O brasileiro que se detiver
sobre a informação das gastanças, leviandades e sandices praticadas nos treze
anos que o PT nos governou concluirá que, a começar pelos presidentes petistas
que se alçaram ao Palácio do Planalto, o que se praticou largamente no erário
são capitulados como crimes de lesa-pátria, e por eles devem ser julgados e
punidos segundo o rigor da lei. Diz-se a começar porque a legião de
solidariedade nos mal feitos é numerosa.
Centremos nestes comentários
apenas o BNDES, que apresenta uma lista extensa de privilegiados devedores e
destinatários de abundantes valores de “financiamento”, eufemismo da vontade
petista para construir a imagem do chefão como líder político sulamericano e de
além mar às nossas expensas.
Uma pesquisa mais ligeira (espera-se
uma CPI) nos informa que Cuba, desde Fidel, recebeu 3 bilhões de dólares nos
últimos dez anos (de governo do PT); para o abastecimento de água de Lima, no
Peru (projeto Bayovar) consumiram-se valores sigilosos, enquanto existem
capitais brasileiras carentes de um complexo de captação e tratamento do
precioso líquido; para a Hidrelétrica de Tumarin, na Nicarágua, o BNDES bancou
um bilhão e cem mil dólares; a Ferrocarril Sarmiento, Argentina, recebeu a
polpuda importância de um bilhão e quinhentos mil dólares, e na mesma Argentina
da alegre Kirchner, o aqueduto do Chaco nos custou 180 milhões; as linhas 3 e 4
do metrô de Caracas sugaram setecentos e trinta e dois milhões de dólares; a
Via Expressa de Luanda Kifangonda foi destinatária de valor ainda não
descoberto; o BNDES também contemplou o moderno aeroporto de Nacala, em
Moçambique, com 200 milhões de dólares; a ponte sobre o Rio Orinoco, na
Venezuela, recolheu de Lula e Dilma a bagatela de um bilhão e duzentos milhões;
a Venezuela, no balanço geral, foi lembrada para abiscoitar onze bilhões de
dólares no período Lula-Dilma; o BRT de Maputo sorveu duzentos milhões; a
Hidrelétrica de Manduriacu, no Equador, embolsou 125 milhões; a rede de
gasodutos da simpática Montevideo foi lembrada com trezentos milhões; para a
compra de 127 ônibus articulados para a Colômbia o BNDES contribuiu com
modestos 30 milhões; o metrô da Cidade do Panamá só partiu após receber um
bilhão do generoso BNDES; afinal, consta ainda que a Argentina na era Kirchner
foi aquinhoada com 8 bilhões também na era Lula-Dilma. Toda esta sangria que o
PT operou contra o país não será reposta, bem o sabemos. Os desvairados
brasileiros Lula e Dilma, com a parceria e cumplicidade de Mantega, se
abstiveram de encaminhar recursos para problemas urbanos e sociais gravíssimos
em nosso país para gerar conforto a governos estrangeiros e afagarem o
narcisismo que vive em Lula.
Uma auditoria no BNDES há que
ser feita. É inadiável. E será para promover novos danos é que o PT quer
convencer os eleitores que devem reinar novamente?
Toda esta cena trágica é
comparável à dramática Guernica, que o genial pintor retratou em tela
magnífica. Lula e Dilma são capazes de novos bombardeios sobre nosso povo e de
gerar uma galeria de catástrofes. Mas, cenas como as relatadas, enquanto o
processo de responsabilidade aguarda para abrigar em suas páginas os autores da
ação nefasta ora descrita, presta-se a ilustrar o desserviço que os petistas se
encarregaram de protagonizar nos treze anos de nosso martírio.
JOSÉ MARIA COUTO MOREIRA
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