Corrupção fez RJ decretar calamidade, diz juiz que decretou
prisão de Cabral e Eike
Quando chegarão aos outros ladrões, cúmplices na pilhagem e
destruição econômica do Estado do Rio de Janeiro?
A corrupção é um dos motivos que levou o Estado do Rio
a decretar calamidade pública. É o que conclui o magistrado Marcelo Brêtas, da
7ª Vara Federal Criminal, na decisão judicial em que determina
a prisão do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e a do empresário Eike
Batista, fruto da Operação Eficiência, desencadeada nesta quinta-feira (26). No
total, foram pedidas 9 prisões preventivas.
A avaliação do magistrado é revelada no mesmo dia em
que o sucessor e aliado de Cabral, Luiz Fernando Pezão (PMDB), se reúne com o
Governo Federal para assinar o que considera a "salvação"
do Rio: um documento que adia o pagamento de dívidas com a União por três
anos, desde que a Alerj aprove medidas de austeridade. O pacote apresentado por
Pezão à Alerj foi chamado de "pacote de maldades" pelos servidores
públicos e até por deputados da situação.
"Com a corrosão dos orçamentos públicos,
depreciados pelo 'custo-corrupção', toda a sociedade vem a ser chamada a cobrir
seguidos 'rombos orçamentários'". Aliás, essa a razão que levou o
governador do Estado do Rio de Janeiro a decretar recentemente o estado de
calamidade pública devido à crise financeira. E esta situação não se dá apenas
neste Estado, mas em praticamente todos os entes desta Federação", escreve
ele.
No documento, Brêtas compara crimes de corrupção aos
de violência e ressalta que os desvios têm mais "severidade", pois
afetam "número infinitamente maior de pessoas". Ele lembra ainda que,
neste caso, os recursos públicos deixam de ser utilizados em serviços como
saúde e segurança.
O terceiro pedido de prisão de Cabral o aponta como
líder do grupo criminoso e fala que R$ 340 milhões foram desviados para contas
do exterior. "As cifras são indubitavelmente astronômicas". Veja
outros trechos da decisão
Corrupção íntima do
governo
Organização criminosa teria atuado por vários anos na intimidade do Governo do Estado do Rio de Janeiro e, após as práticas de inúmeros atos de corrupção, teria cometido outros tantos ilícitos com o objetivo de atribuir falsamente características de legitimidade aos recursos criminosamente auferidos.
Organização criminosa teria atuado por vários anos na intimidade do Governo do Estado do Rio de Janeiro e, após as práticas de inúmeros atos de corrupção, teria cometido outros tantos ilícitos com o objetivo de atribuir falsamente características de legitimidade aos recursos criminosamente auferidos.
Líder da organização
criminosa
O total dos valores remetidos para outros países por ordem do acusado Sergio Cabral supera US$ 100.000.000,00 (cem milhões de dólares), cerca de R$ 340 milhões de reais".
O total dos valores remetidos para outros países por ordem do acusado Sergio Cabral supera US$ 100.000.000,00 (cem milhões de dólares), cerca de R$ 340 milhões de reais".
Credibilidade
vilipendiada
A credibilidade do Poder Executivo do Estado do RJ teria sido seriamente vilipendiada, posto que um de seus titulares mais influentes na história recente, o então governador de estado Sergio Cabral, teria sido o responsável pelo desvio de muitos milhões de reais dos cofres públicos do Estado e da União
A credibilidade do Poder Executivo do Estado do RJ teria sido seriamente vilipendiada, posto que um de seus titulares mais influentes na história recente, o então governador de estado Sergio Cabral, teria sido o responsável pelo desvio de muitos milhões de reais dos cofres públicos do Estado e da União
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