Em reunião com aliados, Alckmin decide subir o tom contra Bolsonaro e Haddad
Cobrado por aliados em reunião
nesta terça-feira (18) em São Paulo, o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo
Alckmin, decidiu elevar o tom contra os adversários Jair Bolsonaro (PSL) e
Fernando Haddad (PT).
No encontro, a avaliação foi
que o estilo atual da campanha não surtiu efeito e o tucano terá de ser mais
agressivo e apresentar um discurso mais indignado, tanto nos eventos de
campanha como na propaganda no rádio e na TV.
Segundo um dos participantes,
a campanha caminha para a derrota e precisa fazer uma correção de rumos se
quiser tentar uma reação nesta reta final. A princípio resistente a um tom mais
duro de ataques aos dois adversários, Alckmin cedeu e concordou em partir com
“tudo”, nas palavras de um aliado, para cima de Bolsonaro e Haddad.
SERÁ
QUE VAI TER FACA?
O tom mais agressivo será
utilizado não só nas inserções comerciais como nos blocos do programa
eleitoral. Durante a reunião, o tucano foi cobrado também a mudar seu estilo.
O Alckmin moderado, segundo
seus aliados, não está funcionando nesta campanha, já que o eleitor está indo
para candidatos que apresentam um discurso mais indignado. O tucano prometeu
seguir as recomendações e partir também pessoalmente para o ataque.
Em relação a Bolsonaro, a
estratégia será explorar o estilo radical do candidato e o que é classificado
de falta de preparo dele para assumir a Presidência da República. Segundo um
dos participantes, o programa vai para o tudo ou nada contra o candidato do
PSL.
Quanto a Haddad, o programa de
Alckmin vai bater na tecla de que os governos petistas causaram a maior
recessão no país.
Na reunião, Alckmin também foi
orientado a focar mais a campanha em São Paulo, para tentar uma reação final. A
avaliação feita durante o encontro é que se ele estivesse hoje com uma intenção
de voto no seu estado entre 25% e 30%, estaria com a vaga no segundo turno
garantida. Para aliados do tucano, ele “dormiu no ponto” e deixou Bolsonaro
ganhar os votos dos paulistas.
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