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Justiça determina afastamento de vereador, assessor e secretário de Agroeconomia de Macaé, no RJ

Corte afastou José Franco de Muros, Luiz Otávio Fernandes Gervásio e Alcenir Maia Costa por suspeita de receberem salários no lugar de comissionados.
A Justiça determinou o afastamento do vereador José Franco de Muros (PPS), conhecido como Zé Prestes, de seu cargo na Câmara de Macaé, no interior do Rio. A decisão da 2ª Vara Cível de Macaé, desta terça-feira (19), também determinou o afastamento do assessor Luiz Otávio Fernandes Gervásio e do secretário municipal de Agroeconomia de Macaé, Alcenir Maia Costa.
Os agentes públicos são investigados pelo Ministério Público, na 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Macaé, por suspeita de exigirem e receberem parte da remuneração de servidores públicos ocupantes de cargo em comissão lotados na Secretaria Municipal de Agroeconomia.
Eles são investigados na Operação Caixinha, que, segundo o Ministério Público, também constataram a existência de pagamento por diversos servidores ao secretário Alcenir Maia Costa.
Com auxílio do Grupo de Apoio aos Promotores (GAP/MPRJ), a Operação Caixinha cumpriu mandados de busca e apreensão no gabinete do vereador Zé Prestes, na Secretaria Municipal de Agroeconomia, e nas casas do vereador, do secretário municipal e do assessor.
Além do afastamento dos agentes públicos, o MPRJ obteve a indisponibilidade dos bens de Zé Prestes e a quebra de seu sigilo bancário e fiscal.
As medidas em tutela de urgência foram concedidas pelo juiz Josué de Matos Ferreira, da 2ª Vara Cível de Macaé, por conta da conduta dos réus no sentido de coagir as testemunhas para garantir a ocultação da prática ilícita, de acordo com o Ministério Público.
Em entrevista coletiva na manhã desta quarta, o prefeito de Macaé, Aluízio Júnior, disse que a ação do Ministério Público foi motivada pela Comissão Especial de Auditoria da Prefeitura e que desde outubro já realizava uma sindicância interna na Secretaria de Agroeconomia para apurar as irregularidades. Além disso, disse ter encontrado um esquema parecido na Secretaria de Mobilidade Urbana.
Porém, em nota de esclarecimento à imprensa, o MPRJ disse que a ação de improbidade foi ajuizada a partir de depoimentos prestados por moradores "junto à 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Macaé, uma vez que as requisições dirigidas à Municipalidade em nada colaboraram para o desvendamento do esquema de corrupção investigado, já que a Prefeitura de Macaé, mesmo após as graves notícias ora apuradas limitou-se a apenas encaminhar formulário padrão aos servidores da Secretaria Municipal de Agroeconomia, onde nenhum rumor de repasse foi constatado".
No início da noite desta quarta, a Prefeitura de Macaé divulgou uma nova nota em resposta à enviada pelo MPRJ, dizendo que o processo originário foi sim instaurado pelo município e que a própria ação do Ministério Público diz que a comissão foi formada para apurar o ocorrido quando vazou a situação de repasse de valores de comissionados em diferentes secretarias.
Ainda de acordo com a Prefeitura, a ação do MP diz que ainda "que a apuração consistiu na entrega de um questionário em que os funcionários afirmavam se repassavam valores ou não e, em caso positivo, em que quantia; que na declaração disse que não, porque entendeu que o questionário versava sobre repasses internamente; dentro da própria secretaria, e na ocasião isso não aconteceria; que também foi pega de surpresa porque chegou no local de trabalho e foi direto para uma sala onde estavam as pessoas que integravam a referida comissão, que após preencher o formulário, conversando com as outras pessoas não havia prestado as informações corretas." 

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