Condenado no mensalão, Henrique Pizzolato deixa a cadeia

Ex-diretor do Banco do Brasil obteve livramento condicional após decisão do ministro Roberto Barroso, do STF. Para permanecer em liberdade, ele terá de cumprir regras estabelecidas pela Justiça.
Condenado no processo do mensalão do PT, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato deixou a cadeia na tarde desta quinta-feira (28). Por volta das 14h, ele chegou à Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal para participar de uma audiência. Depois, seguiu de camburão para a Subsecretaria do Sistema Penitenciário do DF (Sesipe), para assinar o termo de soltura. Nesta quarta (27), o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu o chamado livramento condicional a Pizzolato. De acordo com o ministro, Pizzolato cumpriu os requisitos da lei para obter o benefício: cumprimento de mais de um terço da pena, não ser reincidente em crime doloso, bom comportamento durante o período em que esteve preso e bons antecedentes, entre outros. Com o livramento condicional, ele poderá deixar a cadeia, mas terá de cumprir algumas determinações para poder permanecer em liberdade. Para permanecer em liberdade, por exemplo, ele precisará pagar mensalmente as parcelas da multa de mais de R$ 2 milhões, estabelecida em sua condenação. Além disso, a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal determinou que Pizzolato terá de permanecer em Brasília, e só poderá viajar com autorização prévia da Justiça. Ele também deverá se apresentar à VEP de dois em dois meses. Caso Pizzolato descumpra qualquer determinação, ele poderá perder o benefício de livramento condicional e terá de voltar à cadeia. 
Relembre o caso
Henrique Pizzolato foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro no âmbito do mensalão do PT. Ele fugiu do Brasil em novembro de 2013para não ser preso e, na fuga, usou documentos do irmão morto.
Pizzolato acabou preso em Maranello, na Itália, em fevereiro de 2014 – ele tem cidadania italiana. A extradição foi autorizada em setembro de 2015.

Xadrez das organizações que dominam o Rio de Janeiro, por Luis Nassif




























Vítima do clima persecutório que tomou conta da Justiça, após a manipulação política da Lava Jato, paradoxalmente o ex-governador fluminense Anthony Garotinho é o exemplo mais contundente da relevância da justiça federal – e do Ministério Público Federal – contra o crime organizado incrustado nos poderes de alguns estados. O desabafo que fez nas redes sociais, na tarde de sábado, é a manifestação mais completa, até agora, sobre a tomada do Rio de Janeiro por uma aliança política que junta todos os poderes e a mídia. Pelo retrato traçado por Garotinho, o crime organizado se instalou no Executivo estadual através do ex-governador Sérgio Cabral; espalhou-se pelo Legislativo, pelas mãos de Jorge Picciani; foi blindado no Judiciário, pela influência do desembargador Luiz Zveitter e pela prevaricação do Ministério Público Estadual; tudo isso sob a proteção incondicional das Organizações Globo. Trata-se de um depoimento essencial por dois motivos. Primeiro, pelo fato de Garotinho ter começado a denunciar o esquema em 2012, não sendo levado a sério. Todas suas denúncias revelaram-se corretas. Depois, porque Garotinho diz possuir provas documentais do que fala. Partindo de quem está sendo alvo de uma pesadíssima campanha persecutória, movida pelos poderes estaduais, é duvidoso que esteja blefando. Suas denúncias atingem os seguintes personagens:
Sérgio Cabral
Em 2012, na CPMI de Carlinhos Cachoeira, Garotinho tentou incluir Sérgio Cabral, apontando-o como beneficiário das propinas da construtora Delta, de Fernando Cavendish. Não logrou êxito, nem quando entrou com uma queixa-crime contra Cabral. Instalada no Rio de Janeiro, as Organizações Globo passaram todo o período desqualificando a CPMI, para proteger Roberto Civita, o dono da Abril que se meteu em parcerias criminosas com o bicheiro Cachoeira, e o próprio Cabral. Tanto que, na época, seu nome pouco aparece.
A blindagem a Cabral só caiu quando houve um acidente de helicóptero. E, no celular de uma das vítimas, estavam as fotos da chamada “gang dos guardanapos” celebrando em um restaurante fino de Paris a compra das Olimpíadas. As fotos se constituíram no documento mais expressivo desses tempos de corrupção.
Luiz Zveitter e o Tribunal de Justiça
Em 2012, ainda, foi divulgado um áudio de conversa de Cavendish, jactando-se de comprar políticos, senadores e magistrados. Afirmava que nunca seria preso porque pagava propinas em todas as obras, inclusive nas obras do Tribunal de Justiça do Rio. Garotinho conta ter ido atrás do contrato da obra. Assinaram, pela Delta Dionisio Gonzaga, e pelo TJ o presidente Luiz Zveitter, o poderoso desembargador considerado unha e carne com a Globo. Garotinho teria solicitado, então, ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) um relatório sobre a obra. Recebeu com conclusões contundentes. Apontava superfaturamento, anotava que o edital não passou pelo crivo da assessoria jurídica do Tribunal, havia indícios de fraude fiscal e tributária. E – principalmente – sinais claros de que a licitação era dirigida para a Delta. O edital foi aprovado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), antes de cinco dos conselheiros serem afastados por suspeita de corrupção. Mas técnicos do Tribunal apresentaram voto divergente apontando:
ü Pagamento de R$ 33 milhões a mais do que o que havia sido contratado;
ü Vários itens pagos não haviam sido realizados.
ü Alguns itens foram atestados como concluídos sem estarem.
As obras foram bancadas por dinheiro do fundo do TJ do Rio, implantado pelo próprio Garotinho em sua gestão. As represálias teriam ocorrido imediatamente. Temendo que protocolasse a denúncia, uma pessoa procurou Garotinho, em nome de Zveitter. Teria sido recebida, segundo Garotinho, para preservar imagem de pessoas que poderiam ser inocentes, já que Cavendish citava Ministros, desembargadores e juízes. Posteriormente, Cavendish reiterou as denúnciasmas desta vez em delação premiada. Até hoje não houve um desdobramento sequer delas.

Como represália, por duas vezes a Justiça do Rio tentou cassar sua esposa Rosinha, prefeita de Campos. A primeira tentativa foi derrubada por liminar do Ministro Og Fernandes; a segunda, por liminar de Herman Benjamin. Não é coincidência que, após ter denunciado o esquema de Campos, na primeira ação julgada pelo Tribunal do Rio de Janeiro, eu tenha sido condenado pelo desembargador Cleber Ghelfenstein por difamação contra... Eduardo Cunha. Segundo o magistrado, eu teria equiparado Cunha a sonegadores. Montaram, então, um esquema pesado em Campos – já descrito pelo GGN em reportagens do ano passado. Dois juízes de direito, um delegado da Polícia Federal e um policial civil aposentado seriam os integrantes da organização acionada por Zveitter. Sobre eles, se falará mais abaixo.

































A Operação Chequinho
Primeiro, deflagram a Operação Chequinho, visando encontrar irregularidades na distribuição do cheque – um programa para famílias pobres que antecedeu a própria Bolsa Família. Resultou na prisão de Garotinho. A violência com que ocorreu a prisão, com Garotinho sendo arrancado à força de um hospital, chamou atenção para o juiz Glaucenir Silva de Oliveira, uma dessas bestas-feras que o punitivismo deixou à solta. E não apenas para ele, mas para a crueldade ímpar com que a Globo e alguns de seus jornalistas – como Arthur Xexéo - fuzilaram a família Garotinho, não poupando sequer as lágrimas da filha. Segundo narrou Garotinho, na operação Chequinho o delegado Cassiano entrava da casa de beneficiários do programa, de bermudas, fazendo por lá mesmo as oitivas. Não permitia à pessoa entrar em contato com advogado, em ficar calada. Segundo ele, quando o processo saiu das mãos do juiz Ralph Manhães, várias dessas testemunhas, cidadãos humildes, declararam ter sido coagidas, muitas delas assinando os depoimentos sem terem lido. O delegado saia da casa das pessoas, ia à lan houve, imprimia os documentos e as constrangia a assinar. A alegação do juiz Glaucenir, para a truculência contra Garotinho, foi a de que um emissário dele o teria procurado com uma proposta de suborno. Garotinho abriu um processo contra o juiz, que não conseguiu provar o ocorrido. Mesmo processando e sendo processado por Garotinho, Glaucenir não se deu por impedido de julgá-lo novamente.
A operação Caixa Dágua

A segunda investida foi na chamada Operação Caixa D´Agua, um monumento à arbitrariedade. A operação nasceu de uma delação, acusando Garotinho de receber R$ 3 milhões da JBS, através do caixa 2. A denúncia foi feita pelo promotor eleitoral. Nela, ignorou completamente o fato de que foi doação oficial para o PR, registrada no site do Tribunal Regional Eleitoral, com dados sobre o número do cheque e o valor – no vídeo, Garotinho mostra os dados oficiais. Depois, a doação foi repassada para Garotinho, tudo de modo oficial. O promotor fez uma falsa denúncia, desconsiderando as informações oficiais do TRE, encaminhou ao mesmo juiz Glaucenir, que endossou a acusação. Não havia uma informação sobre contrapartidas, indícios de crime algum. Apenas um delator e uma falsa denúncia. E levou à prisão de Garotinho e da esposa Rosinha. Segundo Garotinho, o delator tinha negócios com a prefeitura, na gestão do seu adversário político, prefeito Rafael Diniz. Na delação, acusou Garotinho de ter recebido doações não declaradas nas eleições de 2010, 2012 e 2016. Segundo Garotinho, na mesma delação ele informava não se lembrar dos doadores nem dos valores. Nem tinha documentos para embasar as acusações. Mesmo assim, Garotinho foi arrancado do programa que mantem na rádio Tupi Pelo delegado federal Paulo Cassiano.


































Os personagens do jogo
Após o episódio traumático da prisão de Garotinho, sendo retirado à força de um hospital onde tratava de problemas cardíacos, sob cobertura total da Globo, com Xexeo ridicularizando até o choro da filha, o GGN resolveu investigar o caso. Em um conjunto de matérias levantamos os antecedentes e desdobramentos daquela operação destrambelhada. E encontramos um jogo complexo, de estruturas políticas controlando a prefeitura de Campos, envolvendo o prefeito, dois juízes de direito, um promotor de Justiça, um delegado da Polícia Federal e um policial civil aposentado, todos de valendo das prerrogativas do cargo, sem serem submetidos a nenhuma espécie de controle das instâncias superiores – comprovando uma ofensiva verticalizada contra Garotinho, iniciando nas autoridades municipais e se desdobrando nos órgãos superiores do estado até bater no guarda-chuva maior das Organizações Globo. O jogo começava com o procurador eleitoral que fazia a denúncia, que era aceita pelo juiz Glaucenir. Este tomava a decisão de mandar prender Garotinho e, depois, passava o caso para o juiz estadual Ralph Manhães, acompanhado do promotor Leandro Manhães. Como era supostamente crime eleitoral, de âmbito federal, as investigações eram realizadas pelo delegado federal Paulo Cassiano. Segundo informações apresentadas por Garotinho nas redes sociais:
1.     O delegado Cassiano tem irmão e irmã em cargos de confiança na gestão atual de Campos, do prefeito Rafael Diniz. Foi denunciado à corregedoria da PF, sem que nenhuma medida tenha sido tomada.
2.     A delação que o incriminou foi homologada no dia 17 de novembro. A sentença saiu no mesmo dia. No dia 14 de novembro, a empresa do delator teria obtido da prefeitura o quinto aditivo a um contrato, no valor de R$ 2,7 milhões. Ao longo do ano, recebeu mais de R$ 5 milhões a título de reformas de escola e creche.
3.     Desde 2015, o promotor Leandro Manhães responde a procedimento de investigação criminal no âmbito do MPE – sem que nenhuma medida tenha sido tomada até agora.  Segundo Garotinho, relatório do serviço de inteligência da Polícia Civil o teria apontado como verdadeiro dono do Patio Norte, empresa responsável pela remoção de veículos acidentados e por leilões judiciais da cidade. Na gestão Rosinha, a empresa foi devolvida ao município. Com Rafael Diniz, entregue novamente ao esquema. Em 2015 Garotinho informou o MPE das irregularidades. Nenhuma providência foi tomada, sequer gerando impedimento da atuação de Leandro contra a pessoa que o denunciou.
Ex-prefeito Eduardo Paes
A metralhadora giratória de Garotinho não se deteve apenas no grupo que o ataca. Segundo ele, dispõe de documentação mostrando conta do ex-prefeito Eduardo Paes no Panamá, tendo o pai como laranja. A conta teria saldo de US$ 8 milhões. A corrupção de Paes teria ocorrido através das organizações sociais da saúde e dos gastos com as Olimpíadas – muito maiores do que os gastos do estado.
O PF José Mariano Beltrame
Não escapa da denúncia nem o ex-Secretário de Segurança de Cabral, José Mariano Beltrame, ex-integrante da inteligência da Polícia Federal. Garotinho o acusa de uma compra de veículos para a Polícia Militar, modelo Gol, cada qual saindo por R$ 150 mil. No mesmo período, caminhonete top de linha custava R$ 120 mil. A compra foi feita contra parecer jurídico da própria Secretaria de Segurança.
Organizações Globo

Garotinho diz que, quando o deteve, a PF o conduziu em um carro não caracterizado, com policiais com roupas comuns. E eles teriam retido vários pen drives que ele trazia consigo. Um dos pen drives conteria a íntegra da delação premiada de J. Hawila ao FBI. Segundo Garotinho, haveria vários documentos comprovando o envolvimento direto da família Marinho com o suborno de dirigentes esportivos.
A Globo e as armas do deboche
Em 2004, uma jovem procuradora   entrou com uma ação contra a Globo, obrigando-a a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta, por informações distorcidas sobre crianças com deficiência em suas novelas. Foi alvo de duas colunas de Xexéo tentando desmoralizá-la. A procuradora reagiu, e ameaçou processar Xexéo. De dentro da própria Globo, recebeu o recado de seu porta-voz: - Cuidado que Xexéo tem espaço no jornal e se especializou em transformar pessoas em personagens grotescos, como fez com Rosinha Garotinho. Foi o que fez com a filha do casal Garotinho, Larissa, zombando das lágrimas de uma filha pela situação a que estava exposto o pai.


























As lições do caso
A Lava Jato e o movimento do impeachment colocaram nas mãos da Globo um poder absoluto. Com o mero controle das manchetes e da cobertura do Jornal Nacional, com a capacidade de retaliar ou de premiar, a Globo se tornou uma influência decisiva junto ao Poder Judiciário e, especialmente, junto ao Ministério Público Federal. Só avança inquérito que recebe o aval da Globo. E aparecer em um dos jornais da emissora é a aspiração máxima de um grupo de procuradores ativistas de Twitter. Os Zveitter mantêm seu poder, porque a Globo quer. Uma reportagem da Globo tiraria o TCE do comodismo atual, mas a Globo não quer. Uma organização criminosa viceja em Campos de Goytacazes. E a Globo fecha os olhos, porque inimigos dos meus inimigos são meus amigos. O papel central de um grande veículo de mídia, em países civilizados, é o de combater as disfunções dos demais poderes. A denúncia séria de veículos sérios é peça central nos processos de auto-regulação de um país. São os batedores que farejam o mal feito, alertam a opinião pública e, através dela, acionam-se os demais poderes. A bandeira anticorrupção da Globo tem lado. E ela usa de acordo com critérios comerciais, não critérios cidadãos. É o que explica o arrefecimento da campanha contra Temer, coincidindo com aumento da publicidade oficial. Ou os rios de dinheiro despejados nela pela suspeitíssima Confederação Nacional do Comércio – que coopta não apenas o grupo, mas seus jornalistas. É o que explica, igualmente, que, no estado sede do maior grupo de comunicação da América Latina, tenha vicejado o mais nefasto esquema de corrupção do país. Hoje em dia, a corrupção fluminense é o maior argumento em favor da federalização dos crimes estaduais, do papel do MPF e da PF. Mas toda essa ação tem limites: o Executivo e o Legislativo. Acima disso, entra-se no território protegido da Globo. E mostra que um dos pontos centrais de legitimação da mídia – o de, através do “furo”, não esconder sujeira debaixo do tapete – é exercido, atualmente, só pela imprensa alternativa. Combate à corrupção que tem lado, é briga de quadrilha.



Novas de macaé

Justiça determina afastamento de vereador, assessor e secretário de Agroeconomia de Macaé, no RJ

Corte afastou José Franco de Muros, Luiz Otávio Fernandes Gervásio e Alcenir Maia Costa por suspeita de receberem salários no lugar de comissionados.
A Justiça determinou o afastamento do vereador José Franco de Muros (PPS), conhecido como Zé Prestes, de seu cargo na Câmara de Macaé, no interior do Rio. A decisão da 2ª Vara Cível de Macaé, desta terça-feira (19), também determinou o afastamento do assessor Luiz Otávio Fernandes Gervásio e do secretário municipal de Agroeconomia de Macaé, Alcenir Maia Costa.
Os agentes públicos são investigados pelo Ministério Público, na 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Macaé, por suspeita de exigirem e receberem parte da remuneração de servidores públicos ocupantes de cargo em comissão lotados na Secretaria Municipal de Agroeconomia.
Eles são investigados na Operação Caixinha, que, segundo o Ministério Público, também constataram a existência de pagamento por diversos servidores ao secretário Alcenir Maia Costa.
Com auxílio do Grupo de Apoio aos Promotores (GAP/MPRJ), a Operação Caixinha cumpriu mandados de busca e apreensão no gabinete do vereador Zé Prestes, na Secretaria Municipal de Agroeconomia, e nas casas do vereador, do secretário municipal e do assessor.
Além do afastamento dos agentes públicos, o MPRJ obteve a indisponibilidade dos bens de Zé Prestes e a quebra de seu sigilo bancário e fiscal.
As medidas em tutela de urgência foram concedidas pelo juiz Josué de Matos Ferreira, da 2ª Vara Cível de Macaé, por conta da conduta dos réus no sentido de coagir as testemunhas para garantir a ocultação da prática ilícita, de acordo com o Ministério Público.
Em entrevista coletiva na manhã desta quarta, o prefeito de Macaé, Aluízio Júnior, disse que a ação do Ministério Público foi motivada pela Comissão Especial de Auditoria da Prefeitura e que desde outubro já realizava uma sindicância interna na Secretaria de Agroeconomia para apurar as irregularidades. Além disso, disse ter encontrado um esquema parecido na Secretaria de Mobilidade Urbana.
Porém, em nota de esclarecimento à imprensa, o MPRJ disse que a ação de improbidade foi ajuizada a partir de depoimentos prestados por moradores "junto à 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Macaé, uma vez que as requisições dirigidas à Municipalidade em nada colaboraram para o desvendamento do esquema de corrupção investigado, já que a Prefeitura de Macaé, mesmo após as graves notícias ora apuradas limitou-se a apenas encaminhar formulário padrão aos servidores da Secretaria Municipal de Agroeconomia, onde nenhum rumor de repasse foi constatado".
No início da noite desta quarta, a Prefeitura de Macaé divulgou uma nova nota em resposta à enviada pelo MPRJ, dizendo que o processo originário foi sim instaurado pelo município e que a própria ação do Ministério Público diz que a comissão foi formada para apurar o ocorrido quando vazou a situação de repasse de valores de comissionados em diferentes secretarias.
Ainda de acordo com a Prefeitura, a ação do MP diz que ainda "que a apuração consistiu na entrega de um questionário em que os funcionários afirmavam se repassavam valores ou não e, em caso positivo, em que quantia; que na declaração disse que não, porque entendeu que o questionário versava sobre repasses internamente; dentro da própria secretaria, e na ocasião isso não aconteceria; que também foi pega de surpresa porque chegou no local de trabalho e foi direto para uma sala onde estavam as pessoas que integravam a referida comissão, que após preencher o formulário, conversando com as outras pessoas não havia prestado as informações corretas." 

Bolsonaro põe Gilmar Mendes contra parede: ’o que leva um ministro a faz...

VÍDEO DE APRESENTAÇÃO TERESÓPOLIS FLATS PREMIUM residence

MINISTRO DOIDÃO NO PAÍS DA CORRUPÇÃO





















Gilmar Mendes, o ministro do STF e do TSE, concedeu há pouco habeas corpuspara soltar o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho. O pedido foi feito pelo advogado de Garotinho, Fernando Augusto Fernandes. Gilmar concedeu o habeas corpus como ministro do TSE.

Na decisão, Gilmar afirma que não verificou a "presença dos requisitos autorizadores da prisão preventiva", e que, na decisão que mandou prender o ex-governador, o TRE não "indica, concretamente, nenhuma conduta atual do paciente (Garotinho) que revele, minimamente, a tentativa de afrontar a garantia da ordem pública ou econômica, a conveniência da instrução criminal ou assegurar a aplicação da lei penal".





















O ministro do TSE afirma, ainda, que "o decreto de prisão preventiva (...) busca o que ocorreu no passado (eleições de 2014) para, genericamente, concluir que o paciente em liberdade poderá praticar novos crimes, o que, ao meu ver, trata-se de ilação incompatível com a regra constitucional da liberdade de ir e vir de cada cidadão, em decorrência lógica da presunção de inocência".
Em delação ao Ministério Público Eleitoral, como se sabe, o empresário André Luiz da Silva Rodrigues disse que a suposta organização criminosa de Garotinho usava armas para intimidar e viabilizar o esquema de dinheiro ilícito para campanha. Na decisão, Gilmar diz que "Não há indicação de nenhum ato concreto e atual praticado pelo paciente (Garotinho) com o intuito de fragilizar a instrução criminal". 
Por fim, o ministro lembra que trata-se de uma decisão por liminar e que o "mérito" do caso ainda tem de ser julgado.

Mulher de Beira Mar faz acordo de delação para devolver R$ 395 mil e diz estar arrependida: 'quero começar do zero'



















Acordo foi feito através de uma delação premiada que vai permitir que Jacqueline responda em liberdade. Acordo foi feito na Justiça Federal de Porto Velho

A esposa do traficante Fernandinho Beira Mar, Jacqueline Moraes da Costa, acordou com o Tribunal Regional Federal da 1ª Região e Ministério Público Federal (MPF) que vai vender dois terrenos de propriedade de Beira Mar e mais 13 casas que estão no nome dela. O dinheiro que será obtido nas vendas, R$ 395 mil, será depositado à União em 2018. O acordo de venda faz parte de uma delação premiada acordada neste mês de dezembro, em Porto Velho, para que Jacqueline responda o processo de associação criminosa em liberdade. Nesta terça-feira (19), o G1 teve acesso a uma gravação da Justiça Federal em que Jacqueline revela o motivo de se desfazer dos bens que foram repassados para ela através do Beira Mar.         
 "Não quero mais essas casas. Quero me desfazer de tudo, quero começar do zero, debaixo", disse a esposa do traficante.
Ao juiz federal substituto Nelson Liu Pitanga, Jacqueline disse que recebeu os imóveis do marido após o traficante "brigar" com um homem conhecido como Periquito. "Ele pegou algumas casas e me repassou e eu passei a viver com esse rendimento", conta. De acordo com Jacqueline, que é acusada de fazer parte da organização criminosa, mesmo preso o marido perguntava sobre esses empreendimentos, já que as casas que ficaram em nome dela eram alugadas.

Na delação, Jacqueline afirma que as 13 casas dela estão localizadas no municípios de Duque de Caxias (RJ), sendo nas comunidades Santa Lúcia, Jardim Gramacho e Parque das Missões. Já os terrenos ficam em Vargem Grande, também no Rio. Ficou acordado com a Justiça que cada casa de Jacqueline será vendida por R$ 15 mil até fevereiro de 2018, o que resulta em uma quantidade de 195 mil. Já os dois terrenos de Beira Mar serão vendidos por R$ 200 mil e as vendas precisam ser feitas até maio do ano que vem. Na gravação, Jacqueline diz que os inquilinos das 13 casas dela pagavam os aluguéis em dinheiro. Ela ainda ressalta que os dois terrenos em nome de Beira Mar foram repassados como forma de pagamento através de um amigo. Conforme acordo de delação, os R$ 395 mil que serão devolvidos por Jacqueline à União serão usadas em programas de combate ao crime organizado e o tráfico de drogas.
Compra de bar no RJ
No anexo 1 do processo de Jacqueline, o juiz abre o depoimento falando que o processo também trata da lavagem de capitais referentes a Balada 25. Segundo consta na denúncia, entre 6 de abril de 2015 a 24 de maio de 2017, Jaqueline aparece como autora do crime de lavagem de dinheiro e também ocultação da propriedade de um bar inicialmente chamado de Lounge Carioca e depois de Balada 25. Consta também que houve utilização de dinheiro na atividade econômica, tendo origem a ação penal. Na gravação, a procuradora pergunta para Jaqueline sobre a aquisição do bar. 
“A minha participação com relação ao bar foi mais ou menos por este mês de abril, só que a minha participação nessa ocasião foi ter emprestado... Eu conheço Draine de muito tempo, de longos anos, estudei com ele. Sei que o Draine é promoter e bem qualificado no Rio de Janeiro. E também por conta da minha filha fazer eventos, tive mais afeição ao fato e ele veio me pedir um valor emprestado para aquisição de um bar. Eu sabia aonde era o bar, mas não frequentava porque estava no regime semiaberto. Eu de fato não tenho esse valor e disse a ele que iria pedir emprestado pro Fernando essa quantia, de R$ 800 mil. Aí o Fernando [Beira Mar] concordou e eu emprestei a ele esse valor para ele comprar, e não eu comprar o bar ou o Fernando comprar o bar. Dessa forma ele falou qual bar e tinha quatro sócios nesse bar. E esses sócios, não sei por qual razão, me chamaram e me perguntaram se de fato poderia ter confiança de que ele poderia conseguir esse valor. Queriam um aval meu”, diz.

GILMAR MENDES CRITICA INVESTIGAÇÃO SOBRE TEMER E BARROSO REBATE LINDAMEN...

POLÍCIA FEDERAL investiga e pode desvendar sociedade oculta entre Aécio,...

Gilmar Mendes manda soltar Adriana Ancelmo, mulher de Sérgio Cabral


























Na mesma decisão, ministro do STF substituiu prisão preventiva por recolhimento domiciliar. Adriana Ancelmo foi presa há um ano em um desdobramento da Lava Jato no Rio.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar nesta segunda-feira (18) Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB).
Na mesma decisão, Gilmar Mendes substituiu a prisão preventiva por recolhimento domiciliar.

Adriana Ancelmo foi presa pela primeira vez em dezembro do ano passado, no âmbito da Operação Calicute, um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro.





















Foi esta mesma operação que levou Sérgio Cabral à prisão. Até o mês passado, Adriana Ancelmo cumpria prisão domiciliar, mas, por decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), teve de retornar à cadeia.
Em setembro deste ano, ela foi condenada a 18 anos e 3 meses de prisão pelo crime de lavagem dinheiro e por ser beneficiária do esquema de corrupção comandado por Sérgio Cabral.

A decisão de Gilmar Mendes
Ao analisar o pedido da defesa de Adriana Ancelmo, Gilmar Mendes argumentou que a prisão de mulheres grávidas ou com filhos sob os cuidados delas é "absolutamente preocupante".
Por isso, argumentou o ministro, alternativas à prisão devem ser observadas a ponto de não haver "punição excessiva" à mulher ou à criança.
"No presente caso, a condição financeira privilegiada da paciente [Adriana Ancelmo] não pode ser usada em seu desfavor. Observo que o crime supostamente praticado pela paciente, muito embora grave, não envolve violência ou grave ameaça à pessoa. A paciente esteve por meses em prisão domiciliar, sem violar as regras estabelecidas pelo juízo. A sentença reconheceu a desnecessidade de um regime mais rigoroso", escreveu o ministro.
Gilmar Mendes acrescentou, em seguida, que Adriana Ancelmo tem condições de aguardar o julgamento dela pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em prisão domiciliar, a menos que haja fatos novos.


URGENTE: LULA coordena ameaças contra TRIBUNAL (TRF4) que julga a LAVA J...

Revista mostra "relações perigosas" entre empresa de Gilmar Mendes e JBS


























IDP recebeu patrocínios milionários da empresa de Joesley Batista 
As "relações perigosas" entre o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o empresário Joesley Batista, da JBS, são alvo de reportagem da revista Veja que chega às bancas neste fim de semana.
Sócio-fundador do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), Gilmar Mendes recebeu valores de patrocínios das empresas, dentre as quais a JBS, que iam direto para sua conta bancária pessoal, segundo a reportagem.
Em 12 de junho de 2016, por exemplo, o ministro enviou uma mensagem de texto pelo aplicativo WhatsApp para a diretora do IDP. "Veja se consegue começar a me pagar o resultado do patrocínio", pede Gilmar Mendes. "Quer de uma vez ou dividido?", pergunta a diretora da instituição. Gilmar responde, então, que tem "contas altas" a pagar. À reportagem, ele disse que "não recebe nenhuma verba de patrocínio".
Segundo revista, Gilmar e Joesley mantiveram parceria e convivência amigável
Segundo a Veja, nos últimos dois anos, Gilmar e Joesley mantiveram uma parceria comercial, além de uma convivência amigável, "a ponto de se visitarem em Brasília e São Paulo, trocarem favores, compartilharem certezas e incertezas jurídicas e tocarem projetos comuns". Entre 2016 e junho deste ano, o IDP de Gilmar recebeu, em patrocínios que nem sempre foram públicos, R$ 2,1 milhões.
A revista teve acesso a trocas de mensagens que revelam mais detalhes da relação entre o ministro do Supremo e Joesley, que em maio deste ano delatou o presidente Michel Temer e deflagrou uma das piores crises políticas no centro da Presidência da República do país. As revelações do empresário, que encontrou Gilmar diversas vezes, resultaram em duas denúncias do Ministério Público Federal (MPF) contra Temer e outros integrantes do governo e do PMDB.
No auge das denúncias contra a JBS, as relações entre Gilmar e Joesley levaram também o diretor jurídico da empresa, Francisco de Assis, a pedir à direção do IDP a organização de um seminário com nomes importantes do Direito para que fosse discutida a tese de anistia do caixa dois. À época, a JBS queria encorajar o Congresso Nacional a votar a medida.
Em outra ocasião, o então diretor de relações institucionais da JBS, Ricardo Saud, que posteriormente se tornou delator na denúncia contra Temer, esteve presente em um churrasco na casa de Gilmar Mendes, em Brasília, a convite do ministro. As relações se estenderam a negócios: a JBS comprou em Mato Grosso uma propriedade de 300 hectares  que vinha sendo arrendada a Francisco Mendes, irmão de Gilmar.
O último encontro entre Gilmar e Joesley ocorreu no dia 1º de abril, quando ambos conversaram na sede do IDP sobre um processo de interesse da JBS em julgamento no Supremo, relativo ao Funrural, um fundo para o qual o setor agropecuário é obrigado a contribuir.
Um mês depois, com a delação de Joesley e Ricardo Saud acusando Michel Temer de endossar pagamentos ao ex-deputado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB), preso em Curitiba (PR), o IDP rompeu unilateralmente o contrato com o grupo J&F, embora outras empresas tenham mantido contratos com a empresa. Segundo a Veja, a decisão da empresa de Gilmar Mendes "abre espaço para a suposição de que, antes da delação, tinha com a JBS alguma relação subterrânea, de natureza extracomercial, e não a relação convencional e aberta".
Juristas apontam conflito de interesses entre STF e empresa
Anonimamente, juristas criticam o fato de Gilmar Mendes, ministro há 15 anos do Supremo Tribunal Federal, com salário de R$ 33.700,00, ter como uma de suas principais fontes rendas o IDP, que entre 2008 e 2016 recebeu R$ 7,5 milhões a título de distribuição de lucros.  Em média, o instituto fatura R$ 20 milhões anuais.
Anonimamente, um colega de trabalho de Gilmar afirma que o conflito de interesses em ser ministro da Suprema Corte e dono de uma empresa na área do Direito "traz constrangimento". Em 2008, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) concluiu que a dupla condição de juiz e sócio de instituto era inadequada. Mas, como o CNJ não tem autoridade para definir o que os ministros do STF devem ou não fazer, a decisão não afetou Gilmar Mendes, que não vê problemas na situação.



LULA DEVE SER MONITORADO PELAS AUTORIDADES PARA EVITAR SUA FUGA























AUTORIDADES JÁ MAPEARAM 'ROTAS DE FUGA' DO EX-PRESIDENTE LULA

A eventual confirmação da condenação Lula, com sua prisão imediata, vai acionar o esquema de monitoramento das forças de segurança, com o objetivo de frustrar qualquer tentativa de fuga do País. As providências são adotadas sempre que há um réu nessas condições, respondendo em liberdade a recurso de sentença que determina sua prisão. Mas a possibilidade de tumulto reforça os procedimentos. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder. Órgãos de inteligência mapearam rotas de fuga para países latino-americanos cujos governantes ofereceram refúgio a Lula. O recurso de Lula será julgado por três desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, dia 24 de janeiro. Lideranças petistas mobilizando filiados e sindicalistas para “invadir” e tocar o terror em Porto Alegre, para pressionar os magistrados. Tanto Lula quanto seus advogados e adoradores insistem na estratégia pouco inteligente de desqualificar quem vai julgar o ex-presidente.


Felipe: Retórica de Lula e Dirceu é a mesma patetice

Temer negocia cargos dos Vieira Lima com o PR em troca de apoio pela Previdência

O presidente Michel Temer negocia entregar cargos de indicações políticas dos irmãos Vieira Lima (PMDB) na Bahia ao líder do PR na Câmara, deputado José Rocha (BA), se a bancada do partido entregar votos pela reforma da previdência. A bancada do PR, assim como o PSD, é uma das mais resistentes à reforma da Previdência. Para angariar apoio, segundo o Blog apurou, o presidente Temer discute atender a um pleito do líder do PR por indicações na companhia de Docas (que cuida de portos) de Salvador. Hoje, o espaço está loteado, principalmente, por nomes indicados por Geddel e Lucio Vieira Lima (PMDB), segundo auxiliares presidenciais. O Planalto está disposto a dividir a área com partidos desde que a bancada garanta que atender ao líder signifique atender à bancada. Ex-ministro, Geddel está preso na Papuda devido à investigações da Lava Jato. Deputado federal, Lúcio é alvo de um pedido de recolhimento noturno da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. O Supremo Tribunal Federal ainda não discutiu o pedido da PGR.

General do Exército é destituído de cargo após elogiar Bolsonaro e criticar Temer


Antonio Hamilton Mourão afirmou que o presidente faz do governo um 'balcão de negócios', defendeu a candidatura de Jair Bolsonaro e a intervenção militar





BRASÍLIA — Em razão das críticas feitas ao presidente Michel Temer, o general Antonio Hamilton Martins Mourão foi afastado da chefia da Secretaria de Economia e Finanças do Exército. Em palestra dada na quinta-feira no Clube do Exército, em Brasília, Mourão afirmou que Temer vai conduzindo seu mandato aos trancos e barrancos, se equilibrando graças a um balcão de negócios. Por ser presidente da República, Temer é superior hierárquico de Mourão. O general já havia pedido intervenção militar anteriormente.
Na palestra, Mourão também demonstrou simpatia pela candidatura a presidente do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Ele é o mesmo general que, em setembro, já tinha citado a possibilidade de o Exército o "impor" uma solução para crise política brasileira.
— Esses cenários foram colocados há pouco aí pela imprensa. Não há duvida que atualmente nós estamos vivendo a famosa 'Sarneyzação'. Nosso atual presidente, ele vai aos trancos e barrancos, buscando se equilibrar, e, mediante um balcão de negócios, chegar ao final do seu mandato - disse Mourão durante o evento.
Após criticar 'balcão de negócios' de Temer, general é afastado de cargo no Exército
Na palestra, intitulada "Uma visão daquilo que nos cerca", o gerneral destacou que falaria a opinião dele. Disse que irá para a reserva em 31 de março de 2018. Coincidência ou não, a data é a mesma do golpe militar de 1964. Também não descartou a possibilidade de disputar algum cargo eletivo futuramente. Além de apoiar Bolsonaro, disse acreditar que a Justiça vai barrar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2018. Em setembro, o general apontou a possibilidade uma intervenção militar, não sendo repreendido pelos seus superiores na época.
— Ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso — disse Mourão em setembro.
Na última quinta-feira, indagado durante a palestra se defende a intervenção militar, Mourão desceu um pouco o tom:
— Se o caos for instalado...O que chamamos de caos? Não mais o ordenamento correto. E se as forças institucionais entenderem que deve ser feito um elemento moderado e pacificador, agindo dentro da legalidade. Tempos atrás fui incompreendido - disse Mourão, concluindo: - Estamos, Exército, Marinha e Aeronáutica, atentos para cumprir a missão. O caos é o momento. Ou anteciparmos ao caos e não esperar que tudo se afunde. Por enquanto, nós consideramos que as instituições têm que buscar fazer a sua parte.