NO BRASIL, O CRIME COMPENSA
O “Atlas da Violência 2018”,
produzido pelo IPEA e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostra que o
Brasil atingiu a marca recorde de 62.517 homicídios em 2016, correspondente a
uma taxa de 30,3 mortes por 100 mil habitantes, cerca de 30 vezes a taxa da
Europa. No grupo de idade de 15 a 29 anos, a taxa é mais assustadora ainda:
142,7 jovens assassinados por 100 mil habitantes, 50,3% do total de óbitos.
Mais de 33 mil jovens, metade do total de assassinatos, 95% do sexo masculino,
foram mortos em 2016. Diz, ainda, que 553 mil pessoas perderam a vida por
violência intencional no Brasil desde 2006.
Embora só tenha 3% da
população mundial, o Brasil concentra 14% dos homicídios no mundo, segundo o
“Relatório de Conjuntura nº 4” da Secretaria de Assuntos Estratégicos da
Presidência da República. Nossas taxas são semelhantes às de Ruanda e às da
República Democrática do Congo.
O “Atlas da Violência 2018”
também aponta a ocorrência de 49.497 estupros em 2016, o que correspondeu a uma
taxa média nacional de 24 por 100 mil habitantes, um crescimento de 37% sobre a
taxa de 2009, ano em que foi publicada a Lei 2.015, que tipifica crimes contra
a dignidade sexual. Mas a subnotificação permitiu à mesma fonte estimar que os
reais casos de estupro se situaram entre 300 mil e 500 mil naquele ano.
Os índices de assassinatos e
de estupros crescem ano a ano. E o que fazem nossos governantes? Exceto por
pontuais operações policiais, nada. Estão muito ocupados com suas carreiras e
com a proteção dos assassinos e estupradores. Mantêm um sistema penal que não
pune a maioria dos criminosos e, na eventualidade de vir a puni-los, trata de
tirá-los da cadeia o mais rápido possível. A Constituição congela nosso poder
de agir contra o crime dentro de um modelo cujos resultados mostram ser
claramente ineficientes, no que respeita a polícia, a acusação, o julgamento e
a punição do criminoso, que, como afirma a Associação Brasileira de
Criminalística, só pune entre 5% e 8% dos crimes cometidos no Brasil, contra
60% nos EUA e 90% no Reino Unido.
Todos sabemos que o ser humano
reage a três princípios: ser ensinado sobre os valores morais, ser elogiado
quando age bem, ser punido quando age mal. A punição célere e exemplar dos
criminosos mantém o respeito da maioria à lei e à moral. Mas os constituintes
de 1988 ignoraram esses princípios e criaram e acolheram na legislação inferior
inúmeras zonas de conforto para os criminosos e condenaram os inocentes a
conviver com eles, com risco para suas vidas e propriedades, embora o que o
povo deseja seja mantê-los afastados da sociedade.
A Constituição nos impede de
afastar definitivamente do nosso convívio homicidas e criminosos contumazes ao
banir penas de caráter perpétuo. Ela também limita o direito que todos temos de
julgar os acusados de todo e qualquer crime ao reduzir a competência do
tribunal do júri a crimes dolosos de homicídio, induzimento ao suicídio e
aborto provocado, além de postergar por anos a punição com o tal do “trânsito
em julgado”, que dá a sensação a todos de que os criminosos não são punidos, já
que temos um Código Penal simpático ao crime e prolixos Código de Processo
Penal e Lei de Execuções Penais, ambos muito dedicados a estender benesses aos
condenados, como: a anulação da reincidência decorridos cinco anos do
cumprimento ou extinção da pena; a pena máxima de 30 anos; a suspensão da pena;
o livramento condicional; a reabilitação; a extinção da punibilidade; a
progressão de regime com o cumprimento de somente, na maioria dos casos, 1/6 da
pena no regime anterior; a saída do estabelecimento penal por morte de parentes
e por outros motivos particulares; a remição da pena por trabalho ou estudo,
que se estendeu à leitura por recomendação do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ); e a prática contumaz do indulto natalino, alicerçado na Constituição,
que permitiu a emissão do Decreto nº 7.873, de 26 de dezembro de 2012, que
concedeu indulto natalino a praticantes de dezesseis tipos de penas e comuta
penas dos que não foram atingidos pelos indultos ali descritos.
Resumindo, além de limitar a
punição a 30 anos de prisão; os condenados podem sair da cadeia depois de 1/6
da pena cumprida; podem ficar livres com a suspensão da pena, com livramento
condicional, com extinção da punibilidade, com o indulto e com a anistia; podem
ver reduzidas suas penas por trabalho, estudo e leitura e com comutação das
penas; podem passear fora da cadeia por motivos particulares e, com os indultos
natalinos, passar o Natal em casa; e podem exigir que esqueçamos seus crimes
depois de cinco anos de pena cumprida.
Se é tão confortável assim, o
crime compensa, como vimos nos crescentes dados de violência mencionados acima.
Está na hora de mantermos criminosos afastados da sociedade e mudarmos a
prioridade para proteger os inocentes. Com a palavra, o Congresso Nacional.
Sérgio Moura,
autor do livro “Podemos ser prósperos – se os
políticos deixarem”
O ATIVISMO ESQUERDISTA MATA OS CIDADÃOS!
Homem morre baleado ao tentar proteger filho de assalto no RJ
Um homem morreu baleado
enquanto tentava proteger o filho de 10 anos de um assalto no centro do Rio de
Janeiro na noite desta quarta-feira (26). Identificado como Francisco Vilamar
Peres, de 49 anos, ele estava em um bar na Praça Condessa Paulo de Frontin
acompanhado da mulher e do filho no momento da abordagem.
O assaltante se aproximou
apontando a arma para a cabeça da criança, que brincava com um joguinho no
celular. Ao jornal Extra, a mulher de Francisco, Conceição Vera dos
Santos, relatou que o bandido exigiu o aparelho e ameaçou atirar no garoto caso
ele não entregasse o eletrônico. No ímpeto, o pai teria reagido para proteger o
filho, mas acabou levando um tiro no rosto. O assaltante fugiu e, até o
momento, não foi localizado.
“Fiquei tentando estancar o
sangue do meu marido até alguma ambulância chegar para levá-lo para o hospital,
seja público ou particular. Ele já estava agonizando e eu tentava reanimá-lo.
No final, foi a polícia que o levou para o Hospital Municipal Souza Aguiar. Nós
sempre falamos que uma coisa dessas nunca vai ocorrer com a nossa família, mas
um dia acaba acontecendo. É um absurdo, porque as autoridades que estão lá em
cima (Brasília), teriam que olhar mais por nós que estamos aqui em baixo (Rio
de Janeiro). Afinal de contas eles estão lá (Congresso Nacional) porque os
colocamos lá”, contou.
A situação ocorreu por volta
das 21h. Segundo a filha de Francisco, Maria Gleicilaine Nascimento Perez, de
20 anos, o pai chegou à unidade de saúde por volta de 21h30 e foi instalado em
uma maca no corredor, onde ficou tomando soro. Ao perguntar pelo estado do pai,
ouvia em resposta que ele estava estável; mas às 2h foi informada do óbito.
“Ele tinha acabado de vir da
praia com a mulher e o meu irmão. Eles resolveram ficar no bar para se divertir
e ver o jogo do Flamengo, time para que ele torcia. A última vez que o vi foi
na segunda-feira, pois moro com a minha mãe, que é ex-mulher dele. Queria
entregar o quadro do Flamengo que ia dar de presenta para ele, mas agora não dá
mais”, contou ao jornal.
Pai de cinco filhos, Francisco
era chefe de cozinha de uma empresa terceirizada que prestava serviços para um
clube militar.
Institutos de pesquisa têm média elevada de erros em eleições: 54%
Votações quase nunca confirmam os números das pesquisas
Nas eleições de 2014 e 2016,
os principais institutos de pesquisa erraram, em média, 54% dos prognósticos.
Em 2016, o Ibope
de 28 de setembro, quatro dias antes da eleição em São Paulo, “com 95% de grau
de confiança”, apontou João Dória com 28% e Russomano em 2º com 22%. Contados
os votos, Doria teve 53,7% e venceu no 1º turno. Em 2014, os
resultados ficaram fora da margem de erro do Datafolha em 17 das 27 das
pesquisas, 63%. No Ibope, 45% das 84 pesquisas. A informação é da Coluna
Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Na pesquisa a quatro dias da
eleição de 2016, Haddad (PT) aparecia em 4º lugar. Apurados os votos o petista
cegou em 2º com 16,7%.
Em nota, o Ibope explicou que
pesquisa é “retrato do momento” etc, e da pesquisa à votação vários fatores
“impactam diretamente o eleitor”.
A menos de 10 dias da eleição
de 2014, em Pernambuco, o Datafolha cravou empate de Paulo Câmara (PSB) com Armando
Monteiro (PTB).
Paulo Câmara foi eleito governador no primeiro turno, com espetaculares
68% dos votos. Armando Monteiro teve 31%.
Vídeo mostra alunos agredindo e humilhando professor em Rio das Ostras
Quantos anos de sócio
construtivismo? Quem esteve à frente dos governos durante este período? Este
vídeo é apenas uma pequena amostra do que acontece em nossas escolas.
RIO - Um professor foi agredido e
humilhado por alunos dentro de uma sala de aula do Centro Integrado de Escola
Pública (Ciep) Mestre Marçal, em Rio das
Ostras, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. O caso aconteceu na terça-feira, 18,
durante a realização de uma prova. As agressões foram filmadas por um dos
alunos da turma, e o vídeo circula pelas redes sociais.
O vídeo tem cerca de três
minutos. Nele, é possível ver um dos estudantes arremessando uma pochete em
direção ao professor. Em determinado momento, um aluno rasga uma das provas. O
professor de Língua Portuguesa Thiago dos Santos Conceição, de 31 anos, também
é empurrado e xingado.
As agressões aconteceram em
uma turma do 9º ano. À Inter TV, o secretário de Educação de Rio das Ostras,
Maurício Henriques Santana, afirmou que os pais dos alunos estão sendo
chamados. Disse ainda que o professor, que se diz muito abalado, será
transferido para outra turma dentro do próprio Ciep. Ele também está recebendo
apoio jurídico e psicológico.
À TV Globo, Thiago Conceição,
que leciona há dez anos, disse que as agressões eram constantes.
"Eu desejo continuar com
a minha profissão, mas temo pela minha vida", declarou. "Hoje eu me
sinto frustrado. Triste por não ter conseguido mudar aquela situação. Por não
ter deixado aquele legado para os estudantes. É humilhante estar no seu
trabalho e ter que renunciar a isso."
Em nota, a Secretaria de
Educação de Rio das Ostras informou que "segundo a direção da escola, a turma
é formada por alunos que vieram transferidos de outra unidade de ensino, e
muitos deles são indisciplinados". "No entanto, ainda não tinham sido
registrados episódios como os ocorridos nesta semana."
A pasta declarou ainda que
todos os envolvidos foram suspensos e que outras medidas socioeducativas estão
sendo analisadas.
Conselheiro de Lula divulgou resultados do Ibope uma hora antes do Jornal Nacional
O cientista político Alberto
Carlos Almeida – aquele que sugeriu a Lula usar um ministério para se proteger
da Lava Jato – postou no Twitter o resultado do Ibope às 19h37.
CHUCHU RAIVOSO
Em reunião com aliados, Alckmin decide subir o tom contra Bolsonaro e Haddad
Cobrado por aliados em reunião
nesta terça-feira (18) em São Paulo, o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo
Alckmin, decidiu elevar o tom contra os adversários Jair Bolsonaro (PSL) e
Fernando Haddad (PT).
No encontro, a avaliação foi
que o estilo atual da campanha não surtiu efeito e o tucano terá de ser mais
agressivo e apresentar um discurso mais indignado, tanto nos eventos de
campanha como na propaganda no rádio e na TV.
Segundo um dos participantes,
a campanha caminha para a derrota e precisa fazer uma correção de rumos se
quiser tentar uma reação nesta reta final. A princípio resistente a um tom mais
duro de ataques aos dois adversários, Alckmin cedeu e concordou em partir com
“tudo”, nas palavras de um aliado, para cima de Bolsonaro e Haddad.
SERÁ
QUE VAI TER FACA?
O tom mais agressivo será
utilizado não só nas inserções comerciais como nos blocos do programa
eleitoral. Durante a reunião, o tucano foi cobrado também a mudar seu estilo.
O Alckmin moderado, segundo
seus aliados, não está funcionando nesta campanha, já que o eleitor está indo
para candidatos que apresentam um discurso mais indignado. O tucano prometeu
seguir as recomendações e partir também pessoalmente para o ataque.
Em relação a Bolsonaro, a
estratégia será explorar o estilo radical do candidato e o que é classificado
de falta de preparo dele para assumir a Presidência da República. Segundo um
dos participantes, o programa vai para o tudo ou nada contra o candidato do
PSL.
Quanto a Haddad, o programa de
Alckmin vai bater na tecla de que os governos petistas causaram a maior
recessão no país.
Na reunião, Alckmin também foi
orientado a focar mais a campanha em São Paulo, para tentar uma reação final. A
avaliação feita durante o encontro é que se ele estivesse hoje com uma intenção
de voto no seu estado entre 25% e 30%, estaria com a vaga no segundo turno
garantida. Para aliados do tucano, ele “dormiu no ponto” e deixou Bolsonaro
ganhar os votos dos paulistas.
Adélio Bispo de Oliveira: lobo solitário, ou membro de uma alcateia raivosa?
Após o ataque contra
a vida do presidenciável Jair Bolsonaro, existem mais dúvidas do que certezas
sobre o terrorista urbano responsável por esse ato
Adélio Bispo de Oliveira, preso logo após o atentado contra a
vida de Jair Bolsonaro, que ocupa a posição de liderança isolada nas pesquisas
da campanha presidencial
“Foi um incidente imprevisto
que terminou de forma problemática por causa de discordâncias em certos pontos
... pretendíamos dar uma resposta, um susto”, frase de Adélio Bispo de
Oliveira, durante sua audiência de custódia no dia 7 de setembro.
É com essa simplicidade e
candura que o criminoso descreve sua tentativa frustrada de assassinar Jair
Bolsonaro, candidato isolado na liderança das pesquisas à presidência do
Brasil, cravando uma faca com lâmina de 30cm, no seu abdômen. Para Adélio
Bispo de Oliveira, o atentado foi apenas um incidente, um imprevisto, quase que
sem querer.
Provavelmente com o
intuito de evitar mais violência, e por ainda não ter informações suficientes,
o Ministro Raul Jungmann se apressou a dizer que tudo indicava para o
fato de Adélio ser um lobo solitário, uma pessoa que agiu sozinha sem
apoio e coordenação de nenhum grupo. No entanto, a vasta quantidade de fatos e
indícios pontuados a seguir, fazem com que a possiblidade de uma
alcateia, e não apenas um lobo, deva ser seriamente investigada.
Quem é Adélio?
Adélio Bispo de Oliveira
nasceu em 6 de maio de 1978, na cidade de Montes Claros (MG), numa família
muito simples. Em 1997 ele decide sair de casa em busca de emprego, e passa a
viajar para outras cidades e estados. É nessa fase que ele inicia sua
aproximação com a religião. Segundo a família, desde então, ele raramente
voltou para sua cidade natal.
Em 2013 ele é processado por
crime de lesão corporal, ao se desentender com um parente e arrombar sua casa.
Foi filiado ao PSOL por sete anos, de 2007 a 2014, com desejo de entrar para
política como deputado. Solteiro, nos último sete anos passou por doze
empregos e em nenhum permaneceu mais do que três meses. Atualmente está
desempregado.
Facebook - Adélio Bispo de
Oliveira Adélio Bispo de Oliveira postou na sua página do Facebook a bandeira
do Brasil com com centro vermelho, a foice e o martelo, cor e símbolos que
remetem ao comunismo
Durante sua audiência de
custódia, em 7 de setembro, Adélio se declarou “um autor da esquerda
moderada” e que “defende a ideologia de esquerda”. Seu Facebook indica e reforça essas
convicções políticas.
Em sua página encontram-se
ataques contra Jair Bolsonaro, a Maçonaria, Michel Temer, o MBL, Geraldo
Alkmin, a Senadora Ana Amélia, Deltan Dallagnol e até contra os personagens do
desenho animado “Tom e Jerry”, lançado em 1940 nos Estados Unidos, em que
Adélio alega ter encontrado mensagens subliminares.
Ainda no Facebook, ele defende
o regime Venezuelano e Lula, denuncia perseguições ao número 13 (número
eleitoral do Partido dos Trabalhadores) e difunde teorias de conspiração sobre
os ataques da Al-Qaeda, em 11 de setembro de 2001, contra os Estados Unidos.
5 de julho - Coincidência ou premeditação? (1)
Nesse dia Adélio posta na sua
página do Facebook um mapa informando sua localização: Clube e Escola de Tiro
.38, em Florianópolis (SC). O mesmo clube do qual os filhos de Jair Bolsonaro,
Carlos e Eduardo, são sócios.
Facebook - Adélio Bispo de
Oliveira Postagem de Adélio Bispo de Oliveira na sua página do Facebook
indicando que esteve no "Clube e Escola de Tiro .38" em 5 de julho
No clube, Adélio, preenche uma
ficha cadastral e faz uma instrução de tiro por uma hora. Os cursos desta
escola custam entre R$689,00 e R$1.890,00. A viagem de ônibus de Montes Claros
para Florianópolis sai por cerca de R$190,00. Não se sabe onde ele se
hospedou.
Esse não parece ser um típico
programa de recreação de um homem pobre e desempregado, especialmente numa
quinta-feira.
Essa viagem, um mês antes do
atendado, foi uma coincidência ou possível premeditação?
23 de agosto - Coincidência ou premeditação? (2 e 3)
Adélio compra uma passagem de
ônibus, por cerca de R$190,00 e percorre 689 km de Montes Claros para Juiz de
Fora. O calendário da campanha de Jair Bolsonaro previa sua chegada nessa
cidade no dia 6 de setembro.
Essa viagem, duas semanas
antes do atendado, foi uma coincidência ou possível premeditação?
Em Juiz de Fora ele se hospeda
numa pensão, pagando adiantado R$400 em dinheiro, por um mês de estadia no
melhor e mais caro quarto individual. Esse valor não incluía alimentação. A
pensão fica a apenas 1 km do local onde o criminoso esfaquearia Bolsonaro, ou
seja, quinze minutos de caminhada a pé.
A localização da pensão foi
uma coincidência ou possível premeditação?
6 de setembro - Mais indícios da ação de uma alcateia e não de
um lobo solitário
Há um mês das eleições, Adélio
passa a ostentar no seu currículo o infame título de terrorista urbano. Pouco
depois das 15hs ele caminha para o calçadão da Rua Halfeld e desfere um golpe
de faca no abdômen de Jair Bolsonaro. A cena grotesca é filmada e fotografada
por várias pessoas que estavam no local, e choca o Brasil.
Reprodução Twitter Jair Bolsonaro
logo após receber uma facada no seu abdômen
Ao se analisar detalhadamente os vídeos do atentado,
começam a aparecer detalhes que levantam a suspeita de participação de
terceiros, como o de um homem que troca um objeto com uma mulher, a pouco mais
de um metro de Adélio, momentos antes do atentado.
Assim que ele é preso e levado da cena do crime, uma nova
suspeita de que Adélio não agiu só aparece. Nos vários vídeos do ataque a
Bolsonaro que circulam livremente na internet, existe um que mostra
Adélio algemado e sentado no chão de uma Delegacia, que contém o seguinte
diálogo entre uma autoridade Policial e o réu confesso:
Policial - “Quem te mandou fazer isso?”
Adélio - “Ninguém”
Policial - “Não foi isso que você falou antes. Quem te mandou fazer isso?”
Adélio - “Eu não disse que ninguém mandou, quem mandou foi o Deus aqui em cima”
Adélio - “Ninguém”
Policial - “Não foi isso que você falou antes. Quem te mandou fazer isso?”
Adélio - “Eu não disse que ninguém mandou, quem mandou foi o Deus aqui em cima”
O criminoso percebe que caiu em contradição. Logo ao ser
preso, no questionamento inicial da Polícia antes de chegar na Delegacia,
ele nomeia um mandante. Na Delegacia, ele muda de ideia e decide por a
culpa em Deus.
Os advogados de Adélio reforçam essa versão, ao dizer
que seu cliente alegou motivações religiosas, e que a intenção da facada era
apenas para ferir. Mais tarde, Adélio e seus advogados alteram mais uma
vez o discurso, passando a dar ênfase na motivacão do crime como sendo
política.
Incrivelmente, em apenas 24 horas surgiram três
suspeitos de colaborar ou motivar o atentado: 1) O mandante secreto,
citado inicialmente, 2) Deus, e por fim 3) Divergências políticas.
Polícia / Divulgação Faca com
lâmina de 30cm usada por Adélio Bispo de Oliveira na tentativa de assassinato
de Jair Bolsonaro
No mesmo dia do atentado a
Polícia Federal conduz uma busca no quarto da pensão que Adélio ocupava, e se
depara com itens surpreendentes. Lá é encontrado um cartão de crédito
internacional do banco Itaú, dois cartões (conta corrente e poupança) da Caixa
Econômica Federal, extratos impressos dos dois bancos, um extrato do FGTS,
quatro celulares, três chips de celulares e um notebook.
No dia 12 de setembro a
Polícia Federal apreendeu seis discos rígidos de uma lan house que Adélio
frequentou diariamente, do dia 29/8 até o dia do atentado, duas vezes por dia,
de manhã e de tarde.
O que um desempregado, sem
acesso a recursos financeiros, fazia com todo este esse material, se
conectando diariamente na internet, esperando a chegada de Bolsonaro com
duas semanas de antecedência?
7 de setembro - Um dia após o atentado e os indícios de uma
alcateia se acumulam
Menos de 24 horas após o
atentado contra a vida de Bolsonaro, uma banca advocatícia composta por quatro
defensores de renome aparece em Juiz de Fora para representar o criminoso.
Dois deles, Zanone Manuel de
Oliveira Junior e Fernando Costa Oliveira Magalhães, chegam num avião
particular, para encontrar seus colegas Pedro Augusto de Lima Felipe e Possa e
Fernando Costa Oliveira Magalhães.
Essa não é uma banca qualquer.
Esses advogados trabalharam em casos de grande repercussão nacional como o do
goleiro Bruno e da missionária americana Dorothy Stang.
A quantidade e qualidade
desses advogados, e a rapidez com que chegam à cena do crime levanta
questionamentos imediatos. Zanone declara para a imprensa o motivo
pelo qual assumiram o caso: “por questões humanitárias, e por
compadecimento com a saúde mental de Adélio”. Mas a pergunta persiste:
quem está pagando os serviços desses advogados?
Na tentativa de explicar e
sanar essa dúvida, os advogados dão duas infelizes declarações,
que produzem o efeito contrário ao desejado, e complicaram ainda mais a
vida do criminoso.
Reprodução-O réu confesso durante sua audiência de custódia. Após perfurar o abdómen de Bolsonaro com uma lâmina de 30cm, Adélio diz para a Juíza que está com dores nas suas costelas
A primeira declaração foi a divulgação da fonte pagadora.
Zanone disse que os advogados foram contratados por Igrejas Evangélicas de
Montes Claros, ou por pessoas ligadas a elas. Só que não. Todas Igrejas citadas
negaram qualquer ligação com os defensores. Veja o posicionamento delas:
- Igreja do Evangelho Quadrangular: "A Igreja
não reconhece o senhor Adélio como membro desta Igreja. A Igreja informa que
não pagou absolutamente nada de custas processuais dos advogados do senhor
Adélio”, afirma o pastor e superintendente Antônio Levi de Carvalho.
- Testemunhas de Jeová: "O senhor Adelio Bispo
de Oliveira e sua família não são Testemunhas de Jeová. Também esclarecemos que
as Testemunhas de Jeová não são responsáveis e não possuem qualquer relação com
a contratação de advogados para a defesa do senhor Adelio". Estes religiosos avaliam
a possibilidade de ingressar na Justiça contra Zanone Oliveira Junior.
A segunda declaração infeliz do advogado, que gerou mais
pontos de interrogação, foi o pedido para a Justiça conduzir uma avaliação
psiquiátrica do criminoso, alegando que ele faz “uso permanente de
medicamentos controlados de tarja preta, e possui um histórico de consultas com
médicos psiquiatras e neurologistas". Só que não. De novo.
Durante sua audiência de Custódia Adélio entrega uma
versão diferente daquela apresentada pelos seus advogados, ao afirmar para a
Juíza que não usa mais remédios psiquiátricos: “Nesse momento não
faço uso regular desses medicamentos”. Dos três remédios que ele disse ter
usado no passado, lembrou-se de apenas um.
Contrariando as intenções dos advogados de classificar seu
cliente como doente mental, a Procuradora Zani Cajueiro, diz: “No que
tange à lucidez, no curso da oitiva na audiência de custódia, o raciocínio do
preso era absolutamente coeso, sem lacunas. Externalizou que discordava do
candidato Bolsonaro em vários pontos. Não demonstrou a princípio nenhum sinal
de insanidade mental”
Para azedar de vez a estratégia de Zanone em atenuar a
situação criminal do seu cliente, no dia 12 de setembro o Juiz Bruno
Savino, da 3ª Vara da Justiça Federal de Juiz de Fora, negou o pedido do teste
de insanidade mental de Adélio, dizendo:
"Até o presente momento, não há elementos de
informação que sustentem a existência de dúvida relevante e plausível sobre a
higidez mental do investigado"
Esses foram dois importantes gols contra da defesa:
- A versão de que os custos dos advogados foram pagos por Igrejas é pulverizada.
- A estratégia de classificar o criminoso como não responável pelos seus atos é demolida.
- A versão de que os custos dos advogados foram pagos por Igrejas é pulverizada.
- A estratégia de classificar o criminoso como não responável pelos seus atos é demolida.
Siga o dinheiro
A quantidade de
“coincidências” e situações gritantes não explicadas no atentado contra a vida
Jair Bolsonáro, faz com que algumas perguntas sejam feitas e demandem
respostas rápidas e muito convincentes. Até esse momento, a lista inclui os
seguintes questionamentos:
1-Por que um indivíduo pobre e
desempregado decide viajar para Florianópolis e fazer instrução de tiro,
no mesmo clube que os filhos de Bolsonaro frequentam, um mês antes do atentado?
2-Quem pagou as despesas de
transporte, hospedagem, alimentação e da instrução de tiro em Florianópolis?
3-Por que o mesmo
indivíduo decide viajar para Juiz de Fora, duas semanas ante do atentado,
e se hospeda numa pensão a 1km do local do crime?
4-Quem pagou as despesas de
transporte, hospedagem e alimentação em Juiz de Fora?
5-Como este criminoso mantinha
um cartão internacional, e cartões de conta corrente e conta poupança?
Quem efetou depósitos nessas contas? Quem eram
os beneficiários dos pagamentos dessas contas?
6-Por que Adélio não se
conectava online usando seu notebook, e preferia ir diariamente a uma lan
house local?
7-Que pesquisas ele fez na lan
house? Quais sites visitou? Trocou e-mails? Ele acessou a agenda eleitoral no
site da campanha de Bolsonaro?
8-Em relação aos quatro
celulares e três chips, para quem Adélio ligou? Com que trocou mensagens? Qual
o conteúdo das mensagens? Quais imagens estão salvas? Ele navegou por
quais sites?
9-Esses celulares e chips
estão no nome de quem? Suas contas são pagas por quem?
10-A quem Adélio se refere
inicialmente como mandante do crime, mas quando foi filmado na Delegacia, muda
a história e diz que foi Deus?
11-Quem contratou tão
rapidamente a banca de quatro advogados, dois dos quais chegaram em avião
particular, para defender um lobo solitário?
12-Quem está mentindo? Os
advogados que disseram ter sido contratados por Igrejas, ou estas que
desmentiram isso publicamente?
13-Quem é o homem e a mulher
que trocam um objeto, próximo de Adélio, segundos antes do atentado? Que objeto
é esse?
14-Por que Adélio usou com
frequência o pronome “nós” durante seus depoimentos para a Justiça? Será
que o estílo conversácional deste terrorista urbano inclui o uso habitual
do plural majestático? Ou será que o "nós" significa exatamente o que
ele é: mais de uma pessoa.
15-De onde veio a faca do crime? O
criminoso a comprou em Juiz de
Fora? Roubou da pensão? Recebeu de alguém?
Quando existem fatos e
indícios indicando a possibilidade de um crime ter sido
premeditado e fruto de uma consiparção, e não cometido por
um lobo solitário, uma estratégia de solução que costuma ser muito
eficiente é seguir a trilha do dinheiro.
Junte a isso a enorme
quantidade de pegadas eletrônicas deixadas pelo criminoso e
a Polícia Federal possui farto matérial para identificar todos os
membros desta alcateia raivosa que tentou matar Bolsonaro e atacou a nossa
democracia.
Finalizo alertando para um
fato óbvio. Se a possibilidade de Adélio ter agido como parte de um
grupo for levada a sério, a missão desses conspiradores falhou e o próximo
capítulo dessa história de terror é um velho conhecido: a queima de arquivo com
a ordem de assassinar Adélio Bispo dos Santos.
Bolsonaro vai a 33% e Haddad pula de 8% para 16%, diz BTG Pactual
Ciro empata em 2º lugar, com 14%
Alckmin cai de 8% para 6%
Marina cai de 8% para 5%
Jair Bolsonaro lidera a corrida presidencial e Haddad
foi o que mais cresceu na última semana Sérgio Lima/Poder360 - 28.nov.2017 e
14.ago.2018
O candidato à Presidência do PSL, Jair Bolsonaro,
cresceu 3 pontos percentuais na comparação com a semana passada e alcançou 33%
das intenções de voto segundo levantamento feito pela FSB Pesquisa (íntegra), contratada pelo banco de investimentos BTG
Pactual.
Mas o maior salto da semana foi de Fernando Haddad
(PT), que passou de 8% para 16% e empata, dentro da margem de erro, com Ciro
Gomes (PDT) na 2ª colocação.
Geraldo Alckmin (PSDB) e a candidata da Rede, Marina
Silva, apresentaram tendência de queda nos levantamentos. O tucano caiu de
8% para 6% e Marina, de 8% para 5%. Os 2 estão empatados com João Amoêdo
(Novo), que tem 4% das intenções de voto e ficam mais distantes na disputa por
1 lugar no 2º turno.
As entrevistas foram realizadas nos dias 15 e 16 de
setembro de 2018. O Instituto entrevistou 2.000 eleitores nas 27 unidades da
Federação. A margem de erro é de 2 p.p. e o intervalo de confiança é de 95%. O
registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é BR-06478/2018.
2º TURNO
A pesquisa também trouxe novidades nas expectativas
para o 2º turno, que acontecerá em 28 de outubro. Bolsonaro, que tinha
dificuldades de emplacar bons resultados nesta etapa, aparece à frente de
Fernando Haddad, Geraldo Alckmin e Marina Silva.
O único candidato que apresentaria algum risco ao
militar seria Ciro Gomes, que empata com ele dentro da margem de erro. Eis os
cenários:
Jair Bolsonaro (PSL) – 42%
Ciro Gomes (PDT) – 42%
nenhum/brancos – 13%
não sabe – 3%
Jair Bolsonaro (PSL) – 46%
Fernando Haddad (PT) – 38%
nenhum/brancos – 13%
não sabe – 3%
Jair Bolsonaro (PSL) – 43%
Geraldo Alckmin (PSDB) – 36%
nenhum/brancos – 17%
não sabe – 4%
Jair Bolsonaro (PSL) – 48%
Marina Silva (Rede) – 33%
nenhum/brancos – 17%
não sabe – 3%
POTENCIAL DE VOTO,
REJEIÇÃO E DESCONHECIMENTO
A pesquisa também mediu o potencial de voto, a
rejeição e o desconhecimento dos candidatos. Segundo o levantamento, Jair
Bolsonaro tem o maior potencial de voto, 48%, seguido pelo pedetista Ciro
Gomes, que apresenta 45% e pelo tucano Geraldo Alckmin, que tem 39%.
A candidata da Rede, Marina Silva, é a que tem a maior
rejeição. Entre os eleitores, 58% disseram não votar na candidata de jeito
nenhum. Logo em seguida, aparece Geraldo Alckmin com 53% e Henrique Meirelles,
com 48%.
A candidata Vera Lúcia, do PSTU, é a que apresenta
menor resultado. A candidata também é a menos conhecida: 56% dos entrevistados não
conhecem seu nome. O petista Fernando Haddad ainda é desconhecido de 15% do
eleitorado.
PF apreende malas com dinheiro e relógios com o vice-presidente da Guiné Equatorial
Fortuna avaliada em
US$ 16 milhões estava nas bagagens no avião dele que pousou no aeroporto de
Viracopos, em Campinas. Embaixada diz que relógios eram de uso pessoal de filho
de ditador.
A Polícia Federal
apreendeu uma verdadeira fortuna em dinheiro e joias dentro de malas que
estavam com o vice-presidente da Guiné Equatorial, que chegou sexta-feira (14)
ao Brasil.
Lula: a ponte entre empreiteiros e o
ditador da Guiné Equatorial
Nova
fase da Lava Jato revela que ex-presidente resolveu impasse enfrentado por
executivos da OAS envolvendo financiamento, em troca de favores, de carnaval do
bloco baiano Ilê Aiyê, cujo tema era o país africano.
O avião dele pousou em
Viracopos, em Campinas, interior de São Paulo, com mais de US$ 16 milhões não
declarados à Receita.
A comitiva o
vice-presidente da Guiné Equatorial continua hospedada em Campinas e a aeronave
permanece parada no Aeroporto Internacional de Viracopos. No avião vieram 11
pessoas, entre elas o vice-presidente da Guiné Equatorial,Teodoro Obiang
Mangue.
A confusão começou assim
que a aeronave pousou, na manhã de sexta-feira (14). Segundo informações de um
auditor fiscal, o avião passou por uma inspeção e logo na sequência os funcionários
do vice-presidente precisariam passar pelo procedimento de raio-x, porque só o
vice-presidente é que tem a imunidade diplomática.
Só que hora na passar o
raio-x na bagagem dos funcionários começou uma estranha e inusitada negociação,
que durou quatro horas, para que eles pudessem finalmente abrir suas malas, e
aí a Polícia Federal pôde encontrar e identificar todo o dinheiro que ele
estava carregando, mais os relógios.
Segundo informações desse
auditor, assim que isso aconteceu, eles foram levados para uma sala da Polícia
Federal e tiveram que prestar depoimento. Um funcionário do vice-presidente,
disse, em depoimento, que não sabia o que tinha dentro das malas e que a única
informação que ele tinha era que o vice-presidente veio fazer um tratamento médico
no Brasil.
O Itamaraty está em
contato com a Receita Federal e com a Polícia Federal, mas disse que não vai se
manifestar.
Os 11 passageiros
passaram quatro horas na sala da Polícia Federal no aeroporto para prestar
esclarecimentos. Só depois todos foram liberados e estão num hotel em Campinas.
Troca de mensagens
interceptadas pela Polícia Federal entre executivos da OAS revelam as relações
próximas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e algumas das maiores
empreiteiras do país na obtenção de contratos de obras públicas em países da
África e na América Latina. Um caso emblemático revelado na 14ª fase da
Operação Lava Jato, deflagrada nesta sexta-feira, é o das
negociações com o ditador da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, que
governa o país a mão de ferro há 35 anos. Trata-se do mesmo governante que
financiou, ao menos em parte, o desfile da escola de samba Beija Flor, campeã
do carnaval 2015 do Rio de Janeiro com enredo em homenagem ao país africano – o
patrocínio, afirmou na época um representante da Guiné Equatorial, foi
iniciativa de empresas brasileiras que atuam no país.
Na revista das bagagens,
a polícia do aeroporto encontrou US$ 1,5 milhão e R$ 55 mil em dinheiro, além
de relógios avaliados em US$ 15 milhões.
Teodoro Obiang Mangue é o
filho mais velho do presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Mbasogo. Ele é
vice-presidente desde 2016. Antes, foi ministro da Agricultura e responsável
pela defesa do país. O pai dele é ditador da Guiné Equatorial há 35 anos.
Teodoro Mbasogo é o chefe
de estado africano que está há mais tempo no poder e o oitavo governante mais
rico do mundo, segundo a revista "Forbes". A Guiné Equatorial fica na
África Ocidental e é o terceiro maior produtor de petróleo da África, mas a
população é miserável.
O presidente da Guiné
Equatorial já esteve outras vezes no Brasil. Ele é conhecido pelos gastos
elevados com festas.
Segundo o teor das
mensagens, o ex-presidente Lula “entrou em campo” para solucionar o impasse. Os
relatos evidenciam que Lula era tão amigo do ditador a ponto de ser o único a
acolher o filho-enxaqueca de Obiang, Teodorín, envolvido em diversas denúncias
de lavagem de dinheiro mundo afora. “Falei com o Brahma. Contou-me que quem
esteve aqui com ele foi o presidente da Guiné Equatorial, pedindo-lhe apoio
sobre o problema do filho. Falou também que está indo com a Camargo (Corrêa)
para Moçambique x hidrelétrica x África do Sul”, relata Pinheiro, em uma
mensagem datada de outubro. Brahma era o apelido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, segundo a PF. O assunto voltou à tona no mês seguinte em outra mensagem
do então presidente da OAS: “Deixa acabar as eleições para marcarmos. Ele me
falou que o nosso amigo da Guiné veio só para pedir apoio ao filho. Me disse
que foi um apelo de pai e que ninguém o atende. Somente o nosso Brahma lhe deu
acolhida e entrou em campo para ajudá-lo”. O Carnaval do Ilê Aiyê ocorreu e
teve a Guinê como homenageada. Se a OAS pagou a conta sozinha, ainda é um
mistério.
A relação estreita entre
Lula e o ditador não é novidade. Em uma visita oficial em 2010, o ex-presidente
assinou cinco acordos de cooperação com Teodoro. Não à toa. Apesar de o chefe
africano ser acusado de perseguição a opositores e corrupção, o país é o
terceiro maior produtor de petróleo do continente africano. Lula chegou,
inclusive, a defender que o país fosse incorporado a Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP) – a terceira língua oficial da Guiné Equatorial é o
português, depois do francês e do espanhol.
O patrocício à Beija Flor
foi estimado em 10 milhões de reais. A generosa soma remetida à escola de samba
originou críticas no Brasil, sobretudo porque grande parte da população da Guiné
Equatorial vive na extrema miséria e sofre com a fome e a repressão. As
construtoras, no entanto, negaram a
informação de que financiaram o desfile da campeã.
A proximidade entre o
governo da Guiné e a OAS evoluiu a tal ponto que o presidente da empreiteira
chegou a salvar o filho do ditador da extradição. Em fevereiro de 2013,
Teodorín aproveitava o carnaval no Rio, quando o governo francês pediu ao
Supremo Tribunal Federal (STF) sua extradição, por acusações de corrupção e
lavagem de dinheiro. Na ocasião, 17 carros de luxo de propriedade de Teodorín
foram apreendidos no país europeu. No entanto, ele saiu do Brasil antes que o
Supremo julgasse o pedido feito pela França. Pelas mensagens inteceptadas na
Operação Lava Jato, fica claro de quem veio a ‘mãozinha’: “Nós avisamos a
Teodorín na quarta-feira e ele deixou o Brasil. Como a França pediu ao governo brasileiro
a extradição dele, havia o risco de ele ficar impedido de deixar o Brasil. Isto
é mal para os negócios brasileiros lá. Vamos ver como fica a viagem de Dilma”,
diz Pinheiro.
Em 2010, o então
presidente Lula visitou a Guiné Equatorial. Ele foi criticado por apoiar uma
ditadura. O governo justificou que era uma viagem de negócios.
Em 2015, foi o ditador da
Guiné Equatorial que se envolveu numa polêmica, depois que o país virou enredo
do carnaval da Beija-Flor. Teodoro Mbasogo negou que tenha dado US$ 10 milhões
para patrocinar o desfile e informou apenas que apoiou a iniciativa de empresas
brasileiras que mantêm operações no país.
Na época, o presidente da
Beija-Flor, Farid Abrahão David, confirmou que a agremiação recebeu ajuda de
empresas brasileiras, mas não informou de onde vieram as doações e nem qual foi
o valor recebido.
A Polícia Federal ouviu o
secretário da embaixada da Guiné Equatorial no Brasil, Leminio Mikue, que
estava no aeroporto de Viracopos, em São Paulo, para recepcionar o
vice-presidente.
Ele disse que Teodoro
Mangue veio ao Brasil fazer um tratamento médico e que daqui seguiria para
Singapura, em missão oficial.
O secretário disse que os
relógios são de uso pessoal do vice-presidente e que o dinheiro em espécie
seria para a missão oficial em Singapura. Ele não soube, no entanto, explicar
que missão seria essa.
Lewandowski paralisa julgamento em que Lula perdia por 7 a 1; caso sai do plenário virtual e vai começar de novo no presencial
O ministro Ricardo Lewandowski durante sessão da 2ª turma do STF
No recurso, a defesa de Lula pediu que o Supremo considere
inadequada a ordem de prisão porque o juiz não indicou os motivos para a
necessidade de prender o ex-presidente.
O ministro Ricardo
Lewandowski, do Supremo
Tribunal Federal (STF), pediu "vista" nesta
sexta-feira (14) de um recurso do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva contra a prisão após condenação em segunda
instância – pedir vista, no jargão jurídico, significa que o ministro quer mais
tempo para estudar o caso.
O julgamento do recurso
estava sendo decidido no plenário virtual (no qual os ministros votam pelo
computador). Com o pedido de Lewandowski, será transferido para o plenário
físico, onde os ministros se reúnem presencialmente.
No plenário físico, o
julgamento começará de novo – todos os ministros votarão, inclusive os que já
tinham se posicionado no plenário virtual. Estes poderão manter ou modificar o
voto.
Antes do
pedido de vista, o placar estava 7 a 1 contra o recurso.
Se no novo julgamento o recurso for aceito, Lula, preso desde abril em
Curitiba, ganha liberdade.
Quem determinará a data
do novo julgamento é o presidente do STF, ministro Dias Toffoli,
que tomou posse nesta quinta (13).
A votação eletrônica no
plenário virtual começou no último dia 7. O prazo para conclusão se encerraria
às 23h59 desta sexta-feira. Faltavam os votos dos ministros Luiz Fux, Celso de
Mello e do próprio Lewandowski.
COMO
VOTARAM OS MINISTROS NO PLENÁRIO VIRTUAL
Contra
o recurso
|
A
favor do recurso
|
Edson Fachin
|
Marco Aurélio Mello
|
Cármen Lúcia
|
|
Alexandre de Moraes
|
|
Dias Toffoli
|
|
Luís Roberto Barroso
|
|
Rosa Weber
|
|
Gilmar Mendes
|
Fonte:
STF
Lewandowski informou que
pediu vista diante da divergência apresentada pelo ministro Marco Aurélio
Mello, o único a se manifestar contra a manutenção da prisão.
No recurso, a defesa de
Lula pediu que o Supremo considere inadequada a ordem de prisão porque o juiz
não indicou os motivos para a necessidade de prender o ex-presidente.
No entendimento dos
advogados, a prisão em segunda instância foi permitida, mas não pode ser
automática, já que os juízes precisariam esclarecer as razões para prender
alguém enquanto ainda houver recurso pendente de julgamento.
O relator do caso,
ministro Luiz Edson Fachin, enviou o processo para julgamento no plenário
virtual por considerar que não há mais necessidade de discussão do assunto
porque o STF já consolidou o entendimento
de que é possível executar a pena de prisão a partir da condenação confirmada
por tribunal de segunda instância.
Lula foi condenado
pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) – um
tribunal de segunda instância – a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção
passiva e lavagem de dinheiro no caso do
triplex do Guarujá.
O ministro Marco Aurélio
Mello, único a votar a favor da liberdade de Lula, entendeu que o ex-presidente
não poderia ter sido preso sem que o juiz justificasse a necessidade da prisão.
"Procede a
irresignação, considerada a omissão verificada, ante o fato de a ordem de
prisão ter sido implementada automaticamente, a partir do esgotamento da
jurisdição em segunda instância, sem fundamentação adicional sobre a adequação
da medida no caso concreto."
Gilmar Mendes manda soltar ex-governador Beto Richa
O ministro Gilmar Mendes-Vergonha nacional
Ex-governador do Paraná, tucano é candidato ao Senado e foi preso
após operações do Ministério Público e da PF. Gilmar Mendes já havia avaliado
que houve 'abuso de autoridade' na prisão de Richa.
O ministro Gilmar Mendes, do
Supremo Tribunal Federal (STF),
mandou nesta sexta-feira (14) soltar Beto Richa (PSDB), ex-governador
do Paraná e candidato ao Senado. Também mandou soltar a mulher dele, Fernanda
Richa, e mais 13 pessoas.
Richa foi preso nesta
semana após operações do Ministério Público do Paraná e da
Polícia Federal.
Segundo o MP, Richa é
suspeito de integrar esquema de propina, direcionamento de licitações de empresas,
lavagem de dinheiro e obstrução de Justiça.
Mais cedo, nesta sexta, a
defesa de Beto Richa pediu a
Gilmar Mendes que soltasse o cliente alegando que o decreto
de prisão "é absolutamente nulo".
Os advogados pediram que
o ministro concedesse habeas corpus por avaliarem que o juiz que determinou a
prisão temporária (5 dias) usou a medida como "substitutivo da
inconstitucional medida de condução coercitiva" – a condução coercitiva
foi proibida pelo
STF.
Na última quarta (12),
Gilmar Mendes comentou a atuação de procuradores na operação que levou Beto
Richa à prisão nesta semana e em ações apresentadas no mês passado à Justiça
contra Fernando
Haddad e Geraldo
Alckmin, candidatos de PT e à Presidência da República (clique
no nome do candidato para relembrar o caso).
Para Gilmar Mendes, houve
"notório abuso
de poder" porque ações como essas do Ministério Público em
meio à eleição interferem no processo eleitoral e "isso não é bom para a
democracia".
"Pelo que estava
olhando no caso do Richa, é um episódio de 2011. Vejam vocês que fundamentaram
a prisão preventiva a uns dias da eleição, alguma coisa que suscita muita
dúvida. Essas ações já estão sendo investigadas por quatro, cinco anos, ou mais.
No caso de Alckmin, Haddad, todos candidatos... E aí [o MP] anuncia uma ação
agora! É notório um abuso de poder", afirmou Gilmar Mendes.
"É preciso realmente
colocar freios. A PGR tem que atuar nisso e tambémm o CNMP [Conselho Nacional
do Ministério Público]. [...] Acho que é preciso haver moderação. Do contrário,
daqui a pouco nós podemos inclusive tumultuar o pleito eleitoral. Sabemos lá
que tipo de consórcio há entre um grupo de investigação e um dado
candidato", acrecentou o ministro.
Nesta semana, a corregedoria
do Ministério Público abriu processos para investigar as
condutas dos procuradores que atuaram nos casos de Beto
Richa, Fernando Haddad e Geraldo Alckmin.
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