constitucionais, ao ordenar a libertação dos três parlamentares, após votação na última sexta-feira (17), sem sequer comunicar o fato ao TRF2.
Defesa
O advogado Nélio Machado, que defende Picciani, considerou a decisão do TRF2 "ilegal, inconstitucional e infeliz". Ele disse que irá recorrer à instância superior.
A defesa de Albertassi se manifestou em nota. "O deputado Edson Albertassi já se apresentou à Polícia Federal para cumprir a determinação do TRF. Edson Albertassi confia na Justiça e estará sempre à disposição para esclarecer os fatos."
Paulo Melo também se manifestou em nota. “Mais uma vez vejo como injusta a decisão do Tribunal Regional Federal. Não cometi nenhum crime e tenho o máximo de interesse na rápida apuração dos fatos."


QUEM VAI ABRIR A CAIXA PRETA DO JUDICIÁRIO DO RIO DE JANEIRO?


Fonte: O Globo

Delator diz ter pago R$ 4,8 milhões em propina a Pezão; governador nega ter recebido recursos ilícitos

























Planilhas entregues aos procuradores constam quatro pagamentos a 'Pé Grande'. Valores ilícitos estariam relacionados a esquema na Fetranspor.
Um funcionário do doleiro Álvaro José Novis, apontado como operador do esquema de propina do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, afirmou ter pago R$ 4,8 milhões em propina para Luiz Fernando Pezão logo depois que ele assumiu o governo do estado. A informação consta em novos trechos da deleção premiada aos quais a TV Globo teve acesso.
O nome do governador Pezão aparece na delação de Edimar Moreira Dantas. Funcionário de Novis, ele gerenciava uma conta criada exclusivamente para o pagamento de propinas.
Edimar Dantas contou aos procuradores que a fonte do dinheiro era a Fetranspor, a Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do estado do Rio de Janeiro.
De acordo com o delator, o responsável por administrar o caixa dois da Fetranspor era o conselheiro da entidade José Carlos Lavouras, que repassava, normalmente, uma vez por mês, a programação de pagamentos a serem feitos.
Nas planilhas entregues aos procuradores, um apelido se destaca: “Pé Grande”. Edimar Dantas contou que o dinheiro era entregue a um intermediário. Ele disse que em relação aos pagamentos efetuados a Pezão, houve a determinação de José Carlos Lavouras para a entrega para uma pessoa de nome Luís. Diz ainda que soube que os valores seriam destinados a Pezão por conta do apelido Pé Grande.
Segundo as investigações, o intermediário seria Luís Carlos Vidal Barroso, assessor do governador ainda contratado do governo do estado.
Nas planilhas do doleiro aparecem cinco pagamentos a Pé Grande, num total de R$ 4,8 milhões. Os pagamentos foram feitos de 22 de julho de 2014 a 8 de maio de 2015.
Nessas datas, Luiz Fernando Pezão já era governador do Rio de Janeiro. Em abril de 2014, ele assumiu o cargo com a renúncia de Sérgio Cabral, e em 2015 tomou posse como governador eleito.
Edimar Dantas deu detalhes aos procuradores de como os pagamentos eram feitos. Ele disse que em relação aos pagamentos efetuados a Luizinho/Pezão, os valores vinham da transportadora, e ele separava um dinheiro e entregava para um funcionário levar.

O delator contou que os pagamentos foram feitos em vários endereços diferentes e que nas vezes em que os valores foram entregues no Centro, os pagamentos foram na rua.
O governador Luiz Fernando Pezão disse que não conhece e nunca esteve com Edimar Moreira Dantas e reafirma que jamais tratou de pagamento ou recebimento de recursos ilícitos.
A Fetranspor disse desconhece o teor de uma delação que se refere a fatos supostamente ocorridos antes da posse da atual administração e afirmou ainda que permanece à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos.

Cabral, Lula, Pezão e Dilma parecem não ter entendido que a festa acabou...

Lembram do moleque? Também é ladrão, é claro!




Marqueteiro cita Leonardo Picciani em delação

Segundo Renato Pereira, ministro do Esporte teria dirigido licitação irregular
Em delação premiada à Procuradoria-Geral da República, o marqueteiro Renato Pereira afirmou que o ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), teria direcionado uma licitação de R$ 55 milhões referente a serviços de publicidade da pasta para sua empresa, Prole Propaganda, em 2016. De acordo com Pereira, o acordo foi fechado no gabinete do ministro, em Brasília.
O marqueteiro também citou irregularidades nas campanhas de políticos da cúpula do PMDB no Rio, como o governador Luiz Fernando Pezão, Sérgio Cabral e o ex-prefeito Eduardo Paes, além da senadora Marta Suplicy, em São Paulo. Os políticos negam as acusações de Pereira.
Classificada entre as vencedoras da licitação, a Prole desistiu da conta dois dias depois da prisão do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB-RJ). De acordo com informações da Folha de S. Paulo, em resposta Picciani disse que a afirmação do delator é “mais uma mentira inventada por quem quer se safar dos próprios crimes que cometeu”.
Picciani teria direcionado licitação da Prole em acordo fechado com marqueteiro Renato Pereira
Além de políticos, Pereira também disse ter assinado um contrato falso com o Opportunity, com a intenção de fornecer dinheiro em espécie para o banco de Daniel Dantas. O banco nega as acusações.
As informações do termo de delação de Pereira foram tornadas públicos pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), na terça-feira (14). O ministro então devolveu a delação à PGR para que a contrapartida dada ao delator seja adequada.


SAFADEZA GRANDE NA COMPRA DE AVIÕES DE COMBATE






















SUPERFATURAMENTO DOS CAÇAS GRIPEN PODE CHEGAR A R$360 MILHÕES

O bloqueio de R$24 milhões em contas do ex-presidente Lula e do filho Luiz Cláudio revela a convicção do Ministério Público Federal quanto ao envolvimento de ambos no tráfico de influência para a compra bilionária de aviões de combate suecos Gripen. O Brasil está pagando US$5,4 bilhões por 36 caças (US$ 150 milhões cada), mas a Suíça rejeitou a oferta do mesmo caça a US$140 milhões por cada um deles. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
O suposto superfaturamento de US$10 milhões em cada avião levanta a suspeita de propina próxima dos US$360 milhões (R$1,2 bilhão).
A maioria dos suíços (53,4%) rejeitou, em referendo, a compra dos caças Gripen dois anos e meio após o Brasil do PT fechar a compra.
A compra dos caças Gripen custou ao Brasil R$ 1,5 bilhão apenas este ano, no pagamento das parcelas previstas no contrato.


TRF-2 determina bloqueio de bens na Operação Cadeia Velha; valores de Albertassi, Picciani e Melo chegam a R$ 270 milhões
























Desembargador Abel Gomes também determinou a prorrogação da prisão temporária (por mais cinco dias) de Felipe Picciani, Ana Claudia Jaccoub, Marcia Schalcher de Almeida e Fabio Cardoso do Nascimento.
O desembargador federal Abel Gomes determinou nesta sexta-feira (17), o bloqueio cautelar de contas e o arresto de bens de 13 pessoas e 33 empresas investigadas na Operação Cadeia Velha. Os valores dos bens bloqueados de Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi somam R$ 270 milhões.
Jorge Picciani R$ 154.460.000,00
Paulo Melo R$ 108.610.000,00
Edson Albertassi R$ 7.680,000,00
Os três deputados se entregaram na sede da Polícia Federal, na noite de quinta-feira (16), após os desembargadores federais do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) decidirem que os deputados fossem presos preventivamente.
A medida foi tomada em medida cautelar penal apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), que encaminhou ao relator uma listagem com nomes e valores referentes aos bens das pessoas físicas e jurídicas.
A ordem de bloqueio envolve ativos financeiros e bens móveis e imóveis, incluindo veículos, embarcações e aeronaves. O desembargador também determinou a prorrogação da prisão temporária (por mais cinco dias) de quatro investigados na Operação Cadeia Velha: Felipe Carneiro Monteiro Picciani, Ana Claudia Jaccoub, Marcia Rocha Schalcher de Almeida e Fabio Cardoso do Nascimento.
Alerj revoga prisões de Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi
Em sessão extraordinária realizada na tarde desta sexta-feira (17), os deputados estaduais revogaram as prisões dos colegas Jorge Picciani, presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Paulo Melo - que também já presidiu a Casa - e Edson Albertassi, atual líder do governo. Os três deputados são do PMDB.
Em votação aberta, 39 deputados votaram por soltar os três colegas presos, seguindo o parecer aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, enquanto a manutenção das prisões recebeu 19 votos. Um deputado, Bruno Dauaire (PR), se absteve.
Além de libertar os três, o parecer da CCJ - transformado em projeto de resolução para ir a votação - também determina que Picciani, Albertassi e Melo voltem ao exercício do mandato.



JUSTIÇA MANDA PRENDER PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DO RJ E DOIS DEPUTADOS
























PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA É UM DOS BANDIDOS MAIS PODEROSOS DO RIO
EM DECISÃO UNÂNIME, TRF2 ORDENOU A PRISÃO PREVENTIVA DE JORGE PICCIANI E OUTROS DOIS DEPUTADOS
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) determinou, por unanimidade, a prisão preventiva do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani, e dos deputados estaduais Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB. A determinação segue agora para a Alerj, que votará se aceita a medida ou a rejeita.
Os parlamentares foram indiciados na Operação Cadeia Velha, deflagrada na terça-feira (14) pelo Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF). A operação investiga o uso dos cargos públicos para corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, em combinação com as empresas de ônibus.
Votaram com o relator, desembargador Abel Gomes, os desembargadores Messodi Azulay, Paulo Espírito Santo, Marcelo Granado. O presidente da 1ª Turma, desembargador Ivan Athié, que não seria obrigado a votar, também acompanhou o voto, fechando a questão por 5 votos a favor da prisão e o afastamento dos deputados de seus cargos.


Ministro adia homologação da delação de marqueteiro de Cabral e Pezão que revelou 'caixa 2' em campanhas do RJ

























Renato Pereira diz que só na campanha de Pezão ao governo do Rio ele recebeu cerca de R$ 800 mil de forma não declarada.
O marqueteiro Renato Pereira revelou, em delação, detalhes dos pagamentos em caixa dois durante as campanhas do ex-governador Sérgio Cabral, do atual governador Luiz Fernando Pezão e também do ex-prefeito Eduardo Paes. Nesta terça-feira (14), o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), devolveu o acordo de delação para a Procuradoria-Geral da República fazer os ajustes. O ministro viu ilegalidades no acordo e considerou as condições muito favoráveis ao delator. Lewandowski também retirou o sigilo dos depoimentos.
Renato Pereira foi o marqueteiro responsável por campanhas de políticos do PMDB a cargos executivos no Rio de Janeiro durante quase 10 anos. No acordo de delação fechado com a Procuradoria-Geral da República, Renato Pereira diz que era comum se pagar parte do valor das campanhas em caixa dois e que só na campanha de Pezão ao governo do Rio ele admitiu ter recebido cerca de R$ 800 mil de forma não declarada.
O marqueteiro disse que o então secretário de Obras do Rio, Hudson Braga, atualmente preso por fazer parte da quadrilha chefiada por Sérgio Cabral, era o responsável pelos pagamentos de campanha e que teria apresentado um cronograma que previa entrega de pagamentos quinzenais, sendo uma parte contabilizada e o restante via caixa dois. Renato Pereira afirmou ainda que ficou combinado o pagamento parcelas mensais de R$ 300 mil, entregues a ele pelo emissário Barata. Fontes ouvidas pela TV Globo dizem que Barata é Jacob Barata Filho, empresário do setor de ônibus, preso nesta terça na Operação Cadeia Velha.
Renato ainda contou que, durante a campanha, os pagamentos passaram a ser feitos de forma irregular e que isso foi informado ao governador Pezão. Para regularizar a situação, ficou acertado com Leandro Azevedo, superintendente da Obredecht no Rio, que a empreiteira faria pagamentos em uma conta no exterior, na qual deveria ser depositado o valor de 800 mil euros, o que hoje representa mais de R$ 3 milhões. O marqueteiro diz que o pagamento se concretizou.
Ele também diz ter participado de uma reunião no apartamento de Pezão, na qual o governador relatou que havia conversado com o dono da Andrade e Gutierrez, Sérgio Andrade, para que a empreiteira contribuísse com R$ 10 milhões. O marqueteiro disse ainda que R$ 3 milhões vieram a partir da simulação da rescisão de um contrato de parceria com o grupo PPR, que havia recebido os valores da Andrade Gutierrez.
Outra parte do pagamento, quase R$ 2 milhões, segundo o delator, teria sido feito pela agência Propeg, que recebeu a quantia da Andrade Gutierrez e contratou a prole para um serviço claramente superfaturado.
Na delação, Renato contou detalhes também da campanha de Cabral ao governo do Rio em 2010. O delator disse que o ex-governador indicou Wilson Carlos, seu então secretário de governo para acertar os pagamentos de campanha.
Segundo o marqueteiro, Wilson o orientou a procurar Leandro Azevedo, executivo da Odebrecht, para acertar parte do pagamento. Ele disse ainda que entre fevereiro e junho de 2010 foram feitos pagamentos mensais de cerca de R$ 300 mil, sempre em espécie por meio de senhas combinadas e que geralmente as palavras eram nomes de peixes como badejo e pintado. Na delação, Renato Pereira diz que os fornecedores cobravam do PMDB valores menores do que eram faturados e que a sobra entrava como caixa dois.
Campanha de Paes teria custado R$ 20 milhões
Outra campanha que teve Renato como marqueteiro foi a reeleição de Eduardo Paes à prefeitura do rio em 2012. O delator contou que o próprio ex-prefeito o avisou que o executivo da Odebrecht, Leandro Azevedo, iria lhe procurar e que, assim como na pré-campanha de Sérgio Cabral em 2010, a Odebrecht fez pagamentos mensais, sempre em espécie e sempre com senhas.
A campanha, segundo o marqueteiro, custou R$ 20 milhões, valor negociado por Paes e Pedro Paulo Carvalho, que já era deputado federal na época. A contratação foi feita através da produtora Cara de Cão, com nota fiscal assinada pelo PMDB, em valor menor do que o cobrado e com a diferença entrando no caixa dois.
Segundo Renato Pereira, os valores de campanha foram repassados por um assessor de Paes, chamado Guilherme Shileder, em encontros em carros e restaurantes marcados num aplicativo de celular.
A A assessoria de Luiz Fernando Pezão informou que todas as doações de campanha foram feitas de acordo com a Justiça Eleitoral. A assessoria de Eduardo Paes e do deputado Pedro Paulo disse que a delação é mentirosa e inconsistente e que Renato Pereira cita fatos que depois diz não terem acontecido.
A defesa de Jacob Barata Filho reitera que é falsa a história narrada pelo delator e destaca que Renato não cita diretamente o empresário, indicando apenas intermediários que não são identificados.
A Andrade Gutierrez e a Odebrecht reiteraram que estão colaborando com as investigações dentro dos acordos de leniência firmados com o Ministério Público Federal. As duas empresas reforçaram o compromisso de esclarecer e corrigir os fatos irregulares ocorridos no passado.
O PMDB do Rio foi procurado, mas não se manifestou. A produção da TV Globo não conseguiu contato com as defesas de Sérgio Cabral, nem de Leandro Azevedo. Ainda não foram localizadas as defesas de Guilherme Shileder, Hudson Braga, nem com a produtora Cara de Cão.


RJ: intervenção federal já! | Marco Antonio Villa

ESQUEMA CRIMINOSO


 PF INVESTIGA DESVIOS DE R$183 BILHÕES EM TRIBUTOS NA OPERAÇÃO CADEIA VELHA
 O esquema criminoso investigado pela Operação Cadeia Velha levou o estado do Rio de Janeiro a deixar de arrecadar R$183 bilhões em tributos em um prazo de cinco anos. A afirmação foi feita hoje (14), pelo delegado da Polícia Federal encarregado da operação, Alexandre Ramagem Rodrigues, na sede da Superintendência da Polícia Federal no estado.
“O conluio criminoso se traduzia em excessivos benefícios fiscais em favor de determinadas empresas e empreiteiras, que levaram a que o estado deixasse de arrecadar em um período de cinco anos mais de R$ 183 bilhões, ocasionando o atual colapso nas finanças do estado - com este efeito avassalador que essa corrupção sistêmica causou à administração pública”, afirmou Ramagem Rodrigues.


O esquema criminoso contava com a participação de agentes públicos dos poderes Executivo e do Legislativo (inclusive do Tribunal de Contas do Estado - TCE) e de grandes empresários da construção civil e do setor de transporte do estado.
Segundo o superintendente regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Jairo Souza da Silva, a ação de hoje tem como base informações colhidas em operações anteriores ao longo do ano, como a Calicuti, a Ponto Final e a Quinta do Ouro.

As informações da Polícia Federal e do Ministério Público indicam que entre os principais beneficiados pelo esquema estariam o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani, e os deputados estaduais Paulo Melo (ex-presidente da casa) e Edson Albertassi, indicado na semana passada para ocupar uma vaga no TCE – todos do PMDB fluminense.
O superintendente da Polícia Federal no estado disse que, com a documentação já reunida pelas duas instituições, é possível concluir que o esquema de desvio de recursos públicos não contava com um líder principal, a atuação era diversificada e em várias frentes.
“Com o que já foi reunido já é possível concluir que não há um chefe-mor, mas sim um comando horizontal de uma grande confraria do crime organizado no Rio de Janeiro, mantido por agentes públicos do Executivo, Legislativo e grandes empresários, sobretudo da construção civil e da Fetranspor [Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro]”, afirmou o superintendente da PF.

Jairo Souza Silva avaliou que o estado do Rio “vem sendo saqueado por este grupo há mais de uma década, tendo como consequência a falência moral e econômica do estado: salários atrasados, hospitais sem condições, uma policia sucateada, com metade de sua frota parada e uma violência que agonia a todos nós dia a dia”.
CORRUPÇÃO IMPEDIU O RIO DE ARRECADAR TUDO ISSO EM IMPOSTOS R$183 BILHÕES 
Para Ramagem Rodrigues, “a operação deflagrada hoje constatou que o Poder Executivo, o Legislativo e o Tribunal de Contas – órgãos que presumivelmente têm o dever de ser autônomos e independentes e com a função de fiscalizar – na realidade estavam estruturados em flagrantes organizações criminosas com fim de garantir o contínuo desvio de recursos públicos e a lavagem de capitais”.
O procurador regional Carlos Alberto Gomes de Aguiar disse que, através do pagamento de propina a agentes públicos, os empresários envolvidos almejavam obter vantagens em atos de ofício. “Segmentos empresariais pagavam rotineiramente propina para agentes políticos, não só no Legislativo, mas também no Executivo e no próprio TCE, em troca de atos de ofício".
Paralelamente, segundo Aguiar, mediante a ocupação estratégica em órgãos públicos, os políticos envolvidos “ganharam força política quase insuperável e enriqueceram assustadoramente, enquanto o estado definhava nesse caos social em que se encontra”.
A Operação
A Operação Cadeia Velha foi deflagrada na manhã de hoje e envolveu agentes do Ministério Público e cerca de 150 policiais federais, por ordem do desembargador federal Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), relator da força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.
Foram cumpridas conduções coercitivas de Jorge Picciani e de Paulo Melo, além de seis prisões preventivas e quatro temporárias e de 21 ações de busca e apreensão.
Foram decretadas as prisões preventivas de Lélis Teixeira, ex-presidente da Fetranspor; Jacob Barata Filho, dono de 28 empresas de ônibus no Rio; e José Carlos Lavouras (que encontra-se foragido da Justiça), todos investigados na Operação Ponto Final; além de Jorge Luiz Ribeiro, Carlos Cesar da Costa Pereira e Andreia Cardoso do Nascimento.


















Os presos temporários são Felipe Picciani (filho de Jorge Picciani, preso em Minas Gerais), Ana Claudia Jaccoub, Marcia Rocha Schalcher de Almeida e Fabio Cardoso do Nascimento.
Jacob Barata Filho já havia tido a prisão preventiva decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal do Rio, responsável pelos desdobramentos da Operação Lava Jato, em primeira instância, e chegou a ser preso. Posteriormente, foi beneficiado por um habeas corpus do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), do dia 17 de agosto.
Beneficiados
Segundo o Ministério Público Federal e a Polícia Federal, a contabilidade paralela da Fetranspor chegou a movimentar entre 2010 e 2016 cerca de R$ 350 milhões em propinas. Planilha entregue pelo delator Álvaro Novis aponta que Jorge Picciani e o Paulo Melo estão entre os principais beneficiários e teriam recebido respectivamente R$ 49,96 milhões e R$ 38,62 milhões da Federação.
Uma das acusações que pesam contra o presidente da Alerj é a de utilizar a sua empresa Agrobilar, do ramo agropecuário, comandada por Felipe Picciani, para lavar dinheiro. A Agrobilar teria inclusive terceirizado operações de lavagem de dinheiro para outros envolvidos no esquema de propina e também de empresários envolvidos no esquema.
“As chances de manipulação, as dificuldades de se estabelecer um preço determinado não só pelo gado, mas também pelos embriões comercializados, os obstáculos às investigações, tornavam as operações uma das formas mais simples de se lavar dinheiro. Aliado a essas vantagens, há ainda a baixa tributação, a pouca fiscalização no setor”, ressaltou um dos procuradores.